Autonomia: aprendizado complexo

Vivenciar as frustrações desde a fase inicial da existência é importante para o desenvolvimento. Crianças superprotegidas tornam-se jovens que entram na vida adulta fragilizadas para enfrentar os desafios.

Criar um filho bem-sucedido, seguro de si mesmo, um líder admirado por todos é o desejo de qualquer pai. Mas uma longa construção, que começa no berço, é necessária para se atingir esse objetivo e muitos entraves estão no caminho.
A proteção excessiva é um dos maiores empecilhos e nem sempre é necessária uma dose exagerada de mimos, elogios ou amparo desmensurado para colocar tudo a perder. Amor, atenção, cuidados na dose certa, acompanhados de normas, hábitos sadios e responsabilidade, são o mapa do tesouro em educação. Como conseguir encontrar essa medida para cada filho é o desafio.

O pensamento mais comum entre as famílias condiz com a premissa de que poupar as crianças de vivenciarem problemas desde cedo, evitar dissabores, decepções, vai lhes proporcionar uma infância muito boa, memorável e sem “traumas”, palavra essa usada da forma mais popular e errônea possível. Julga-se que dar aos pequenos a chance de passarem por uma fase inicial da existência sem frustrações antes da chegada da vida adulta, quando certamente os problemas e responsabilidades virão por si mesmos, lhes deixará, além das lembranças, uma base afetiva que fará com que se sintam mais felizes e seguros.

Infelizmente, ocorre o contrário: como atletas sem treinos as crianças superprotegidas tornam-se jovens que entram na vida adulta fragilizados, despreparados para enfrentar desafios, derrotas e vitórias com responsabilidade. Ou seja, acontece que esse modo de levar a educação comprovadamente não resulta nos desejos familiares tão bem-intencionados, mas deságua em um mar de frustrações, pessoas inseguras, imaturas, insatisfeitas, pois não são gradativamente preparadas para os embates da vida nem para a concorrência normal que há no mundo profissional, onde as pessoas mais resistentes ás perdas mais assertivas e motivadas quase sempre ocupam os postos de liderança.

Tudo que é “super” merece, ao menos em educação, um olhar crítico em relação principalmente às consequências futuras. Superproteção é desnecessária e contraindicada porque prejudica, debilita. Superproteger não é sinônimo de amar e cuidar: está mais para desvitalizar, desmotivar, infantilizar e incapacitar. As consequências ultrapassam a própria vítima e atingem toda a família.

Outro ponto importante é que alguns pais tendem a enaltecer desmesuradamente qualquer coisa que os filhos façam com mínimo esforço, assim como satisfazem todos os desejos infantis, dando-lhes uma falsa ideia de poder, inadequado para o crescimento mentalmente saudável da criança.

Muitos pais confundem inteligência e extroversão com capacidade de ser responsável pelos próprios atos. Mesmo inteligente e sagaz, a criança tem limites próprios de sua etapa de desenvolvimento. Crianças só se sentem seguras quando têm um adulto que as oriente e as motive, impulsione, ensine a tomar conta de si mesmas, a serem responsáveis, terem confiança nos seus atos e decisões.

Adultos são responsáveis pelos filhos até que esses sejam maiores de idade, e dizer o contrário não muda a realidade das coisas: a negligencia, tão grave quanto a superproteção, é punida por lei; então, deixar os filhos fazerem o que desejam poderia ser enquadrado dessa forma.

As crianças precisam sentir que há alguém no comando, que cuida e que sabe o que é melhor para elas, mesmo que isso represente a perda de algum privilegio momentâneo. Ao tomarem decisões como adultos, estão na verdade tornando-se pequenos tiranos, coisa que não tem nada de positivo, e, pior, sentindo-se infelizes, pois percebem que seus pais não têm tempo nem dão valor e atenção a eles.

Crianças devem, na verdade, gradativamente aprender a decidir, na medida em que se tornem amadurecidas e capazes de responder pelas consequências de seus atos. Isso pode e deve acontecer desde muito cedo, pois o desenvolvimento da verdadeira autonomia é um processo longo que depende de vivências e experiências de várias ordens, mas necessariamente envolve responsabilidade pelos atos.

Autonomia é um aprendizado complexo, um processo que exige maturidade neurológica, emocional, treino social e apoio familiar. Incentivar, supervisionar, parabenizar são importantes para essa aquisição, pois geram autoestima, segurança e motivação.

Ser autônomo depende da capacidade de prescindir da dependência excessiva dos pais, assim com o do seu incentivo permanente para que se responsabilizem por pequenas tarefas que aos poucos vão se ampliando em complexidade: guardar os brinquedos, amarrar os tênis, escovar os dentes sozinho, arrumar o material escolar, fazer as lições, cuidar de algumas tarefas de casa, gerenciar mesada, escolher entre as opções dadas por seus pais, e principalmente responder por suas (pequenas) decisões etc.

Tornar-se mais flexível, capaz de se relacionar, se comunicar com as outras pessoas e fazer escolhas, desenvolve a sua autoestima, fator decisivo para o sucesso pessoal e profissional.

Só o desenvolvimento gradativo da autonomia na infância permite a construção de uma personalidade saudável e possibilitará o fortalecimento da capacidade de resolver conflitos ao longo da vida e alcançar sucesso pessoal, social e profissional.

Artigo Maria Irene Maluf, Extraído da Revista Psique.

 

Site da Cuidarte lança novo layout

Moderno, funcional e adaptável aos dispositivos moveis são algumas características da página.

A Clínica Cuidarte renovou a sua homepage na internet. Com design que traz os conceitos de modernidade, funcionalidade e adaptável aos dispositivos móveis, os usuários vão encontrar um espaço virtual totalmente reformulado e navegação mais fácil.
No novo site da Cuidarte, além de conteúdo informativo, que abrange notícias e artigos sobre saúde de temas variados como bem estar e qualidade do sono e, novidades sobre a empresa – atualizado diariamente, o internauta terá uma visão mais ampla sobre as secções e serviços, encontrando mais rapidamente o que procura.

Uma novidade do site é a apresentação do novo serviço da Clínica, PsiSono – a Terapia do Sono. A Cuidarte, por meio da diretora da clínica e psicóloga, Kyslley Urtiga, é a pioneira no Piauí no tratamento não farmacológico dos distúrbios do sono. A terapia é considerada hoje no Brasil Padrão Ouro no tratamento de distúrbios do sono, em especial da insônia.

Outro diferencial da página é sua adaptabilidade para diferentes dispositivos móveis, como celulares e tablets, plataformas cada vez mais utilizadas pelos internautas para acessar páginas virtuais. Além dos links diretos que levam aos perfis da clínica nas redes sociais facebook e instagram.

O usuário também poderá conhecer a estrutura completa do Clínica, os diferenciais, a história, tradição e qualidade na prestação de serviços. Uma área específica foi criada para apresentar o Espaço e Memorial Urtiga. A página de convênios e fale conosco foram reformuladas para atender as necessidades do público. Esta nova fase digital evidencia a preocupação da Clínica Cuidarte com a qualidade de serviços e atendimento.

Fibromialgia: o impacto no sono

Voce já ouviu falar em fibromialgia? Ela foi um dos assuntos mais comentados pela mídia na semana passada após a cantora Lady Gaga cancelar sua apresentação no Rock in Rio por causa da doença.

Mas do que se trata? Esse transtorno gera muito sofrimento e até mesmo incapacitação temporária, uma vez que, é caracterizado por dor musculoesquelética em várias regiões do corpo, rigidez muscular, fadiga crônica, maior sensibilidade, dores de cabeça e também distúrbios do sono.

Os portadores de fibromialgia tem queixas como cansaço, apresentando insônia, sono não reparador e outras alterações como problema de memória, concentração, síndrome das pernas inquietas e apneia obstrutiva do sono, por exemplo.

Além de tudo, o sono de má qualidade reduz a tolerância a dor, piorando muito a qualidade de vida desse grupo de pessoas. Por vezes, os sintomas iniciais podem se apresentar com queixas relacionadas ao sono, além da dor. Estes pacientes necessitam de acompanhamento com especialistas na área do sono e clínica da dor.

Entrevista para TV Alepi sobre Fibromialgia:

Dormir bem é tão importante quanto beber água e comer

Os cuidados com o sono são importantes para quem quer manter uma vida saudável. Em entrevista ao Cidade Verde Notícias desta segunda-feira (21), a psicóloga do sono Kislley Urtiga disse que dormir bem é tão importante quanto beber água e comer. A especialista ainda alertou para doenças que a falta de sono podem causar.

“Não dormir ocasiona diversas doenças, desde as cardiovasculares, diabetes, a própria obesidade”, disse a psicóloga, ressaltando que o corpo de quem não dorme bem, não funciona bem.

A especialista explica que é importante cada um entender a função do sono e saber o que pode estar fazendo com que essa pessoa não durma bem.

Tomar café pode atrapalhar. A psicóloga conta que a cafeína fica no organismo por sete horas e tem seu efeito potencializado pelo cigarro. Refrigerante, chocolate e alguns chás também possuem estimulantes que ajudam a manter a pessoa acordada.

O horário da atividade física é outro fator estimulante. O recomendado é se exercitar duas a três horas antes de dormir. Além disso, comer muito à noite pode atrapalhar, bem como a luz de equipamentos eletrônicos.

Ouça a entrevista na íntegra: