A pandemia do novo coronavírus é a maior emergência de saúde pública que o mundo enfrentou nas últimas décadas. Além das preocupações com a saúde física, a Covid-19 também é impulsionadora do sofrimento psicológico, que pode ser experienciado durante o isolamento social e, em muitos casos, é resultado de mudanças nas rotinas e nas relações familiares.
Esta sobrecarga emocional, frente a um cenário instável e imprevisível, tem impactado em um aumento dos casos de ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo, depressão e síndrome do pânico, segundo o Conselho Federal de Psicologia (CFP). O corpo emite sinais quando está ultrapassando alguns limites de tristeza e desconforto, como o surgimento da alteração de sono, da perda ou do ganho de apetite, do choro constante, dos pensamentos negativos e de tensões na família.
Por isso, é tão importante entender e cuidar da imunidade psicológica. Diferentemente da imunidade do organismo, alimentada por fatores externos, a imunidade psicológica é ativada de forma interna com ações preventivas capazes de proteger pensamentos, emoções e sentimentos. Este autocuidado se torna possível quando a estrutura psicológica de um indivíduo é preparada para lidar com estresse, medo, angustia, ansiedade, mudanças de humor, entre outros sentimentos.
Em conteúdo divulgado na Revista Veja Saúde, a psicóloga Ana Luiza Novis explica que procurar ajuda e compartilhar o sofrimento é fundamental para aliviar os sintomas associados ao confinamento. A construção da imunidade psicológica faz parte desse processo e terá mais êxito se conduzida por um profissional da psicologia, que fará esta travessia para o fortalecimento da mente de forma mais eficiente e facilitada. E mesmo com o distanciamento social, é possível receber orientação técnica a distância e em tempo real, por meio de consultas e atendimentos online, aprovados pelo CFP.
Para garantir a saúde mental desde já, é possível tomar pequenos cuidados que podem fazer toda a diferença no dia a dia para evitar a sobrecarga de emoções e um possível agravamento de um quadro pré-existente. Um bom começo é evitar o excesso de informações; restringir o tempo de uso das redes sociais; manter uma rotina pessoal; fazer um bom aproveitamento das horas vagas com ações que agreguem no bem-estar, como ouvir música, ler um livro, assistir a filmes e séries, dançar; fazer cursos online; praticar meditação; exercitar a fé; manter o ambiente organizado e limpo.
Algumas dicas facilitam o cotidiano, mas não substituem a ação de um especialista quando as coisas não vão bem. Hoje, já é possível ter acesso a instrumentos de diagnóstico e profissionais qualificados de forma online, acelerando e simplificando este processo.
Fonte: Tumiing