A relação entre emoções e a comida

A alimentação tem também funções de nível subjetivo
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Vocês já repararam o quanto aquilo que ingerimos está ligado às nossas variações emocionais? Devorar um pacote de biscoito recheado compulsivamente, perder a fome por estar preocupado, ter ataques de gula e hiperfagia por estar triste são apenas algumas cenas, que nos sãos familiares e demostram essa relação.

O fato é que usamos a comida para nos punir e compensar, além dela ser o meio de nos nutrirmos de algo que falta em nós, que não é da funcionalidade do alimento em si, mas da ordem do subjetivo ou ainda podemos “vomitar” o que nos sufoca. Carência de afeto, culpa, ansiedade, revolta por não ser e/ou ter o que imaginariamente achamos que nos faria feliz.

Como qualquer ser humano, algumas vezes já me peguei compensando uma frustação ou outra na alimentação. Ainda bem que não tenho tendência a obesidade, mas me observo para não exagerar, sem falar que a idade chega e se quisermos ter qualidade de vida é necessário adotarmos alguns hábitos.

Não vejo problema nenhum em nos compensarmos, pois também vivemos para ter prazer e comer nos propicia isto. Não é disso que se trata esse bate-papo, entretanto é importante percebermos nossa relação com a comida, pois quando ela é inadequada pode nos levar a desenvolver transtornos alimentares, como obesidade, bulimia e a anorexia.

Todos esses transtornos podem tirar não só nossa saúde física, mas minam também o nosso emocional e a autoestima. Então aqui entra a psicologia para nos ajudar. Se estamos com problemas e não estamos conseguindo virar o jogo sozinho, vamos mudar isso com a ajuda de um profissional e fazer um novo começo, voltar a comer sem culpa, ficar de bem com o espelho e com nós mesmos.

Para alcançarmos isso o primeiro grande passo é querer e ter em mente que cada um de nós é responsável por essa virada. O psicólogo, no caso, vai te ajudar a encontrar o caminho, que passa pelo autoconhecimento, superação de questões emocionais e conflitos, motivação, acolhimento e escuta da sua individualidade. O resto da estrada é escolher caminhos que faça você mudar de hábitos e ter uma nova relação com a comida, mundo e com você mesmo.

Por Adriana Lemos
Jornalista e psicóloga