Não aposente seu cérebro

Há muitas formas de manter a mente ativa: aprender coisas novas, exercitar-se, socializar e ajudar os outros.

Seu cérebro se acostumou a trabalhar para aumentar continuamente a eficiência com que você lida com os compromissos diários. Ampliar os horizontes é seu estado natural, como atestam os seres humanos desde a mais tenra infância. Portanto não incorra no erro de achar que ele deve se aposentar. Mesmo que sua rotina não seja mais tão pesada e você disponha de tempo para relaxar, a verdade é que seu cérebro continua querendo atingir novos patamares. Se obrigá-lo a permanecer inativo, saiba que ele passará a produzir menos neurotransmissores que estão associados ao bem-estar e ao prazer.

Uma das resoluções de fim de ano mais importantes é comprometer-se a manter seu cérebro feliz. Não é tão difícil conseguir esse objetivo, há quatro elementos capazes de “alimentar” esse circuito virtuoso: aprender coisas novas, exercitar-se, socializar e ajudar os outros. Incorporar o exercício ao seu dia a dia é mandatório, como o médico repete o médico à exaustão, mas inclua os demais itens à sua rotina.

Procure experiências e atividades que deem trabalho ao cérebro: de aprender uma nova língua (há cursos gratuitos on-line) a dançar. Comece com um diário, pense em escrever suas memórias para os descendentes. Toda vez que nos sentimos valorizados por alguma contribuição, produzimos hormônios ligados à felicidade. Por isso compartilhar o que sabemos e ajudar os outros têm um efeito tão poderoso. Isolar-se tem o resultado oposto.

Sem ideias de como começar? Lembre-se do que gostava aos 20 anos. Será que não dá resgatar esses interesses? Domina algum campo de conhecimento que pode ser útil para outras pessoas? Pense num trabalho voluntário, que vai “remunerar” você de uma forma mais profunda do que jamais imaginou. Procure estar em contato com a natureza, que vai ajudá-lo a transformar pequenos momentos em grandes prazeres. Seu cérebro é a soma do que você vê, fala, pensa, ri. Imagine o início da velhice como uma nova adolescência. Aliás, o termo gerontolescente tem exatamente esse propósito: a vida ainda tem muito a oferecer, não se recolha aos aposentos.

Fonte: Bem- Estar