Rosalba de Moura Fé Pereira

Rosalba de Moura Fé Pereira – CRP 21/01447 – PI
Atende a crianças e adolescentes na abordagem Cognitivo Comportamental; especialista em Terapia Cognitivo Comportamental (TCC); perita no trânsito; formação em psicologia comportamental, curso de  atualização em avaliação psicológica para candidatos a cirurgia bariátrica.

 

Polliana Oliveira Coutinho Melo

Polliana Oliveira Coutinho Melo – CRP 21/01666 – PI
Psicóloga clínica;  Perita Examinadora de Trânsito; especializanda em psicologia hospitalar. Atende a crianças, adolescentes e adultos na abordagem psicanalítica.

Medo de dirigir? Saiba como se livrar da ansiedade

A psicoterapia ajuda o candidato a lidar com as emoções na hora dos testes do DETRAN

Pesquisas mostram que as mulheres estão entre as pessoas que mais sofrem com o medo de dirigir. O fato está ligado à ansiedade, o que demonstra o quanto fatores psicológicos podem interferir na hora dos testes necessários para tirar a habilitação. Mas o bom dessa história, é que o medo e ansiedade podem ser tratados com psicoterapia, ajudando o candidato a lidar com as emoções na hora dos testes.

A psicóloga da Cuidarte, Janua Jasson, perita examinadora do trânsito, fala nessa entrevista sobre o assunto e sinaliza qual o caminho a seguir por aqueles que têm medo de dirigir e como enfrentar a situação.

 

Como os fatores psicológicos podem influenciar na escolha entre dirigir ou não?

Algumas alterações podem ser obstáculos na escolha entre dirigir ou não. A ansiedade generalizada, por exemplo, provoca insegurança e impede que o candidato a condutor consiga agir naturalmente, ou seja, dirigir automaticamente, como acontece com muitas pessoas. A síndrome de pânico, bem como traumas vivenciados, podem ser também causas deste medo, consequentemente a pessoa evita dirigir ou para de conduzir veículos.

 

65% dos alunos que fazem os testes de manobras e as provas escritas do DETRAN são reprovados. Até que ponto os fatores psicológicos influenciam nos momentos de provas?

Que os fatores psicológicos influenciam não há dúvidas, mas nem sempre são a causa da reprovação. No momento de qualquer avaliação é natural que haja ansiedade alterando o comportamento do candidato a condutor. Para que esta ansiedade seja controlada é necessário que o candidato esteja preparado para enfrentar todos os exames. Mas existem casos onde sabemos que o candidato tem conhecimento suficiente, preenche todos os critérios para ser habilitado e mesmo assim se depara com o fracasso. Neste caso é necessário psicoterapia para que o mesmo aprenda a lidar com seus sentimentos e tenha controle emocional no momento da avaliação.

 

Quais as técnicas que a senhora usa em suas terapias?

Não há técnica específica. Cada cliente traz sua demanda, mesmo que a queixa seja semelhante: medo de dirigir, e é de acordo com esta demanda que o trabalho é feito. Se existe um diagnóstico de ansiedade generalizada ou síndrome do pânico, por exemplo, é importante que este candidato tenha acompanhamento psicológico e psiquiátrico.

 

Os resultados são satisfatórios?

Se houver persistência por parte do candidato a chance de sucesso é muito grande. Insistir nos tratamentos e continuar tentando vencer o medo é o caminho que deve ser percorrido. Como não é possível prever o tempo necessário para que este desafio seja vencido é importante ter paciência também e festejar cada passo dado.

 

Como saber se uma pessoa terá condições ou não de algum dia conseguir dirigir?

Apenas durante um processo de psicoterapia é possível descobrir se aquele candidato não será capaz de conduzir um veículo. E esta descoberta é feita pelo próprio cliente. Não é o terapeuta que vai dizer que aquela pessoa não conseguirá dirigir. Mas se existe o desejo de dirigir, não há nenhuma doença impeditiva é possível que este candidato venha a ter sucesso.

 

 O que mais aflige as pessoas na hora de dirigir? O medo de acidentes? As possíveis brigas no trânsito?

As pesquisas na área apontam que o maior medo dos condutores é de não conseguir estacionar ou partir com o carro numa subida e em seguida o medo de provocar acidentes ou de levar buzinadas e ouvir ofensas de outros condutores.

 

Quem mais sofre com este tipo de problema, homens ou mulheres?

As mulheres numa faixa etária entre 30 a 45 anos são as que mais sofrem segundo as pesquisa. Porém este medo não atinge somente mulheres, mas homens também e até homens jovens.

 

Existe alguma idade em que as pessoas devam entrar na autoescola? Isto influencia na conquista ou não da carteira? 

A idade não é determinante na conquista ou não da CNH. Em qualquer época é possível aprender a dirigir e ser um bom condutor. Os jovens são mais destemidos, porém é necessário conhecimento da legislação do trânsito, atenção e controle emocional para que o candidato seja considerado apto a dirigir. Estes critérios não são exclusivos em nenhuma faixa etária.

 

Por Adriana Lemos –  Jornalista
*Com informações de entrevista concedida ao jornal Diário do Povo

Psicologia perinatal ajuda futuras mamães em nova fase

Profissional de psicologia oferece apoio às mulheres para encarar com tranquilidade o período.

 

A psicóloga Carolina Marques, da equipe Cuidarte Terapias Integradas e com formação em psicologia Perinatal, fala da importância do apoio psicológico às mulheres grávidas, sobretudo para aquelas mulheres com gestão múltipla.

Geralmente, as mães que são contempladas com gravidez de gêmeos passam por tratamento anterior e, em alguns casos, o sucesso da fertilização não vem com a primeira tentativa. Carolina chama a atenção para o fato e para a influência dos aspectos psicológicos no sucesso do tratamento.

Ela diz que a fertilização in vitro é associada ao maior risco de depressão, já que as altas doses de hormônios podem provocar alterações de humor. Se não bastasse isso, as mulheres ainda enfrentam um período carregado de dúvidas e inquietações.

“O apoio médico, psicológico e familiar será muito bem-vindo nesse processo, fortalecendo recursos de enfrentamento diante dessa nova fase da vida da futura mamãe. Vale ressaltar a importância do pai da criança em torno desse processo desde o início e a tomada de decisão de gerar um filho”.

Quando a gravidez é bem sucedida é preciso levar em consideração que cada bebê tem a sua individualidade. “Cada pessoa age de uma forma, se desenvolve de maneira diferente, mesmo os gêmeos. Então saber diferenciar cada um dos filhos, sem generalizar. Comparar filhos, mesmo que de idades diferentes, é um dos maiores erros na educação de crianças. Isso pode comprometer o desenvolvimento psicológico de cada um”, orienta a psicóloga.

O dia a dia de uma mãe quer de gêmeos ou não costumar ser bem ‘puxado’ e, por isso, é importante a mulher contar com o apoio da família, do papai dos filhos e de um profissional. “Muitos casos de depressão pós-parto aparece devido à frustração que a mãe sente em alguns momentos, por não dá conta da nova rotina. Por isso, ela precisa saber reconhecer a necessidade de pedir ajuda à família e, quando necessário, a um profissional de psicologia”, pontua.

Carolina Marques finaliza dizendo que o apoio psicológico é importante para a mãe, pois é um momento que ela dedica a si e tem a oportunidade de reorganizar-se internamente para enfrentar as manifestações psíquicas e comportamentais do período.

 

*Com informações de reportagem veiculada no jornal Diário do Povo

**Edição Adriana Lemos

Abuso contra criança gera mudança no comportamento

Os sintomas de abuso vão de apatia ao risco de suicídio. Saiba identificar os sinais.

No último dia 18 de maio foi lembrado o Dia Nacional de Luta o Abuso e a Exploração Sexual Infantil. A psicóloga Kislley Sá Urtiga, coordenadora da Cuidarte Terapias Integradas, foi ouvida sobre o assunto em uma reportagem do Portal Cidade Verde, assinada pela jornalista Caroline Oliveira, onde ela pontuou que as crianças não tendem a denunciar esse tipo de violência porque os sofrimentos e danos as elas causados são feitos por quem deveria dar proteção, mas os infrigem.

Essas crianças tendem a apresentar diversas mudanças de comportamento. “Os sintomas variam desde apatia, ansiedade, depressão, timidez, agressividade, sexualidade exacerbada, ansiedade, depressão, distúrbio de personalidade, uso de drogas, risco de suicídio, falta de apetite, isolamento, comportamentos hostis, fadiga crônica, medo, insônia, baixa autoestima, somatização de doenças, falta de expectativas no futuro, entre outros”, destacou a psicóloga.

 

Veja entrevista com a psicóloga sobre os traumas que a violência pode provocar numa criança:

 

1. Por que as crianças tendem a não contar o fato?

Porque geram sofrimentos e danos a criança, exercidos, geralmente, por adultos que deveriam ser, a princípio, os responsáveis pela segurança, supervisão e proteção. No entanto, falham nessas tarefas, não estabelecendo relações recíprocas e apresentando desequilíbrio nas funções relativas ao poder.

 

2. É possível perceber que a criança sofre de abuso sexual? Como? Há mudança de comportamento, especifica?

A violência sexual corresponde aos atos de natureza sexual impostos a uma criança ou adolescente por um adulto que explora seu poder hierarquicamente superior, sob a forma de assédio verbal, invasão de limites corporais ou psicológicos com toques ou palavras e relações sexuais genitais, orais ou anais. No abuso sexual, as atividades sexuais não estão sintonizadas com o nível de desenvolvimento do adolescente, o qual é incapaz de dar o seu consentimento.

O abusador poderá envolver a vítima em situações de estupro, incesto e exploração sexual. A violência pode desencadear uma ou mais reações específicas nas pessoas envolvidas e no contexto nas quais estão inseridas. O comportamento mais observado, são pessoas frustradas e vulneráveis, a expressar agressividade.

Os sintomas variam desde apatia, ansiedade, depressão, timidez, agressividade, sexualidade exacerbada, ansiedade, depressão, distúrbio de personalidade, uso de drogas, risco de suicídio, falta de apetite, isolamento, comportamentos hostis, fadiga crônica, medo, insônia, baixa autoestima, somatização de doenças, falta de expectativas no futuro, entre outros.

 

3. Que traumas essa criança pode ter após sofrer abuso sexual?

São atos de hostilidade e agressividade que podem influenciar na motivação, na autoimagem e na autoestima. Podendo ser associado no futuro a graves disfunções sexuais.

 

4. Como tratar esse trauma?

Devem ser trabalhados aspectos relacionados à autoestima, autoimagem, bem-estar emocional, de acordo com o grau de severidade e de comprometimento da vítima da violência;

Atendimento psicológico familiar, com o objetivo de trabalhar as crenças, mitos, segredos familiares, autoestima dos membros da família e fortalecê-la para resolver seus conflitos e estabelecer a comunicação entre os membros;

Além das propostas citadas anteriormente, cabe aos psicólogos desenvolverem uma visão estratégica, isto é, ter ações eficazes para a valorização dos potenciais individuais.

 

5. As sequelas ficam para a vida toda? Essa criança pode se tornar um pedófilo?

O abuso sexual deve ser analisado em relação à sua frequência, intensidade, severidade e duração. Se a criança é submetida, desde cedo, a situações de abuso, maior será o comprometimento em relação ao seu desenvolvimento.

A pedofilia é um desvio sexual, o qual, a maioria dos crimes envolvendo atos sexuais contra crianças são realizados por pessoas que não são consideradas clinicamente pedófilas, já que não sentem atração sexual primária por crianças. Mundialmente, apenas um quarto dos abusos sexuais de crianças é praticado por pedófilos. Esses abusos sexuais são praticados por pessoas que simplesmente acharam mais fácil fazer sexo com crianças, seja enganado-as ou utilizando de intimidação ou força.

 

6. Qual deve ser o comportamento dos pais/responsáveis após a descoberta do crime para com a criança?

Comunicar a autoridades policiais para que investigue e tomem as medidas legais cabíveis.

 

*Entrevista originalmente publicada no portal Cidadeverde.com
**Edição Adriana Lemos