Desvendamos o que é a psicoterapia corporal

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A maneira como o indivíduo se organiza psiquicamente aparece no corpo.

O corpo guarda a história do indivíduo. A afirmação resume o campo que a psicoterapia corporal lança o seu olhar e com o que ela trabalha. Em outras palavras é orientada para o corpo. Entre os ramos desse tipo de terapia está a análise bioenergética, que é uma psicoterapia relacional enraizada nas diferentes funções do self: sua função energética, sensorial, muscular, emocional e representações mentais.

Em Teresina essa abordagem ainda não é tão conhecida, mas existem profissionais que atuam nessa seara e uma desses profissionais atende na clínica Cuidarte. Trata-se da psicóloga Laíza Piauilino, que nos contou sobre essa psicoterapia.

Ela explica que essa vertente tem como base teórica a psicanálise e como tal trabalha com conceitos tais como libido, transferência, contratransferência, energia, resistência. Entretanto esses podem não ter o mesmo significado da psicanálise clássica.

Laíza pontua que nosso caráter se encontra em nosso corpo. O caráter nesse caso é maneira como o indivíduo se organiza psiquicamente e não é a mesma coisa que personalidade. Outro conceito fundamental nessa psicoterapia é couraça, que se trata de uma tensão crônica muscular que gera registros no corpo.

“No processo terapêutico vemos o discurso e onde estão esses bloqueios energéticos no corpo e é possível determinar qual o tipo de caráter do indivíduo. Estes são do tipo esquizoide, oral, narcisista, rígido e masoquista. Em cima disso é que o processo terapêutico vai se desenvolver. Escutamos e aplicamos técnicas próprias de respiração e movimento ajudando o paciente no seu processo de autoconhecimento e ampliação de consciência”, afirma a psicóloga.

Em resumo, a psicoterapia corporal designa um conjunto de práticas psicoterapêuticas que tendem a incluir entre suas atividades a observação do corpo, trabalhos com respiração, exercícios expressivos, toques e massagens. E que são transformadores!

Por Adriana Lemos
Jornalista e Psicóloga

Cuidarte dispõe de atendimento em fonoaudiologia

Clínica amplia serviços e oferece atendimento com fono.

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A clínica Cuidarte, além de contar com atendimento em psicologia, psiquiatria e psicopedagogia, ampliou seu leque de serviços e passa a contar com atendimento em fonoaudiologia.

O serviço está sob os cuidados da fonoaudióloga Michele Castelli. Formada pelo IPA (atual Centro Universitário Metodista do Rio Grande do Sul), possui especialização em disfagia (distúrbios de deglutição) e cursa especialização em motricidade oral. Possui ainda experiência de mais de oito anos no atendimento a crianças especiais.

Dentro de o amplo espectro de atendimentos, Castelli diz que trabalha com disfunções ligadas a doenças como Parkinson, Alzheimer, encefalopatias, microcefalia, afasias, esclerose, acometidos por AVC, além de estética oral, teste da linguinha e ainda na melhoria da voz de profissionais que necessitam deste recurso em seu dia a dia, como professores e jornalistas, por exemplo.

A profissional atende ao público de crianças, adultos e idosos.

Psicóloga fala de disfunções sexuais em congresso

Representante da clínica falou de disfunções sexuais

A Psicóloga e coordenadora da Cuidarte, Kyslley Sá Urtiga, participou, no último dia 13 de maio, do IV Ciclo de Palestras do XII CONAFISIO – Congresso Acadêmico de Fisioterapia realizado na Faculdade Estácio/CEUT
Kyslley, que também é sexóloga, abordou o tema “Disfunções Sexuais Femininas”.

Sobre os benefícios do perdão

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Psicóloga diz que perdoar é mudar de atitude diante daquilo que nos magoou.

Lembre-se de alguém que lhe fez muito mal. Agora pense e reflita. Você consegue se lembrar desta pessoa sem sentir mágoas? Se não, ainda não houve perdão verdadeiro. Quando alguém nos faz mal, o natural é ficarmos tristes e até chateados com aquela pessoa. Mas, guardar para a vida aquele episódio e o ficar relembrando a todo instante não é saudável e pode nos trazer sérios problemas, especialmente ao emocional.

A psicóloga Adriana Lemos diz que a depressão é uma das doenças que pode aparecer com a guarda de rancor ou ódio. Além dela, podem surgir enfermidades psicossomáticas que têm a ver com nossas emoções e sentimentos, como doenças de pele (vitiligo, psoríase, queda de cabelo e auto imune como artrite, reumatoide, lúpus), além do próprio estresse, que mexe a imunidade do corpo deixando a pessoa veraneável ao adoecimento.

“Uma série de fatores, atitudes, comportamentos, pensamentos é que facilitam a pessoa adoecer física e psiquicamente, pois somos integrados: corpo (biológico e psique). Se você emprega sua energia física e mental em comportamentos e sentimentos negativos uma hora adoece”, destaca a psicóloga.

Para Adriana, o perdão tem a ver com as crenças, o modo de enxergar o mundo e a personalidade de cada um. Por isso, para alguns torna-se difícil perdoar pelos seu próprios valores. Muitos acham que perdoar é esquecer. Mas não. Os fatos que nos machucaram não serão apagados da nossa memória. Isso é impossível e não depende de nós.
Adriana explica que “perdoar é mudar de atitude diante de fatos negativos, pois você se libera e libera a outra pessoa envolvida na questão. Perdoar é virar a página, ir em frente, empregar sua energia em outras coisas e não mais usá-la para alimentar vingança”.

Quando perdoamos, os benefícios são inúmeros: paz interior, diminuição do estresse, melhora da autoestima, aumento da esperança, dentre muitos outros. Até mesmo para quem não é adepto de alguma religião, o perdão é o caminho da cura das feridas.

Não existe fórmula. Liberar perdão é um exercício que deve ser treinado diariamente. A psicóloga conclui dizendo que o primeiro passo é querer, porque a partir disso se muda, vira a página, segue adiante e aquilo não incomoda mais. Vale a pena perdoar.

Por Thauana Cavalcante
Com edição de Adriana Lemos
*Originalmente publicado no site www.oquequeha.com.br

Kislley Sá é palestrante em Simpósio de Oncologia

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A psicóloga Kyslley Sá Urtiga, coordenadora da Clínica Cuidarte, é referência quando se fala em psico-oncologia e, em maio, participa do I Simpósio de Oncologia do Estado do Piauí. A profissional compõe o time de palestrantes do evento onde falará sobre “Psico-Oncologia: Assistência Humanizada e Qualidade de Vida!”.

O evento acontece nos dias 20 e 21 de maio no auditório da CCS da FACIME e tem como foco a multiprofissionalidade e interdisciplinaridade na atenção ao câncer.

Especialista em Gestalt Terapia, Kyslley usa a abordagem que tem como foco o diálogo entre paciente e terapeuta para resignificar o estado de adoecer. Seguindo esta linha, Kyslley assinou, juntamente com a psicóloga Karine Cardoso, o único capítulo sobre psico-oncologia no livro piauiense Oncologia Básica, organizados pelos médicos Carlos Sabas Vieira e Eid Gonçalves Coelho.

As inscrições para participação no evento estão abertas bem a submissão de trabalhos acadêmicos (estes podem ser enviados até do dia 01 de maio). Para mais informações sobre o evento consulte a página I SMOPI no Facebook.

Precisamos falar sobre suicídio

O assunto precisa ser falado em vez de calado.

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Eu fugi desse texto. Há 30 dias me sentei no mesmo lugar onde estou agora e passei uma tarde inteira tentando falar sobre um assunto seríssimo sem ferir a ética da minha profissão, sem ferir as minhas convicções e tentar humildemente honrar à memória da minha amiga Ju. Fugi, sou humana. Mas agora estou aqui para falar desse assunto.

Falar é importante para elaborarmos o luto, segundo me informou a psicóloga Adriana Lemos. É importante para ajudar a quem sofre e tem ideação suicida, assim temos a chance de ajudar; é importante para tentarmos entender o está acontecendo em nossa cidade. Agora que consegui escrever, entendi que precisamos falar sobre suicídio em vez de calarmos e engolirmos a dor. É preciso gritarmos!

Há nove dias perdi uma amiga que nunca conheci, embora o Facebook aponte 33 amigos em comum. Ontem perdi outro amigo que não pude conhecer mais do que as poucas vezes em que o vi no corredor da universidade. Nunca fui boa com números, mas em um mês perdi uma amiga e dois amigos que nunca conheci e nem poderei conhecer.

E assim como me calei e fugi de falar sobre isso, muitos antes de mim o fizeram, e muitos antes deles também o fizeram e assim o suicídio virou um tabu.

Vivemos numa sociedade aonde o roteiro da sua vida já vem pré-produzido por padrões de comportamento e conduta. A jornalista Ananda Sampaio resumiu bem quando disse “Em tempos de redes sociais, quando vivemos a industrialização da felicidade, se declarar alguém insatisfeito com a vida é quase um crime contra paz mundial.”.

Mas e quando a gente é diferente?

E quando o Raul não conseguia calçar o “sapato 36” que o pai dele insistia em comprar? E quando a Rita se deu conta de que era “a ovelha negra da família”? E quando o Roger foi chamado de “rebelde sem causa” por que aparentemente tinha tudo?

Raul apertou o pé e calçou o sapato. Rita tingiu-se de branco e o Roger fingiu que estava tudo bem. E assim, cada um deles e, cada um de nós, vamos vestindo máscaras sociais para se encaixar onde não nos cabe.

Talvez isso tenha nos tornado menos humanos. A gente gasta tanto tempo tentando manter uma pose, um status, um “eu” que não nos pertence e nos concentramos tanto nisso que nos tornamos indiferentes aos outros. Às ideias deles, aos gostos deles, às escolhas deles e, principalmente, à dor deles.

Todos nós somos frágeis! Não tenha vergonha de expor seu lado vulnerável. Não tenha medo de pedir ajuda seja para familiares, amigos ou se achar que nenhum deles pode compreender aquilo que te aflige e fere a alma procure ajuda de profissionais como psicólogos. O Centro de Valorização da Vida tem ajuda 24 horas por dia nos mais variados canais de comunicação como Skype, telefone, chat.

Ainda há tempo!

Há tempo para nos preocuparmos e sermos mais solidários com aqueles com os quais convivemos. Há tempo para cobrarmos do poder público ações preventivas mais eficientes e permanentes para que não percamos mais pessoas para o suicídio. Há tempo para nós, jornalistas, trazermos o suicídio à tona de forma responsável e cumprindo o dever social de nossa profissão promovendo discussões, dando voz a profissionais que possam nos ajudar a identificar comportamentos suicidas e principalmente como ajudar estas pessoas.

Ainda há tempo. Mas temos que começar hoje. Agora. Teresina é a capital brasileira do suicídio e simplesmente não podemos nos “dar ao luxo” de esperar o Setembro Amarelo para fazer alguma coisa. O Suicídio precisa ser combatido e fingir que ele não existe não vai fazer com que ele desapareça.

Por Letícia Lustosa – Jornalista*
Edição: Adriana Lemos – Jornalista e psicóloga
*Colaboração especial para o site da Cuidarte

Psicólogas da Cuidarte assinam capítulo em livro sobre oncologia

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O livro Psicologia Básica é uma publicação piauiense

Com o título, Apoio psicológico no tratamento do paciente com câncer as psicólogas Kislley Sá Urtiga, coordenadora da Cuidarte, e Karine Cardoso assinam o único capítulo dedicado à saúde mental do paciente oncológico no livro piauiense Oncologia Básica, que traz como organizadores os médicos Carlos Sabas Vieira e Eid Gonçalves Coelho.

A abordagem de base humanista que ambas usam para falar da questão é Gestalt Terapia e ainda têm apoio na psico-oncologia. Elas discutem os transtornos de humor que comumente aparecem no paciente oncológico e a importância do acolhimento da dor e angustias do adoecido.

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Destacam que a abordagem da Gestalt-terapia se fundamenta no diálogo entre o paciente e o terapeuta, o que abre possiblidades para cuidar e resignificar o estado do adoecer. “Isto quer dizer que é viável favorecer um transitar do paciente pelos nós deste processo e pelo encontro com suas potencialidades, a fim de desatá-los”, falam citando Polito.

Kislley e Karine pontuam ainda que o apoio psicológico consiste justamente no entrar em contato com os conflitos relacionados à doença, o que modificou o contexto de vida da pessoa, como ela reage diante das dificuldades encontradas, que possibilidades e perspectivas de melhora ou piora está experimentando, o que consegue enfrentar, o que isola ou ignora, até mesmo como um processo de evitação ou mesmo fuga.

Acrescentam que a proposta do terapeuta é de colocar para o paciente que ele pode apoiar-se em si mesmo, desenvolvendo auto suporte e ainda responsabilizar-se sobre o que fazer ao encontrar-se adoecido.

Por Adriana Lemos – Jornalista e psicóloga

Delírios de consumo de Becky Bloom e a compra compulsiva

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Filme trata do transtorno de impulso explicitado nas compras descontroladas

“Os Delírios de Consumo de Becky Bloom” é um filme de 2009 inspirado no livro homônimo escrito pela britânica Sophie Kinsella. Apesar de não ser recente, o filme torna-se bastante atual por sua abordagem bem humorada sobre o consumismo.

O filme conta a história de Rebecca Bloomwood, uma jornalista consumista que está afogada em dívidas, mas ainda sim continua comprando mesmo estando desempregada e endividada com o banco, com os seus doze cartões de crédito e até com sua melhor amiga. Para tentar sanar suas dívidas, Becky consegue um emprego em uma revista de economia onde assina uma coluna com dicas de controle de finanças camuflando seu próprio fracasso financeiro, entretanto ela vê o emprego como uma oportunidade já que seu sonho profissional é trabalhar em uma renomada revista de moda da mesma editora.

Apesar da abordagem leve o filme mostra como as compras compulsivas de Becky afeta não apenas a sua situação financeira como também as suas relações sociais. E se repararmos bem, o tema não poderia ser mais atual.

O consumismo é apontado como uma consequência do sistema capitalista e em seus primórdios atuava como agente de segregação onde quem poderia pagar mais por determinado produto ou serviço tinha um status mais elevado diante da sociedade o que ainda continua perfeitamente embutido em nossa sociedade.

Hoje somos constantemente convencidos de que precisamos “ter” para “ser”. Para “sermos alguém” e aceitos dentro de nossos ciclos de convivência precisamos ter o último modelo daquele famoso celular, temos que ter aquela sandália caríssima que a blogueira usou essa semana, temos que trocar de carro todo ano, temos que viajar e uma infinidade de outras coisas que são, fazendo o uso de uma expressão do mundo da moda, o “must have” do momento.

Assim como na compulsão alimentar, da qual falamos na semana passada, o consumo compulsivo, que também é conhecido como oniomania, é uma válvula de escape para frustrações, uma compensação. Comprar compulsivamente é um transtorno do impulso que muitas vezes está associado a outros problemas, como depressão, ansiedade, transtorno afetivo bipolar, ciclotimia, baixa autoestima.

Entre algumas características do transtorno está a sensação de euforia e bem estar no ato da compra, gastos que superam os ganhos mensais, compra de artigos apenar para guarda-los entre outros, mas em seguida o sofrimento pelo ato da compra pode definir a compulsão. Assim como outros transtornos a oniomania deve ser tratada a fim de evitar não apenas a falência financeira do indivíduo como também danos irreparáveis a suas relações sociais. A busca por um profissional de saúde mental psicólogo e/ou psiquiatra se faz necessário.

Por Letícia Lustosa *
Edição Adriana Lemos – Jornalista e psicóloga

*Colaboração especial para o site da Cuidarte

A relação entre emoções e a comida

A alimentação tem também funções de nível subjetivo
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Vocês já repararam o quanto aquilo que ingerimos está ligado às nossas variações emocionais? Devorar um pacote de biscoito recheado compulsivamente, perder a fome por estar preocupado, ter ataques de gula e hiperfagia por estar triste são apenas algumas cenas, que nos sãos familiares e demostram essa relação.

O fato é que usamos a comida para nos punir e compensar, além dela ser o meio de nos nutrirmos de algo que falta em nós, que não é da funcionalidade do alimento em si, mas da ordem do subjetivo ou ainda podemos “vomitar” o que nos sufoca. Carência de afeto, culpa, ansiedade, revolta por não ser e/ou ter o que imaginariamente achamos que nos faria feliz.

Como qualquer ser humano, algumas vezes já me peguei compensando uma frustação ou outra na alimentação. Ainda bem que não tenho tendência a obesidade, mas me observo para não exagerar, sem falar que a idade chega e se quisermos ter qualidade de vida é necessário adotarmos alguns hábitos.

Não vejo problema nenhum em nos compensarmos, pois também vivemos para ter prazer e comer nos propicia isto. Não é disso que se trata esse bate-papo, entretanto é importante percebermos nossa relação com a comida, pois quando ela é inadequada pode nos levar a desenvolver transtornos alimentares, como obesidade, bulimia e a anorexia.

Todos esses transtornos podem tirar não só nossa saúde física, mas minam também o nosso emocional e a autoestima. Então aqui entra a psicologia para nos ajudar. Se estamos com problemas e não estamos conseguindo virar o jogo sozinho, vamos mudar isso com a ajuda de um profissional e fazer um novo começo, voltar a comer sem culpa, ficar de bem com o espelho e com nós mesmos.

Para alcançarmos isso o primeiro grande passo é querer e ter em mente que cada um de nós é responsável por essa virada. O psicólogo, no caso, vai te ajudar a encontrar o caminho, que passa pelo autoconhecimento, superação de questões emocionais e conflitos, motivação, acolhimento e escuta da sua individualidade. O resto da estrada é escolher caminhos que faça você mudar de hábitos e ter uma nova relação com a comida, mundo e com você mesmo.

Por Adriana Lemos
Jornalista e psicóloga

As máscaras que tiramos e usamos no carnaval

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Uma pequena reflexão sobre o período em que a maioria se norteia pelo princípio prazer

Oficialmente o carnaval só começa nesse sábado, 06 de fevereiro, mas em muitos lugares do país já é tempo de cair na folia. Todos sabem que a origem do carnaval remonta aos bacanais e festejos similares na Roma antiga e hoje é conhecida como a festa da carne. Alguns historiadores usam a expressão Carne Levare para falar da sua origem e ela quer dizer afastar a carne. Uma espécie de último momento de alegria e festejos profanos antes do período triste da quaresma, lembrado pela igreja católica.

O fato é que o carnaval, em linhas gerais, é uma época em que as pessoas deixam as máscaras sociais de trabalho, obrigações, preocupações, convenções e a racionalidade de lado, e incorporam fantasias e papéis regidos pela sensualidade e brincadeira. Assim o princípio do prazer norteia a maioria das pessoas nos quatro dias de festa popular.

Travestidos então numa fantasia e com a individualidade protegida de críticas e julgamentos, os foliões brincam de forma livre e despreocupada. As pessoas tendem a interagir entre si independentemente de cor, credo ou classe social. É um momento também de se fazer críticas por meio das fantasias sem medo de represália.

Esse comportamento livre e irreverente é ruim?! Não, pois é um momento de relax, de poder representar outros papéis, de extravasar, fazer críticas sociais e não se levar tão a sério. É uma válvula de escape para as pressões da vida. O problema reside nos excessos em nome única e exclusivamente do prazer.

Então evite excessos pelo seu bem-estar físico e psíquico futuros. E lembre-se que todo comportamento nosso traz consequência e estas podem ser desagradáveis. Além disso, é interessante refletir que somos nós os responsáveis pelos nossos atos, e não a festa ou outrem.

Aproveite o período de carnaval do lado de quem você quer bem, brinque, relaxe e revigore as energias para voltar à realidade na quarta-feira de cinzas com todo o gás para o resto do ano.

Em resumo, precisamos também de um pouco de fantasia, ela faz bem para nossa cabeça, mas por outro lado precisamos manter nossos pés no chão se não quisermos lamentar. Afinal, como diz a música, todo carnaval tem seu fim!

Bom feriado a todos e até o nosso próximo texto!

Adriana Lemos
Jornalista e Psicóloga