Relacionamentos ‘ioiô’ prejudicam a saúde mental

Quanto mais um casal termina e ‘faz as pazes’, maiores são os riscos da aparição de transtornos mentais como depressão e ansiedade

Conhecidos “ioiô” ou “ping-pong”, relacionamentos em que os casais terminam e voltam com frequência podem ter impacto negativo na saúde psicológica das pessoas, aponta estudo publicado recentemente na revista Family Relations. Segundo especialistas, terminar o namoro e depois de pesar os prós e contras reatar nem sempre é ruim; na verdade, a separação pode ajudar os parceiros a perceberem a importância do relacionamento, contribuindo para uma união mais saudável e comprometida.

No entanto, se esta atitude é corriqueira, pode indicar que algo não vai bem e pode ser extremamente tóxico para a saúde emocional e mental. “As descobertas sugerem que as pessoas que terminam a relação e voltam a ficar juntas precisam analisar a situação mais de perto para determinar o que e por que não está funcionando”, explicou Kale Monk, professor da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos, ao Medical Daily.

Reflexo emocional
Os relacionamentos amorosos exercem grande efeito no bem-estar dos indivíduos, assim como o término está associado ao sofrimento psicológico, que pode ser pontual e de curta duração. Entretanto, quando esse ciclo se repete com o mesmo parceiro, pode facilitar a aparição de problemas mais graves, como a depressão.

Para comprovar cientificamente esta realidade, os pesquisadores avaliaram 545 participantes – 266 estavam em relacionamentos heterossexuais e 279 se relacionavam com pessoas do mesmo sexo. A escolha dos relacionamentos homossexuais foi um proposta da equipe para identificar as disparidades existentes entre os diferentes tipos de relações amorosas.

 

Fonte: Veja

Nunca fomos tão infelizes, mostra pesquisa do Instituto Gallup

A condição, que afeta países pobres e ricos, está associada ao estresse, problemas financeiros e violência

A população mundial está menos feliz em 2018, é o que aponta pesquisa publicada pelo Instituto Gallup. A queda nas taxas de felicidade no mundo está relacionada, em especial, ao aumento do estresse originado pelas mais variadas razões. O levantamento revelou que humor global enfrenta seu pior momento desde que a primeira sondagem do tipo foi realizada em 2006. “Coletivamente, o mundo está mais estressado, preocupado, triste e sofrido hoje do que jamais vimos”, comentou Mohamed Younis, editor-gerente do grupo, em relatório.

O documento apontou que o país mais infeliz é a República Centro-Africana, devido a conflitos internos sangrentos que prejudicam o acesso de grande parte da população ao básico. Como a maior parte do território está fora do controle do governo, cerca de três em cada quatro moradores disseram ter sentido dor e preocupação nos últimos meses. Outros países com baixo registro de felicidade foram Iraque, Iêmen e Afeganistão – os dois últimos enfrentam guerras.

Segundo a BBC, o Relatório Mundial da Felicidade da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado no início do ano, mostrou que a felicidade no Brasil também sofreu uma queda, caindo seis posições no ranking em relação à última pesquisa: agora ocupamos o 28° lugar numa lista com 156 países. Corrupção, questões financeiras e violência foram alguns dos itens que podem ter contribuído para o declínio.

Riqueza não traz felicidade

De acordo com a nova pesquisa, mesmo os países mais ricos não ficaram imunes à mudança de humor. Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de metade dos entrevistados afirmou estar estressado – esse número foi muito similar às proporções registradas na República Centro-Africana.

Jan-Emmanuel de Neve, economista e professor da Universidade de Oxford, no Reino Unido, comentou que verificar essa piora no humor global é perturbador, especialmente quando há crescimento do progresso material no mundo. “Provavelmente existe um indicador mais estrutural ligado ao fato de a riqueza crescente não ser suficientemente inclusiva”, disse.

Apesar de não estar entre os países mais ricos, o Paraguai liderou a tabela das nações mais positivas: os moradores revelaram-se descansados, foram tratados com respeito, se divertiram ou aprenderam algo no dia anterior.

E o Brasil?

O relatório da ONU apontou que no Brasil, assim como em outros países da América Latina, a percepção de corrupção generalizada, as dificuldades econômicas – para 36% dos brasileiros os rendimentos financeiros não são suficientes para cobrir as necessidades – e os índices de violência contribuem para uma perda na satisfação da população em relação à própria qualidade de vida. Entre entrevistados do Brasil, Equador, Peru e Venezuela, 15% disseram ter sido vítimas de algum crime em 2017.

Onde está a felicidade?
Na Finlândia. O país conseguiu desbancar a Noruega, que apareceu em primeiro lugar na pesquisa anterior. Enrre alguns dos itens medidos pela pesquisa estavam o PIB per capita, o apoio social, a expectativa de vida, a saúde, a liberdade social, a generosidade e a ausência de corrupção.

Para os finlandeses, o acesso à natureza, à segurança, às boas creches e escolas e à assistência médica gratuita de qualidade estão entre os melhores pontos do país. Nem mesmo os invernos intensos foram capaz de reduzir a felicidade na Finlândia. Outros países onde o índice de felicidade é elevado são: Dinamarca, Islândia, Suíça, Holanda, Canadá, Nova Zelândia e Austrália.

Fonte: Veja

Kyslley Urtiga participa de congresso internacional em sexualidades

 

A Clínica Cuidarte esteve representada no I Congresso Internacional Multidisciplinar em Sexualidades (CIMSEX), realizado entre de 12 a 14 de setembro, em Campinas (SP). A diretora da Cuidarte, psicóloga e terapeuta sexual Kyslley Urtiga, participou do evento, que reuniu profissionais de diversas áreas de atuação na discussão aprofundada de temas relacionados à diversidade e expressão comportamental e sexual humana.

Para Kyslley Urtiga, o Congresso oportunizou o compartilhamento de experiências, o entendimento das transformações sociais e das possibilidades de expressão da sexualidade. Além da orientação de como os profissionais devem lidar com as mudanças que estão ocorrendo. “Esse evento ampliou muito a minha visão em relação a atender cada vez melhor às diferentes demandas, os novos casais, as novas famílias, a questão da transformação de gênero – transexualidade. Como orientar, ajudar os transexuais, inclusive na inserção no mercado de trabalho”, destaca a profissional.

Ainda de acordo com a terapeuta, o Congresso abordou as mais diferentes linguagens contemplando o mesmo tema, em um momento muito deliciado no país, de profunda intolerância. “Foram vários temas que levam a ampla discussão sobre a atuação que vou ter sobre o trabalho que desempenho. Como lidar com a angústia das pessoas homoafetivas, e nessa busca de uma nova construção dentro da terapia sexual de casal, as dificuldades que mais ocorrem entre os casais, apontando novas técnicas que favorecem o diálogo”, pontua Kyslley.

O evento teve como palestrantes Oswaldo M. Rodrigues Jr., psicólogo e psicoterapeuta sexual e de casais do InPaSex e presidente do I CIMSEX em conjunto com Carla Zeglio e Rodolgo Pacagnella; Ana Carolina Borges, advogada e membro da Comissão da Diversidade Sexual e Combate à Homofobia da OAB/SP; e Luis Pérez Flores, presidente da Asociación Latinoamericana de Análisis y Modificación del Comprotamiento y Terapia Cognitivo (ALAMOC); Roberto Banaco, psicólogo; Dennis Zamignani, psicólogo; Daniel Sócrates, psiquiatra, dentre outros.

 

No ‘setembro amarelo’, redes sociais lançam ferramentas de prevenção ao suicídio

Campanha inclui vídeos e recursos automatizados produzidos por youtuber, cineasta e especialista em suicidologia. Twitter lançou iniciativa em parceria com o CVV.

O Facebook Brasil lançou, nesta quarta-feira (12), uma ferramenta para auxiliar na prevenção do suicídio. Batizado de #EuEstou, o projeto foi idealizado pelo youtuber PC Siqueira juntamente com o cineasta M. M. Izidoro, e tem consultoria da psicóloga Karen Scavacini, especialista em suicidologia e cofundadora do Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio. A iniciativa é a segunda a ser lançada por redes sociais dentro do “setembro amarelo”, que é uma campanha de prevenção ao suicídio iniciada em 2015. Durante todo o mês, orgãos de saúde e empresas são convidados pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo Conselho Federal de Medicina e pela Associação Brasileira de Psiquiatria a fazer projetos para evitar doenças como a depressão, um dos principais catalisadores de um pessoa que pensa em se matar.

Na última segunda-feira (10), Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, o Twitter anunciou parcerias para a prevenção do suicídio. A rede social passou a oferecer um novo serviço de notificação, o #ExisteAjuda, em parceria com o CVV. O objetivo é promover um suporte aos usuários que estão em uma situação de risco de suicídio ou de automutilação.

Estratégia no Facebook
No Facebook, a campanha vai oferecer aos usuários da rede e do Instagram uma série de vídeos educativos voltados a pessoas que estejam passando por problemas de depressão ou com comportamentos suicidas, mas também é voltada a pessoas que tenham parentes ou amigos nessa situação. O projeto surgiu de uma conversa entre PC e M.M. sobre suas próprias experiências pessoais. “Eu já passei por situações parecidas, já fiz um monte de vídeos sobre o tema”, afirmou o youtuber.

Com mais de 2,3 milhões de seguidores no YouTube, ele afirma que sua abordagem sobre o assunto fez com que muitas pessoas passassem a procurá-lo para falar sobre o tema, mas que nem sempre é possível ajudar a todos. “É frustante pra mim, é frustrante pras pessoas”, explicou ele. Juntos, os dois decidiram elaborar uma campanha para oferecer conteúdo a todos interessados em buscar ajuda.

Conteúdo voltado para jovens
A dupla procurou Karen Scavacini para produzir o conteúdo e passou seis meses trabalhando com uma equipe de criação do Facebook, que encampou o projeto. A ideia, segundo Karen, é unir as pesquisas científicas que mostram as melhores maneiras de abordar o assunto e os canais capazes de atingir o público jovem que, segundo ela, também é um dos mais vulneráveis quando o assunto é a saúde mental.

Outro público-alvo da campanha são os pais, que, segundo Karen, também enfrentam dificuldade em aceitar que os problemas de seus filhos podem se tratar de uma doença, e não de frescura. Além disso, a campanha pretende mostrar aos usuários das redes sociais mantidas pelo Facebook onde encontrar tratamento gratuito nas cidades brasileiras, como os centros de atendimento psicossocial do Sistema Único de Saúde (SUS) e as faculdades de psicologia pelo país.

Segundo M.M., a campanha incluiu a produção de mais de 30 vídeos que serão distribuídos em formato vertical no Instagram e quadrado no Facebook. Também estão em produção tirinhas sobre o tema, redigidas por Fabio Yabu e Adélia Jeveaux e desenhadas por Bruna Saddy.

A linguagem, segundo Karen, segue os princípios da Organização Mundial da Saúde (OMS) e segue critérios que já tiveram efeito comprovado na mudança de como as pessoas enxergam a depressão e o suicídio. A psicóloga afirma que o conteúdo passa por três etapas: a conscientização, a competência e o diálogo.

Ajuda automatizada

A campanha #EuEstou também oferece recursos automatizados para os usuários. Dois endereços de e-mail foram criados para enviar informações e números de telefone tanto para pessoas apresentando comportamento suicida como para quem quer ajudar alguém com problemas. Para pedir informações sobre como buscar ajuda emergencial, é preciso enviar uma mensagem para meajuda@euestou.com . Caso o usuário queira informações sobre como ajudar alguém em perigo, o endereço é queroajudar@euestou.com .

M.M. explica que as informações são sigilosas e que o sistema não guarda o endereço ou os dados pessoais dos remetentes, além de enviar automaticamente uma resposta com as informações para quem precisa.

A campanha ainda pretende lançar outras duas ferramentas: um manual para influenciadores que queiram aprender sobre como falar com pessoas que estão expressando sintomas de depressão, e a adesão de instrumentos do WhatsApp, como os grupos, para auxiliar as pessoas em necessidade.

Setembro amarelo
No Twitter, o #ExisteAjuda funciona assim: tuiteiro que fizer uma busca com palavras associadas ao tema receberá um primeiro resultado como a seguinte frase: Você pode obter ajuda. O projeto é uma parceria com o Centro de Valorização da Vida (CVV). Em abril deste ano, o Ministério da Saúde ampliou o rede de apoio pelo número 188. Agora, ele está disponível de graça na maioria dos estados brasileiros.

“São mais de 30 brasileiros mortos diariamente vítimas do suicídio, o que demonstra que ações como esta do Twitter são urgentes e necessárias. O CVV atua gratuita e voluntariamente há 56 anos, e sabemos muito bem que quebrar os tabus em relação ao suicídio exige coragem e força de vontade”, afirma Adriana Rizzo, voluntária e porta-voz do CVV.

O #ExisteAjuda também está disponível nos Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Irlanda, Reino Unido, Hong Kong, Coreia do Sul, Japão e Austrália.

O Twitter também disponibiliza um formulário para pessoas que identificarem alguém que pode estar em situação de risco. As denúncias são avaliadas por uma equipe de profissionais, que entra em contato e fornece recursos disponíveis e incentiva a procura por apoio.

Fonte: G1

Doença desesperadora do super-sono

Qualquer cochilo de Lucy Taylor pode se transformar em 48 seguidas de sono. Ela descreve como é sofrer deste distúrbio do sono e o impacto sobre sua vida e sua família.

Muita gente sofre para acordar de manhã. Você acha que teve uma boa noite de sono, mas quando o despertador começa a tocar é muito difícil não desejar ‘só mais cinco minutinhos’ debaixo do edredom. Mas para Lucy Taylor, do País de Gales, acordar é ainda mais difícil.

Aos 42 anos, ela precisa combinar medicação, vários despertadores em volume altíssimo e sacolejos de seus familiares para conseguir acordar. Lucy tem uma doença rara chamada hipersonia idiopática.

O que é a hipersonia idiopática?
Esta é uma doença rara que causa sonolência excessiva.

“A doença faz com que eu durma por períodos muito longos – esta é a parte da hipersonia”, diz Lúcia. “Já o termo idiopática significa somente que a causa é desconhecida”, diz ela.

“Eu costumo ficar muito cansada durante o dia. O sono simplesmente não é revigorante, e é extremamente difícil levantar depois que eu estou dormindo”, diz. “O período mais longo que eu dormi foi da tarde de sexta-feira até a tarde de domingo”, diz ela.

“Naquele fim de semana não tinha ninguém em casa para me acordar. Cheguei em casa do trabalho na sexta-feira por volta das 17h, me deitei, e quando acordei já era tarde de domingo”, detalha Lucy.

A britânica toma de 12 a 15 doses de medicamento por dia, apenas para conseguir acordar de manhã e manter-se de pé durante o dia.

Quais são os sintomas da hipersonia?
Segundo especialistas, esta é uma doença rara, que atinge duas a cada 100 mil pessoas. E sabe-se muito pouco a respeito do distúrbio.

Os sintomas da hipersonia incluem necessidade de cochilar durante o dia, sem sentir-se revigorado depois; pegar no sono com frequência enquanto come ou conversa com outras pessoas; e dormir durante muito tempo à noite mesmo quando você já dormiu durante o dia.

Lucy descreve sua doença como uma tortura.

“É quase como estar debaixo d’água tentando chegar à superfície. Quero ser deixada sozinha e dormir”, diz. “É muito difícil lutar contra a necessidade de sono, é muito difícil permanecer acordada e ser uma pessoa funcional”, diz ela.

Apoio da família
A doença também cria dificuldades para a família de Lucy.

A mãe dela, Sue, precisa dormir em casa com Lucy durante os dias de semana, para lhe dar a medicação e garantir que ela acorde para ir trabalhar.

“É triste ver Lucy desse jeito. Antes da doença, ela tinha uma boa vida”, diz Sue.

“Agora, ela às vezes planeja passar tempo com a filha mas não acorda a tempo. É frustrante para a filha”, diz Sue.

“Se eu estiver aqui, consigo acordar ela a tempo para ela fazer as atividades com a filha. É maravilhoso, mas sem ajuda ela não consegue acordar”, diz Sue.

‘Não é preguiça’
“Ninguém realmente entende a doença. Eles acham que ela está sendo apenas preguiçosa, ou que ela não quer acordar. Não entendem o quanto a vida é uma luta para ela”, diz Sue.

Sue admite que acordar sua filha é difícil. “Quando Lucy está dormindo, nada pode acordá-la”, diz Sue.

Ela coloca vários despertadores para Lucy, mas eles nem sempre funcionam. Ela, então, precisa falar em voz alta com a filha e chacoalhar o corpo dela até que acorde.

A vontade de seguir em frente
“É muito difícil vê-la vivendo desta forma. É muito triste. Simplesmente não há pesquisa a respeito desta doença”, diz a mãe de Lucy.

Apesar do cotidiano ser uma verdadeira batalha, Sue elogia a disposição de sua filha para seguir em frente.

“Ela é muito determinada. É só a força de vontade que mantém ela vivendo, porque é uma doença muito difícil de conviver. Ela também tem sorte de ter uma equipe médica fantástica para ajudá-la”, diz a mãe.

Fonte: G1

8 maneiras de melhorar a capacidade do seu cérebro

Se você está decepcionado com sua memória ou receia que seu cérebro esteja envelhecendo, confira algumas dicas para ‘reconectá-lo’.

Já passou por aquela situação em que você tenta desesperadamente lembrar o nome de alguém ou de um lugar e simplesmente dá um “branco”?

Ouvimos dizer muitas vezes que a memória diminui com a idade, assim como outras funções cognitivas – como o raciocínio.

Mas, calma, há esperança. Existem maneiras de “religar” nosso cérebro.

Então, se você quer aumentar sua capacidade cerebral, siga as dicas abaixo e se prepare para exercitar a mente:

1. Exercício aumenta o cérebro
É verdade – nosso cérebro cresce à medida que nos exercitamos.

A atividade física aumenta as sinapses, cria mais conexões dentro do cérebro e ajuda na formação de células extras.

Uma boa saúde cardiovascular também significa que você transporta mais oxigênio e glicose para o cérebro, além de eliminar toxinas.

Se você conseguir se exercitar ao ar livre, melhor ainda – terá o benefício adicional de absorver mais vitamina D.

Dica: combinar a prática de exercício à exploração de um ambiente diferente, a novas maneiras de fazer as coisas ou compartilhar ideias – dessa forma, você aumenta as chances das células nervosas novas formarem um circuito adequado.

Por exemplo, se você gosta de jardinagem, vale participar de uma horta comunitária para fazer amigos enquanto mexe na terra, ou se juntar a um grupo em vez de ir sozinho.

O mais importante é garantir que você esteja se divertindo – é o desejo de se envolver em algo que ajuda a impulsionar os efeitos do exercício e da interação social no cérebro.

2. Memória em movimento
Essa é uma técnica respaldada por cientistas e reconhecida há muito tempo no mundo da dramaturgia. Se você tentar decorar algo enquanto se movimenta, é muito mais provável que a informação seja retida.

Dica: na próxima vez que você tiver uma apresentação ou discurso para fazer, que tal dar uma volta ou dançar para ajudar a guardar o conteúdo?

3. Coma os alimentos certos para abastecer o cérebro
Cerca de 20% do açúcar e da energia que você consome vão para o cérebro, fazendo com que a função cerebral dependa dos níveis de glicose.

Se os níveis de açúcar não forem controlados, sua cabeça pode ficar confusa.

Comer algo de que se goste libera dopamina, que ativa a área de recompensa do cérebro. E é por isso que você sente prazer em comer determinados alimentos.

Mas, além de nutrir os mecanismos de recompensa do cérebro, você precisa alimentar seu intestino com cuidado.

Existem mais de 100 trilhões de bactérias no sistema digestivo humano, que se conectam com o cérebro pelo eixo intestino-cérebro. E o equilíbrio desses micróbios é fundamental para o bem-estar da mente.

Na verdade, o intestino é muitas vezes chamado de “segundo cérebro”. Uma dieta variada e saudável ajuda a manter essas bactérias em sincronia e o cérebro saudável.

Dica: as células do cérebro são compostas por gordura, por isso, é importante não erradicar a gordura da dieta. Ácidos graxos essenciais presentes em nozes, sementes, abacate e peixes são bons para desenvolver o cérebro, assim como o alecrim e açafrão.

Tente também fazer as refeições na companhia de outras pessoas quando puder – a socialização reforça os benefícios de uma boa dieta saudável no cérebro.

4. ‘Desligue’ e relaxe
Uma certa dose de estresse é necessária porque nos ajuda a responder rapidamente em situações de emergência. O estresse produz o hormônio cortisol que, ao ser liberado, nos dá energia e ajuda a concentrar.

Mas a ansiedade prolongada e os altos níveis de estresse desconfortável são realmente tóxicos para o cérebro.

É importante, portanto, que a gente aprenda a “desligar” de vez em quando, para permitir que essa parte do cérebro descanse.

E, ao se desconectar, você exercita uma parte diferente do cérebro: a chamada rede neural de modo padrão, que nos permite sonhar e é importante para consolidar a memória.

Ao “desligar” do mundo externo, permitimos que essa parte do cérebro seja ativada e faça seu trabalho.

Então, da próxima vez que você for pego sonhando acordado no trabalho, explique ao seu chefe que você estava fazendo uma atividade cerebral crucial.

Dica: se você achar que é difícil relaxar, por que não tentar técnicas de relaxamento, como meditação, que podem ajudar a reduzir o nível dos hormônios do estresse?

5. Encontre novas formas de desafiar a si mesmo
Uma outra maneira de estimular o cérebro é se desafiar a fazer ou aprender algo novo.

Atividades como aulas de arte ou cursos de idioma aumentam a flexibilidade do cérebro.

Dica: jogue uma partida online contra amigos ou familiares.

Não apenas vai te desafiar, como vai estimular a interação social, o que ajuda o cérebro.

6. Ouça música
Pesquisas indicam que a música estimula o cérebro de um jeito muito peculiar.

Quando você observa a imagem cerebral de alguém que está ouvindo ou tocando música, quase todo o órgão está ativo.

A música pode melhorar a cognição geral, e a memória musical é muitas vezes a última a desaparecer, quando somos afetados por certas condições, como a demência.

Dica: faça parte de um coral ou compre ingressos para ver sua banda favorita.

7. Estude para uma prova na cama
Se você aprender algo novo durante o dia, será formada uma conexão entre células nervosas no cérebro.

Quando você dorme, essa conexão é fortalecida e reforçada – e aquilo que você aprendeu vira uma lembrança.

O sono é, portanto, um momento realmente importante para a consolidação da memória.

Se você der uma lista para alguém memorizar antes de dormir, há uma grande chance da pessoa se lembrar na manhã seguinte – uma chance maior do que se você tivesse entregado a lista a ela pela manhã.

Dica: se estiver estudando para uma prova, tente repassar na cabeça as respostas em um simulado enquanto adormece.

Caso você tenha passado por um evento traumático ou tenha a memória ruim, tente não pensar nisso antes de dormir, pois pode pressionar a memória e fortalecer as emoções negativas associadas a ela.

Pela mesma razão, evite filmes de terror ou histórias assustadoras na hora de dormir.

Em vez disso, concentre-se em algo positivo que você aprendeu ou experimentou durante o dia para que seja consolidado.

8. Acorde bem
Todo mundo sabe que o sono é importante. Com menos de cinco horas de sono, você não fica tão forte mentalmente. Já se dormir mais de 10 horas, pode sentir os efeitos do “jet lag”.

Mas a chave para ajudar você a ter um desempenho melhor ao longo do dia é como você acorda.

Idealmente, durma em um quarto escuro e acorde com luz natural, que vá aumentando gradualmente.

Essa luz penetra nas pálpebras fechadas e estimula o cérebro para que tenhamos uma resposta maior de cortisol ao despertar.

A quantidade de cortisol no corpo quando você acorda afeta o desempenho do cérebro durante o dia.

Dica: compre um despertador luminoso que simule a luz do sol para ajudar você a acordar naturalmente.

Para quem tem o sono profundo, vale a pena se certificar de que o despertador venha com um alarme de som tradicional acoplado.

Fonte: G1

Como ter uma boa noite de sono

Antes de tomar remédios é importante tentar a higiene do sono.

O excesso de exposição às telas de computadores, celulares e tablets pode prejudicar muito o sono. Hoje, o celular é o que mais influencia nessa qualidade do sono. Ele tem dois aspectos que atrapalham:

A interatividade do celular eleva o cortisol, deixando o cérebro em estado de alerta, o que atrapalha a indução do sono.
A luz do celular atrapalha a liberação da melatonina, hormônio produzido pela glândula pineal durante o escuro. Sua função é induzir ou facilitar o sono.

A pesquisadora do Instituto do Sono Monica Levy Andersen explicou no Bem Estar desta segunda-feira (3) que a liberação de melatonina mudou com os novos hábitos. As casas ficaram mais iluminadas e ainda temos eletrônicos que contribuem para o atraso da liberação do hormônio.

A ginecologista e pesquisadora do sono Helena Hachul deu dicas para melhorar o seu sono. Antes de tomar um remédio, é importante tentar a higiene do sono:

Evite café
Apague as luzes da casa
Evite telas antes de dormir
Faça refeições leves à noite
Não leve eletrônicos para a cama
Não deixe relógio ao lado da cama

Caso nada dê certo, é preciso avaliar o que está dificultando o sono. Remédios só devem ser indicados por médicos.

Sono e temperatura
O calor atrapalha o sono porque o corpo precisa baixar a temperatura para conseguir dormir. A redução da temperatura corporal sinaliza o cérebro a induzir o sono. Essa redução é importante para a manutenção do sono. Quando ela cai, diminui também a liberação de cortisol, que é o hormônio do estresse.

Monitoramento
Os pais conseguem estimar o tempo que os filhos ficam conectados? O Bem Estar acompanhou duas famílias nesta monitoração e eles se surpreenderam com o resultado.

Fonte: Bem-Estar

20 coisas estranhas que acontecem enquanto você dorme

O sono é tão bom e necessário, mas muita coisa acontece sob os lençóis. Enquanto dorme, você pode passar por quedas, falar, ter paralisia ou sofrer uma “cabeça explosiva”.

E seu parceiro pode ter de lidar com roncos excessivos, bruxismo, gemidos e avanços sexuais indesejados. Aqui estão 20 coisas que podem acontecer enquanto você cai no sono.

Sonambulismo
Mais provável de acometer crianças que adultos, o sonambulismo é um distúrbio de comportamento que ocorre durante o sono profundo. Seus gatilhos comuns são a privação do sono, agentes sedativos (incluindo álcool), doenças com febre e alguns remédios.

É um mito de que acordar um sonâmbulo traz algum perigo. Na verdade, pode ser perigoso não fazê-lo, já que a pessoa pode se machucar.

Sensação de queda
Quase 70% de nós já sentiu isso: a impressão de cair que nos coloca despertos bem na hora em que estamos caindo no sono. As contrações musculares involuntárias em nossos membros ou ao longo de nossos corpos são chamadas de espasmo hípnico, ou mioclonia noturna. Ninguém sabe a sua causa. Uma teoria é que o cérebro interpreta de maneira errada o relaxamento dos músculos como uma queda.

Sexo ao dormir
Isso não é uma desculpa para agarrar o parceiro ou parceira. O sexo durante o sono é um transtorno de verdade. Alguns especialistas consideram essa prática até perigosa, e sobre a qual os casais não falam, devido ao constrangimento.

O ato sexual inconsciente durante o sono pode apresentar comportamento pouco comum por parte de quem inicia, como agressividade. Os perpetradores às vezes não lembram do ato.

Síndrome da cabeça explosiva
De 10% a 15% das pessoas passa pela síndrome da cabeça explosiva, na qual, de repente, a pessoa acorda ouvindo um barulho muito alto, como uma explosão, um facho de luz ou uma sensação de que a cabeça está explodindo. Aparentemente esse é um tipo de espasmo hípnico, como quando ocorre a sensação de cair.

Narcolepsia
Com esse transtorno crônico do sono, as pessoas se sentem excessivamente sonolentas durante o dia, podendo ter “ataques de sono”, apagando sem aviso prévio. E geralmente os chefes não gostam de gente cochilando no trabalho. Para combater isso, é possível ir ao médico, que pode prescrever remédios. À noite, tente reduzir o estresse antes de ir para a cama, tentando ioga, meditação ou um banho quente.

Bruxismo
Costumamos pensar que o ranger ou bater de dentes à noite, conhecido como bruxismo, é produto do estresse ou de uma mordida errada. Mas novas pesquisas mostram que ele pode ser resultado da interrupção da respiração durante o sono, o que ocorre com a apneia. Participantes de um estudo que tiveram suas vias aéreas liberadas com um instrumento dental ou com uma máquina de ventilação pararam com o ranger de dentes.

Terror noturno
Quase 40% das crianças são afetadas pelo terror noturno, nos quais passam por episódios de gritos, medo e agitação durante o sono.

Assim como o sonambulismo, o terror noturno é considerado uma parassonia – uma ocorrência indesejada durante o sono. A diferença para um pesadelo é que a pessoa continua dormindo, e normalmente não lembra de nada pela manhã.

Paralisia do sono
Assim como uma pessoa se move entre as fases da vigília e do sono, a paralisia do sono é a sensação de se estar consciente, mas sem conseguir se mexer. Esse problema é raramente ligado a problemas psiquiátricos.

Para lidar com isso, tente desestressar sua vida – se certifique que está tendo horas suficientes de sono, e tente dormir em diferentes posições.

Ronco
Se você for casado, o ronco é provavelmente um fato da vida. Você é ou o culpado, ou a vítima. O problema ocorre quando o fluxo de ar pelo nariz e pela boca é interrompido por, digamos, um desvio de septo, por pouco tônus muscular da garganta e da língua e por outras razões. O ronco crônico pode arruinar a qualidade do sono para as duas pessoas, então os roncadores precisam buscar auxílio médico.

Envio de mensagens
Somos tão ligados aos smartphones que aparentemente o envio de mensagens durante o sono é algo que existe. Esse é considerado um tipo de sonambulismo digital, no qual o nosso cérebro entra no piloto automático: como dormirmos ao lado dos aparelhos, e seus barulhos e vibrações podem atrapalhar o sono.

Pausa no olfato
Um motivo pelo qual os detectores de fumaça são importantes é que nosso olfato também descansa durante o sono. Assim, enquanto os sons podem nos fazer despertar, os cheiros de fumaça e coisas queimando não nos levam a acordar. Uma professora de Psicologia, que conduziu um estudo sobre o fenômeno, diz que o nosso olfato não parece ser algo muito confiável como sistema de sentinela.

Os olhos se mexem
Quando caímos no estágio mais profundo do sono, nossos olhos ficam ocupados. No estágio conhecido como REM (“rapid eyes movement”, ou movimento rápido dos olhos), como o nome indica, os olhos se movem em várias direções. Embora estejamos descansando, nossa mente fica quase tão ativa quanto durante a vigília. Nossas memórias se consolidam no estágio REM. E ficamos sem nosso sono profundo quando bebemos álcool.

Hormônio do crescimento
Enquanto dormimos, especialmente nos estágios profundos, o hormônio do crescimento humano (GH) é lançado, ajudando a regenerar músculos, ossos e tecidos. Esse tipo de “sono da beleza” pode ser incitado por níveis baixos de glicose, assim com por outros fatores.

Funções renais diminuem
Muitas das nossas atividades fisiológicas desaceleram enquanto dormimos. Por exemplo, nossa função renal diminui de ritmo, e a quantidade de urina que produzimos é reduzida. Esse é o motivo pelo qual muitos de nós podem aguentar a noite sem ir ao banheiro.

Sonhos
Todos nós sonhamos, mas ninguém sabe muito bem o porquê. As histórias que nossas mentes nos botam para assistir podem ser bizarras, alarmantes, sedutoras e tão reais que você acha que são verdade. Os sonhos mais intensos ocorrem durante o estágio REM.

Alguns especialistas alegam que elas são uma repetição dos eventos do dia, enquanto outros indicam que são atividades aleatórias do cérebro. Mas não sabemos de verdade.

Alucinações
Alucinações hipnagógicas podem ocorrer quando caímos no sono – ilusões vívidas que podem envolver imagens, cheiros, gostos, sensações tácteis sons, movimentos ou sensações de voar ou cair. A alucinações no sono podem ser mais reais que sonhos. Embora não tragam normalmente risco à saúde, elas podem ser sinal de narcolepsia, esquizofrenia ou mal de Parkinson.

Apneia do sono
Esse problema ocorre quando a via respiratória superior fica bloqueada durante o sono, reduzindo ou obstruindo totalmente o fluxo de ar.

A apneia do sono não tratada pode levar a complicações graves, como ataque cardíaco, glaucoma, diabete, câncer e distúrbios do comportamento e cognitivos. Tratamentos comuns incluem aparelhos respiratórios, como máquinas de pressão continua de ar (CPAP), assim como mudanças no estilo de vida.

Gemidos noturnos
A catatrenia é descrita como gemidos emitidos durante a expiração nos estágios REM de sono profundo. Esses sons não estão ligados a quaisquer problemas mais sérios de saúde, e não levam à privação do sono – a menos que você seja parceiro de quem geme.

Acordar zangado
Algumas pessoas saem da cama com um péssimo humor. Acordar com o pé esquerdo pode ser sinal de não ter sono suficiente.

Uma neurocientista afirma que a região específica do lobo frontal que normalmente filtra os sentimentos negativos fica prejudicado com a falta de sono. Os motivos para o mau humor e o sono de má qualidade podem ser baixo nível de açúcar no sangue, deficiência de magnésio ou um fígado sobrecarregado.

A temperatura do corpo cai
Quando dormimos, nosso corpo começa a perder temperatura para o ambiente, o que pode ajudar com o processo de adormecer.

Nossa temperatura corporal é mantida a um nível levemente reduzido durante os estágios não-REM do sono, e cai ainda mais durante o REM. É por isso que a maioria das pessoas precisam se cobrir durante o sono, para não perdermos muito calor.

Fonte: Msn

Álcool impacta mais as mulheres que os homens

Cada vez mais mulheres sofrem de alcoolismo, considerado até algumas décadas atrás um problema predominantemente masculino.

s homens costumavam ser os grandes consumidores de bebida alcoólica da sociedade ocidental – talvez Don Draper, o anti-herói da série americana Mad Men, seja a melhor representação deste estereótipo na cultura popular.

No seriado, ambientado nos anos 1960, não faltam doses de uísque no escritório, almoços regados a coquetéis e rodadas de drinques após o expediente. Naquela época, o bar era um lugar em que poucas mulheres se atreviam a pisar.

No entanto, epidemiologistas observam que o aumento das propagandas de bebida direcionadas às mulheres e as mudanças nos papéis atribuídos aos gêneros alteraram gradativamente esse cenário.

No geral, os homens ainda são quase duas vezes mais propensos a consumir álcool em excesso do que as mulheres. Mas isso não se aplica, especificamente, aos mais jovens. Na verdade, as mulheres nascidas entre 1991 e 2000 bebem tanto quanto os homens da mesma geração – e podem vir a superá-los.

Ao mesmo tempo, elas estão sofrendo cada vez mais com os efeitos nocivos do álcool. Pesquisas mostram que, de 2000 a 2015, houve um aumento de 57% na taxa de mortalidade por cirrose entre mulheres de 45 a 64 anos nos Estados Unidos, comparado a um percentual de 21% entre os homens da mesma idade. Na faixa dos 25 aos 44 anos, a alta foi de 18%, enquanto, entre o sexo masculino, houve uma queda 10%.

O número de mulheres adultas que dão entrada em emergências de hospital por overdose de álcool também está subindo rapidamente. E os padrões de consumo de risco vêm aumentando, particularmente, entre o sexo feminino.

Mas o problema não é apenas que elas estão bebendo mais. Pesquisadores descobriram que o corpo feminino é afetado de maneira diferente pelo álcool – por razões que vão além da estatura.

Mulheres têm uma maior vulnerabilidade fisiológica ao álcool

De acordo com cientistas, as mulheres produzem quantidades menores de uma enzima chamada álcool desidrogenase (ADH), que é liberada pelo fígado e usada para metabolizar o álcool.

Além disso, a gordura retém o álcool, enquanto a água ajuda a dispersá-lo. Então, graças a seus níveis naturalmente mais altos de gordura e mais baixos de água corporal, as mulheres apresentam uma resposta fisiológica ainda mais complicada ao álcool.

“Essa vulnerabilidade é a razão pela qual vemos aumentar os problemas de saúde e distúrbios relacionados ao álcool entre as mulheres em comparação com os homens”, diz Dawn Sugarman, professora da Escola de Medicina de Harvard e psicóloga do Hospital McLean, nos Estados Unidos.
As mulheres que consomem álcool em excesso também tendem a desenvolver dependência e outros problemas de saúde com mais rapidez que os homens. É o chamado efeito “telescópico”: elas costumam começar a beber mais tarde que os homens, mas levam muito menos tempo para se tornar dependentes e apresentar doenças hepáticas ou cardíacas.

Muitas diferenças sobre o efeito do álcool no organismo de homens e mulheres só foram descobertas nas últimas décadas. O primeiro estudo sobre produção de ADH, baseado nas distinções de gênero, por exemplo, foi publicado em 1990.

Na verdade, quase todas as pesquisas clínicas sobre álcool foram feitas inteiramente com homens até a década de 1990. Em parte, porque os cientistas eram incentivados a eliminar o maior número de variáveis possíveis, que pudessem influenciar os resultados de um experimento – e uma delas era o gênero.

Como o alcoolismo era considerado um problema predominantemente masculino, ninguém pensou nas consequências de não se estudar a relação entre as mulheres e o álcool.

Esse cenário mudou quando organizações governamentais, como os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, determinaram que mulheres e minorias fossem incluídas em estudos clínicos. Foi assim que as lacunas de gênero no campo da pesquisa médica começaram a ser preenchidas.

“As pessoas simplesmente não pensavam nas mulheres”, diz Sharon Wilsnack, professora de Psiquiatria e Ciências Comportamentais da Universidade de Dakota do Norte, nos EUA.

“E, quando pensavam, apenas presumiam que você poderia estudar os homens e aplicar (os resultados) às mulheres.”

Durante o doutorado, na Universidade de Harvard, no início dos anos 1970, Wilsnack escreveu uma dissertação sobre mulheres e álcool. A revisão da literatura contou apenas com sete estudos encontrados na biblioteca.

Junto ao marido, que é sociólogo, Wilsnack passou a liderar o primeiro estudo nacional de longo prazo sobre o hábito de beber das mulheres.

Entre suas muitas descobertas, estava a constatação que parte das mulheres que abusam do álcool sofreram abuso sexual na infância, uma diferença de gênero que passou a ser considerada crucial para ajudar mulheres com dependência.

Mulheres bebem por motivos diferentes dos homens
Desde então, pesquisas sobre álcool baseada em gênero revelaram uma série de outros resultados específicos para cada sexo.

Nos anos 2000, exames pareciam mostrar que os cérebros das mulheres são mais sensíveis ao álcool que o dos homens. Mas Marlene Oscar-Berman, professora de Anatomia e Neuropsicologia da Universidade de Boston, fez uma descoberta que provocou uma reviravolta nesse campo.

Em uma pesquisa que contou com participantes com e sem histórico de alcoolismo, sua equipe percebeu que os homens alcoólatras tinham “centros de recompensa” cerebrais menores do que aqueles que não bebiam.

Essa área do cérebro, composta por partes do sistema límbico e do córtex frontal, está ligada à motivação – fundamental para tomar decisões e até mesmo para sobrevivência básica.

Mas, nas mulheres com dependência, os centros de recompensa eram maiores do que o das não alcoólatras – o que significa que seus cérebros estavam menos danificados do que o dos homens.

“A pesquisa mostrou que estávamos errados”, diz Oscar-Berman. “Nossas descobertas vão de encontro à ideia geral de que as mulheres são mais suscetíveis aos danos do álcool no cérebro do que os homens.” Os cientistas ainda não sabem, no entanto, o que pode causar essas diferenças.

Segundo Sugarman, descobertas como essa reforçam a importância de estudos específicos de gênero sobre álcool e dependência.

Ela cita pesquisas recentes que mostram que as mulheres dependentes de álcool têm uma resposta melhor quando participam de grupos de tratamento exclusivo para o sexo feminino, que também educam sobre questões específicas de gênero relacionadas à dependência e à motivação para beber.

Talvez não seja surpresa, mas as razões femininas são diferentes das masculinas. Estudos relevam que o consumo de bebida alcoólica por mulheres está ligado a questões emocionais, enquanto os homens são mais movidos pela pressão social.

“Algumas mulheres já tinham feito tratamento (de alcoolismo) cinco, seis, dez vezes antes, e estavam dizendo coisas como ‘nunca ouvi dizer que sou mais suscetível ao álcool do que os homens, ou que essas substâncias me afetam de maneira diferente'”, conta Sugarman.
Por causa das motivações distintas, das vulnerabilidades biológicas e especialmente do vínculo entre o alcoolismo e traumas do passado, as necessidades de tratamento femininas podem ser diferentes das masculinas.

Por exemplo, mulheres que foram vítimas de abusos sexuais podem não se sentir seguras ao entrar em um grupo de terapia padrão, onde 70% dos participantes costumam ser homens. Para elas, é benéfico ouvir histórias de outras mulheres e saber que não estão sozinhas.

Pelo menos, dizem os especialistas, ficaram para trás os dias em que se acreditava que pesquisas sobre consumo de álcool feitas com homens poderiam simplesmente ser aplicadas às mulheres.

Fonte: Bem-Estar

Jogos mentais e atividade física beneficiam a saúde mental

Novas pesquisas indicam que jogos mentais como aplicativos de treinamento cerebral podem ajudar a melhorar a memória e reduzir o risco de demência.

Juntá-los a outros fatores, como esportes mentais e atividades cardiovasculares, podem ser a chave para uma boa saúde mental.

Uma das novas pesquisas foi realizada na famosa Universidade de Cambridge e descobriu que os jogos melhoraram a função cerebral daqueles com problemas iniciais de memória. Os participantes receberam um iPad com um aplicativo em que tinham que colocar diferentes padrões em seus lugares corretos para ganhar moedas de ouro.

A pesquisa contou com 42 pacientes acima de 45 anos com comprometimento cognitivo leve amnéstico, que pode ser um precursor ou sinal de alerta de demência. Durante um mês, metade dos participantes jogou durante duas horas por semana e metade consistiu em um grupo de controle que não realizou qualquer atividade.

Novas pesquisas indicam que jogos mentais como aplicativos de treinamento cerebral podem ajudar a melhorar a memória e reduzir o risco de demência.

Juntá-los a outros fatores, como esportes mentais e atividades cardiovasculares, podem ser a chave para uma boa saúde mental.

Uma das novas pesquisas foi realizada na famosa Universidade de Cambridge e descobriu que os jogos melhoraram a função cerebral daqueles com problemas iniciais de memória. Os participantes receberam um iPad com um aplicativo em que tinham que colocar diferentes padrões em seus lugares corretos para ganhar moedas de ouro.

A pesquisa contou com 42 pacientes acima de 45 anos com comprometimento cognitivo leve amnéstico, que pode ser um precursor ou sinal de alerta de demência. Durante um mês, metade dos participantes jogou durante duas horas por semana e metade consistiu em um grupo de controle que não realizou qualquer atividade.

Os resultados, que foram publicados no renomado International Journal of Neuropsychopharmacology, mostraram que aqueles que jogaram experimentaram uma melhora de aproximadamente 40% em sua memória episódica, responsável pela recordação de situações.

Outros estudos também indicam que esses aplicativos de jogos considerados cerebrais também podem ajudam a desenvolver o pensamento crítico, melhorar a memória e aumentar a percepção visual dos jogadores.

Os resultados variam entre as pesquisas, mas a maioria delas indica que apenas algumas horas de prática por semana já são suficientes para alcançar os benefícios mentais desejados.

A ideia de utilizar jogos e esportes mentais para treinar a mente não é particularmente nova e já conta com uma extensa literatura médica. O poker, por exemplo, é recomendado há anos como um excelente exercício mental para todos.

iversos estudos comprovam que esse esporte auxilia na neuroplasticidade — habilidade do cérebro responsável por aprender e se aprimorar com novas experiências. Além disso, sua prática constante também pode melhorar de maneira significativa a concentração e aumentar o raciocínio lógico.

O blackjack, um jogo de cartas centenário, também pode aumentar a capacidade mental dos seus jogadores e proporcionar diversos benefícios neurológicos, especialmente aqueles ligados a capacidade de memória.

Isso se deve ao fato de que uma partida envolve acompanhar a proporção de cartas altas para baixas que permanecem no baralho ao longo de um curso de mãos, o que requer boas doses de matemática e memorização.

Uma pesquisa publicada no The New England Journal of Medicine afirmou que praticantes de diversas modalidades de cartas com mais de 75 anos têm uma probabilidade menor de desenvolver certos tipos de doenças neurológicas do que idosos que não possuem este hábito.

Outra maneira cientificamente comprovada de manter o cérebro ativo e ampliar suas capacidades é o exercício aeróbico. Ao estimular a aptidão cardiovascular e a circulação sanguínea, a atividade física nutre o cérebro com os nutrientes e o oxigênio de que ele precisa para ter um desempenho físico e cognitivo melhor.

O incremento da circulação estimula a comunicação mais eficiente entre os neurônios e também aumenta a produção e a liberação de neurotransmissores, além de uma série de outros benefícios mentais.

Diversas pesquisas mostram que diferentes regiões do cérebro se beneficiam da realização de exercícios. É o caso do lobo frontal, responsável por processos complexos como realizar mais de uma tarefa ao mesmo tempo, que fica mais eficiente após atividades cardiovasculares.

A maioria dos institutos de pesquisa recomendam que todos os adultos realizem pelo menos duas horas de exercícios aeróbicos de intensidade moderada por semana. Essa média pode ser alcançada através de corrida, caminhada ou treinos de academia, que podem facilmente ser otimizados para melhores resultados.

Envolver o cérebro de maneiras complexas é absolutamente necessário para manter a mente afiada e saudável. A prática constante de jogos e esportes mentais aliadas a realização de exercícios é uma das melhores formas de fazer isso para todas as idades e pode até mesmo ser considerada essencial para a saúde mental a longo prazo.

Fonte:PortalVeneza