Como identificar as emoções e sentimentos

Experienciando e expressando emoção

As emoções fazem parte do nosso dia a dia. Às vezes, pode parecer que nossos sentimentos controlam como pensamos e agimos a ponto de sentir que não estamos no controle. Experimentar e expressar emoções são partes integrais da vida. Mas, para muitas pessoas, as emoções permanecem misteriosas, confusas e difíceis de expressar construtivamente.

Aceitando e valorizando seus sentimentos
Freqüentemente, existe um forte relacionamento entre os eventos da sua vida e seus sentimentos – por exemplo, sentir tristeza em resposta à perda ou sentir felicidade em resposta a algo desejável. Às vezes, os sentimentos se relacionam com eventos passados ou mesmo com expectativas para o futuro. Por exemplo, a mágoa por algo que aconteceu recentemente pode trazer tristeza a outras perdas passadas. Muitos estudantes podem se sentir ansiosos com suas futuras escolhas de carreira. Em vez de ignorar ou expressar impulsivamente seus sentimentos, é importante pensar neles para que você possa aprender e melhorar suas reações. Quando estiver sentindo alguma coisa, considere se perguntar os seguintes tipos de perguntas:

O que é esse sentimento?

O que esse sentimento está me dizendo sobre essa situação?

Por que esse sentimento está acontecendo agora?

Identificando Sentimentos
Aprender a identificar a conexão entre seus sentimentos e eventos específicos (ou estressores) em sua vida pode levar tempo, mas é importante aprender a lidar com as emoções de maneira saudável. Aqui estão algumas coisas a considerar ao aprender a identificar seus sentimentos:

Você pode perceber uma reação física ou corporal a uma emoção (por exemplo, o medo pode parecer um nó no estômago ou um aperto na garganta; o embaraço pode fazer com que corar).

Suas respostas corporais podem indicar um padrão (por exemplo, sentir-se nervoso antes de iniciar todos os exames).

Os sentimentos também estão conectados ao seu comportamento. Se você não tem certeza de como se sente, mas percebe que está agindo de maneira a enviar uma mensagem clara a outras pessoas, pode deduzir o que está sentindo com seu comportamento. Por exemplo, se você tem uma expressão facial de raiva ou tom de voz quando está conversando com um amigo em particular, pode ser que você esteja com raiva ou frustrado com essa pessoa sem reconhecê-lo. Fazer a conexão entre os eventos da vida e seus sentimentos é muito útil. Continuando com o mesmo exemplo, depois de reconhecer seus sentimentos, você poderá entender e articular mais claramente suas preocupações com seu amigo.

Interpretações e percepções
Muitas vezes, os sentimentos se relacionam mais às suas interpretações dos eventos do que aos próprios eventos. Embora seja natural pensar que você está respondendo apenas aos eventos da sua vida, você faz interpretações ou julgamentos desses eventos com base em suas percepções do evento ou da pessoa. Quando você para, para pensar sobre isso, cada evento pode gerar uma variedade de respostas emocionais; sua interpretação ajuda a vincular uma resposta emocional específica a esse evento.

Suas interpretações podem parecer tão rápidas (ou automáticas) que você pode não perceber que elas estão acontecendo. Quando sua reação emocional é desproporcional ao evento, provavelmente é devido à sua interpretação rápida e não detectada desse evento, mais do que ao próprio evento. Examinar isso ainda mais pode ajudá-lo a ter uma perspectiva de suas reações emocionais. Aqui estão algumas interpretações autodestrutivas comuns e recorrentes:

Pensamento dicotômico. Dessa maneira, você interpreta os eventos como extremos (tudo ou nada). Em outras palavras, os eventos são maravilhosos ou terríveis, sem o reconhecimento das áreas cinzentas intermediárias.

Personalização excessiva. Aqui, alguém conclui que o comportamento ou o humor de outra pessoa é por causa deles. Portanto, quando um amigo está de mau humor, a pessoa assume que deve ser culpa deles.

Generalização. É quando alguém dá mais impacto a algo do que realmente tem. Por exemplo, alguém pode assumir que é um aluno horrível porque se sai mal em um teste.

Filtragem. É quando ampliamos eventos negativos e descontamos eventos positivos. Por exemplo, um aluno só pode prestar atenção a um comentário negativo após uma apresentação em classe, em vez de considerar muitos outros comentários positivos.

Raciocínio emocional. Isso envolve confundir suas emoções com a verdade. Por exemplo, se você se sentir sozinho, determina que não é digno de relacionamentos ou amigos. Reconhecer essas tendências autodestrutivas pode ser difícil, mas não o define como pessoa. Eles podem nos ajudar a aprender a expressar nossos sentimentos com mais precisão e produtividade.

Expressando seus sentimentos
Antecedentes culturais, valores familiares e muitos outros fatores podem influenciar a maneira como expressamos emoções. Normalmente, aprendemos a expressar nossas emoções de duas maneiras principais: expressá-las diretamente para outra pessoa (por exemplo, em um confronto pessoal) ou ocultar os sentimentos e mantê-los para nós mesmos. Aprender maneiras de expressar nossas emoções que estão alinhadas com nossos valores culturais, enquanto ainda atendemos às nossas necessidades e sentimentos, pode ser útil tanto para nós mesmos quanto para o relacionamento com os outros.

Por exemplo, considere o cenário de um amigo próximo planejando se mudar para longe. Você pode se sentir triste, decepcionado ou até frustrado com essa mudança. Existem várias maneiras de você reagir:

Você pode estar tão chateado que deseja evitar o amigo até que ele se mexa.

Você pode ficar ocupado, ou ansiosamente buscar novas amizades para não se sentir sozinho ou triste.

No entanto, você também tem opções para expressar suas emoções de forma mais produtiva:

Você pode dizer ao seu amigo que sentirá falta dele.

Você pode fazer um esforço especial para vê-los mais antes de se mudarem.

Aqui estão algumas perguntas úteis a serem consideradas ao decidir como responder aos seus sentimentos:

A intensidade dos meus sentimentos corresponde à situação?

Tenho vários sentimentos aos quais preciso prestar atenção?

Que interpretações ou julgamentos estou fazendo sobre esse evento?

Quais são as minhas opções para expressar meus sentimentos?

Quais são as consequências de cada opção para mim?

Quais são as consequências de cada opção para os outros?

Que resultado estou esperando?

O que eu quero fazer?

E se eu não fizer nada?

Mesmo fazendo algo como respirar fundo ou dar um passeio para pensar pode ser uma maneira de responder aos seus sentimentos. Lembre-se de que você tem muitas opções para expressar emoções.

Compreendendo o impacto de sua cultura e família
Como mencionado anteriormente, nossas famílias e antecedentes culturais ajudam a moldar nossas atitudes sobre emoções, nossas habilidades para identificar emoções, nossos modos de interpretar eventos e nossos modos de expressar emoções. Muitas pessoas não se lembram de ter aprendido “regras familiares” sobre emoções, mas esses ensinamentos ocorreram, direta ou sutilmente. Um exemplo sutil pode ser o lugar em que os pais se distanciavam de você ou saíam da sala sempre que ficava com raiva, indicando que as expressões de raiva eram inaceitáveis. Em outras famílias, os pais podem gritar: “Não levante a voz para mim”, sugerindo uma regra contra a expressão de raiva da criança, mas transmitindo sutilmente a regra de que expressões de raiva dos pais são permitidas. Às vezes, aprender ou identificar as regras de sua família e cultura pode ajudar você a começar a reconhecer suas próprias reações e a fazer mudanças.

Alguns exemplos comuns de regras aprendidas / improdutivas para emoções:

Sempre trate os sentimentos de outras pessoas como mais importantes que os seus.

Nunca faça nada que possa causar conflito ou sentimentos negativos por outra pessoa.

Não expresse raiva.

Use a raiva para chamar atenção.

Ignore seus sentimentos.

Não confie nos outros com seus sentimentos; guarde-os para si mesmo.

Nunca confie em seus sentimentos; confie apenas na sua lógica.

Seja feliz o tempo todo.

Às vezes, também aprendemos reações emocionais “aceitáveis” baseadas em nosso gênero ou identidade sexual de nossas famílias quando, na realidade, uma expressão emocional saudável é importante para todos. Como adulto, você tem mais opções, incluindo a substituição das regras que não são úteis.

Aprender a experimentar seus sentimentos plenamente e expressá-los de maneira adaptativa e saudável não é um processo simples, mas existem alguns componentes-chave que podem ajudar. Em geral, é importante tornar-se um bom observador de seus sentimentos, aceitá-los e valorizá-los e atender ao que eles sinalizam para você. Preste atenção em como suas interpretações e pensamentos afetam como você se sente e também como as lições aprendidas em sua família sobre expressão emocional continuam a influenciar seu comportamento. Ao decidir como expressar como se sente, pense em todas as suas opções. E o mais importante, seja paciente. Não fique desanimado quando se deparar com esse processo. Aprender a experimentar e expressar suas emoções é um processo ao longo da vida.

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Artigo originalmente publicado no site da Universidade de Illinois (EUA) livremente traduzido e adaptado pela equipe do Instituto Bem do Estar.

Fonte: bemdoestar

Dicas para as crianças aproveitarem as férias com saúde

Sempre muito aguardado, o período de férias escolares é um prato recheado de opções para as crianças. Principalmente durante o verão, com as atividades ao ar livre. Praia, parque, piscina… Enfim, são diversas as alternativas disponíveis para sair de casa e aproveitar a estação. Apesar disso, são necessários alguns cuidados com a saúde, evitado assim estragar o passeio.

Claro que criança precisa ser criança. Não é necessário trancar o filho em uma “bolha” para que nada aconteça. Como já diziam os mais velhos, quem nunca teve um joelho ralado provavelmente não brincou e se divertiu durante a infância. Mesmo assim, algumas dicas podem fazer toda a diferença.

Assim como os mais velhos, as crianças também precisam proteger a pele contra os raios ultravioleta. Por isso, o protetor solar é indispensável. Por isso, antes de sair de casa, não esqueça de aplicar uma boa camada no seu filho Ao brincar na piscina ou na praia, é recomendado reaplicar o produto a cada duas horas. Além disso, um boné também ajuda a complementar a proteção.

Correr com os amigos, jogar futebol… Enfim, situações não faltam para que aconteçam os tradicionais joelhos ralados. Claro, evitar é necessário, mas eles podem acontecer. Mas nada de desespero. Nem por isso é preciso desespero.

O primeiro passo é acalmar a criança e dar início ao tratamento. Mas não utilize soluções caseiras para isso, como passar açúcar ou pasta de dente no local do ferimento. O ideal é limpar bem a região com água corrente e sabonete neutro. É possível ainda fazer um curativo para manter a região protegida. Em caso de situações mais graves, antes de aplicar determinadas pomadas, é recomendado procurar um médico para uma avaliação correta da situação.

Queda

Subir em árvores é uma atividade divertida, mas arriscada. Afinal, uma queda pode se transformar em um problema mais sério, como um braço quebrado. Aqui, atenção e orientação ajudam. Apesar da resistência de algum, usar equipamentos de proteção ao andar de bicicleta, por exemplo, ajudam na missão. Se a criança bater a cabeça, porém, ligue o sinal de alerta. Verifique os sintomas após o acidente e, se necessário, procure um médico.

Alimentação

Durante a diversão, a alimentação não pode ser ignorada. Além de refeições mais leves e equilibradas, procure levar frutas durante o passeio. Assim, é possível evitar ao máximo o consumo de alimentos fritos e pouco nutritivos. Aliás, não esqueça da hidratação. Sol e atividade física exigem um consumo maior de líquidos.

Fonte: Estadão Conteúdo

Por que é tão difícil mudar hábitos que atrapalham a saúde?

Sabemos que, para a maioria das pessoas, é muito difícil mudar um hábito. Por que será? O que está relacionado às nossas rotinas que nos impede de realizar mudanças para melhor? Para a fisioterapeuta com foco em Saúde Integrativa, Frésia Sa, talvez, a resposta esteja nas nossas crenças e nos nossos traumas.

Alguns números podem nos ajudar a compreender por que mudar hábitos é algo diferente para cada pessoa: com relação à questão de tempo, existe uma pesquisa realizada que muda um pouco a lógica que é apregoada nas redes sociais e que já foi tema de livros. Segundo um estudo da Universidade Colege London, com 96 participantes, que durante 84 dias realizaram mudanças de rotina em diferentes graus, existem, também, diferentes tempos para a adesão de hábitos.

“Para hábitos simples, como beber um copo com água todas as manhãs, o prazo de 21 dias, que é o mais conhecido, funciona muito bem”, explica Frésia, “entretanto, conforme o hábito vai sendo mais intenso, ou necessite de mudanças mais drásticas que mexam conosco de formas mais profundas, o prazo vai, também, aumentando”.

A média desse estudo foi de 66 dias, com picos de 84 dias, no caso de mudanças mais complexas, como realizar 50 abdominais diariamente. “Para nós, que trabalhamos com saúde integrativa, ou seja, que reúne todas as áreas da vida e que também investiga traumas, crenças, as mudanças precisam estar alinhadas com a saúde corpo-mente para acontecerem de formam mais natural e, portanto, rápida”, lembra Frésia.

Mas, o que são hábitos?

A fisioterapeuta explica: “o que conhecemos por hábitos são ações repetidas que realizamos numa sequência automática com uma frequência que se torna uma rotina. Esta capacidade mecânica de realizar libera a mente, o que facilita muito a ação do sistema nervoso, pois a força vontade dispende muita energia, nos ocupando de maneira muito significativa. Seria como quando aprendemos a dirigir, no início gastamos uma energia muito maior pensando em cada etapa de como fazer. Depois quando isto vira um ‘hábito’ nossa mente fica livre para escutar uma música, conversar”, revela.

“Quase metade de tudo que fazemos são hábitos”, lembra Frésia, “portanto, se deseja transformar a sua vida, mudar os hábitos é um caminho bastante decisivo. Neste sentindo, usar o foco de maneira consciente para identificar que hábitos são construtivos ou limitadores para o seu propósito pode facilitar atingir a realidade que você deseja”.

Assim, a primeira decisão é identificar todas as características do padrão que deseja mudar na sua vida. os pontos principais que se deve analisar são: gatilho, rotina e recompensa. Então, o que desperta em você a ação mecânica? Como são as etapas destas ações? O que você ganha com esta repetição diária de ações?

Frésia explica que não há como eliminar um hábito completamente: “nesse sentindo, o mais inteligente seria substitui-lo. Para que você tenha sucesso nesta substituição é importante que você comece pequeno, isto é, escolha um hábito por vez e implemente pequenas novas ações repetidas e abuse das recompensas. Lembre-se você é aquilo que faz e pensa repetidamente, portanto escolha com bom senso aquilo que vai incorporar em sua vida, isto virá a ser um obstáculo ou um facilitador da vida que você tanto deseja”.

Quero mudar, mas minhas memórias não deixam

“Vamos pensar em um caso de alguém que tenha ouvido, a vida toda, que é preguiçoso, ou pouco esforçado, ou que nunca consegue nada do que quer. Desde criança. Essa crença, no caso, ficou gravada no inconsciente e essa pessoa possivelmente agirá, na vida, sem perceber, de forma preguiçosa e pouco esforçada. Não por vontade própria e, muitas vezes, nem mesmo por uma característica pessoal. Mas porque ela acredita que é assim”, revela a especialista.

Uma crença limitante pode ampliar o tempo de uma mudança de hábito ou, inclusive, invalidar a própria mudança! “O mesmo acontece com traumas. Alguém que sofreu um trauma em um assalto noturno, por exemplo, pode criar um hábito de não sair de casa à noite. E, caso o trauma não seja tratado, mudar esse hábito pode ser quase impossível. Estamos dando um exemplo prático, mas podemos ter traumas desconhecidos que nos limitam de forma inconsciente”, lembra Frésia.

Para ela, em casos como esses, o trabalho de Saúde Integrativa, que analisa todas as áreas da vida do paciente, e o uso da Microfisioterapia e do PSYCH-K®, por exemplo, que são ferramentas que Frésia utiliza, são fundamentais para tratar os traumas e as crenças e criar um programa de mudança de hábitos.

Fonte: Cidadeverde.com

3 maneiras de aproveitar a psicologia positiva para ser mais resiliente

Algumas pesquisas sugerem que a psicologia positiva pode ajudá-lo a superar os altos e baixos da vida e, também, a criar resiliência para os momentos de maior dificuldade.

Aqui estão três maneiras de cultivar os benefícios da psicologia positiva:

Expressar gratidão
A gratidão é um apreciação gratuita pelo que você tem – uma casa, boa saúde e pessoas que se preocupam com você. Quando você reconhece a bondade em sua vida, começa a reconhecer que a fonte dessa bondade não depende exclusivamente de você. Dessa forma, a gratidão ajuda você a se conectar a algo maior do que sua experiência individual – seja com outras pessoas, natureza ou um poder superior.

Separe alguns minutos todos os dias e pense em cinco coisas grandes ou pequenas pelas quais você é grato. Escreva-as se quiser. Seja específico e lembre-se do que cada coisa significa para você.

Alavancar seus pontos fortes
Para colher os benefícios de seus pontos fortes, primeiro você precisa saber quais são eles. Infelizmente, de acordo com um estudo britânico, apenas cerca de um terço das pessoas tem uma boa compreensão de seus pontos fortes. Se algo lhe vem com facilidade, temos a tendência a nos acomodar e não identificá-lo como uma força. Se você não tem certeza de seus pontos fortes, pode identificá-los perguntando a alguém que você respeita e que o conhece bem, observando o que as pessoas o elogiam e pensando no que é mais fácil para você.

Certas forças estão mais intimamente ligadas à felicidade. Elas incluem gratidão, esperança, vitalidade, curiosidade e amor. Essas forças são tão importantes que valem a pena cultivar e aplicar em sua vida diária, mesmo que não surjam naturalmente para você.

Saboreie o “bom”
A maioria das pessoas está preparada para experimentar o prazer em momentos especiais, como um casamento ou férias. Por outro lado, os prazeres do dia a dia podem passar despercebidos. Saborear significa colocar sua atenção no prazer enquanto ele ocorre, apreciando, conscientemente, a experiência à medida que ela se desenrola. Apreciar os tesouros da vida, grandes e pequenos, ajuda a cultivar a felicidade.

Multitarefa é o inimigo de “saborear”. Por mais que tente, não pode prestar muita atenção a várias coisas. Se você estiver lendo o jornal e ouvindo rádio, durante o café da manhã, não terá o prazer que essa refeição pode proporcionar – ou do jornal ou programa de rádio. Se você está passeando com o cachorro por um caminho bonito, mas encarando mentalmente a lista de tarefas do dia a dia, está perdendo o momento.

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Artigo originalmente publicado no site da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard livremente traduzido e adaptado por Mariana França.

Fonte: bemdoestar.org

Consumo exagerado pode prejudicar sua saúde mental e financeira

Faltam dez dias para o Natal. Diante de tanto incentivo, é difícil passar por este período sem fazer gastos. Apesar de ser prazeroso comprar um presente — seja para você ou para alguém querido — esta atitude pode trazer muito sofrimento: é o que acontece com as pessoas que compram por compulsão.

O transtorno de compras compulsivas (TCC) é caracterizado como um comportamento crônico e repetitivo, que tem consequências prejudiciais e que normalmente ocorre em resposta a eventos ou sentimentos negativos.

— Algumas pessoas com TCC chegam até a descrever que experimentam um prazer semelhante ao sexual quando compram. E, após a aquisição, geralmente apresentam um sentimento de decepção ou desapontamento consigo mesmo — diz a neuropsicóloga Elaine Di Sarno.

O limite entre a compulsão e o consumismo está justamente no impacto negativo que o ato de comprar gera na vida do consumidor. Se após a compra a pessoa se sente mal, tudo indica que há um problema.

— Geralmente, as compras dos consumistas não afetam, por exemplo, sua relação com a família. Já aquele que compra compulsivamente tem prejuízos em vários aspectos da vida e se sente perdido quando não pode comprar mais nada. É uma situação perigosa, pois abre caminho para o desenvolvimento de outras compulsões, como por bebidas alcoólicas — alerta Rogério Panizzutti, psiquiatra e professor da UFRJ.

Ao identificar uma compulsão por compras, a família deve orientar a pessoa a procurar ajuda psicológica. Com orientação profissional, é possível sair da situação que, na maioria das vezes, arrasa com a vida financeira da pessoa.

— Antes do planejamento financeiro, é preciso tratar a compulsão, pois ela está associada a algum vazio emocional — orienta especialista em finanças Raffaela Fahel.

Não caia em tentação

Na compulsão

Varie as atividades

Quanto mais atividades prazerosas você fizer, menores serão as chances de criar compulsão por alguma coisa, como comprar. Portanto, comece a procurar outras coisas que gerem satisfação e as inclua na sua rotina

Procure ajuda profissional

Se você percebeu que suas compras viraram uma compulsão, procure por um(a) psicólogo(a) ou psiquiatra para tratar este problema, antes que ele cause danos irreparáveis

No consumismo

Você precisa disso?

Antes de comprar, pergunte a si mesmo se você realmente precisa disso. Se sim, para quando? Será que é realmente necessário comprar isso agora?

Evite fazer compras de madrugada

A internet nos dá a possibilidade de fazer compras a qualquer hora do dia. De madrugada, normalmente estamos mais cansados e vulneráveis a fazermos compras desnecessárias

Entenda suas emoções

Você costuma estar feliz ou triste quando decide fazer compras? As emoções, às vezes, determinam o que você vai comprar ou não. Tente estar neutro (nem muito feliz nem muito triste) na hora de comprar

Não tenha pressa

A afobação por querer comprar logo pode fazer você adquirir aquilo que não precisa. Tenha calma

Compre acompanhado

Uma pessoa ao seu lado pode evitar que você extrapole e cometa excessos na hora de comprar

Planeje a compra

Na hora de ir ao shopping ou de fazer uma compra online, tenha em mente exatamente o que você precisa comprar. Nada de ficar olhando promoções alheias

Dinheiro contado

Nada de sair de casa com muito dinheiro na carteira nem com vários cartões de crédito. Ande com a quantia necessária para comprar aquilo que foi planejado

Olhe em casa antes de comprar

Antes de sair de casa ou comprar algo pela internet, veja se você já não tem aquele item. Às vezes, você comprou, deixou guardado e esqueceu que tem

Verifique o seu orçamento

Você vai ter dinheiro para comprar este produto que você deseja? Ele não vai extrapolar suas finanças? Some todas as suas despesas fixas e veja o quanto precisa pagar de cartão de crédito no próximo mês. Comprar um produto na promoção em uma hora financeiramente desfavorável pode sair mais caro

‘Por que o meu filho gosta de ver mil vezes o mesmo desenho?’

A repetição é como as crianças consolidam informações.

Logo ao acordar, Bruno, de quase três anos, invariavelmente pede para assistir ao desenho de Os Três Porquinhos. Depois, ele reencena a história com seus brinquedos, várias vezes por dia.

Pedro, da mesma idade, adora ver os mesmos livros infantis de sua coleção, repetidamente. Ana Gabriela, de sete anos, chegou a pedir para ver o filme dos Detetives do Prédio Azul três vezes no mesmo dia.

Pais, às vezes irritados de ter de ver os mesmos desenhos e repetir insistentemente as mesmas brincadeiras, muitas vezes se perguntam: por que as crianças ficam obcecadas por alguns objetos, personagens e histórias? Será que elas não cansam?

“As crianças aprendem e consolidam a informação por meio da repetição. Elas precisam de diversas reproduções para realmente aprender – na primeira vez que veem um desenho, por exemplo, vão prestar atenção às cores; na quarta vez talvez foquem sua atenção na história, na linguagem ou no arco narrativo”, explica à BBC News Brasil Rebecca Parlakian, diretora-sênior de programas da organização americana Zero to Three, que promove políticas voltadas a crianças de zero a três anos.

“Para nós, adultos, é uma repetição. Para elas, crianças, é uma reelaboração”, diz Patricia Corsino, professora-associada da Faculdade de Educação da UFRJ e coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em Infância, Linguagem e Educação da universidade.

“Isso se manifesta também nas brincadeiras de ir e voltar, nos pedidos de ‘de novo’ aos adultos quando eles fazem algo que agrada as crianças”, explica a professora. “Nem sempre isso é feito pelos mesmos motivos por cada uma delas, mas o objetivo costuma ser o de se apropriar daquilo ou de buscar o afeto que sentiram (durante a brincadeira), para elas entenderem a si próprias dentro deste mundo tão complexo.”

Entrar na brincadeira é bom…

As duas especialistas explicam que, quanto mais os adultos entrarem no jogo, mais criarão momentos para afeto, para a interação com as crianças e até para a ampliação do repertório delas.

Parlakian começa lembrando que é bom limitar o uso de telas, mas ressalta que os pais podem, ao ver o mesmo desenho com as crianças, elaborar conversas e atividades a partir do que assistiram juntos.

“‘Vamos contar os números junto com o personagem?’ ou então ‘Como você acha que o personagem se sentiu naquele momento?’. Outra ideia é, depois de assistir, desligar a TV e fazer um jogo com base no desenho. Com isso, você transfere o que está na tela para a vida real, algo que normalmente não acontece com crianças pequenas se elas meramente assistirem ao desenho”, diz a especialista.

No caso de contos clássicos como Os Três Porquinhos, por exemplo, é possível ampliar o entendimento da criança contando a ela as diferentes versões existentes da história ou brincando de reencenar.

“A exposição à mesma história com leves diferenças ajuda as crianças a consolidar o que aprenderam”, diz Parlakian. “E reencenar as ajuda a entender como os personagens se sentem, o que as ajuda a desenvolver empatia.”

Mesmo sem mudar a história, mas escolhendo bons livros que possam ser lidos com prazer muitas vezes, os pais e cuidadores estarão dando grandes oportunidades para as crianças se desenvolverem, diz Patricia Corsino. “As crianças não precisam de muitas coisas. Precisam de poucas, mas com muita intensidade.”

… mas se encher da repetição é compreensível

Não tem nada de errado, no entanto, se os pais cansarem de assistir ao mesmo desenho pela milésima vez. “É natural os pais falarem que não querem mais e estabelecerem seus próprios limites”, diz Corsino.

Outra ideia é buscar a variedade dentro do mesmo tema, para expandir os horizontes da criança e dar a elas mais informações a respeito das coisas que elas tanto gostam.

Parlakian conta que, aos três anos, sua filha adorava brincar de montar mesa de piquenique. “Certa vez, eu fiquei tão entediada de vê-la fazer isso pela milésima vez que sugeri: ‘vamos fazer um piquenique de verdade no quintal?’ Meu filho também teve uma fase em que ficou obcecado por caminhões. Então busquei mais livros sobre o tema e fiz com ele um passeio até um lava-rápido.”

E a repetição continua

Embora a repetição seja mais visível ao redor da faixa etária de dois a quatro anos, a vontade de ver/ouvir o mesmo filme, desenho ou história continua ao longo da infância e da adolescência, em graus diferentes. Isso porque a repetição, além de reforçar o aprendizado, traz uma sensação de conforto e segurança.

“Muitos leem os livros do Harry Potter diversas vezes, e até mesmo adultos gostam de assistir várias vezes ao mesmo seriado. Essa previsibilidade e consistência nos faz sentir bem”, prossegue Parlakian. “Mas, do ponto de vista das crianças, isso é ainda mais forte, porque o mundo tem tantas coisas novas acontecendo o tempo todo, e tantas estão fora do controle delas.”

Para crianças pequenas, ao redor dos dois a quatro anos, às vezes é o caso de simplesmente querer exercer sua autonomia – por exemplo, quando ela sempre insiste em usar um determinado par de sapatos e entra em crise se ele estiver sujo.

“Para crianças dessa idade, o poder de fazer essa escolha (da peça de roupa) é algo muito forte, o que explica a crise de birra quando ela não consegue fazê-la”, agrega Parlakian.

“Nesses casos, minha sugestão é explicar por que aquele determinado sapato não pode ser usado naquele momento, validar o sentimento da criança (ou seja, dizer a ela que você entende sua frustração) e dar a ela a chance de escolher: ‘você tem duas ótimas opções: pode usar o sapato x ou y’. Como elas são muito movidas pelo desejo pela autonomia, oferecer-lhes opções às vezes lhes dá a sensação de controle.”

Pode ser um sinal de que há algo errado?

Na imensa maioria dos casos, diz Parlakian, a repetição é parte perfeitamente saudável do desenvolvimento infantil, e em geral as crianças são bastante flexíveis – têm suas preferências por livros e filmes, mas topam assistir ou brincar de coisas diferentes com frequência.

Parlakian só adverte a prestar atenção caso a criança não esteja tendo prazer na brincadeira ou se mostre extremamente inflexível, ou seja, apresente sinais de estresse duante a brincadeira e repita tudo exatamente do mesmo jeito, sempre -, já que esse tipo de comportamento é comum em crianças do espectro autista.

Vale lembrar, porém, que um diagnóstico do tipo só pode ser confirmado em consultas individualizadas com especialistas.

Fonte: BBC Brasil

Com o fim do ano chegando, entenda por que as pessoas ficam mais reflexivas

Mais um ano terminando, decoração nas lojas e nas ruas e aquela nostalgia toma conta. Épocas especiais como o Natal e Ano Novo costumam trazer memórias de bons tempos e, quase sempre, de pessoas que amamos. Dá saudade de tudo e de todos. Mas nem todo mundo encontra refúgio e conforto no “espírito natalino” para sentir a alegria que muitos sentem.

Enquanto alguns esperam ansiosamente por esse período do ano, outros desejam que ele acabe. Para muita gente, a melancolia aflorada vira sinônimo de stress, ansiedade, dor, perda, depressão, angústia. Olhar para o ano que está acabando e analisar tudo o que aconteceu também pode metas não alcançadas, os sonhos não realizados, os entes queridos que já se foram, a saúde debilitada, as crises familiares, os problemas financeiros, entre tantos outros desafios cotidianos.

De acordo com Flora Victoria, mestre em Psicologia Positiva Aplicada pela Universidade da Pensilvânia, o fim de um ciclo, qualquer que seja ele, pode despertar diferentes tipos de emoções e pensamentos. Dos mais simples aos mais complexos. “Mas é possível trabalhar esses sentimentos para que não se tornem opressores. Não é fácil, mas buscar o autoconhecimento é o primeiro passo para identificá-los e usá-los de forma positiva em prol daquilo que se deseja”, explica.

Para a especialista, outra iniciativa é evitar pensamentos negativos. É um grande desafio, mas faz toda a diferença no dia a dia de qualquer pessoa. Se algo estiver ruim ou desfavorável na vida pessoal, profissional ou em qualquer outra esfera, mudar o foco e olhar para os aspectos que estão dando certo ajuda a encarar os desafios sobre uma perspectiva mais encorajadora e positiva.

“É natural que a virada de ciclo desperte nas pessoas o senso de avaliação de suas atitudes e comportamentos, assim como a necessidade de se estabelecer metas para o próximo ano. No entanto, é mais produtivo e saudável que tais avaliações sejam feitas constantemente ao longo dos meses, possibilitando reavaliações, reorganizações de rota e adaptações de projetos em curso. Isso evita que carreguemos aquela “mochila” pesada de frustrações por tudo aquilo que não foi conquistado do longo do ano”, afirma Flora.

A psicologia positiva ensina que quando se tem conhecimento das próprias habilidades, valores e pontos fortes, é possível descobrir como ser mais eficaz em busca de melhores resultados. Com base nela, Flora Victoria lista algumas dicas para quem busca superar seus temores e, desta form, desfrutar das festas de final de ano com mais equilíbrio e positividade:

Pratique a gratidão

Ser grato pelo que já tem e considera valioso, independente da natureza, seja um filho, um amigo, um animal de estimação, um emprego, faz toda a diferença para o emocional. A gratidão nos mostra o valor de cada pessoa ou pequena conquista, e desperta a capacidade de criar outra relação com o mundo ao seu redor.

Se dê um presente

Aproveite o Natal e o Ano Novo para se dar algo importante e que tenha significado, seja uma roupa, um eletroeletrônico, uma viagem, um bichinho de estimação etc. Enfim, algo que te faça realmente feliz.

Socialize

Mesmo que você curta momentos a sós, evite isolar-se por muito tempo. Aproveite os dias de folga para ir ao cinema com um amigo, visitar aquele familiar que faz tempo que não vê para colocar o papo em dia, fazer atividades ao ar livre e conhecer outras pessoas. Circule!

Cuide de seus relacionamentos

Relacionamentos são todas as relações interpessoais que você desenvolve diariamente nas diferentes esferas da vida – seja no trabalho, academia, faculdade, em casa, com amigos ou vizinhos. Uma pessoa com uma rede saudável vive com mais qualidade e bem-estar.

Planeje e organize metas de forma positiva

Para a lista de desejos e objetivos do próximo ano, pense em cada item com comprometimento e consciência. Faça projeções e defina metas detalhadas, concretas e viáveis. Não torne sua lista uma fonte de frustração. Planejar e realizar gera emoções e substâncias químicas que nos impulsionam a buscar sempre mais.

Não se compare com os outros

A grama do vizinho sempre parece mais verde que a nossa, mas não é verdade. Com as redes sociais é comum achar que a vida do outro é melhor do que a sua. No entanto, nem tudo o que é postado no ambiente digital retrata a realidade como ela é. Afinal, ninguém expõe nas redes suas inseguranças, tristezas e fracassos.

Por fim, a dica é: use essa época de reflexão a seu favor. Invista em seu autoconhecimento, valorize suas qualidades, reconheça os aspectos positivos de sua vida e de quem está ao seu redor. Utilize todos esses elementos como motivação para superar seus desafios, corrigir o que não deu tão certo e conquistar seus objetivos no próximo ano.

 

Fonte:.folhavitoria

Ansiedade e Depressão nas festas de final de ano

Ansiedade e Depressão nas festas de final de ano

Basta dezembro chegar para sucumbir a sensação de culpa, de que não conseguiu fazer tudo o que devia (ou queria) durante o ano. Ao mesmo tempo, há um monte de tarefas domésticas a realizar. Excesso de trabalho e compromissos. Sem falar que as pessoas ficam, em média, três vezes mais estressadas do que o normal.

Família e amigos reunidos, mesa farta, muitos presentes, uma linda decoração de Natal e muitas selfies repletas de sorrisos. O Natal também é tempo de solidariedade e amor ao próximo, quando as emoções ficam à flor da pele. Configura-se, então, o compromisso de uma alegria plena. Aos que não têm esse cenário “perfeito” no fim de ano, o sentimento pode ser de melancolia, tristeza e, por vezes, solidão.

O coração, então, parece vazio e a vida, sem sentido. A saudade de uma pessoa que se foi, as lembranças da infância, reafirmar relações desgastadas e muitas outras coisas que nos levam ao fundo do poço e sem uma solução à vista. São pensamentos e sentimentos que rodam em uma espiral descendente e infinita.

Para piorar, há a chegada do dia 31 de dezembro, declarado como marco para o fim de um ciclo. Neste balanço dos últimos 12 meses, muitas coisas não aconteceram da maneira sonhada. A tendência é focar nas metas não cumpridas e o resultado, com certeza, é a frustração.

Falar, então, do ano vindouro, cria uma sensação de que tudo será diferente a partir do primeiro dia de janeiro. Aí, metas revolucionárias são impostas com a exigência do cumprimento. Só de pensar, o coração acelera e a respiração aperta em uma angústia e ansiedade sem fim.

Calma. É possível fazer com que esses sentimentos ditos “negativos” não sejam tão opressores quanto parecem. O primeiro passo para se livrar dessas sensações é identificar os sentimentos. Pode parecer algo simples, mas o autoconhecimento é uma das etapas mais importantes do processo da busca pelo equilíbrio emocional.

Seguem algumas dicas de como tornar a chegada do fim de ano, um processo mais leve e diminuir as crises de ansiedade e depressão.

Nessa hora, não perca a cabeça!

A primeira dica é viva o presente.

Não supervalorize a data. Dia 31 de dezembro é uma data como outra qualquer, mantenha a calma e a paciência.
Respire e medite. Quando se sentir ansioso a ponto de perder o fôlego, pare tudo o que está fazendo e respire fundo, isso fará você se acalmar naturalmente.

Alimentação sem excesso. Para controlar a ansiedade vale cuidar também da alimentação.

Organize seu dia com antecedência. Evite marcar milhões de compromissos e foque naquilo que for prioridade.

Dedique um tempo para cuidar de você. Uma boa e simples dica para diminuir a ansiedade é fazer, diariamente, algo que lhe proporcione prazer, alegria. Seja ouvir música, ler um livro, caminhar, meditar, assistir a um filme, praticar uma atividade física. Enfim, qualquer coisa que, de preferência, seja saudável e te faça bem!

Não tente atender às expectativas dos outros. Não valorize tanto a opinião dos outros. Ter uma boa noite de sono ajuda no funcionamento do organismo a relaxar.

Faça o bem. Ser generoso e se envolver com atividades voluntárias aumenta a satisfação pessoal e a autoestima. Isso deixa você mais feliz e, logo, alivia a ansiedade.

Faça uma lista das coisas boas que viveu, assim, você tira o foco do negativo e ilumina o positivo. Se possível, não passe as datas comemorativas sozinho, procure estar com amigos e pessoas que você ama.

Pare e respire – lenta e profundamente. Sinta o ar entrando no seu corpo.

E lembre-se que as festas de fim de ano, não são o fim do mundo. Relaxe!

Silvia Rezende é Psicóloga e Pedagoga há 25 anos, CRP 06/57937-5, formada pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), possui formação em Terapia cognitivo-comportamental, é coordenadora técnica da Clínica de Psicologia LARES. Especialista em Terapia Comportamental Cognitiva pelo Ambulatório de Ansiedade (AMBAN), do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Possui certificação em Mindfulness e Redução de Estresse. É psicóloga colaboradora no Instituto de Psiquiatria – IPq HCFMUSP e também no Programa da Terceira Idade (PROTER), grupo do Instituto de Psiquiatria da FMUSP.
Silvia Rezende também desenvolve palestras e cursos em empresas na área de Recursos Humanos sobre Dependência Química.

Fonte: Terra

Sente ciúmes? Saiba quando o sentimento pode ser doentio e como controlá-lo

Que atire a primeira pedra que nunca sentiu ciúmes da pessoa amada, de algum familiar ou até mesmo de um amigo. No dia a dia, há quem diga que o sentimento incômodo, motivado pela insegurança, é normal. Isso porque sua ausência completa pode indicar indiferença. No entanto, a partir de quando ele deixa de ser sadio e pode afetar o seu relacionamento?

Até que ponto o ciúmes é saudável? Quando ele passa a ser doentio, é importante ir atrás de soluções para controlá-lo
Segundo Tatiana Pimenta, fundadora e CEO da Vittude, plataforma que conecta psicólogos com pacientes, existe uma porção saudável de ciúmes , que remete a cuidado, carinho e desejo de preservar a relação. “Mas, é preciso estar atento para que esse sentimento não seja dominante e acabe prejudicando o relacionamento, a ponto de causar um rompimento”, diz.

Tatiana explica que a possibilidade de ser desprezada ou até mesmo traída, por mais segura e autoconfiante que a pessoa seja, faz com que ela fique enciumada. “Todavia, pessoas inseguras têm uma tendência maior a sentirem ciúmes. Os motivos podem ser os mais banais e infundados”, destaca.

Diante disso, a melhor forma de evitar crises e até desconfiar do par é entender o ciúme a partir de algumas emoções e situações que fazem com que ele venha à tona. De acordo com a CEO da Vittude, é importantes investigar os “fantasmas do passado”, em que o sentimento possa ter sido desencadeado por uma experiência traumática.

“Ao passar por uma traição, por exemplo, a pessoa que antes não se considerava ciumenta, passa a se sentir desconfiada, com medo de passar por tudo aquilo novamente”, afirma Tatiana. “Se estiver em um novo relacionamento, pode achar que o parceiro atual tende a fazer o mesmo que o anterior”, completa.

Outro ponto é quando a autoestima está baixa e, com isso, a pessoa não se sente merecedora da atenção e do amor dos outros. “Por ter uma imagem distorcida de si mesmo, acreditando que não é bom o suficiente em determinados aspectos, pode acabar se tornando muito ciumento ao entrar numa relação”, pontua a empresária.

Querer controlar o outro é um sinal de possessividade e indica que o ciúmes está em um estágio ainda mais avançado
Tatiana defende que pior que do que o próprio ciúme é a falta de controle sobre ele. Quando isso acontece, o ciumento pode chegar ao descontrole e ter consequências graves. Com a sensação de abandono envolvida, a pessoa se torna mais vulnerável e passa a querer a controlar os passos da pessoa amada.

“Por se sentir impotente, surge a necessidade de controlar o outro e se manter o mais próximo possível, o que dá ao parceiro a sensação de estar sendo sufocado. Dessa forma, tentar exercer controle sobre o outro vem da incerteza – que é algo intolerável para o ciumento ”, analisa a profissional.

Diante disso, criam-se situações de possessividade. “Se chegar ao extremo de atitudes como vasculhar os pertences do parceiro ou até mesmo querer proibi-lo de sair sozinho e manter suas amizades, é importante ficar atento ao alerta de um estágio avançado do ciúme, que pode ser considerado doentio e profundamente prejudicial”, completa.

Pelo que podemos observar, a possessividade , que passa pela invasão de redes sociais, celular, e-mail e até reações mais agressivas, pode ter consequências desastrosas. Com isso, a pressão causada pela desconfiança e a perda da individualidade que o ciúme doentio causa podem levar uma pessoa a desenvolver depressão e transtornos de ansiedade graves.

4 dicas para vencer o ciúme e ter autocontrole
No início, lidar com o ciúme pode ser difícil, mas é necessário, principalmente quando chega a causar sofrimento em determinados casos. Por outro lado, é importante destacar que, além de ser possível, é importante administrar as próprias emoções e buscar alternativas para driblar esse sentimento e impedir que ele controle a sua vida.

1. Reconhecer o problema
A primeira etapa é reconhecer o sentimento, mesmo que seja complicado, em especial quando ultrapassa o limite do aceitável. “Esse é um requisito fundamental para não se deixar dominar pela insegurança e pelo medo da perda, sem que haja uma razão verdadeira para isso”, pontua Tatiana.

2. Trabalhar a autoestima
Em alguns casos, o ciúme está ligado com a insegurança. Por isso, é importante trabalhar a autoestima para que se possa sentir-se útil. Uma das formas é dedicar-se a tarefas que lhe dão prazer para se fortalecer emocionalmente. “Cuidar da aparência, fazer atividades físicas e alimentar corretamente o corpo e a mente também são formas de elevar a autoestima”, diz a CEO.

3. Manter um diálogo aberto entre o casal
Conversar com o par sobre seus sentimentos é extremamente importante. No diálogo, fale o que lhe deixa desconfortável e permita que ele faça o mesmo. A dica é não se fechar e, além disso, busque se colocar no lugar do outro. “Acredite que ele está ao seu lado porque escolheu você para amar”, destaca a empresária.

4. Ter mais confiança
“Confiar em si mesmo é requisito para manter longe as consequências desastrosas do ciúme excessivo”, afirma Tatiana. Dessa forma, ao reconhecer as próprias qualidades e saber que é digno do respeito do parceiro, a pessoa consegue deixar de ter motivos para tanta insegurança e passa a confiar mais em si mesma e no outro.

Terapia pode ser uma boa aliada

A terapia de casal pode ser uma boa aliada para ajudar a entender qual a origem do ciúmes e por que ele acontece
Quando o sentimento chega a ser destrutivo e prejudica a vida a dois, a ponto de refletir também na individualidade de cada um, é hora de buscar ajuda de um psicólogo. Segundo a psicóloga Ana Paula Dias, da Vittude, tanto a terapia individual quanto a de casal pode ajudar a entender de onde vem esse ciúme.

“Um dos papéis da terapia de casal é fazer com que o casal comece a enxergar a dinâmica da relação a qual eles estão inseridos. Como é a dinâmica da relação? Qual é o papel de cada um deles e como eles funcionam individualmente? Quando entramos em uma relação, não vemos o outro exatamente como ele é”, explica Ana Paula.

A psicóloga diz que, no início da relação, é comum colocar no outro o que gostaríamos que ele fosse. Com o passar do tempo, passa-se a ver como o parceiro é de fato. “Ele começa a se apresentar sem as nossas projeções e aí algumas coisas começam a incomodar e é natural que seja assim porque o outro não vai atender 100% das nossas expectativas”, destaca.

Durante a terapia, o casal terá esclarecimentos. “O papel dela é trazer autoconhecimento no que diz respeito à essa dinâmica na relação afetiva. Dentro de tudo isso, o ciúme é uma das queixas que pode estar presente em uma terapia de casal e cabe ao profissional, junto ao casal, entender qual é a ordem desse ciúme. É oriundo de onde?”, explica Ana Paula.

No final do processo, o psicólogo ou terapeuta terá condições de analisar se o atendimento continuará por um dos dois ou ambos os parceiros individualmente. Às vezes, as questões precisam ser analisadas de forma individual. O mais importante é encontrar soluções para o ciúmes e não deixar que esse sentimento interfira completamente em sua vida.

Fonte: odocumento.com

O que o perdão tem a ver com a redução de riscos cardíacos?

Pesquisas científicas estão relacionando fatores psicossociais como o estresse e sentimentos como a raiva e a mágoa à saúde do coração.

Com a proximidade das festas de fim de ano, as promessas para 2020 começam a ganhar corpo. Emagrecer, começar um novo curso, quitar as dívidas, praticar atividade física… Que tal incluir perdoar nas resoluções de Ano Novo e ainda reduzir os riscos cardíacos?

Segundo as definições dos dicionários de Língua Portuguesa, perdoar é absolver alguém ou algo de uma culpa, de uma ofensa, de uma dívida. E, de acordo com cardiologistas, o ato de perdoar faz bem ao coração no sentido médico do termo. Há pelo menos uma década, pesquisas científicas estão relacionando fatores psicossociais como estresse, ansiedade e depressão, além de sentimentos como a raiva e a mágoa à saúde do coração.

Isso porque sentimentos são sim capazes de alterar o funcionamento do nosso organismo. “Sentimentos como mágoa, raiva, ódio, rancor ativam o Sistema Nervoso Simpático e as vias inflamatórias. Ambas estão associadas ao aumento do risco de doenças do coração, inclusive o infarto”, diz Marcelo Katz, cardiologista e pesquisador da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.

Ele explica que o funcionamento de todo o organismo está relacionado à atuação dos sistemas nervosos Simpático e Parassimpático, que integram o sistema nervoso e atuam em conjunto para manter um equilíbrio.

“Ao ser ativado, o Sistema Nervoso Simpático libera substâncias como cortisol e adrenalina, que nos deixam em estado de alerta, aumentam nossa pressão arterial e nos deixam preparados para a luta”, ensina. Sua atuação se sobressai ao Sistema Nervoso Parassimpático, que é exatamente o oposto: reduz nossa pressão arterial, reduz os batimentos cardíacos e deixa o corpo em um estado de relaxamento.

“Ruminar estes sentimentos negativos contribui para a ativação da cascata inflamatória no organismo que em última análise leva ao maior depósito de gordura nos vasos”, afirma o médico do Einstein. A mesma regra vale para o estresse. Estudo realizado por pesquisadores da Universidade da California, nos Estados Unidos, com 202 pessoas com idade entre 19 e 29 anos, mostrou, pela primeira vez, que o perdão tem efeito de longo prazo para a saúde do coração.

Pessoas que de fato perdoaram apresentaram pressão arterial mais baixa que as que cultivaram a raiva e a mágoa e as que simplesmente deixaram o assunto para lá. O benefício se estende para períodos posteriores, quando o evento é relembrado.

Mas para deixar de ser apenas uma palavra bonita e se tornar realidade, perdoar depende de um processo mental e sentimental que visa a eliminar ressentimento, mágoa, raiva, rancor ou qualquer outro sentimento negativo. “Não é fácil perdoar. É uma questão de resolução que precisa ser internalizada e trabalhada. O perdão tem que ser sincero”.

O cardiologista lembra que embora este processo de internalização da necessidade do perdão seja muito particular, algumas atividades podem ajudar no processo como aumentar a prática de atividades físicas, meditação, e eventualmente terapia com um profissional especializado em saúde mental.

Perdoar:

Reduz a pressão arterial
Reduz a frequência cardíaca
Diminui a tensão muscular
Benefícios do perdão:

Bem-estar
Proporciona sensação de relaxamento
Sensação de controle
Fonte: UOL