Cuidarte celebra convênio com Sest/Senat

A  Cuidarte passa a fazer parte das empresas de saúde a atender pelo convênio SEST/SENAT

 

Pensando em atender cada vez melhor e ampliar as opções para seus clientes, a Cuidarte Terapias Integradas celebrou convênio com o Sest/Senat (Serviço Social do Transporte/Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte) para atendimento na área de saúde.

A partir desta segunda-feira, 26 de novembro, a Cuidarte passa a fazer parte das clínicas a atender pelo convênio SEST/SENAT. Os agendamentos já podem ser realizados na sede da clínica, que fica localizada na Avenida Homero Castelo Branco, 2676, Horto Florestal, e por meio do telefone 3232 3209.

Antônio Leitão, diretor do Sest/Senat em Teresina, diz que  “a implantação do convênio, possibilita maior resolutividade e qualidade de vida aos  clientes. A Cuidarte passa a ser uma grande parceira dos profissionais do setor de transporte”.

 

Os atendimentos por meio deste convênio são nas seguintes áreas:

– Psicologia

– Psiquiatria

– Psicopedagogia

– Pediatria

– Fonoaudiologia

– Fisioterapia respiratória

– Pilates

 

 

Conheça nossa empresa

A Cuidarte oferece atendimento psicológico nas diversas abordagens para todos os públicos.

 

A clínica disponibiliza ainda de atendimento com médico na especialidade de Psiquiatria.

Outro serviço disponibilizado é na área de psicologia do trânsito, bem como realizamos consultoria para empresas em Psicologia Organizacional.

Kysley Sá Urtiga é a coordenadoras da Cuidarte Terapias Integradas

Nosso objetivo é proporcionar aos clientes qualidade de vida e bem-estar. 

Estamos prontos para atendê-lo!

“Nossa essência é cuidar”!

Venha nos conhecer! Estamos no Espaço Urtiga.

Amar se aprende amando a si mesmo

Estamos chegando numa época do ano na qual ficamos mais sensíveis, pensamos mais em solidariedade e no amor ao próximo, no amor incondicional, no amor que sentimos por nossos amigos, parceiro (a), familiares e no amor que gostaríamos de ter. O fato é que o amor está mais perto da gente do que imaginamos e o tempo todo. É assim que devíamos pensá-lo!

 

Para a psicologia de um modo geral, o amor é definido como sendo, não simplesmente o gostar em maior quantidade, mas sim um estado psicológico qualitativamente diferente. Isto porque, “ao contrário do gostar, o amor inclui elementos de paixão, proximidade, fascinação, exclusividade, desejo sexual e uma preocupação intensa”.

 

Já para a psicologia social existem seis tipos de amor: romântico, que envolve a paixão, a unidade e a tração sexual, sendo bem mais comum na adolescência;  possessivo, que é determinado pelo ciúme; cooperativo, que nasce pela amizade; sendo alimentado por interesses e hábitos comuns; pragmático, características de pessoas que aprenderam a reprimir seus sentimentos. É desprovido de carinho; o amor lúdico, baseado na conquista e na procura de emoções passageiras; e o amor altruísta praticado por pessoas dispostas anular-se perante o outro.

 

Em relação a amor já me perguntaram se ele é cego. De fato, este estado leva a uma alteração da nossa capacidade cognitiva: tendemos a idealizar o parceiro no caso do amor romântico, exagerando nas suas qualidades e rejeitando todo o tipo de indícios menos positivos que dele possam surgir.

 

Em toda essa discussão, uma coisa importante a destacar é a vivência do amor por cada um de nós. É notório que para o indivíduo poder expressar amor pelo próximo, ele deve também amar a si mesmo. Só quem se ama, possui autoestima e energia suficiente para poder amar outra pessoa.

 

Diante do exposto, proponho olharmos mais para nós,  cuidando de nossas emoções e sentimentos, do nosso físico para fortalecer nossa autoestima e espalharmos muito amor por aí. Que tal?!! Antes que me perguntem como colocar em prática a sugestão, adianto que o autoconhecimento é o primeiro passo.

 

Janua Jansson – gestalt-terapeuta

*Da equipe Cuidarte

Perdas: como compreender e vivenciar

 “E enfrentando as muitas perdas trazidas pelo tempo e pela morte, tornamo-nos um eu que chora e se adapta, encontrando em cada estágio – até o último suspiro – oportunidades para transformações criativas”. JUDITH VIORST

Perda, palavra triste e temida por sua imediata associação com o significado de desaparecimento ou morte, atribuído a ela por vários dicionários da língua portuguesa. No entanto, mesmo nesses dicionários, sua significação pode trazer também algo mais abrangente como o ato ou efeito de perder ou ser privado de algo que se possuía (sem analisar a idéia de posse ou não), prejuízo, dano, o que remonta às suas origens no Latim Vulgar “perdita” significando tudo o que causa dor, sofrimento ou privação a alguém.

 

Que uma perda possa causar todos esses sentimentos a uma pessoa não há dúvidas, tampouco controvérsias quanto ao fato de elas não se constituírem apenas pela morte de entes que nos são muito queridos. O que podemos, então, pensar a mais sobre o assunto? Uma forma de responder a essa pergunta seria pontuar que essas perdas também incluem a perda consciente ou inconsciente dos nossos sonhos românticos, das expectativas de atingir algo impossível, das ilusões de liberdade, de poder e de segurança, além da perda do nosso “eu” jovem.

 

Todas essas perdas são universais, inevitáveis e inexoráveis, significando que nenhum de nós é capaz de proteger a nós mesmos ou aos que amamos de seus efeitos. Como nos proteger da dor e do sofrimento se eles são inerentes à vida? E sempre vai ser difícil e doloroso perder, em qualquer idade. Compreender o impacto dessa questão em nossa vida só mesmo nos permitindo refletir sobre a necessidade dessas perdas para o nosso crescimento pessoal.

 

Tão importante quanto essas reflexões é a percepção do amor, ou a perda dele, como causa de sofrimento, lamento e luto. Por que é tão difícil aceitar a perda de quem amamos? Talvez a explicação mais plausível esteja no que nos sugere John Bowlby, em sua Teoria do Apego. O ser humano apresenta a tendência em estabelecer fortes laços afetivos por necessidade de proteção, segurança e sobrevivência. Quando a figura de apego desaparece a resposta tende a ser de ansiedade e protesto emocional.

 

Como a perda da pessoa amada geralmente traz traumas psicológicos, são perfeitamente compreensíveis todas as manifestações apresentadas durante o processo de luto que se segue às perdas, tais como a lamentação, a descrença e negação, a raiva, a culpa, a idealização… Todas elas movidas pelo profundo amor dedicado à pessoa perdida. Elizabeth Kübler Ross organizou alguns estágios que conseguimos perceber em várias experiências de luto. A Negação e o isolamento; a raiva; a barganha; a depressão; e finalmente a aceitação. É claro que, como diz a própria Kübler Ross, e defendem alguns de seus críticos, não necessariamente nessa ordem ou obrigatoriamente em todos os casos.

 

Como as perdas não necessitam ser somente por morte, acrescentamos ainda as lamentações pelo fim de um casamento, de uma grande amizade ou ainda da pessoa que fomos um dia… No entanto, precisamos reconhecer a morte como a mais dolorida de todas as perdas, até mesmo por que é a mais definitiva. E como essas perdas representam o fim de coisas importantes que amamos, citamos novamente os estudos de Bowlby, para quando nos perguntarmos se essa lamentação nunca vai ter fim. É possível, sim, dar fim a um luto. Não há tempo certo, nem caminho perfeito, mas a necessidade da vivência do processo de luto a partir de algumas tarefas torna tudo um pouco menos difícil.

 

Uma dessas tarefas diz que precisamos reposicionar em termos emocionais a pessoa morta e a partir daí continuar nossas vidas. Como que encontrar para ela, um lugar especial em nossas vidas, que bem pode ser em nossas lembranças. Fácil? Muitos provavelmente dirão que não. Mas precisaremos certamente escolher o que fazer em caso de perda por morte, com os nossos entes queridos que se foram. Escolheremos entre morrer com eles; viver como incapacitados ante a perda; ou tecer com a dor, o lamento e a lembrança, uma forma de adaptar-se ao mundo sem este ser amado.

 

É possível e até esperado que superemos, naturalmente, um luto por uma perda muito significativa em nossas vidas, porém, às vezes necessitamos de ajuda quando esse mesmo luto se complica e não conseguimos sair sozinhos do processo. Em qualquer das duas situações acima e mais especificamente na segunda, é aconselhável que busquemos suporte na psicoterapia… Os sentimentos, sensações físicas e comportamentos típicos de uma pessoa enlutada poderão, na terapia, ser trabalhados e ressignificados através da tomada de consciência dos estágios e da facilitação da vivência das tarefas do luto.

 

Poderemos, ainda, nesse processo, perceber que somos suscetíveis a perdas, que elas são inerentes ao nosso processo de crescimento. São os resultados de nossas escolhas ao longo da vida. Aceitar que também convivemos com os ganhos, ninguém é tão somente perdedor ou ganhador. São os riscos dessas escolhas. A perda mais definitiva é a morte e todas as outras nos preparam para ela. A nossa própria e a dos que amamos. Para, enfim, resgatar a nossa compreensão sobre nascer, separar, crescer e morrer.

 

Que a nossa existência é finita não deixa mais dúvida nenhuma aos seres humanos, únicos seres vivos que têm essa consciência. Acreditamos que talvez, por isso, seja importante falar de esperança. De esperança de continuidade nos filhos e netos, na natureza, nas obras que realizamos ao longo de nossas vidas e também de continuarmos, após a morte, em outro tipo de vida como apregoam algumas religiões. Essa esperança, no entanto, jamais nos tirará a certeza de nossa finitude.

Glória Ferreira – Psicóloga
*Da equipe Cuidarte

Para além do sintoma de TDAH

Pais  devem ficar atentos  à generalização e rotulação de crianças ditas com TDAH

 

Conforme  Tovar Tomaselli, TDA ou TDAH, seja como for, a nosso ver constitui-se cada vez mais uma espécie de “certeza diagnóstica” muitas vezes infundada. Acaba sendo o resultado de uma espécie de “transtorno” de atenção, muitas vezes acompanhado de uma hiperatividade dos cuidadores e profissionais, que acabam muitas vezes não sabendo o que fazer com aquilo que é sintoma e não causa de situações conflitantes inter e intra-psíquicas.

Muito se tem falado em Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), sendo este um tema de muito interesse hoje, principalmente para os pais. Pois o indivíduo dito com “TDAH” precisa de uma atenção especial da parte dos cuidadores. O que ouvimos hoje é que o sujeito que tem “TDAH” é inteligente e criativo, mas não consegue desenvolver todo seu potencial em função do transtorno que tem três características principais: desatenção, impulsividade e hiperatividade. Apresenta dificuldade em assistir uma palestra, ler um livro ou permanecer em atividades que exijam concentração sem que desvie sua atenção para bem longe e se perca numa imensidão de pensamentos. É comum cometer erros por falta de atenção a detalhes e faz várias coisas ao mesmo tempo, ficando com várias tarefas por terminar. Estas são algumas das características que já são rotuladas como sendo comportamento do TDAH.

Devemos ficar atentos à generalização e rotulação de crianças ditas com “TDAH”. Tal olhar descartar a subjetividade humana e impossibilita a elaboração de suas questões, tornando o sujeito cada vez menos capacitado de opinar sobre o seu próprio percurso.

Sendo assim é importante ressaltar sobre o diagnóstico e tratamento corretos, pois se tratados de forma errada podem causar grandes prejuízos ao indivíduo nas várias esferas da sua vida (profissional, pessoal, social).

Portanto é importante um “diagnóstico” que compreenda a complexidade do agir das crianças nas suas diversas interfaces a fim de possibilitar um atendimento clínico ampliado e o tratamento correto que respeita a singularidade de cada um, não rotulando em características ou sintomas. Em alguns casos faz-se necessário o uso de medicamento, mas o que se observa é uma medicalização generalizada. A psicoterapia de base psicanalítica se coloca como importante aliada, uma vez que os sintomas secundários ao “transtorno” não são minimizados com a medicação. A psicoterapia psicanalítica com o sujeito dito com “TDAH” propõe o resgate do sujeito na cena, possibilitando que ele se encarregue daquilo que é seu, desenvolvendo possibilidades de lidar com conflitos em um nível que envolva também o intrapsíquico e não apenas o intersubjetivo. Tirando assim, o sujeito de uma posição de impotência e passividade frente à situação.

 

Polliana Melo – Psicóloga

*Da Equipe Cuidarte

 

 

O primeiro amor de seu filho chegou. E agora?

A psicoterapeuta  de crianças, adolescentes e adultos Kislley Sá fala sobre o assunto.

 

O primeiro amor dos adolescentes é tema de interesse para pais e filhos. Alguns pais se preocupam com o assunto, sentem ciúmes e de outro lado os filhos experimentam novas emoções afetivas. O que fazer? Foi essa a pergunta que a psicóloga Kislley Sá Urtiga respondeu em recente entrevista na TV Clube.
Para a psicoterapeuta o diálogo é o caminho para enfrentar a situação a começar pelo tema sexualidade, que vem implícito quando chega o primeiro namoro. Ela pontua que o assunto ainda é tratado com desconforto e os pais preferem deixar para a escolha, o que na sua visão não é papel dela, e sim dos pais.
“A educação sexual é ainda desconfortável para se tratar dentro da família, a escola tem um papel importante, abre janelas para discutir o tema, mas não é dela a responsabilidade, temos que trazê-lo para dentro da família fazendo com que a iniciação sexual seja muito bem partilhada”, frisa.
Ela cita um exemplo dos dias atuais em que não se dá ênfase a alguns avanços no campo da sexualidade, isso por ainda ser tema tabu. A psicóloga cita a vacina contra o HPV (indicada para adolescentes) e que não se comemora ou fala mais sobre isso. “A preocupação não é a de estar oferecendo isso (a vacina), mas a de estar colocando na cabeça das adolescentes o assunto,” frisa.
E como os pais devem se portar diante do momento que o filho começa a namora? Kislley Sá sugere que é se aproximar do filho, conhecê-lo, estar próximo para tentar identificar as dificuldades, saber com quem anda, quem são suas amizades. Isso favorece a aproximação. “Eu preciso ouvi-lo. Se eu escuto eu proporciono o diálogo”.
Quando o diálogo não existe entre os pais e o adolescente, aqueles acabam invadindo o espaço dos filhos. Isto acontece através da invasão de contas de e-mail e de redes sociais, por exemplo. Mas na apreciação da psicóloga, não é o caminho correto. Existe uma individualidade, um sujeito ali. “O namoro serve até como impulso para melhorar a autoestima e o amadurecimento desse adolescente”, diz.
Com relação ao namoro dos dias atuais, ela diz que não há como comparar com o do passado do tempo dos nossos pais e avós. “Hoje os adolescentes têm uma ideia de compartilhamento bem diferente.  É importante frisar, que os pais chegam aos consultórios tratando o tema como um problema gigantesco quando um adolescente de 12/15 anos quer se envolver com um colega na escola. Nem sempre essas relações estão voltadas para o sexo. Eles querem ali compartilhar afetos, provar para si mesmo e para os outros que ele é bonito, é capaz e está no grupo dos que ficam”.
Em suma, o mais importante é aproximação sadia dos filhos, o diálogo, a orientação e compartilhamento das vivências, visando o crescimento saudável dos filhos.

 

 

Por Adriana Lemos – Jornalista e psicóloga

Da equipe Cuidarte

Dança com o pé na psicoterapia corporal

A dança do ventre desperta a consciência corporal.

Já diz o ditado “quem dança (ou canta) os males espanta”. Essa máxima popular tem mais razão de ser se o ritmo for dança árabe, mais conhecida como dança do ventre. Além de proporcionar um “up grade” na autoestima, ela mexe com a energia corporal.  É aqui a ligação dessa arte com a psicoterapia corporal, que teve como precursor o médico e psicanalista Wilheim Reich.

Em linhas gerais, essa abordagem traz que no corpo estão instalados traços da personalidade por meio da própria história de vida de cada um.  No artigo “A Dança do Ventre como instrumento de psicoterapia corporal para mulheres”, a psicóloga Elizabeth Moro diz que ‘na dança o corpo evidencia as dificuldades que as pessoas têm de entrar em contato com certas partes de si mesmo’.

Para Reich o ser humano é constituído por uma energia vital chamada libido e no desenvolvimento do indivíduo ela é reprimida de alguma forma e em alguma fase do desenvolvimento, trazendo problemas em alguns setores da vida adulta.  Foi também Reich que desenvolveu a teoria do orgasmo, uma função que o organismo tem de carga e descarga, em outras palavras de autorregulação.

Em seu artigo, Elizabeth Moro fala que ao aprofundar suas pesquisas Reich percebeu que a energia vital pode se apresentar fragmentada, sem fluir por todo o corpo, formando bloqueios musculares e estes são as chamadas couraças. Estas, segundo o psicanalista, são uma forma de proteção em relação a situações ameaçadoras e dolorosas encontradas pelo indivíduo para sua sobrevivência.

As couraças (ou bloqueios da energia vital) são sete e Reich as nomeou nos seguintes segmentos: ocular, oral, cervical, torácico, diafragmático, abdominal e pélvico.

A partir dessa base, outros estudiosos do assunto desenvolveram técnicas que permitem alcançar a consciência do funcionamento do próprio mundo (personalidade/corpo), fazendo a energia vital fluir.

Assim surgiu a psicoterapia corporal, como a bioenergética que usa ‘exercícios’ para desbloquear as couraças. E a dança do ventre tem o seu ‘pé’ na terapia nesse ponto, pois através dos  seus movimentos sinuosos, trabalha os pontos de bloqueio pontuados pela psicoterapia corporal.

Em suma, a dança do ventre é também uma forma de retomar o contato com o próprio corpo. Como lembra Elisabeth Moro, nossas emoções não existem apenas na mente, elas deixam marcas profundas nos músculos, articulações e em toda a estrutura do ser humano.

A educadora física e bailarina piauiense de dança árabe Laywilsa Nogueira comenta que não existe mulher que pratique a dança do ventre e não desenvolva uma autoestima forte. Ela enumera também outros benefícios da prática, como melhora da postura, diminuição de cólicas menstruais, bem como o despertar da consciência corporal.

Por Adriana Lemos – Psicóloga e jornalista
Da equipe Cuidarte

É hora de atualizar seu currículo. Especialize-se

A Cuidarte em parceria com a Posgraduar propicia a chance de você atualizar seu currículo.

Por isso, comunicamos que as inscrições para nova turma da especialização em trânsito (Psicólogo Perito Examinador de Trânsito) e também para o segundo módulo do curso estão abertas e podem ser feitas diretamente no site da Posgraduar.

E mais informações sobre o curso e sobre as inscrições podem ser obtidas ainda pelo número 0800 6010564.

A próxima turma acontecerá de modo intensivo de 15 dias no mês de janeiro de 2013, em Teresina.

Saiba como agir no luto infantil

As crianças devem ser preparadas para as perdas ao longo da vida

A morte é algo inerente ao ciclo da vida, mas o assunto na cultura ocidental, da qual fazemos parte, é, via de regra, um tabu e são poucas as famílias que tratam do assunto de forma aberta e esclarecedora no cotidiano. E quanto acontece uma perda nas relações próximas se instala a dificuldade de falar acerca do acontecimento e o agir se torna pesado, sobretudo com as crianças.

O fato acontece devido aos adultos tenderem a acreditar que as poupando de participarem do funeral e dos rituais de despedida estarão afastando-as do sofrimento. É como se negando a morte, ela deixasse de existir.

Elas têm contato com o assunto, mesmo sem que os adultos o tragam, por meio da morte de um animal de estimação ou de desenhos animados ou ainda de historietas em livros do colégio.

O que muitos adultos não sabem é que a questão da morte começa a aparecer para a criança por volta dos três anos de idade e elas costumam perguntar sobre o assunto sem nenhuma angústia até por volta dos sete anos.

As formas de reagir à morte estão ligadas a cultura familiar e às assimilações individuais. E segundo os estudiosos da área, mesmo diante da reação específica de cada pessoa, notam-se padrões comuns que no caso do luto infantil residem em três fases principais.

A primeira fase é a do “protesto” quando a criança não acredita que a pessoa esteja morta e tenta reavê-la. Aqui é comum o pequeno chorar, ficar agitado e procurar o morto pela casa. A segunda fase é a do desespero e da agressividade, quando há certa desorganização da personalidade, mas é aqui também que a criança começa a assimilar a perda do ente querido. Já na terceira fase, a criança começa a buscar novas relações, reaparecendo a esperança. É quando a vida começa a voltar ao normal.

Além dessa visão das fases do luto infantil, existem teóricos, como Piaget, que as ligam à maturação cognitiva. Para ele, o desenvolvimento intelectual da criança se divide em quatro estágios e a reação à perda estará ligada ao esperado para cada fase.

No estágio sensório-motor (0 – 2 anos) não há ainda um conceito formado sobre morte; o pré-operacional (2 – 7 anos), a morte é reversível (a criança tem a ideia de que a pessoa voltará como acontece no desenho animado, no qual o personagem morre e logo revive); o operacional concreto (7 – 11 anos), a morte é irreversível, com explicações fisiológicas e o operacional formal (a partir dos 11 – 12 anos) a morte é irreversível, universal, pessoal, mas distante; as explicações são de ordem natural, fisiológica e teológica.

Morrer, perder, envelhecer, ficar doente são acontecimentos que fazem parte do processo da vida e, portanto, devemos ser minimamente preparado para eles. E não é negando ou evitando que a criança tenha contato com esses assuntos e situações que as preparamos para elaborá-los. Se agirmos desse modo estaremos é atrapalhando o processo de luto.

Por isso, não mentir para a criança e permitir que ela vivencie a perda e se expresse em relação aos seus sentimentos, medos e angústias é o mais adequado. Assim estaremos ajudando a manter a sua saúde psíquica, evitando, inclusive, distúrbios psicológicos na vida adulta.

 

*Por Adriana Lemos
Psicóloga e jornalista
Da equipe Cuidarte