Kyslley Urtiga ministra palestra sobre a morte

“Vamos tomar café e falar sobre a morte?” Foi através deste convite que os funcionários da Superintendência do Banco do Brasil em Teresina levaram à mesa um tema universal que as pessoas geralmente não tem estímulo ou oportunidade de abordar.

A diretora da Clínica Cuidarte, psicóloga Kyslley Urtiga, foi a facilitadora do Café, e destacou que
falar sobre a morte, sobre o luto por alguém querido, ou sobre a nossa própria finitude é a única forma possível de tornar essa realidade ou perspectiva menos assustadora e ao mesmo tempo tranquilizadora e inspiradora.

‘Bate-papo esclarecedor. Tomamos café e falamos sobre morte. Agradeço a Superintendência do BB pelo convite e confiança. Lisonjeada com os depoimentos pós encontro. Sensação de dever cumprido. Aceitar a finitude, falar sobre anseios, medos, expectativas e desejos, passamos a viver melhor e nos preparar para nossa morte e a partida de entes queridos com mais tranquilidade”, disse Urtiga.

 
Apesar de ter como tema a morte, a conversa no café também falou sobre a vida, sobre como as pessoas desejam viver mais plenamente, e como podem compartilhar seus desejos, medos e escolhas com as pessoas que amam.

Sono insuficiente: 58% das crianças e 78% dos adolescentes dormem menos do que deveriam

17Seis dicas para evitar o problema, que está relacionado com a obesidade nessas fases da vida.

Já é sabido que uma duração mais curta do sono está associada a vários problemas de saúde, entre eles diabetes, hipertensão arterial e sobrepeso nos adultos. No entanto, novos estudos mostram que o sono insuficiente também nas crianças e adolescentes está relacionado com uma maior taxa de obesidade. E, infelizmente, a obesidade na adolescência é altamente prevalente. Cerca de 58% das crianças em idade escolar e 78% dos os adolescentes em idade escolar tem sono insuficiente.

Além disso, foi observada uma diferença entre os sexos: dormir mais tarde, especialmente nos finais de semana, foi associado a maior massa gorda nas meninas. Esses resultados indicam que o tempo de sono precisa ser considerado para a prevenção e tratamento da obesidade em adolescentes, principalmente entre as mulheres.

Esse estudo mostra também que a modificação do sono pode ser fator independente para o sobrepeso e, portanto, alvo de tratamento e atenção dos pais e profissionais da saúde. Quanto menor a duração do sono em crianças, maior a probabilidade do sobrepeso. No entanto, ainda é dúvida para muita gente se o sono pode ser alterado. Os estudos existentes são focados na redução dos problemas do sono, ao invés de melhorar a duração do sono.

Como então melhorar o sono da criança e prevenir as alterações metabólicas?

1. Evite uso de telas após determinado horário (celulares, tablets, televisões e computadores);
2. Evite alimentos estimulantes após as 18h (ex: bebidas com cafeína, açúcar, erva mate, chocolate e outros estimulantes);
3. Invista na prática de exercícios diariamente no período da manhã (exercícios físicos no período da noite podem elevar o cortisol e prejudicar o sono);
4. Evitar as sonecas diurnas pode ser uma aliada importante;
5. Tenha uma “rotina do sono”, com horários certos para dormir;
6. Use aromaterapia para ajudar na latência do sono (ex: lavanda, manjericão, sândalo…).

Fonte: G1

Como as relações sociais afetam a imunidade?

Tom Jobim já dizia, em sua famosa canção “Wave”, que “é impossível ser feliz sozinho”. E a ciência está aí para assinar embaixo dos seus versos. Um estudo das universidades da Califórnia e de Chicago, nos Estados Unidos, comprovou que as relações sociais impactam, sim, na imunidade.

Foram avaliadas 141 pessoas por uma década – um quarto delas se declarava socialmente isolado. Os experts coletaram amostras de sangue e urina dos participantes no quinto e no décimo ano da pesquisa para medir diversos parâmetros relacionados às células de defesa.

Os solitários apresentavam maior atividade de genes promotores de inflamação, enquanto certas proteínas antivirais se encontravam escassas. “Na solidão, predomina a tristeza. Por isso, a falta de proximidade com os outros alavanca as taxas de cortisol e rebaixa as de dopamina, hormônio do humor e do bem-estar”, analisa Esdras Vasconcellos, professor do Instituto de Psicologia da USP.

Fonte: M de Mulher

Música e meditação pelo bem do cérebro

Estudo afirma que essa dupla é capaz de combater o declínio de funções cognitivas, relacionado a demências

Assim como os músculos, o cérebro precisa de treino para se manter saudável ao longo dos anos e, assim, retardar o chamado comprometimento cognitivo leve (CCL), uma forma branda de demência que pode evoluir para o Alzheimer. E o que estimularia a memória, a atenção e outras habilidades cognitivas? A epidemiologista Kim Innes e seus colegas da Universidade de West Virginia, nos Estados Unidos, apostaram na meditação e na música.

Eles recrutaram 60 voluntários e testaram o raciocínio e a capacidade de guardar recordações de cada um. Em seguida, durante três meses, essa turma foi incentivada a dedicar 12 minutos por dia à musicoterapia (canções ou melodias relaxantes utilizadas em contexto clínico) ou à Kirtan Kriya (meditação que envolve exercícios de respiração, mantras, movimentos com os dedos e visualização). Os participantes ainda poderiam dobrar o período destinado a essas práticas, totalizando um semestre antes de passar por outra avalição, se desejassem.

Ao fim da experiência, as duas técnicas proporcionaram melhoras significativas quanto ao desempenho de funções cognitivas e da memória operacional (ligada à percepção e a coordenação motora). Vale ressaltar que essas duas habilidades mentais são prejudicadas já nos primeiros estágios de uma demência.

O artigo, publicado no Journal of Alzheimer’s Disease, também ressalta que tanto a musicoterapia quanto a meditação reduzem o estresse e favorecem o humor e a qualidade do sono, o que é benéfico até para casos de Alzheimer em estágio avançado. A primeira, inclusive, pode ser empregada para auxiliar os pacientes a relacionarem o que ouvem nas sessões com acontecimentos importantes, ativando mecanismos da memória de longo prazo. E o melhor: ambas são muito prazerosas.

Fonte: Saúde Abril

Dicas para crianças exercitarem a mente brincando de diversas formas

É comprovado cientificamente que crianças que se exercitam, brincam e correm têm sua capacidade cognitiva melhorada, como se o “pensar” fosse mais desenvolvido. Entre os 8 e 9 anos é que essa característica fica mais em evidência. Ou seja: é quando mais eles precisam exercitar o cérebro. Aliás, a prática ajuda também a conquistar amigos, criando mais laços comportamentais e evitando isolamento.

Palavras cruzadas

Não é só os mais velhos que precisam fazer as tradicionais palavras cruzadas. Ainda vendidas em revistas, hoje também estão disponíveis na internet. Estimule os pequenos a cruzar as informações e brincar nesse passatempo, que tem versões exclusivas para crianças. Com um pouco de tempo, também dá para criar o próprio jogo, estimulando assuntos recorrentes da criança.

Caminhos diferentes

Estimule e use caminhos variados na hora de ir aos lugares (sempre com segurança, é claro). Isso faz com que o cérebro exercite mais a memória, melhorando a capacidade cognitiva dos pequenos.

Contas no papel

Sim, faça os cálculos à moda antiga Não deixe que a tecnologia tome conta dessa prática com seus filhos. Assim, estimule-os a também realizar as contas usando o jeito original, com papel e caneta.

Jogue stop

Nome, carro, cidade… Brinque de stop com seu filho. Além do jogo tradicional, você pode adaptar e usar as coisas que estão mais no mundo dele, como desenhos ou personagens infantis.

Xadrez

Já pensou em ensinar seu filho a jogar xadrez? Você não sabe? Então, tá na hora de aprender. E passar pra ele!

Brinquedos

De vez em quando, mude os brinquedos de lugar. Não os deixe sempre nas mesmas caixas ou espaços. Isso faz com que a criança faça o exercício de buscar alternativas para encontrar os objetos desejados, estimulando assim o cérebro.

Aplicativos

Existe uma lista interminável na internet de aplicativos que ajudam a exercitar o cérebro dos pequenos Basta pesquisar e encontrar as opções mais apropriadas para a idade.

 

Fonte: Estadão Conteúdo

Filme brasiliense sobre Transtorno de Personalidade Borderline estreia em 20 cidades

Longa ‘Eu sinto muito’, de Cristiano Vieira, expõe sintomas da doença. Considerada uma das mais comuns entre transtornos de personalidade, Borderline é difícil de ser identificada.

Você já ouviu falar no Transtorno de Personalidade Borderline? Caracterizado por intensa instabilidade emocional, ele está entre as cerca de 100 doenças mentais classificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e entre os transtornos de personalidade mais comuns no mundo.

No entanto, o diagnóstico é impreciso e tornam a identificação e o tratamento difíceis de alcançar, dizem médicos e pesquisadores (veja detalhes ao final da reportagem).

Em referência ao Dia Mundial da Saúde Mental, comemorado nesta quinta-feira (10), o filme brasiliense “Eu sinto muito” tenta aproximar a população dos sintomas considerados mais comuns.

A estreia do longa-metragem de Cristiano Vieira e Antônio Balbino estava prevista para quinta, mas foi adiada para esta sexta (11). O filme será exibido em Brasília e em outras 19 cidades, e ficará em cartaz por duas semanas.

Na trama, o cineasta Júlio – interpretado por Rocco Pitanga – tenta gravar um documentário sobre o transtorno e acaba por enfrentar marés conturbadas nas tratativas com os entrevistados. Quando ele não está por perto, as câmeras evidenciam as complexidades de quem vive com Borderline.

A história é uma versão ficcional do que poderia ter sido o próprio filme, segundo Vieira. “O Balbino chegou com essa ideia de tema e propôs um documentário, mas os potenciais personagens mudavam muito de humor e preferimos não arriscar, com medo de perder o controle”, explicou o diretor ao G1.

Assim, eles partiram de pesquisas e experiências pessoais para elaborar um roteiro que fosse o mais fiel possível à realidade. “Eu mesmo tive um relacionamento com uma pessoa ‘border’, mas ela não era diagnosticada”, disse Vieira.

Diagnóstico difícil
Segundo o médico e professor da Universidade de Brasília (UnB) Raphael Boechat Barros, “nada é preciso” no diagnóstico da doença e, em grande parte dos casos, as pessoas que têm o transtorno “passam a vida acreditando que os sintomas são apenas traços de personalidade”.

O professor disse que, normalmente, as pessoas procuram ajuda quando já tomaram uma série de decisões erradas ou se percebem em situações drásticas, como o fim de um casamento, por exemplo.

De acordo com Barros, as principais características do Transtorno de Personalidade Borderline são:

Mudança repentina de humor
Reações exageradas e impulsivas
Pouca preocupação com as consequências dos atos
Alta irritabilidade diante de respostas negativas
Idealização extrema
Agressividade (às vezes)

Da vida para a tela
São comportamentos como os descritos pelo médico e professor da UnB, Raphael Boechat Barros, que o filme “Eu sinto muito” expõe nas grandes telas. Ao adentrar a vida dos entrevistados para o documentário, o cineasta Júlio busca entender os processos de cada um.

“Fica claro, desde o começo do filme que estamos falando de pessoas que têm alguma anomalia na psique. Com a reflexão do próprio documentarista e o processo dele, você começa a entender os caminhos dos personagens”, explica Cristiano Vieira.

Do ponto de vista médico, embora a Personalidade Borderline seja de difícil detecção, ela é significativamente distinta do Transtorno Afetivo Bipolar.

“A pessoa bipolar tem, necessariamente, períodos bem definidos de euforia e de depressão. O borderline nunca vai estar com sintomas de depressão, a não ser que ele tenha as duas doenças, mas isso é raro”, explica o professor Raphael Boechat Barros.

Transtornos mentais
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), fatores como genética, estresse, nutrição, infecções perinatais e exposição a perigos ambientais podem contribuir para o surgimento de transtornos mentais.

Ainda de acordo com a OMS, metade de todas as condições de saúde mental começam aos 14 anos de idade, mas a maioria dos casos não é detectada nem tratada.

Em países de baixa e média renda, entre 76% e 85% das pessoas com estes tipos de transtornos não recebem tratamento. Em países de alta renda, o percentual varia de 35% a 50%.

Onde buscar atendimento
No Distrito Federal, foram realizados 52.538 atendimentos psicossociais de emergência entre janeiro e julho deste ano. A rede pública de saúde da capital dispõe das seguintes frentes de recepção e tratamento de pessoas com transtornos mentais:

Atenção básica em saúde: Unidades Básicas de Saúde, Consultórios na Rua, NASF-AB e Centros de Convivência e Cultura
Atenção psicossocial: Centros de Atenção Psicossocial (CAPS)
Atenção de Urgência e Emergência: SAMU 192, Sala de Estabilização, UPA 24 horas, Portas hospitalares de atenção à urgência/pronto socorro em Hospital Geral
Atenção Hospitalar: Leitos de psiquiatria em hospital geral, Serviço Hospitalar de Referência para Atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas (Leitos de Saúde Mental em Hospital Geral)

O longa “Eu sinto muito” foi produzido e dirigido por Cristiano Vieira, e roteirizado por ele, Antônio Balbino e Tui Segall. Fazem parte do elenco os atores Rocco Pitanga, Juliana Schalch, Carolina Monte Rosa, Wellington Abreu e Marcelo Peluccio.

Agora, Vieira está em processo de gravação do próximo longa, “Cisterna”. O filme aborda o sensacionalismo, as fake news e os impactos dessa relação entre a mídia e a população.

 

Fonte: G1

Pesquisa mostra como casais felizes discutem

Terapeutas lançam livro propondo oito encontros para tratar de questões cruciais do relacionamento

Em qualquer casamento, conflitos são inevitáveis, e mesmo as duplas felizes brigam. Aliás, os tópicos não diferem, nos relacionamentos bons e ruins: filhos, dinheiro, parentes, intimidade. Então, o que faz a diferença? Esse foi o fio condutor da pesquisa “Quais são os problemas conjugais dos casais felizes?” (“What are the marital problems of happy couples?”), realizada por estudiosos de quatro universidades norte-americanas. O resultado do levantamento apontou para a forma como as discussões eram conduzidas.

“Quando surge um conflito, a abordagem dos casais felizes é voltada para buscar uma solução, e isso fica claro inclusive nos tópicos que são discutidos”, explicou Amy Rauer, professora da University of Tennessee, que assina o estudo ao lado de mais três colegas: Allen Sabey (Northwestern University), Christine Proulx (University of Missouri) e Brenda Volling (University of Michigan). O quarteto acompanhou dois grupos de casais que se descreviam como felizes: 57 pares se situavam na faixa dos 30 anos e suas relações tinham cerca de nove anos; e 64 estavam juntos há quatro décadas, com idades em torno de 70 anos.

Todos listaram os temas sobre os quais discutiam. Os mais sérios eram intimidade sexual, lazer, dinheiro, comunicação e tarefas domésticas – para os idosos, saúde entrava nessa lista. Entre os assuntos mais fáceis de lidar estavam ciúmes, religião e família. Os pesquisadores observaram que as pessoas sempre concentravam sua energia nos pontos de fácil solução. Segundo Amy Rauer, tratava-se de uma decisão estratégica. “Focar continuamente nos problemas difíceis de serem solucionados pode minar o relacionamento, enquanto buscar logo a solução dos mais simples alimenta o senso de segurança dos dois parceiros. Se o casal sente que pode trabalhar em conjunto, tem confiança para enfrentar questões mais sensíveis”, avaliou a professora.

Saúde e sexo mostraram-se os quesitos espinhosos: são aqueles que afetam o sentimento de competência do outro, fazendo-o sentir-se vulnerável e embaraçado. Se uma base de confiança ainda não foi construída e sedimentada, as chances de impasse aumentam. Os casais longevos relataram um número menor de “arestas” e também de brigas, o que reforça trabalhos anteriores: “normalmente, eles decidem que alguns assuntos não valem uma discussão e priorizam o casamento. É como se escolhessem apenas as batalhas mais relevantes”, completou a pesquisadora.

Para quem tem dúvidas sobre a qualidade da vida a dois e gostaria de experimentar um caminho para o equilíbrio, o casal de terapeutas de família John e Julie Gottman acabou de lançar o livro “Eight dates: essential conversations for a lifetime of love” (em tradução livre, “Oito encontros: conversas essenciais para o amor de toda uma vida”). Na obra, eles propõem oito encontros para tratar de questões cruciais, como confiança, sexo, dinheiro, diversão e sonhos. Cada item tem um questionário que vai funcionar como um exercício de reflexão antes do “encontro”. Por exemplo, na categoria dinheiro, cada um é encorajado a pensar e falar sobre seu histórico familiar e escrever sobre os medos e expectativas que o tema suscita.

Casados há 32 anos, John e Julie têm um instituto batizado com seu nome que realiza pesquisa e treina terapeutas. Ambos são autores de diversas obras, em parceria ou separadamente. Em entrevista ao “The Guardian”, ele lamentou que os casais que estão juntos há algum tempo deixem de cuidar da própria relação: “é como se a curiosidade que tinham um pelo outro tivesse morrido”.

Fonte: BemEstar

Meditação: sim, você também consegue!

Jornalista e instrutor se juntam em livro para desmitificar e simplificar a prática — inclusive para quem tem pressa ou resistência.

Dan Harris é um apresentador de TV americano que passou a meditar e cuidar da mente após um ataque de pânico ao vivo. Jeff Warren é um instrutor de meditação canadense que, desde pequeno, teve de lidar com o fato de ser hiperativo. Em comum, ambos abraçaram a prática e a defendem como uma forma de se autoconhecer e tornar-se mais saudável e feliz. Eles se uniram numa viagem pelos Estados Unidos para divulgar a causa e a transformaram, aliada a ensinamentos e conselhos, em um livro cujo título entrega boa parte da proposta: Meditação para Céticos Ansiosos.

Na obra, além de narrarem experiências e insights, eles propõem exercícios para qualquer um virar um meditador — às vezes, basta uma sessão de um minuto por dia —, sempre da maneira mais pé no chão possível.

Uma prática para iniciantes ensinada no livro
1. Na posição: sentado de maneira confortável, comece respirando fundo. Alongue a coluna ao inspirar o ar e relaxe o corpo ao expirar.

2. Inspire e expire: respire normalmente e preste atenção nas sensações. Se ajudar, tome notas mentais ao inspirar e expirar.

3. Divagação e foco: não há problema se a mente viajar. Note o que causa a distração e direcione a atenção à respiração sem se culpar.

FICHA TÉCNICA
Meditação para Céticos Ansiosos
Autores: Dan Harris e Jeff Warren (com Carlye Adler)
Editora: Sextante
Páginas: 320

Onde encontrar:
Livraria Nova Aliança
Rua Olavo Bilac, 1258 – Centro, Teresina – PI
(86) 3221-6793
livrarianovaalianca@hotmail.com

Fonte: Saúde

O que é o estresse e como ele pode impactar sua saúde

O estresse é uma reação natural do organismo quando vivenciamos situações de perigo ou ameaça, mas pode se tornar crônico e levar a perda da saúde.

Depois de 13 anos como professora, Stela Hoshi, 34 anos, tomou a decisão que mudou sua vida, largar a carreira na educação infantil para se dedicar a um ateliê onde ensina costura e outras habilidades manuais. “Dava aula de inglês para crianças muito pequenas. Cheguei ao ponto de olhar crianças na rua e não querer lidar com elas. Ia à festa de aniversário de crianças da família e tudo o que queria era sumir dali. Comecei a refletir e senti que se continuasse eu não ia conseguir ter filhos e conviver com as pessoas”, relembra.

O que ela não sabia é que estava lidando com estresse, uma palavra que tem origem inglesa “stress”, que significa “pressão”, “tensão” ou “insistência”. O estresse é uma reação natural do organismo que ocorre quando vivenciamos situações de perigo ou ameaça. Esse mecanismo nos coloca em estado de alerta ou alarme, provocando alterações físicas e emocionais. A reação ao estresse é uma atitude biológica necessária para a adaptação às situações novas e atinge mais de 90% da população do mundo.

Segundo ela, em uma viagem de férias veio à gota d´água. “Estava tão sobrecarregada que passei dois dias chorando, sem conseguir relaxar. Foi quando meu marido sugeriu que eu deixasse o trabalho. Quando voltei, pedi demissão e comecei a procurar uma nova forma de vida e de trabalho”, conta.

“A profissão de professor é bastante pesada, parecia o trabalho não acabava. Quando chegava em casa, ainda tinha fichários para preencher, prova para corrigir, cortar os papéis para os alunos que eram pequenos. Sentia que dormia e acordava trabalhando. Isso foi pesando com o passar dos anos”, completa Stela.

Um ano depois, a professora enxerga o saldo da mudança de forma positiva. “É claro que a decisão afetou o lado financeiro. Hoje, não tenho mais aquele salário garantido. Mas sou muito mais tranquila, durmo sem ajuda de remédios”. Para quem tem vontade de tentar um novo caminho, Stela recomenda se organizar. “Não pretendia largar completamente meu trabalho, mas já pensava em reduzir a carga horária. Foi fundamental fazer uma poupança e contar com a ajuda do meu marido e da minha mãe para pensar o que eu podia fazer para mudar essa realidade”.

O estresse pode ser causado por condições desfavoráveis, sejam elas do ambiente profissional, familiar ou social, podem levar a um grau “negativo” de estresse, que desequilibra todo o organismo humano, propiciando o aparecimento de diversas doenças. Além disso, compromete a qualidade de vida e a saúde física e emocional, podendo gerar insônia, cansaço, dor de cabeça, tristeza e irritabilidade, dificuldade em se concentrar e falhas na memória, perda ou ganho de peso, insatisfação constante e isolamento social, má digestão, baixa imunidade.

Um estudo publicado este ano pela European Heart Journal, constatou que empregados que sofrem de estresse crônico têm 68% mais chance de desenvolver doenças cardíacas. Além disso, diversos levantamentos garantem que o problema aumenta o risco de desenvolvimento de neoplasias.

Tipos de estresse

1. Agudo: é mais intenso e curto, sendo causado normalmente por situações traumáticas, mas passageiras, como a depressão na morte de um parente.

2. Crônico: afeta a maioria das pessoas, sendo constante no dia a dia, mas de uma forma mais suave.

A evolução do estresse se dá em três fases:

Fase 1: Alerta

Ocorre quando o indivíduo entra em contato com o agente estressor. Sintomas: mãos e/ou pés frios; boca seca; dor no estômago; suor; tensão e dor muscular, por exemplo, na região dos ombros; aperto na mandíbula/ranger os dentes ou roer unhas/ponta da caneta; diarreia passageira; insônia; batimentos cardíacos acelerados; respiração ofegante; aumento súbito e passageiro da pressão sanguínea; agitação.

Fase 2: Resistência

O corpo tenta voltar ao seu equilíbrio. O organismo pode se adaptar ao problema ou eliminá-lo. Sintomas: problemas com a memória; mal-estar generalizado; formigamento nas extremidades (mãos e/ou pés); sensação de desgaste físico constante; mudança no apetite; aparecimento de problemas de pele; hipertensão arterial; cansaço constante; gastrite prolongada; tontura; sensibilidade emotiva excessiva; obsessão com o agente estressor; irritabilidade excessiva; desejo sexual diminuído.

Fase 3: Exaustão

Nessa fase, podem surgem diversos comprometimentos físicos em forma de doença. Sintomas: diarreias frequentes; dificuldades sexuais; formigamento nas extremidades; insônia; tiques nervosos; hipertensão arterial confirmada; problemas de pele prolongados; mudança extrema de apetite; batimentos cardíacos acelerados; tontura frequente; úlcera; impossibilidade de trabalhar; pesadelos; apatia; cansaço excessivo; irritabilidade; angústia; hipersensibilidade emotiva; perda do senso de humor.

Prevenção e controle

Alimentação: durante o processo de estresse, o organismo perde muitas vitaminas e nutrientes, portanto, para repor essa perda é recomendado comer muitas verduras e frutas, pois são ricas em vitaminas do complexo B, vitamina C, magnésio e manganês. Brócolis, chicória, acelga e alface são ricas nesses nutrientes. O cálcio pode ser reposto com leite e seus derivados.

Atividade física: qualquer atividade física proporciona benefícios ao organismo, melhorando as funções cardiovasculares e respiratórias, ajudando no condicionamento físico e induzindo a produção de substâncias naturalmente relaxantes e analgésicas, como a endorfina.

Atendimento

No período de 2014-2018 foram realizadas no Sistema Único de Saúde 132.663 consultas ambulatórias em decorrência de quadros associados ao estresse e 1.661 internações.

A assistência a pessoas com reação aguda ao estresse, estado de estresse pós-traumático e transtorno de adaptação é prestada nas Unidades de Saúde da Família, CAPS e Ambulatórios especializados.

Fonte: UOL

Como dormir pode ajudar a combater a depressão?

Todos sabemos que uma noite de sono ruim pode atrapalhar o andamento do dia, não é mesmo? Aquela sensação de cansaço, lentidão e problemas de concentração que só somem após o merecido repouso. Porém, quando a privação do descanso se torna algo constante, pode trazer, não somente problemas físicos, mas psicológicos também. Segundo um estudo publicado no JAMA Psychiatry, cerca de 75% dos pacientes com depressão informaram ter dificuldades para dormir ou insônia.

A depressão é uma doença psiquiátrica que afeta diretamente o emocional das pessoas. Entre os sintomas, estão tristeza, pessimismo, baixa auto-estima, além de alteração de humor e pode provocar a ausência de prazer em atividades que antes faziam bem para o indivíduo. De acordo com a consultora do sono, Renata Federighi, a privação e distúrbios do sono podem aumentar o risco de desenvolver esse mal.

“Distúrbios do sono são comuns nos dias de hoje, muitas vezes, são reflexo de um descanso de má qualidade. No geral, podem ser relacionados aos hábitos errados na hora de dormir, como preocupação e ansiedade ao deitar, ficar em uma postura errada ou com travesseiro inadequado, se alimentar em horários irregulares e a falta de uma rotina para o repouso”, comenta a especialista.

Dormir tem um papel importante no corpo humano, as horas de repouso servem para regular hormônios no organismo, como os níveis de cortisol, responsável por controlar o estresse, reduzir inflamações, auxiliar o sistema imunológico, além de ajustar os níveis de açúcar no sangue. Esse desequilíbrio hormonal pode causar algumas doenças, entre elas a depressão e ansiedade.

“Uma boa noite de sono é essencial para a saúde e bem-estar das pessoas. Algumas dicas na hora de dormir podem ajudar a melhorar a qualidade de vida”, destaca Federighi.

Dicas para ajudar a quebrar o ciclo sono e depressão

O cuidado com a higiene do sono é o primeiro passo para melhorar a qualidade na hora de dormir. “Estabeleça uma rotina relaxante para repousar, tome um banho quente e leia um livro. Evite o consumo de cafeína, álcool e o uso de smartphone, pelo menos 30 minutos antes de deitar.  Faça do quarto um ambiente para descanso, sem luzes fortes e barulhos”, sugere a consultora.

Outra dica é fazer atividades físicos, afinal, não dá para desconectar a saúde da mente com a do corpo. Exercícios liberam hormônios ligados ao bem-estar e antidepressivo, como a serotonina e a dopamina. “Qualquer esporte é válido. Andar de bicicleta, fazer caminhadas, dançar ou praticar ioga, além de liberar endorfina, vão melhorar a qualidade do seu sono”, destaca.

A depressão pode interferir nos relacionamentos pessoais e profissionais das pessoas, e a privação do sono pode intensificar os sintomas, que chegam a atrapalhar as atividades diárias. Por esse motivo, os problemas relacionados ao repouso e ao estado emocional devem receber uma atenção maior quando isso acontece. “Procurar apoio especializado não deve ser um tabu, em nenhum dos casos”, completa Renata.

 

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