Saiba como identificar e tratar o transtorno do pânico

panico
A ansiedade é a base de muitos transtornos psicológicos, dentre eles o de pânico. O tema que estamos abordando hoje é para atender ao pedido de um dos nossos leitores nas redes sociais, mas que pode ajudar a esclarecer as dúvidas de muitas pessoas.

Começamos a falar sobre o assunto esclarecendo que o termo transtorno não é devido a efeitos fisiológicos direto de uma substância ou de uma condição médica ou doença, mas sim tem como base as emoções.

As causas exatas do transtorno do pânico são desconhecidas, embora a Ciência acredite que um conjunto de fatores possa desencadear o desenvolvimento da doença, como genética, estresse e mudança na forma como o cérebro funciona e reage ao estresse.

Outro ponto importante a esclarecer é que existe diferença entre ataques de pânico e transtorno do pânico. No primeiro, há um período intenso de desconforto ou sensação de medo com pelo menos quatro dos seguintes critérios:

Palpitação ou taquicardia;
Sensação de falta de ar, desconforto respiratório;
Sensação de asfixia ou de estar sufocando;
Suor nos pés, mãos e face, geralmente frio;
Medo de perder o controle ou enlouquecer;
Medo de morrer e/ou ter um ataque cardíaco;
Tremores ou abalos;
Formigamento;
Ondas de calor ou calafrios;
Desrealização (sensação de que o ambiente familiar esta estranho);
Despersonalização (sensação de estranheza quanto a si mesmo);
Tontura, instabilidade;
Dor ou desconforto torácico
Náusea ou desconforto abdominal.

Já o transtorno se caracteriza pela pessoa ter ataques de pânico de modo repetitivo e inesperado, e pelo menos um desses ataques foi seguido por um período mínimo de um mês com as seguintes características:

Preocupação persistente de ter novos ataques;

Preocupação sobre implicações ou consequências dos ataques como perder o controle, enlouquecer ou ter infarto;

Ter alterações do comportamento relacionadas aos ataques; Presença ou não de agorafobia (medo de multidão) associada.

A boa notícia é que existe tratamento para o problema e o principal objetivo é reduzir o número de crises, assim como sua intensidade e recuperação mais rápida. As duas principais formas de tratamento para esse transtorno é por meio de psicoterapia e medicamentos. Então ao necessitar não hesite, procure o auxílio de um profissional de saúde mental.

Por Adriana Lemos – psicóloga e jornalista
Material consultado: www.minhavida.com.br / Livro Psicopatologia e Semiótica dos Transtornos Mentais (Paulo Dalgalarrondo).