Livros para colorir são lúdicos, mas não terapia

Eles viraram moda, são lúdicos e prometem aliviar o estresse

Eles viraram moda, prometem aliviar o estresse e se vendem como uma atividade de arte terapia, mas não podemos considerá-los como uma psicoterapia ou mesmo arte, pois esta envolve o conceito de criatividade, o que não é o caso. Eles são reprodução de desenhos e não uma atividade de criação singular de quem pinta.

É fato que a atividade de colorir resgata o lúdico e confere prazer, como tal ajuda a aliviar o estresse. Além disso, pode ser um meio de reunir amigos, a família em torno da atividade, mas não é um remédio, então não há indicação como tratamento.

A atividade é coadjuvante no combate ao estresse. Se o indivíduo está num nível de estresse alto é importante buscar ajuda profissional, como a de um psicólogo para resignificar conteúdos e organizar sua rotina e demandas. Pode ser necessário o acompanhamento de um psiquiatra, caso haja necessidade de medicação.

Outras atividades que podem aliviar o estresse são aquelas que tragam prazer ao sujeito como escrever, bordar, pintar, fazer crochê, tricô, jogar xadrez, dama, ludo, trilha…

É importante pontuar que em terapia podemos usar desenhos/pintura como um recurso de autoconhecimento, existe um significado individual em cada desenho feito pelo cliente, o que difere de pegar um desenho pronto e pintá-lo. O uso de cores ou não nesses desenhos têm um significado singular também.

Dentro deste contexto do desenho e da pintura em terapia, o efeito é variável em cada paciente, pois depende de diversos fatores, ente eles o “tempo” individual.