Rede social atrai teresinenses à prática do sexo em grupo, o famoso “swing”

Psicóloga destacou os grandes desafios de quem busca a prática e as frustrações deixadas em casais por tentativas sem preparo necessários

Falar sobre sexo tem se tornado cada dia mais comum, no entanto, ainda é um assunto delicado de se abordar. E quando é para falar de sexo na perspectiva do swing, cuja a prática é através do sexo grupal entre dois ou mais casais, o tema insiste em ficar apenas nas temáticas pouco discutidas e exibidas na grande mídia. Para conhecer este universo e trazer o assunto ao debate, o OitoMeiabuscou conhecer pessoas adeptas ao swing e uma rede social que vem ganhando espaço na internet, onde mais de 1 mil usuários são teresinenses, interagindo, compartilhando fotos, videos e suas experiências.

Numa breve explicação, para quem continua com dúvidas sobre esta prática sexual, o Swing pode acontecer com a  troca de parceiros com beijos, carícias e sexo oral, com ou sem penetração. Ou seja, a decisão é colocada em um acordo entre os participantes na relação. Chegando-se a um consenso, em busca de um sexo apimentado.

Na imersão da rede social denominada de Sexlog, nos mais diversos perfis visitados a faixa de idade entre os casais variam entre 23 a 55 anos. Pessoas casadas, namorando e, inclusive, perfil de casal de amantes que buscam fazer sexo com outros casais para mostrar para seus cônjuges. No Swing vale quase tudo, portanto, é sempre bom dar um crédito para as propostas e ao que estiver escrito, pois a imaginação é uma forte contribuinte para que o encontro seja inesquecível entre os praticantes.

CASADOS HÁ 17 ANOS: “VAMOS À UM BAR, DE LÁ PODEMOS SEGUIR”

Entre os usuários, a reportagem buscou contato com o perfil intitulado de Alan e Ludmila, no qual o proprietário é casados há 17 anos, possui filhos e residem na zona Leste de Teresina. Sem propor de fato uma entrevista, o OitoMeia iniciou um diálogo.

Seguindo as regras do ‘jogo’, é válido olhar todo o perfil do casal na página, e de imediato é possível ver o interesse de ambos. “Casal realmente casado procura outros casais e homens para se conhecerem, bater um papo e, se houver afinidade, quem sabe algo mais”, descreveu. À equipe, eles garantiram que estariam disponíveis para um encontro pessoalmente e, a partir de então, avançariam para o proposito.

“Estamos querendo sair dia 26 ou 27 [de dezembro]. Podem à noite ? Barzinho, conversar… Se rolar afinidade, aí quem sabe”, sugeriu Alan. Entre suas exigências, segundo relatou, a saída com os dois só poderia ocorrer caso quem estivesse conversando do lado de cá enviasse fotos de rosto. “Só saímos com o casal se trocarmos fotos. E aí? Topam ou não ?”. Para muitos, essa é uma maneira de saber se o casal é real, ou, trata-se apenas de um perfil falso.

PARA DAR CERTO, OS DOIS PRECISAM QUERER

A psicóloga que atua na área de terapia sexual, Kyslley Urtiga, explicou ao OitoMeia que ambos precisam estar preparados para realizar o swing. Dentre os esclarecimentos, Urtiga ressaltou os grandes desafios de quem busca a prática e as frustrações deixadas em casais por tentativas sem preparo necessários.

Ela iniciou a conversa esclarecendo que o ponto de partida para quem deseja entrar em um swing é entender a necessidade do seu parceiro ou parceira, e se enxergar dentro dela. “Primeiro, você tem que ter uma certa responsabilidade pelo outro, que muitas vezes fica difícil quando a gente não entende que o outro tem que se perceber nessa situação de uma mesma forma que eu quero. Se eu tenho esse desejo, eu vou discutir com o meu parceiro sobre isso, e eu vou conjugar a nossa vontade”.

Psicologa Kyslley Urtiga, especialista em terapia sexual fala sobre a prática do Swing (Foto: Salomão Prado/OitoMeia)

REPRESSÃO SEXUAL

O grande desafio para quem quer fazer swing, segundo terapeuta, é a questão do parceiro apenas querer satisfazer o outro, e esquece de si. Em muitos casos, como foi identificado no próprio Sexlog, a mulher se submete aos prazeres do seu cônjuge e não coloca em dialogo os seus medos ou seus fetiches também.

Nesse aspecto, Kyslley denomina como ‘repressão sexual, e faz o alerta principalmente para os casais ciumentos. “Existe uma situação chamada repressão sexual, que entre muitas vezes ocorre nesse caso de swing, e é exatamente: ‘quando eu quero fazer para realizar o desejo do outro, e eu não faço por mim’. Um casal que tem muito ciúmes envolvido, é um casal que não tem uma tipologia pra esse tipo de prática… Porque em muitos momentos, eles não conseguem desmistificar isso, a ponto de entender que é um desejo buscado para ambos”.

Na dia a dia de trabalho, ela enfatiza que os casais que buscam sua ajuda profissional já chegam com traumas da prática, exatamente por não terem buscado preparo psicológico antecipadamente. “Eu não recebo pacientes que buscam ir [fazer swing]. Geralmente eu já recebo eles com o sofrimento, casais com frustração da prática. Porque não amadureceu, não trabalhou limites, e só pensaram em ir, e sequer pensaram em trabalhar como iriam se sentir”, pontuou.

Psicologa Kyslley Urtiga, especialista em terapia sexual fala sobre a prática do Swing (Foto: Salomão Prado/OitoMeia)

QUERO FAZER SWING, E AGORA ?

Para evitar qualquer surpresa na hora H, a profissional faz algumas recomendações e deixa claro que a prática não deve ultrapassar o campo do prazer. No primeiro ponto, ela afirmou a necessidade de conhecer os limites dos participantes.

“É preciso se ter um amadurecimento para iniciar a prática, é preciso reconhecer os limites do parceiro. Por exemplo, se meu parceiro não sentir-se bem, eu vou conseguir parar aquela prática, naquele momento e respeitar ? Que tipo de fetiche ou fantasia está se buscando nessa situação ?”, disse.

HOMEM OU MULHER: QUEM MAIS BUSCA PELA PRÁTICA ?

Com sua notada experiência, a psicóloga destacou o grande espaço que o público feminino vem conquistando quando o assunto é sexo, haja visto que há pouco tempo atrás determinados desejos sexuais eram velados pelo público feminino por medo, repressão do seu parceiro. Kyslley afirmou que atualmente “acredita que hoje em dia o público está bem misturado”, ou seja, com muita mulher buscando realizar seus desejos assim como os homens.

GANHA DINHEIRO PARA FAZER SWING

Entre os amantes do swing, o jovem que se identifica por Edu, 24 anos, formado em administração de empresas, relatou que na época em que praticava, há mais ou menos 2 anos, fazia tanto por “gostar muito” quanto por interesse financeiro. Ele, que é natural de São Raimundo Nonato, foi embora muito novo para a cidade de Fortaleza (CE) e por lá frequentou algumas casa de swing, onde passou a conhecer casais héteros e homossexuais. Com os dois gêneros, Edu se deixou levar.

“Sou de São Raimundo Nonato, e fui pra Fortaleza quando tinha mais ou menos uns 15 anos de idade, conheci muitos casais, gays, héteros… e eu passei a fazer por dinheiro”, explicou. “Existem muitas fantasias mirabolantes, que fazem parte do swing. Por exemplo, conheci um casal hétero em que o esposo não queria transar, apenas sentar e assistir eu com a esposa dele”.

Gay e atualmente casado, Edu fala sem pudor ao OitoMeia que só não continua fazendo swing devido ao seu estado civil. “Meu marido é muito ciumento, por isso não continuei fazendo. E ele me conheceu fazendo esses trabalhos lá em Fortaleza”.

CUIDADOS COM A SAÚDE

Muito se falou sobre os cuidados com a saúde mental, mas é válido e necessário a cuidar também da saúde do corpo como um todo, antes de qualquer ato sexual. “É preciso que os casais conheçam antes seus parceiros, o local onde vão fazer a prática e sempre fazer uso tanto do preservativo, quanto de pilula anticoncepcional”, lembrou a terapeuta Kyslley Urtiga.

Fonte: OitoMeia/ Salomão Prado

 

Ajudar os outros é um ótimo antídoto contra a depressão

O trabalho voluntário melhora a saúde mental, reduz a depressão e confere bem-estar, de acordo com investigadores da Universidade de Exeter, no Reino Unido, que revisaram 40 estudos feitos ao longo de 20 anos.

 

A depressão é uma doença que atinge uma em cada cinco pessoas no mundo; 11,5 milhões de brasileiros, duas vezes mais mulheres do que homens.

A Organização Mundial da Saúde havia anunciado que em 2020 a depressão seria a primeira causa de adoecimento e de afastamento do trabalho, superando as complicações cardiovasculares. O prognóstico foi antecipado; isso vai acontecer em 2018. A razão é simples. “Muitos permanecem sem diagnóstico, com culpa ou medo do estigma e, pior, sob risco de suicídio”, afirma a psiquiatra Giuliana Cividanes, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Ela aponta a conturbada rotina e os hábitos contemporâneos como responsáveis pelo crescimento do número de casos. “As pessoas estão adoecendo menos pelos fatores genéticos e mais pelo jeito de viver”, explica a psiquiatra. Alimentação rica em produtos industrializados, sedentarismo, obesidade e stress desgastam as células, que liberam toxinas inflamatórias capazes de prejudicar várias partes do corpo, inclusive o cérebro.

Quanto mais cedo a depressão for detectada, mais rápida é a recuperação. Giuliana ressalta que nem sempre o deprimido consegue dar um passo sozinho para buscar tratamento. “Não adianta dizer a ele para ir ao médico. Um amigo ou familiar precisa marcar a consulta e levá-lo quando ele não tem forças para fazer isso.”

A mesma recomendação se estende às outras estratégias não convencionais. “Vá junto a uma aula de ginástica, por exemplo. Não espere a pessoa ter vontade”, sugere. A psiquiatra acredita que, se ela for levada a romper a dificuldade, a vontade aparece depois. “A repetição e o condicionamento ativam o cérebro, criando novas vias de comunicação entre os neurônios, o que pode ser transformador para quem se vê no fundo do poço.”

A ciência tem demonstrado que as atividades que põem o corpo em movimento e colocam a alma em conexão com o bem-estar, aberta para ajudar o outro, podem funcionar como remédio auxiliar. Evidentemente, só podem ser obtidos bons resultados quando esse tipo de ação está associado à prescrição correta de medicamentos, que corrigem a química cerebral, e à psicoterapia, que atua no sentido de modificar a forma de agir.É preciso recorrer a todos esses recursos para combater a doença.

Assim como meditar, o trabalho voluntário melhora a saúde mental, reduz a depressão e confere bem-estar, de acordo com investigadores da Universidade de Exeter, no Reino Unido, que revisaram 40 estudos feitos ao longo de 20 anos. Maria José Bebiano, 55 anos, de São Paulo, foi beneficiada por incorporar o voluntariado no seu tratamento.

Formada em comércio exterior, ela parou de trabalhar quando nasceu a primeira filha. Notou que a criança não se desenvolvia no mesmo ritmo que as outras que conhecia. Quando esperava o segundo filho, veio o diagnóstico: a menina tinha paralisia cerebral. A terceira filha, que nasceu dez anos após a primeira, apresentou o mesmo problema.

“Não me deixei abater. Eu me achava a supermulher. As duas faziam acompanhamento na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), e Maria José via com bons olhos a ação das voluntárias. Algumas vezes até colaborou com elas. Toda a sobrecarga de cuidar dos filhos – o que ela fingia não ver – a derrubou na mudança que fez. O marido havida sido convidado para trabalhar no México. Lá foram eles. “Os meus familiares me ajudavam muito e, de repente, eu perdera esse apoio. Acabei entrando em parafuso”, recorda.

O primeiro sinal que o corpo deu foi a oscilação brusca da pressão arterial. Ela perdeu a vontade de sair de casa. Um médico diagnosticou depressão. A reação de negação fez Maria José responder ao profissional: “Não tenho tempo pra isso. É frescura”. Teria que procurar um especialista, mas resistiu.

Para ela, psiquiatras eram médicos de louco. Como o quadro só piorava, não lhe restou opção e acabou concordando. O profissional receitou antidepressivo e psicoterapia. “Fiz o tratamento, mas em alguns dias a tristeza me dominava”, conta. Parecia que algo estava faltando para enfrentar aquele período difícil, que se estendeu pelos nove anos em que morou fora.

Quando voltaram, assumiu de vez o trabalho voluntário. Sua função era receber quem chegava à AACD pela primeira vez. “Acolher e cuidar de pessoas fragilizadas me obrigou a sair de mim e olhar o outro. Fui revertendo a dor e a tristeza com alegria e gratidão”, afirma.

As filhas dela estão bem; a deficiência não as impede de ter uma vida normal. “Eu comando hoje 200 voluntários e não me imagino fazendo outra coisa. Essa é a minha terapia. Sou boa no que faço porque faço com amor.” O que aconteceu com Maria José pode ser entendido com a leitura daquele trabalho da Universidade de Exeter. Os resultados dele foram publicados em 2013 no periódico BMC Public Health. Segundo a psiquiatra Giuliana, o contato social levou Maria José a produzir mais neurotransmissores, como a serotonina, e a ativar os fatores neuroprotetores que diminuem a degeneração celular. “Somos seres sociáveis, não há nada mais eficaz para estimular o cérebro do que a interação com outro humano”, ressalta a médica.

Fonte: Cláudia

Cafeína, álcool e aparelhos eletrônicos influenciam nas noites de insônia

A qualidade do sono está diretamente ligada aos hábitos saudáveis. Da mesma forma, as noites mal dormidas são sintomas de que algo não vai bem.

Segundo a psicóloga Kyslley Urtiga, especialista em terapia do sono e psicologia clínica, ter hora de acordar e de dormir é um dos hábitos que ajuda a manter o sono em dia e garante que o corpo tenha ritmo. “Com a vida moderna que temos, bagunçamos tudo. A pessoa acaba se alimentando tarde e dormindo mais tarde. E aí começam as perturbações com o sono, como noites mal dormidas, despertar precoce e recorrente, podendo até causar insônia de vários graus”, enfatiza.

Para tratar o problema, Kyslley Urtiga afirma que é preciso fazer o diagnóstico, que nem sempre leva à necessidade de tomar remédio. “Temos que mostrar ao indivíduo o comportamento errado dele e fazer o que chamamos de higienização do sono, dando a essa pessoa novas condições de comportamento”, explica a psicóloga Urtiga.

Em média, o organismo precisa de oito horas de sono. Entretanto, Kyslley Urtiga lembra que algumas pessoas são consideradas como curtas dormidoras. Estas precisam apenas de cinco a seis horas dormindo para se sentirem revigoradas. “Eu preciso entender, se sou mais matutino – acordo cedo -, ou estou disponível e gosto de dormir cedo. Ou então, sou vespertino, funciono melhor no final da manhã para a tarde. A psicologia ajuda a pessoa se identificar e a organizar o ritmo biológico dela, provocando uma melhor qualidade de sono”, completa a especialista.

O cochilo após o almoço, por exemplo, é indicado pelos especialistas e pode se somar às horas dormidas à noite. “Quando se fala em oito horas, não precisa ser necessariamente ininterruptas. Dormir seis horas durante a noite e, mais tarde, descansar duas horas, pode ser revigorante”, completa Kyslley Urtiga.

A perda de sono influencia diretamente na perda da imunidade, na irritabilidade e nas sensações de cansaço e fadiga. “A insônia tem sido um problema de saúde pública, por conta do ritmo de trabalho que levamos”, afirma a psicóloga.

Levar celular ou tablete para a cama, ou ainda assistir televisão até tarde, pode ser considerado um péssimo hábito. Isso porque, segundo Kyslley Urtiga, esses aparelhos são inibidores de sono, pois emitem a luz azul. “Ao invés de estimular a melatonina – substância que faz com que as pessoas durmam -, ela inibe e faz com que surja o cortisol, que a gente fique acordado”, explica.

Criar hábitos saudáveis é a melhor alternativa para quem sofre de insônia. Evitar álcool cafeína, bem como os aparelhos eletrônicos uma hora antes de ir para a cama, também ajudam a evitar noites mal dormidas.

Fonte: Portal O Dia

TPM e TDPM: entenda as diferenças

A semelhança entre TPM e TDPM é que acontecem e terminam no mesmo período. A diferença é a intensidade dos sintomas e a natureza mais psíquica dos sintomas de TDPM e mais físicas na TPM.

TPM, a famosa tensão pré-menstrual, assombra a vida de muitas mulheres. Mas por que algumas tem a TPM mais atacada que as outras? Estudos revelam que elas têm uma letra a mais neste período – a D! Nesta quarta (24), o Bem Estar explicou as diferenças entre a TPM e TDPM (transtorno disfórico pré-menstrual).

A semelhança entre TPM e TDPM é que acontecem e terminam no mesmo período. A diferença é a intensidade dos sintomas e a natureza mais psíquica dos sintomas de TDPM e mais físicas na TPM. No TDPM os sintomas são intensos e afetam os relacionamentos.

Diagnosticar TDPM não é fácil. Há muitos critérios para avaliar e não há exames laboratoriais para isso. O diagnóstico é feito através de uma anamnese onde a paciente relata seus sintomas mais importantes. Eles devem estar presentes durante a maioria dos ciclos menstruais no último ano e devem ser severos ao ponto de impactar negativamente na vida da paciente.

TPM

  • Apresenta sintomas que se manifestam dias antes da menstruação
    Alguns deles: cólicas, inchaço, dores de cabeça, nas mamas, fome em excesso, acne, vontade de chorar, insônia, ansiedade
    Os sintomas incomodam, mas não incapacitam. Desaparecem no início do fluxo
    A principal causa é a alteração hormonal
    É possível amenizar com atividade física, alimentação e redução de sal

TDPM

  • Afeta de 3% a 8% das mulheres
    Sintomas são muito severos a ponto de deixar a paciente incapacidade para exercer atividade, seja doméstica ou profissional
    Alguns sintomas: depressão, melancolia, irritabilidade, desânimo, descontrole emocional, choro, ira, distúrbio de apetite e insônia
    Eles cessam no início do fluxo menstrual
    No tratamento, a disciplina é fundamental. Tomar a medicação de forma correta garante melhora dos sintomas e estabilidade do humor
    Exercícios físicos diários são recomendados, além de alimentação saudável e equilibrada. Consulte também um médico.

Fonte: Bem Estar

Dormir bem melhora a memória e o desempenho do cérebro; veja dicas

Você já acordou e colocou o despertador para tocar a cada 5 ou 10 minutos depois, achando que ficaria mais disposto e descansado?

A neurologista Andrea Bacelar explicou que esses minutinhos a mais pela manhã podem não ser eficientes para melhorar o descanso e a disposição – o ideal é, se for o caso, adiar o despertador apenas uma vez para um período maior de tempo, como 20 ou 30 minutos, e logo após acordar de uma vez.

Para uma noite de sono ser considerada boa, no entanto, é preciso quantidade e qualidade – em média, os adultos que não têm problemas de sono dormem cerca de 7 horas ou 7 horas e meia por noite, mas alguns podem precisar de mais tempo do que outros. Uma dica da neurologista é planejar o sono, ou seja, ter horários regulares para dormir e acordar, inclusive aos finais de semana.

A pediatra Ana Escobar destaca que dormir bem é importante porque melhora a memória e o funcionamento do cérebro – isso porque, nesse momento, ocorre uma restauração do sistema nervoso central, quando os neurônios conseguem passar informações entre eles adequadamente.

Com isso, no dia seguinte, o cérebro consegue armazenar mais informações e a mente fica mais atenta e concentrada. Por outro lado, quem dorme pouco pode começar a ter sintomas como irritabilidade, redução do desempenho, alteração da memória, alteração da concentração, alteração do humor e fadiga, por exemplo. Além de deixar o adulto sonolento, a privação do sono pode levar até mesmo à depressão.

No caso das crianças, a falta de sono pode prejudicar o rendimento no dia a dia, o apetite, o humor e até o ciclo do crescimento.

Segundo especialistas, os pequenos estão dormindo em média duas horas a menos do que deveriam dormir por dia, mas muitos pais ainda têm dificuldade e sofrem para colocá-los para dormir, como mostrou a reportagem da Danielle Borba, de Sorocaba, no interior de São Paulo.

Até os 2 anos, o ideal é que os bebês durmam 14 horas por dia; dos 2 aos 5 anos, 12 horas; dos 5 aos 10 anos, 12 horas somente durante a noite; e dos 11 aos 16 anos, de 10 a 11 horas também apenas à noite. O problema, segundo a neurologista Andrea Bacelar, é que os pais costumam ser flexíveis com os horários de dormir dos filhos porque chegam tarde em casa e acabam deixando a criança ficar acordada até mais tarde.

Uma das causas mais comuns da falta de sono nos pequenos é o abuso de cafeína e o uso excesso de aparelhos eletrônicos e, para piorar, alguns pais começam a colocá-los para dormir com eles, deixam a televisão ligada e incentivam outros hábitos que são ruins.

A dica, portanto, é ajustar o ritmo do sono da criança à rotina da família – no momento que ela adota um hábito regular de acordar e dormir, fica mais fácil para ela crescer e se tornar uma adulta com esse mesmo ritmo. É preciso ainda retirar os aparelhos eletrônicos durante a noite, reduzir o consumo de alimentos com cafeína durante a tarde, apagar as luzes da casa para a criança identificar que é hora de dormir, colocá-la na cama sempre no mesmo horário e tentar manter essas regras também nos finais de semana.

Parkinson e Alzheimer
Parkinson e Alzheimer são doenças crônicas, irreversíveis, de aparecimento lento e progressivo, que afetam o sistema nervoso central em pessoas, em média, com mais de 60 anos. Elas causam uma perda progressiva de neurônios específicos, o que compromete a produção e a função de certos neurotransmissores.

As duas doenças alteram o sono e podem ser alteradas também pela falta de sono – é uma via dupla, como explicou a neurologista Andrea Bacelar. Por isso, é importante melhorar a qualidade do sono dos pacientes para reduzir as doses dos medicamentos usados nos tratamentos.

No caso do Alzheimer, a primeira e principal queixa é o esquecimento gradual, principalmente para fatos recentes, e também a mudança de comportamento. Muitas vezes, alterações do humor também já podem indicar o início da doença. Com o tempo, esse esquecimento passa a ser global e outras funções mentais também se comprometem, como a fala, escrita, habilidade para cálculos e orientação – até que o paciente não consiga mais realizar funções simples do cotidiano. A personalidade também se modifica, podendo haver agressividade, apatia, confusão mental, depressão e alucinações.

Já no Parkinson, o primeiro marcador da doença é um distúrbio chamado Transtorno Comportamental do Sono Rem, quando o paciente grita, bate e cai da cama, reagindo a um sonho. De acordo com as médicas, 50% das pessoas que têm Mal de Parkinson tem apneia do sono e mais de 50% têm insônia.

 

Fonte: Bem Estar

OMS alerta para importância de prevenção ao suicídio

A depressão tem tratamento e o primeiro passo é conversar sobre o assunto. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), atualmente mais de 120 milhões de pessoas sofrem com a doença no mundo; no Brasil, o número chega a 17 milhões. E cerca de 850 mil pessoas morrem, todos os anos, em decorrência de problemas mentais graves.

A doença afeta pessoas de todas as idades e estilos de vida, causa angústia e interfere na capacidade de o paciente fazer até mesmo as tarefas mais simples do dia a dia. No pior dos casos, a depressão pode levar ao suicídio, segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, segundo o relatório da OMS. Ainda assim, a depressão pode ser prevenida e tratada. Uma melhor compreensão sobre o que é a doença e como ela deve ser prevenida e tratada pode ajudar a reduzir o estigma associado à condição, além de levar mais pessoas a procurar ajuda.

Se diagnósticada precocemente a doença é possível evitar seu agravamento e casos crônicos da depressão. Falar sobe depressão, conforme recomenda fortemente a própria OMS, deve ser o primeiro e mais importante passo não apenas para que fique claro que há tratamento para a doença – figura também como uma estratégia essencial para garantir o diagnóstico precoce, evitar o agravamento do quadro e, consequentemente, reduzir o número de casos crônicos do transtorno.

Como identificar um possível suicida?

Existem alguns comportamentos e características que podem auxiliar na identificação de um suicida em potencial. São eles:
Falar sobre morte – Qualquer menção sobre morrer, desaparecer ou causar danos a si mesmo pode ser sinal de pensamentos suicidas.

Perdas recentes – Essas podem ocorrer através de eventos como mortes, fins de relacionamentos ou perda de emprego. Também pode ocorrer com a diminuição do interesse por amigos, hobbies ou outras atividades que antes eram prazerosas.

Mudanças na personalidade – Podem se manifestar com traços de tristeza contínua, apatia, irritabilidade e ansiedade.

Mudanças de comportamento – Dificuldade de se concentrar na escola, no trabalho, em casa ou em outras atividades rotineiras.

Sono – Dificuldades para dormir, pesadelos ou sono em excesso.

Alimentação – Mudanças no padrão de alimentação podem ser manifestar por perda de apetite ou fome em excesso

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Baixa Autoestima – Sentimento de falta de amor-próprio, desvalia, culpa, vergonha.

Sentimentos contínuos de desesperança, desespero e desamparo – Falta de perspectiva para a vida e de expectativa de que as coisas podem melhorar.

 

Oniomania, quando as compras viram doença

Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas em Saúde, em Taiwan, compararam indivíduos que iam ao shopping com outros sem esse costume e observaram, no final, que os amantes das vitrines não só viviam mais como tinham uma maior capacidade cognitiva.

“Atitudes como saber o que está na moda, negociar e sociabilizar com outras pessoas estimulam o cérebro”, explica a psicóloga Tatiana Filomensky, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Mas é importante não deixar o hábito de ir às compras passar do ponto – do contrário, você pode acabar caindo na oniomania.

Oi? Oniomania é o nome dado pelos especialistas ao impulso incontrolável e constante de adquirir produtos e mais produtos. “A pessoa às vezes até percebe que está exagerando, porém não consegue parar. Essa situação a deixa ansiosa e, em certos casos, depressiva“, relata Tatiana. Para não chegar a esse ponto, o jeito é ficar atento a indicativos como os colocados abaixo.

Sinais de que é melhor fechar a carteira:

• Comprar itens desnecessários sem ter dinheiro sobrando;

• Frequentar – e esvaziar – lojas desacompanhado;

• Possuir familiares com histórico de compulsão, seja ela qual for.

Não há um levantamento no Brasil, mas, nos Estados Unidos, 5,5% da população tem oniomania. Ou seja, a compulsão por compras está longe de ser uma raridade. E pode provocar estragos enormes, tanto nas finanças quanto na saúde mental. Se sentir que está perdendo o controle, não deixe de consultar um profissional.

Este texto foi publicado originalmente no site de SAÚDE.

Por que é importante manter a rotina do sono mesmo durante as férias?

A médica especialista em sono, Aliciane Mota, explica que manter uma rotina regular de sono, até mesmo durante as férias,  é importante para o descanso e para garantir um melhor desempenho das crianças e jovens.

“Para que a rotina não fique totalmente diferente do habitual em período de aulas é preciso que os pais tenham uma posição ativa com relação às atividades dos filhos. Os hábitos de meses podem ser pedidos facilmente em poucos dias ou semanas de um recesso sem regras”, ressalta.

De acordo com a especialista, a boa rotina de sono garante um bom funcionamento do organismo que, consequentemente, vai garantir uma capacidade melhor de aprendizado da criança e a manutenção dos níveis de secreção hormonal. A criança que não dorme bem fica agitada e com dificuldades de concentração.

No sono, vários hormônios estão envolvidos, como as endorfinas, serotoninas, leptina, e, principalmente, o hormônio do conhecimento, conhecido como GH e que é extremamente importante nesta fase da vida. “Esses hormônios são secretados principalmente quando se tem uma boa qualidade de sono, e se isso é alterado, toda a produção hormonal também sofre mudança”, considera Aliciane.

O tempo de sono varia de acordo com a idade da criança. Quanto mais velha, menor a quantidade de horas necessárias de repouso. Em geral, as crianças com idade pré-escolar, entre 3 e 5 anos, precisam de 13 horas de sono por dia. Enquanto as de idade entre 6 e 12 anos devem dormir ao menos 10 horas.

O exagero de atividades estimulantes como jogar vídeo game e correr, por exemplo, comuns no período de férias, podem estar entre os fatores que colaboram para uma má noite de sono para crianças. “Algumas brincadeiras estimulam demais a função cerebral e, além de atrasarem o horário de dormir, acabam causando interrupções no sono durante a noite”, acrescenta a médica.

O recomendado é procurar não permitir que a criança saia tanto da rotina durante este período do ano.

Fonte:Jornal Cruzeiro

Remédios para dormir provocam dependência e devem ser prescritos com bastante cautela

Nenhum medicamento consegue reproduzir perfeitamente o sono fisiológico, os médicos chamam esse sono de farmacológico. Os medicamentos para dormir causam dependência, perdem o efeito com o tempo e precisam ser prescritos com bastante cautela.

Sedativos, hipnóticos, antidepressivos, relaxantes. A lista de medicamentos para dormir é imensa e a de efeitos colaterais também. Mas tem gente que realmente precisa!

Onze milhões de brasileiros tomam remédios para dormir! Será que vicia? O pneumologista do sono Dr. Geraldo Lorenzi tira essa dúvida. E o que acontece com as pessoas que trocam o dia pela noite? Dr. José Cipolla Neto, endocrinologista, explica.

Saiba mais

Melatonina – A melatonina é um hormônio e, entre outras funções, regula o sono. À noite, quando começa a ser produzida, ela sinaliza para o sistema nervoso central que é hora de acabar com o período de atividade e começar o período de repouso. Para isso, alguns mecanismos fisiológicos são acionados e o principal é o sono. Enquanto a melatonina é produzida normalmente, ela garante um sono saudável.

Alguns fatores podem interferir e até bloquear a produção da melatonina: a luz (principalmente a azul, proveniente dos celulares, tablets e televisão), remédios e a idade, pois a produção de melatonina cai com o passar dos anos. Aos 70/80 anos, a gente produz 20% menos melatonina que quando jovem.

No Brasil, a melatonina é vendida em farmácias de manipulação e a sua ingestão deve ser orientada por um médico. É preciso saber a dose correta, formulação adequada e o horário certo para tomar. Se tomado de maneira errada, o hormônio desregula todo o organismo: metabolismo, sono e vigília, sistema cardiovascular e imunológico.

Relógio biológico – Dr. José Cipolla explica que é a partir da informação do tempo, se é dia ou noite, que o nosso relógio biológico prepara o corpo para um dos períodos. DIA: a gente acorda, ficamos ativos, nos alimentamos, interagimos, o metabolismo está ativo e aproveita o que comemos, a pressão e a temperatura do corpo estão mais altas. NOITE: dormimos, estamos em repouso, o metabolismo garante o jejum, o sistema nervoso se recupera, os músculos se recuperam, a pressão e a temperatura do corpo permenecem mais baixas.

De acordo com o Dr. Geraldo, cada um tem um relógio biológico diferente, são os cronotipos. Algumas pessoas são vespertinas, outras matutinas e outras noturnas. Por conta disso, há muita confusão entre privação de sono e insônia. Por exemplo: uma pessoa que é vespertina, tem problemas para conseguir dormir cedo e acorda com muito sono. Essa pessoa vai ao médico e diz que tem insônia, mas na verdade, ela só não está respeitando o relógio biológico interno e tem privação de sono. Com o tempo, é possível flexibilizar esse relógio biológico, mas algumas pessoas têm mais dificuldade.

Remédios – Existem dois tipos de insônia: a inicial e a dificuldade de manutenção de sono. Os remédios agem dependendo da insônia de cada um, mas todos eles agem no sistema nervoso central com diferentes mecanismos.

Segundo Dr. José Cipolla, nenhum dos medicamentos consegue reproduzir perfeitamente o sono fisiológico, os médicos chamam esse sono de farmacológico. Apenas a melatonina é capaz de induzir ao sono naturalmente.

Dr. Geraldo alerta que os medicamentos para dormir causam dependência, perdem o efeito com o tempo e precisam ser prescritos com bastante cautela.

Tratamentos não-medicamentosos – O tratamento mais difundido é a terapia cognitivo-comportamental, que envolve a higiene do sono: horários regulares para dormir, evitar cafeína, evitar ir para cama sem sono, não ficar na cama após acordar.

Uma das peças-chave é diminuir o tempo de cama: pessoas vão para a cama às 21h e ficam até 9h. Mas quando você pergunta quanto tempo ela dormiu, foram só 4h ou porque enrolou para dormir ou porque enrolou depois de acordar, isso não é saudável.

Além da higiene do sono, tratar a causa da insônia é o recomendado, principalmente no caso de distúrbios como a apneia. Quando descoberta a causa, os remédios serão menos necessários.

Privação de sono e o álcool – Um estudo publicado na Nature mostrou que não dormir o suficiente tem um impacto no cérebro semelhante ao do abuso do álcool. Dr. José Cipolla explica que a privação de sono afeta o sistema nervoso central de forma a diminuir o desempenho durante a vigília. É um princípio diferente do álcool, mas os efeitos são semelhantes: diminuição dos reflexos, aumento no tempo de resposta a um estímulo, dificuldade de compreensão, lapsos de memória.

Fonte: Bem Estar

Artigo: Compulsão por compra, um mal que custa caro

Comportamento amplamente disseminado no âmbito capitalista, adquirir bens está relacionado a diversos tipos de expressões emocionais: alegria, tranquilidade, satisfação e orgulho.

Quem não gosta de fazer compras? Porém, da mesma forma que podemos nos beneficiar com a aquisição de diversos produtos, também é possível entrar em um grupo patológico que gera profundo desconforto e sofrimento a esses compradores: o transtorno do comprar compulsivo.

Será que o hábito de comprar é novo? De acordo com Tavares et al. (2008), o ato de comprar desenvolveu-se na Grécia Antiga, onde a emergência do dinheiro alterou os valores culturais e morais. O poder era determinado não pelo nome de família, mas pelo comércio, que aumentou muito pela adoção dos sistemas monetários. Contemporaneamente existe um distinto contexto para a realização das compras, porém, como visto, parte desta população pode estar adoecida com essa prática. Dessa forma, tem-se considerado o comportamento exagerado como uma patologia de dependência, agrupado com os transtornos de uso de álcool e drogas. Outros estudiosos consideram-no como parte do espectro dos transtornos obsessivo-compulsivos, ou do humor. Essa é uma categoria que foi proposta e que combina dependências comportamentais e inclui o jogo patológico, a cleptomania, a piromania, a dependência de internet e o comportamento sexual compulsivo.

Um estudo desenvolvido por Trotzke et al. (2015) investigou os diferentes fatores de vulnerabilidade para o transtorno do comprar compulsivo e determinou se a compra patológica on-line estava relacionada a algum tipo de dependência de internet específico. De acordo com o modelo de dependência de internet, fatores de vulnerabilidade podem consistir em uma predisposição à excitabilidade para comprar. Além disso, a experiência de fissura também deve ser um fator para as compras on-line de forma patológica. Os pesquisadores testaram, em uma mostra de 240 mulheres, o nível de excitabilidade para comprar através da exposição de imagens relacionadas a compras. Os resultados do estudo demonstraram que o uso inadequado de internet e a alta expectativa de comprar estão relacionados a um comportamento desadaptativo de compras. O estudo sugere que sujeitos que utilizam excessivamente a internet e apresentam o comportamento de comprar fora da internet podem também comprar excessivamente on-line.

Em relação ao perfil desse compradores, Tavares et al. (2008) mencionaram que a experiência de comprar é quase sempre solitária e, embora as compras sejam geralmente para eles mesmos, os compradores compulsivos podem gastar excessivamente em compras para seus parceiros ou cônjuges, filhos ou amigos. O transtorno pode ocorrer em qualquer tipo de estabelecimento comercial, desde lojas de departamentos luxuosas a brechós ou pequenas lojas. Compras pela internet e por catálogos são também populares entre os compradores compulsivos. Rose e Dhandayudham (2014) relatam que a literatura em relação ao comportamento problemático e compras on-line é limitada e ainda é discutida dentro do contexto de dependência de internet de outras dependências (alguns pesquisadores reforçam a relação dessa problemática como sendo essencialmente circunscrita á dependência de internet). Apesar dessas diferenças de posicionamentos, há um ponto em comum: a instabilidade emocional e o materialismo apresentam efeitos positivos nesse tipo de comportamento inadequado. A dificuldade de controle comportamental torna-se um forte elemento determinante no comprar compulsivo.

Segundo Tavares et al. (2008), não há tratamento padrão para esse tipo de transtorno e muito do que tem sido descrito reflete a orientação teórica do autor. Há vários estudos de caso com relação ao tratamento de compradores compulsivos, cada um deles enfatizando a importância das experiências iniciais da vida. Apenas mais recentemente foram desenvolvidos modelos cognitivo-comportamentais para o transtorno. Ainda de acordo com pesquisadores, outras abordagens também têm sido descritas. Livros de autoajuda estão disponíveis e podem ser úteis. Os Devedores Anônimos, criado sob o padrão dos Alcoólicos Anônimos, podem ser também úteis. É um grupo voluntário, dirigido por leigos, que proporciona uma atmosfera de apoio e encorajamento mútuos para aqueles que têm dívidas substanciais.

Em suma, trata-se de um problema contemporâneo que deve ser visto de forma singular e que tratamentos cada vez mais eficazes sejam desenvolvidos para uma população que adoece com frequência cada vez maior na era da cibercultura.

Fonte: Revista Psique Ciência e Vida

Autor do Artigo: Igor Lins Lemos é doutor em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental Avançada pela Universidade de Pernambuco (UPE). É psicoterapeuta cognitivo-comportamental, palestrante e pesquisador das dependências tecnológicas.