Dicas para crianças exercitarem a mente brincando de diversas formas

É comprovado cientificamente que crianças que se exercitam, brincam e correm têm sua capacidade cognitiva melhorada, como se o “pensar” fosse mais desenvolvido. Entre os 8 e 9 anos é que essa característica fica mais em evidência. Ou seja: é quando mais eles precisam exercitar o cérebro. Aliás, a prática ajuda também a conquistar amigos, criando mais laços comportamentais e evitando isolamento.

Palavras cruzadas

Não é só os mais velhos que precisam fazer as tradicionais palavras cruzadas. Ainda vendidas em revistas, hoje também estão disponíveis na internet. Estimule os pequenos a cruzar as informações e brincar nesse passatempo, que tem versões exclusivas para crianças. Com um pouco de tempo, também dá para criar o próprio jogo, estimulando assuntos recorrentes da criança.

Caminhos diferentes

Estimule e use caminhos variados na hora de ir aos lugares (sempre com segurança, é claro). Isso faz com que o cérebro exercite mais a memória, melhorando a capacidade cognitiva dos pequenos.

Contas no papel

Sim, faça os cálculos à moda antiga Não deixe que a tecnologia tome conta dessa prática com seus filhos. Assim, estimule-os a também realizar as contas usando o jeito original, com papel e caneta.

Jogue stop

Nome, carro, cidade… Brinque de stop com seu filho. Além do jogo tradicional, você pode adaptar e usar as coisas que estão mais no mundo dele, como desenhos ou personagens infantis.

Xadrez

Já pensou em ensinar seu filho a jogar xadrez? Você não sabe? Então, tá na hora de aprender. E passar pra ele!

Brinquedos

De vez em quando, mude os brinquedos de lugar. Não os deixe sempre nas mesmas caixas ou espaços. Isso faz com que a criança faça o exercício de buscar alternativas para encontrar os objetos desejados, estimulando assim o cérebro.

Aplicativos

Existe uma lista interminável na internet de aplicativos que ajudam a exercitar o cérebro dos pequenos Basta pesquisar e encontrar as opções mais apropriadas para a idade.

 

Fonte: Estadão Conteúdo

Filme brasiliense sobre Transtorno de Personalidade Borderline estreia em 20 cidades

Longa ‘Eu sinto muito’, de Cristiano Vieira, expõe sintomas da doença. Considerada uma das mais comuns entre transtornos de personalidade, Borderline é difícil de ser identificada.

Você já ouviu falar no Transtorno de Personalidade Borderline? Caracterizado por intensa instabilidade emocional, ele está entre as cerca de 100 doenças mentais classificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e entre os transtornos de personalidade mais comuns no mundo.

No entanto, o diagnóstico é impreciso e tornam a identificação e o tratamento difíceis de alcançar, dizem médicos e pesquisadores (veja detalhes ao final da reportagem).

Em referência ao Dia Mundial da Saúde Mental, comemorado nesta quinta-feira (10), o filme brasiliense “Eu sinto muito” tenta aproximar a população dos sintomas considerados mais comuns.

A estreia do longa-metragem de Cristiano Vieira e Antônio Balbino estava prevista para quinta, mas foi adiada para esta sexta (11). O filme será exibido em Brasília e em outras 19 cidades, e ficará em cartaz por duas semanas.

Na trama, o cineasta Júlio – interpretado por Rocco Pitanga – tenta gravar um documentário sobre o transtorno e acaba por enfrentar marés conturbadas nas tratativas com os entrevistados. Quando ele não está por perto, as câmeras evidenciam as complexidades de quem vive com Borderline.

A história é uma versão ficcional do que poderia ter sido o próprio filme, segundo Vieira. “O Balbino chegou com essa ideia de tema e propôs um documentário, mas os potenciais personagens mudavam muito de humor e preferimos não arriscar, com medo de perder o controle”, explicou o diretor ao G1.

Assim, eles partiram de pesquisas e experiências pessoais para elaborar um roteiro que fosse o mais fiel possível à realidade. “Eu mesmo tive um relacionamento com uma pessoa ‘border’, mas ela não era diagnosticada”, disse Vieira.

Diagnóstico difícil
Segundo o médico e professor da Universidade de Brasília (UnB) Raphael Boechat Barros, “nada é preciso” no diagnóstico da doença e, em grande parte dos casos, as pessoas que têm o transtorno “passam a vida acreditando que os sintomas são apenas traços de personalidade”.

O professor disse que, normalmente, as pessoas procuram ajuda quando já tomaram uma série de decisões erradas ou se percebem em situações drásticas, como o fim de um casamento, por exemplo.

De acordo com Barros, as principais características do Transtorno de Personalidade Borderline são:

Mudança repentina de humor
Reações exageradas e impulsivas
Pouca preocupação com as consequências dos atos
Alta irritabilidade diante de respostas negativas
Idealização extrema
Agressividade (às vezes)

Da vida para a tela
São comportamentos como os descritos pelo médico e professor da UnB, Raphael Boechat Barros, que o filme “Eu sinto muito” expõe nas grandes telas. Ao adentrar a vida dos entrevistados para o documentário, o cineasta Júlio busca entender os processos de cada um.

“Fica claro, desde o começo do filme que estamos falando de pessoas que têm alguma anomalia na psique. Com a reflexão do próprio documentarista e o processo dele, você começa a entender os caminhos dos personagens”, explica Cristiano Vieira.

Do ponto de vista médico, embora a Personalidade Borderline seja de difícil detecção, ela é significativamente distinta do Transtorno Afetivo Bipolar.

“A pessoa bipolar tem, necessariamente, períodos bem definidos de euforia e de depressão. O borderline nunca vai estar com sintomas de depressão, a não ser que ele tenha as duas doenças, mas isso é raro”, explica o professor Raphael Boechat Barros.

Transtornos mentais
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), fatores como genética, estresse, nutrição, infecções perinatais e exposição a perigos ambientais podem contribuir para o surgimento de transtornos mentais.

Ainda de acordo com a OMS, metade de todas as condições de saúde mental começam aos 14 anos de idade, mas a maioria dos casos não é detectada nem tratada.

Em países de baixa e média renda, entre 76% e 85% das pessoas com estes tipos de transtornos não recebem tratamento. Em países de alta renda, o percentual varia de 35% a 50%.

Onde buscar atendimento
No Distrito Federal, foram realizados 52.538 atendimentos psicossociais de emergência entre janeiro e julho deste ano. A rede pública de saúde da capital dispõe das seguintes frentes de recepção e tratamento de pessoas com transtornos mentais:

Atenção básica em saúde: Unidades Básicas de Saúde, Consultórios na Rua, NASF-AB e Centros de Convivência e Cultura
Atenção psicossocial: Centros de Atenção Psicossocial (CAPS)
Atenção de Urgência e Emergência: SAMU 192, Sala de Estabilização, UPA 24 horas, Portas hospitalares de atenção à urgência/pronto socorro em Hospital Geral
Atenção Hospitalar: Leitos de psiquiatria em hospital geral, Serviço Hospitalar de Referência para Atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas (Leitos de Saúde Mental em Hospital Geral)

O longa “Eu sinto muito” foi produzido e dirigido por Cristiano Vieira, e roteirizado por ele, Antônio Balbino e Tui Segall. Fazem parte do elenco os atores Rocco Pitanga, Juliana Schalch, Carolina Monte Rosa, Wellington Abreu e Marcelo Peluccio.

Agora, Vieira está em processo de gravação do próximo longa, “Cisterna”. O filme aborda o sensacionalismo, as fake news e os impactos dessa relação entre a mídia e a população.

 

Fonte: G1

Pesquisa mostra como casais felizes discutem

Terapeutas lançam livro propondo oito encontros para tratar de questões cruciais do relacionamento

Em qualquer casamento, conflitos são inevitáveis, e mesmo as duplas felizes brigam. Aliás, os tópicos não diferem, nos relacionamentos bons e ruins: filhos, dinheiro, parentes, intimidade. Então, o que faz a diferença? Esse foi o fio condutor da pesquisa “Quais são os problemas conjugais dos casais felizes?” (“What are the marital problems of happy couples?”), realizada por estudiosos de quatro universidades norte-americanas. O resultado do levantamento apontou para a forma como as discussões eram conduzidas.

“Quando surge um conflito, a abordagem dos casais felizes é voltada para buscar uma solução, e isso fica claro inclusive nos tópicos que são discutidos”, explicou Amy Rauer, professora da University of Tennessee, que assina o estudo ao lado de mais três colegas: Allen Sabey (Northwestern University), Christine Proulx (University of Missouri) e Brenda Volling (University of Michigan). O quarteto acompanhou dois grupos de casais que se descreviam como felizes: 57 pares se situavam na faixa dos 30 anos e suas relações tinham cerca de nove anos; e 64 estavam juntos há quatro décadas, com idades em torno de 70 anos.

Todos listaram os temas sobre os quais discutiam. Os mais sérios eram intimidade sexual, lazer, dinheiro, comunicação e tarefas domésticas – para os idosos, saúde entrava nessa lista. Entre os assuntos mais fáceis de lidar estavam ciúmes, religião e família. Os pesquisadores observaram que as pessoas sempre concentravam sua energia nos pontos de fácil solução. Segundo Amy Rauer, tratava-se de uma decisão estratégica. “Focar continuamente nos problemas difíceis de serem solucionados pode minar o relacionamento, enquanto buscar logo a solução dos mais simples alimenta o senso de segurança dos dois parceiros. Se o casal sente que pode trabalhar em conjunto, tem confiança para enfrentar questões mais sensíveis”, avaliou a professora.

Saúde e sexo mostraram-se os quesitos espinhosos: são aqueles que afetam o sentimento de competência do outro, fazendo-o sentir-se vulnerável e embaraçado. Se uma base de confiança ainda não foi construída e sedimentada, as chances de impasse aumentam. Os casais longevos relataram um número menor de “arestas” e também de brigas, o que reforça trabalhos anteriores: “normalmente, eles decidem que alguns assuntos não valem uma discussão e priorizam o casamento. É como se escolhessem apenas as batalhas mais relevantes”, completou a pesquisadora.

Para quem tem dúvidas sobre a qualidade da vida a dois e gostaria de experimentar um caminho para o equilíbrio, o casal de terapeutas de família John e Julie Gottman acabou de lançar o livro “Eight dates: essential conversations for a lifetime of love” (em tradução livre, “Oito encontros: conversas essenciais para o amor de toda uma vida”). Na obra, eles propõem oito encontros para tratar de questões cruciais, como confiança, sexo, dinheiro, diversão e sonhos. Cada item tem um questionário que vai funcionar como um exercício de reflexão antes do “encontro”. Por exemplo, na categoria dinheiro, cada um é encorajado a pensar e falar sobre seu histórico familiar e escrever sobre os medos e expectativas que o tema suscita.

Casados há 32 anos, John e Julie têm um instituto batizado com seu nome que realiza pesquisa e treina terapeutas. Ambos são autores de diversas obras, em parceria ou separadamente. Em entrevista ao “The Guardian”, ele lamentou que os casais que estão juntos há algum tempo deixem de cuidar da própria relação: “é como se a curiosidade que tinham um pelo outro tivesse morrido”.

Fonte: BemEstar

Meditação: sim, você também consegue!

Jornalista e instrutor se juntam em livro para desmitificar e simplificar a prática — inclusive para quem tem pressa ou resistência.

Dan Harris é um apresentador de TV americano que passou a meditar e cuidar da mente após um ataque de pânico ao vivo. Jeff Warren é um instrutor de meditação canadense que, desde pequeno, teve de lidar com o fato de ser hiperativo. Em comum, ambos abraçaram a prática e a defendem como uma forma de se autoconhecer e tornar-se mais saudável e feliz. Eles se uniram numa viagem pelos Estados Unidos para divulgar a causa e a transformaram, aliada a ensinamentos e conselhos, em um livro cujo título entrega boa parte da proposta: Meditação para Céticos Ansiosos.

Na obra, além de narrarem experiências e insights, eles propõem exercícios para qualquer um virar um meditador — às vezes, basta uma sessão de um minuto por dia —, sempre da maneira mais pé no chão possível.

Uma prática para iniciantes ensinada no livro
1. Na posição: sentado de maneira confortável, comece respirando fundo. Alongue a coluna ao inspirar o ar e relaxe o corpo ao expirar.

2. Inspire e expire: respire normalmente e preste atenção nas sensações. Se ajudar, tome notas mentais ao inspirar e expirar.

3. Divagação e foco: não há problema se a mente viajar. Note o que causa a distração e direcione a atenção à respiração sem se culpar.

FICHA TÉCNICA
Meditação para Céticos Ansiosos
Autores: Dan Harris e Jeff Warren (com Carlye Adler)
Editora: Sextante
Páginas: 320

Onde encontrar:
Livraria Nova Aliança
Rua Olavo Bilac, 1258 – Centro, Teresina – PI
(86) 3221-6793
livrarianovaalianca@hotmail.com

Fonte: Saúde

O que é o estresse e como ele pode impactar sua saúde

O estresse é uma reação natural do organismo quando vivenciamos situações de perigo ou ameaça, mas pode se tornar crônico e levar a perda da saúde.

Depois de 13 anos como professora, Stela Hoshi, 34 anos, tomou a decisão que mudou sua vida, largar a carreira na educação infantil para se dedicar a um ateliê onde ensina costura e outras habilidades manuais. “Dava aula de inglês para crianças muito pequenas. Cheguei ao ponto de olhar crianças na rua e não querer lidar com elas. Ia à festa de aniversário de crianças da família e tudo o que queria era sumir dali. Comecei a refletir e senti que se continuasse eu não ia conseguir ter filhos e conviver com as pessoas”, relembra.

O que ela não sabia é que estava lidando com estresse, uma palavra que tem origem inglesa “stress”, que significa “pressão”, “tensão” ou “insistência”. O estresse é uma reação natural do organismo que ocorre quando vivenciamos situações de perigo ou ameaça. Esse mecanismo nos coloca em estado de alerta ou alarme, provocando alterações físicas e emocionais. A reação ao estresse é uma atitude biológica necessária para a adaptação às situações novas e atinge mais de 90% da população do mundo.

Segundo ela, em uma viagem de férias veio à gota d´água. “Estava tão sobrecarregada que passei dois dias chorando, sem conseguir relaxar. Foi quando meu marido sugeriu que eu deixasse o trabalho. Quando voltei, pedi demissão e comecei a procurar uma nova forma de vida e de trabalho”, conta.

“A profissão de professor é bastante pesada, parecia o trabalho não acabava. Quando chegava em casa, ainda tinha fichários para preencher, prova para corrigir, cortar os papéis para os alunos que eram pequenos. Sentia que dormia e acordava trabalhando. Isso foi pesando com o passar dos anos”, completa Stela.

Um ano depois, a professora enxerga o saldo da mudança de forma positiva. “É claro que a decisão afetou o lado financeiro. Hoje, não tenho mais aquele salário garantido. Mas sou muito mais tranquila, durmo sem ajuda de remédios”. Para quem tem vontade de tentar um novo caminho, Stela recomenda se organizar. “Não pretendia largar completamente meu trabalho, mas já pensava em reduzir a carga horária. Foi fundamental fazer uma poupança e contar com a ajuda do meu marido e da minha mãe para pensar o que eu podia fazer para mudar essa realidade”.

O estresse pode ser causado por condições desfavoráveis, sejam elas do ambiente profissional, familiar ou social, podem levar a um grau “negativo” de estresse, que desequilibra todo o organismo humano, propiciando o aparecimento de diversas doenças. Além disso, compromete a qualidade de vida e a saúde física e emocional, podendo gerar insônia, cansaço, dor de cabeça, tristeza e irritabilidade, dificuldade em se concentrar e falhas na memória, perda ou ganho de peso, insatisfação constante e isolamento social, má digestão, baixa imunidade.

Um estudo publicado este ano pela European Heart Journal, constatou que empregados que sofrem de estresse crônico têm 68% mais chance de desenvolver doenças cardíacas. Além disso, diversos levantamentos garantem que o problema aumenta o risco de desenvolvimento de neoplasias.

Tipos de estresse

1. Agudo: é mais intenso e curto, sendo causado normalmente por situações traumáticas, mas passageiras, como a depressão na morte de um parente.

2. Crônico: afeta a maioria das pessoas, sendo constante no dia a dia, mas de uma forma mais suave.

A evolução do estresse se dá em três fases:

Fase 1: Alerta

Ocorre quando o indivíduo entra em contato com o agente estressor. Sintomas: mãos e/ou pés frios; boca seca; dor no estômago; suor; tensão e dor muscular, por exemplo, na região dos ombros; aperto na mandíbula/ranger os dentes ou roer unhas/ponta da caneta; diarreia passageira; insônia; batimentos cardíacos acelerados; respiração ofegante; aumento súbito e passageiro da pressão sanguínea; agitação.

Fase 2: Resistência

O corpo tenta voltar ao seu equilíbrio. O organismo pode se adaptar ao problema ou eliminá-lo. Sintomas: problemas com a memória; mal-estar generalizado; formigamento nas extremidades (mãos e/ou pés); sensação de desgaste físico constante; mudança no apetite; aparecimento de problemas de pele; hipertensão arterial; cansaço constante; gastrite prolongada; tontura; sensibilidade emotiva excessiva; obsessão com o agente estressor; irritabilidade excessiva; desejo sexual diminuído.

Fase 3: Exaustão

Nessa fase, podem surgem diversos comprometimentos físicos em forma de doença. Sintomas: diarreias frequentes; dificuldades sexuais; formigamento nas extremidades; insônia; tiques nervosos; hipertensão arterial confirmada; problemas de pele prolongados; mudança extrema de apetite; batimentos cardíacos acelerados; tontura frequente; úlcera; impossibilidade de trabalhar; pesadelos; apatia; cansaço excessivo; irritabilidade; angústia; hipersensibilidade emotiva; perda do senso de humor.

Prevenção e controle

Alimentação: durante o processo de estresse, o organismo perde muitas vitaminas e nutrientes, portanto, para repor essa perda é recomendado comer muitas verduras e frutas, pois são ricas em vitaminas do complexo B, vitamina C, magnésio e manganês. Brócolis, chicória, acelga e alface são ricas nesses nutrientes. O cálcio pode ser reposto com leite e seus derivados.

Atividade física: qualquer atividade física proporciona benefícios ao organismo, melhorando as funções cardiovasculares e respiratórias, ajudando no condicionamento físico e induzindo a produção de substâncias naturalmente relaxantes e analgésicas, como a endorfina.

Atendimento

No período de 2014-2018 foram realizadas no Sistema Único de Saúde 132.663 consultas ambulatórias em decorrência de quadros associados ao estresse e 1.661 internações.

A assistência a pessoas com reação aguda ao estresse, estado de estresse pós-traumático e transtorno de adaptação é prestada nas Unidades de Saúde da Família, CAPS e Ambulatórios especializados.

Fonte: UOL

Como dormir pode ajudar a combater a depressão?

Todos sabemos que uma noite de sono ruim pode atrapalhar o andamento do dia, não é mesmo? Aquela sensação de cansaço, lentidão e problemas de concentração que só somem após o merecido repouso. Porém, quando a privação do descanso se torna algo constante, pode trazer, não somente problemas físicos, mas psicológicos também. Segundo um estudo publicado no JAMA Psychiatry, cerca de 75% dos pacientes com depressão informaram ter dificuldades para dormir ou insônia.

A depressão é uma doença psiquiátrica que afeta diretamente o emocional das pessoas. Entre os sintomas, estão tristeza, pessimismo, baixa auto-estima, além de alteração de humor e pode provocar a ausência de prazer em atividades que antes faziam bem para o indivíduo. De acordo com a consultora do sono, Renata Federighi, a privação e distúrbios do sono podem aumentar o risco de desenvolver esse mal.

“Distúrbios do sono são comuns nos dias de hoje, muitas vezes, são reflexo de um descanso de má qualidade. No geral, podem ser relacionados aos hábitos errados na hora de dormir, como preocupação e ansiedade ao deitar, ficar em uma postura errada ou com travesseiro inadequado, se alimentar em horários irregulares e a falta de uma rotina para o repouso”, comenta a especialista.

Dormir tem um papel importante no corpo humano, as horas de repouso servem para regular hormônios no organismo, como os níveis de cortisol, responsável por controlar o estresse, reduzir inflamações, auxiliar o sistema imunológico, além de ajustar os níveis de açúcar no sangue. Esse desequilíbrio hormonal pode causar algumas doenças, entre elas a depressão e ansiedade.

“Uma boa noite de sono é essencial para a saúde e bem-estar das pessoas. Algumas dicas na hora de dormir podem ajudar a melhorar a qualidade de vida”, destaca Federighi.

Dicas para ajudar a quebrar o ciclo sono e depressão

O cuidado com a higiene do sono é o primeiro passo para melhorar a qualidade na hora de dormir. “Estabeleça uma rotina relaxante para repousar, tome um banho quente e leia um livro. Evite o consumo de cafeína, álcool e o uso de smartphone, pelo menos 30 minutos antes de deitar.  Faça do quarto um ambiente para descanso, sem luzes fortes e barulhos”, sugere a consultora.

Outra dica é fazer atividades físicos, afinal, não dá para desconectar a saúde da mente com a do corpo. Exercícios liberam hormônios ligados ao bem-estar e antidepressivo, como a serotonina e a dopamina. “Qualquer esporte é válido. Andar de bicicleta, fazer caminhadas, dançar ou praticar ioga, além de liberar endorfina, vão melhorar a qualidade do seu sono”, destaca.

A depressão pode interferir nos relacionamentos pessoais e profissionais das pessoas, e a privação do sono pode intensificar os sintomas, que chegam a atrapalhar as atividades diárias. Por esse motivo, os problemas relacionados ao repouso e ao estado emocional devem receber uma atenção maior quando isso acontece. “Procurar apoio especializado não deve ser um tabu, em nenhum dos casos”, completa Renata.

 

redacao@cidadeverde.com

Veja como fugir do estresse e ter equilíbrio com a correria do dia a dia

Cada vez mais as pessoas buscam equilibrar a vida nessa corda bamba com muita correria. Saúde e bem-estar são sempre temas em pauta para quem pretende manter a harmonia em todos os aspectos. Sejam físicos, emocionais e sociais, mudar hábitos, praticar a empatia, ter uma qualidade melhor de vida e ficar longe de doenças são tarefas difíceis, porém necessárias.

Portanto, precisamos começar com pequenas atitudes diariamente. Passar mais tempo com quem a gente gosta, ficar em casa sem fazer nada, caminhar… O objetivo é fugir do estresse. Para ajudar nessa missão, confira algumas dicas práticas:

Coloque o corpo em movimento

Caminhar por uma hora é um dos melhores hábitos para quem busca a saúde do corpo e da mente.

Beba água

Beber mais água ao longo do dia ajuda a manter o funcionamento do organismo e deixá-lo bem hidratado, favorecendo a eliminação de toxinas e filtragem renal. Para facilitar, tenha sempre uma garrafa de água por perto e beba, no mínimo, dois litros por dia.

Consumo consciente

Evite usar plásticos. Além de causar inúmeros danos à saúde, prejudica o meio ambiente. Uma dica é andar sempre com uma sacola de tecido na bolsa ou optar pelos modelos retornáveis.

Alimentação balanceada

Prefira comer de forma correta e equilibrada. O organismo necessita da ingestão regular de nutrientes para um bom funcionamento.

Solidariedade

Fazer uma boa ação ajuda a tornar o mundo de outra pessoa um lugar melhor. Ações desse tipo estimulam o bem-estar mental.

Família unida

Para driblar a falta de tempo, fortaleça laços como um jantar ou almoço em família. Além do vínculo afetivo, minimizamos os problemas rotineiros, o que torna a mente e o coração mais saudável.

Dormir cedo

Uma noite de sono tranquila, além de melhorar o humor, ajuda a prevenir doenças como as cardiovasculares, diabetes, obesidade, entre outras. Melhora o bom funcionamento da memória, diminui as olheiras e deixa a pele renovada. O ideal é dormir oito horas por noite.

 

Fonte: Estadão Conteúdo

Nova pesquisa comprova que otimistas vivem mais

Estudiosos das universidades de Boston e Harvard investigam fatores psicossociais que promovem o envelhecimento saudável

Depois de décadas de pesquisa, um novo estudo comprova a relação de otimismo com uma vida longa. O trabalho, realizado por pesquisadores das faculdades de medicina da Universidade de Boston e de saúde pública de Harvard, mostrou que uma dose maior de otimismo é combustível para indivíduos alcançarem uma longevidade notável, isto é, viver mais de 85 anos. Enquanto a ciência normalmente procura fatores de risco para o desencadeamento de doenças e mortes prematuras, muito pouco ainda é conhecido sobre as questões psicossociais que promovem o envelhecimento saudável.

E o que é otimismo? Para os estudiosos, trata-se de um sentimento persistente de que coisas boas vão acontecer. Ou ainda, acreditar que o futuro nos será favorável porque podemos controlar variáveis importantes para que isso aconteça. A pesquisa foi feita com base em dados de quase 70 mil mulheres e pouco mais de 1.400 homens. Os dois grupos responderam a questionários que mediam seu nível de otimismo, assim como da saúde de um modo geral e hábitos que a influenciam, como alimentar-se bem, fumar e beber álcool.

As mulheres foram acompanhadas por dez anos; os homens, por três décadas. Ao logo desse tempo, quando os pesquisadores checaram os índices iniciais de otimismo das pessoas, descobriram que os mais otimistas, independentemente do sexo, tiveram de 11% a 15% a mais de tempo de vida; além disso, apresentavam de 50% a 70% a mais de chances de chegar aos 85 anos se comparados com os menos otimistas. Os resultados não se alteraram mesmo levando-se em conta características como doenças crônicas, escolaridade, atendimento médico primário e hábitos de saúde.

Para Lewina Lee, PhD e professora assistente de psiquiatria da Universidade de Boston, o estudo tem enorme relevância do ponto de vista da saúde pública: “ele sugere que o otimismo é um ativo psicossocial com potencial para estender a expectativa de vida, e há técnicas e terapias que podem tornar as pessoas mais otimistas”. Laura Kubzansky, professora de Harvard, acrescenta: “o otimismo pode estar relacionado a saber regular e controlar emoções e comportamentos, assim como lidar com fatores de estresse e suportar dificuldades”. Os pesquisadores também consideram que os indivíduos dotados de um astral para cima tendem a cultivar hábitos saudáveis. “Nosso trabalho pretende ser uma contribuição para promover a resiliência ao longo do processo de envelhecimento”, finaliza Lewina Lee.

Fonte: Bem Estar / Por Mariza Tavares

Como treinar o cérebro para ser mais otimista (e saudável)

Um neurocientista dá dicas para reorganizar o cérebro contra a ansiedade e o pessimismo, o que poderia afastar problemas de saúde.

 

Pessoas pessimistas, ansiosas e neuróticas tendem a ter circuitos neurais reverberantes no cérebro. É como se a cabeça não conseguisse descartar informações desnecessárias e ficasse remoendo uma ou outra situação. Mas tenho uma boa notícia: dá para treinar o cérebro para nos tornarmos mais otimistas e calmos. Antes de dar algumas dicas nesse sentido, é importante reforçar que buscar uma vida mais leve melhora o seu bem-estar e o de quem convive com você. Estudos científicos sugerem que os pessimistas vivem, em média, sete anos e meio a menos do que os otimistas. É um bom motivo para mudar de atitude, não?

O que acontece no cérebro influencia diretamente no corpo. Diante de um problema de saúde, por exemplo, cultivar as emoções positivas pode reforçar o sistema imunológico e combater a depressão.

Várias pesquisas mostraram uma ligação indiscutível entre uma visão de mundo otimista e benefícios para a saúde, como pressão sanguínea mais baixa, melhor controle do peso e níveis adequados de açúcar no sangue. Mesmo diante de uma doença fisicamente incurável, sentimentos e pensamentos positivos aprimoram a qualidade de vida.

Isso não significa que todo mundo precisa estar sempre otimista para ser saudável e feliz. Naturalmente, existem momentos e situações que desencadeiam sentimentos negativos mesmo na pessoa mais esperançosa do mundo. Medo, preocupação, tristeza e raiva fatalmente irão aparecer na vida de qualquer um. Quem rejeita completamente esses pensamentos também acaba fazendo um mal para si mesmo.

A questão, portanto, é não olhar só para o lado ruim das coisas. Embora algumas pessoas tenham uma tendência para o pessimismo, o cérebro consegue criar novas células e sinapses, trilhando novos caminhos. É possível treinar esses circuitos para ser mais otimista. Ou seja, você pode aprender a ver as coisas de maneira mais positiva com algumas práticas que promovem o otimismo. Listamos dicas que vão nesse sentido:

* Coloque um sorriso no rosto e reconheça um lado ou um evento positivo na sua vida todos os dias
* Pense sobre o momento positivo desse dia e o registre na sua mente
* Agradeça sempre. Isso não tem a ver com religião, mas com a força de um bom pensamento
* Identifique uma qualidade pessoal sua e perceba como faz uso dela
* Estabeleça objetivos alcançáveis e avalie sempre o seu progresso
* Pratique atos de gentileza diariamente, por menores que sejam. O bem atrai o bem
* Preste atenção em você mesmo e se concentre no aqui e no agora, ao invés de se ligar ao passado ou ao futuro
* Medite. Ao se concentrar por 10 a 20 minutos, o corpo se acalma e nós prestamos mais atenção no que acontece conosco e com o nosso entorno. Deixe os pensamentos irem e virem na mente e sem ficar remoendo cada um.

Fonte: Saúde/ Fernando Gomes, neurocirurgião e neurocientista

Sono de qualidade ajuda a melhorar a vida sexual do casal

Já imaginou como o sono pode interferir na vida sexual de uma pessoa? Dormir bem é essencial para manter a saúde e bem-estar do indivíduo, inclusive na vida sexual. O descanso desempenha o importante papel de reparar o corpo e a mente, do homem e da mulher e a privação desse repouso pode se tornar uma grande dor de cabeça para o casal.

Nos homens, a falta do sono causa uma queda na produção da testosterona, já que é durante o repouso que o organismo regula os níveis dela no corpo. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Chicago revela que a diminuição do hormônio pode ser de até 15% para quem dorme menos de 5 horas por dia.

Para as mulheres, as poucas horas de sono afetam diretamente a disposição para a sexo. A má qualidade do repouso causa, além do cansaço, maior estresse. “Por causa da diferença de produção hormonal o público feminino necessita de mais horas dormidas para manter a saúde física e mental. O estresse libera cortisol e adrenalina o que dificulta relaxar na hora de se relacionar”, explica Renata Federighi, consultora do sono.

Segundo a consultora, algumas práticas ajudam a melhorar a qualidade do sono. “A postura é muito importante durante o repouso. Usar um travesseiro e um colchão que ofereçam conforto, que sejam adequados para o seu biótipo e alinhem completamente sua coluna na postura escolhida para dormir trará um descanso mais profundo e reparador, para homens e mulheres”, recomenda.

Uma boa notícia é que o sexo também ajuda a dormir melhor. Um estudo realizado na Universidade Central Queensland, Austrália, revela que 64% dos participantes relataram ter uma noite de sono melhor após fazerem sexo.

“Apesar do processo de relaxamento do corpo feminino e masculino serem diferentes, o sexo auxilia na hora do repouso de ambos. Nas mulheres, se eleva os níveis de estrogênio, melhorando o REM, estágio mais profundo e restaurador do sono. Para os homens são liberados a prolactina, associada à qualidade do descanso, tornando a noite mais revigorante”, completa a consultora.

“A relação do sono com o sexo é muito próxima, manter os dois juntos trará uma vida sexual de qualidade para o casal”, finaliza Renata.

Fonte: Cidadeverde.com