Psicopedagoga fala sobre escolha profissional

Para Patrícia Sampaio é importante conhecer a área almejada para que não haja idealização.

Em recente entrevista ao portal G1/Piauí a psicopedagoga Patrícia Sampaio, que faz parte da equipe da Cuidarte, falou sobre escolha profissional, tirou dúvidas e deu dicas para quem está nessa fase da vida, como os pré-vestibulandos. Entre os diversos focos abordados estão questões como a realização profissional, vocação e retorno financeiro.

A psicopedagoga alertou que a família tem um papel importante durante esse período. Leia o texto na íntegra:

Muitas dúvidas permeiam a cabeça de um estudante que está próximo de escolher as opções de cursos oferecidos pelas faculdades: desempenho, profissão, retorno financeiro, vocação, horas trabalhadas, aptidão, família e realização pessoal estão entre os pensamentos mais comuns nesse momento. Segundo a psicopedagoga Patrícia Ribeiro Andrade, o principal subsídio para fazer a escolha correta é informa-se o máximo possível.

“Antes de qualquer escolha o aluno precisa conhecer tudo sobre aquela área pretendida. Faixa salarial, mercado, locais de trabalho, conhecer profissionais etc. Quanto maior essa pesquisa melhor. Uma boa escolha da profissão reduz muito a frustração durante a vida”, afirma.

Para Patrícia, esse conhecimento é imprescindível ao aluno, pois muitos criam uma grande expectativa e tomam como referência um profissional muito bem sucedido e não percebem que ele faz parte de uma minoria. “Os vestibulandos idealizam uma realidade de sucesso, dinheiro e realização pessoal, mas eles têm que saber que todas as profissões têm suas dificuldades e que certamente eles as enfrentarão. Acho que o estudante precisa de um choque de realidade para não idealizar a área pretendida”, opina.

O teste vocacional, afirma ela, pode ser uma importante feramente durante esse processo de escolha, pois ajuda o aluno a tomar um norte ao levar em conta suas características e aptidões pessoais.

“Os testes indicam um caminho, mas não dizem ‘siga essa profissão’. Ele mostra a área que você tem mais habilidade e disposição. Além disso, o estudante deve levar em consideração suas características pessoais. Se ele é muito tímido e envergonhado, é um pouco mais difícil para seguir uma carreira como a de jornalista, por exemplo”, conta.

A psicopedagoga alerta que a família tem um papel importante durante esse período, que um componentes que mais atua na escolha do curso é a expectativa dos pais e família sobre o estudante. “Os pais devem apoiar a decisão do filho. O ideal é a pessoa escolher aquilo que ela almeja, senão existe uma grande probabilidade de engrossar a estatística das pessoas que entram na universidade, mas não concluem o curso. Atualmente, entre 40% e 50% dos universitários abandonam a instituição”, relata.

 

Texto original extraído do portal G1/Piauí