Por tudo que se faz na cama: do sexo ao sono

Equilíbrio!! Acredito que essa será a palavra-chave.
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Muitos casais consideram importantíssimo o sexo para a harmonia da relação, mas será que já pararam para pensar que a dificuldade para dormir causada pelo ronco do parceiro(a) ou a disfunção de climatério e menopausa poderiam ser as verdadeiras causas do distanciamento íntimo do casal?
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Inicialmente, é importante salientar que tanto o sono, quanto o sexo recebem influências diretas de fatores biológicos, fisiológicos, emocionais, sociais e culturais. Assim, construir uma intimidade com ações inesperadas, surpreendentes e imprevisíveis é uma das formas comemorativas de intensificar e apimentar a relação sexual. Ademais, não podemos esquecer que o cuidado e atenção à saúde do parceiro(a) também é fundamental para uma melhora na relação do casal. Nesse ínterim, é de relevante ressalte que dormir com qualidade trará não só um bom desempenho na cama, melhorando o humor, a memória e a imunidade, como também reduzirá o risco de doenças como diabetes, hipertensão arterial, obesidade e depressão.
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Desse modo, evidencia-se que o sono é fundamental, dentre outros fatores, para a vida sexual do indivíduo. Em contra partida, Fernando Molina defende que hormônios sexuais como estrógeno, progesterona e testosterona têm um importante papel em praticamente todos os processos fisiológicos, inclusive na respiração. Esta que, por sua vez, influencia diretamente no sono.
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Em adição, vários distúrbios respiratórios, os quais influenciam diretamente no sono e na qualidade de vida do indivíduo, a exemplo do SAOS (Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono), também apresentam clara diferença de prevalência em termos do gênero, conferindo de modo ainda mais acentuado a importância dos hormônios sexuais no sono.
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Desta feita, cabe reiterar que sexo e sono devem estar em perfeito equilíbrio, vez que por meio dessas duas funções importantes para a vida, o casal conseguirá construir uma relação mais prazerosa.

Outrossim, vale ressaltar que o diálogo é fundamental para a manutenção da saúde dos relacionamentos. Ora, a maioria dos brasileiros consideram seu desempenho de bom a excelente em qualquer etapa da vida, pelo menos em sua auto-avaliação. Contudo, conforme a Dra. Carmita Abdo, em pesquisa realizada com mais de 7000 brasileiros, é melhor não submeter esse mesmo questionamento à opinião do(a) parceiro(a).

Por fim, diante de todo o exposto, aproveite a data para ativar os “fetiches” esquecidos no armário, fantasiando para o inesperado encontro com a liberdade. E, não esqueça, percebendo a dificuldade no sono do parceiro(a) oriente o(a) para buscar um auxílio especializado com um profissional do sono. Lembre-se que amar também é cuidar!

Por Kyslley Urtiga, psicóloga do sono e terapeuta sexual