Coordenadora da Cuidarte participa de jornada sobre cuidados paliativos

A psicóloga Kislley Sá discutiu casos clínicos no evento

A coordenadora da Cuidarte, Kislley Sá Urtiga, participou  no último final de semana, como palestrante da Jornada Multidisciplinar sobre Paciente Terminal e Cuidados Paliativos, ocorrida no auditório da Facime em Teresina.

A psicóloga foi a responsável por fechar o evento na mesa redonda que discutiu casos clínicos de pacientes com doenças terminais. Junto com Kislley Sá discutiram os casos a oncologista Nilshelena Almeida e a enfermeira Fernanda.

Kislley Sá, além de psicóloga clínica e terapeuta sexual tem especialização em psico oncologia e trabalha na área como psicóloga hospitalar em uma clinica oncológica da capital.

O evento aconteceu dias 10, 11 e 12 de abril e teve a realização da SCOME e do IFMSA.  Dentre outros temas foram discutidos os cuidados paliativos em UTI; a definição de cuidados paliativos, tratamento clínico da dor; cuidados paliativos em geriatria, bem como sobre tanatologia, os aspectos espirituais e a dor emocional em cuidados paliativos.

Prevenção e posvenção do suicídio são discutidas em Teresina

O evento foi promovido pelo CRP e recebeu a Dra. Karina Okajima

Foto: Adriana Lemos

A psicóloga Karina Okajima Fukumitsu, doutora no tema suicídio e luto, foi a palestrante magna do seminário sobre o assunto promovido pelo CRP 21, em Teresina, no último final de semana. A discussão vem sendo promovida com o objetivo de lançar luz sobre a temática para a prevenção e posvenção a questão, que já se tornou um problema de saúde pública.

Teresina detém índices incômodos de suicídio, ocupando a quinta posição no ranking nacional e a terceira posição no Nordeste em número de mortes por autoeliminação. Dados levados ao seminário pelo palestrante da mesa redonda sobre “Suicídio e Saúde Mental” e psiquiatra Assis Santos Rocha, pontuam que no ano de 2000 ocorreram em termos mundiais 16 mortes por 100 mil pessoas, com variação de sexo, idade e país.

Os dados são da OMS (Organização Mundial de Saúde) e apontam também que o suicídio foi a 4ª causa de morte e a 6ª de incapacitação para o trabalho, entre 15 e 44 anos e que para cada suicídio cinco ou seis pessoas próximas são impactadas na sua vida emocional, social e econômica.

O levantamento feito pelo médico mostrou que de 1980 a 2000 foram registrados (presumisse que há subnotificação) 422 óbitos por suicídio em Teresina, com uma taxa de 3,4 suicídios por 100 mil habitantes.  “Em termo mundial é uma taxa considerada baixa, pois se considera alto um índice acima de 15 por 100 mil habitantes, mas ainda assim é preocupante o crescimento dessas mortes em nossa cidade. É uma questão de saúde pública”, frisou.

Ele acrescentou que a pessoa que tira sua vida o faz para matar algo ruim que está dentro dela. Nessa perspectiva a pessoa não quer morrer, mas acabar com uma dor que parece intransponível.

Dados mais recentes sobre o mapa da violência e ordenamento das capitais por taxa de suicídio na população total e na população jovem colocam Teresina na 1ª (9,6 mortes por 100 mil habitantes) e 2ª posição (14,4 mortes por 100 mil habitantes), respectivamente. Os dados cobrem os anos de 1998 a 2008. As capitais que se revezam com Teresina nesses dados são Porto Alegre (população total, 2º lugar) e Bom Vista (população jovem, 1º lugar).

Outro palestrante dessa mesa redonda, o professor e psicólogo social Emanoel Lima, pontuou que é preciso se aproximar desse objeto de estudo para entender quais as motivações do alto índice de suicídios em Teresina entre jovens. Ele acrescentou que a saúde coletiva é um campo que concentra uma complexidade do saber.

Segundo o psicólogo, o suicídio é também um problema complexo e requer um olhar e cuidado múltiplos. Na sua percepção o alto índice de morte por essa causa na capital piauiense pode estar ligado, dentre outras motivos, à pressão da cultura tradicional peculiar ao estado. “Nossas crianças e jovens são muito pressionados em termos de estudos e desempenho, por exemplo. Há também uma prescrição de identidades e  um incentivo ao consumismo”, supõe.

Em termos do luto dos sobreviventes ao suicídio a Dra. Karina Okajima destacou algo de grande importância, o fato de que é preciso viver o luto. “Muito mais importante que o tempo, que não cura nada, é dar sentido às vivências. Pergunte ao seu paciente o que foi (seu) com a pessoa que morreu e o que ela deixou. Amor é isso”.

Já acerca da morte e do luto, a psicóloga e antropóloga Patrícia Moreira, falou que àquela é vista como tabu neste século. “As pessoas não falam na morte, pois elas pensam que falando sobre o tema vão se contaminar”, diz Patrícia.

Em suma, a questão é complexa e ainda um desafio para as diversas áreas impactadas pelo suicídio, incluindo a psicologia. O tema precisa e deve ser discutido, inclusive pela imprensa, mas de modo profissional e ético (existe um manual da OMS de como a imprensa pode se comportar sobre o assunto e está disponível na Internet). Quanto mais se falar, mais pessoas poderão expor seus medos, angústias e dúvidas e ao contrário de cometer o ato podem ser demovidas da ideia. Falando sobre o assunto às pessoas podem também ter acesso a informações e serviços nos quais podem receber ajuda, como a de serem ouvidas. Entre estes serviços está o CVV (Centro de Valorização da Vida), que em Teresina atende pelo telefone 3222.0000.

 

Por Adriana Lemos – Jornalista e psicóloga
*Da equipe Cuidarte

Cachorro atrapalha ou ajuda no relacionamento?

A psicóloga humanista Adriana Lemos, que faz parte da equipe Cuidarte, foi fonte na matéria “Cachorro atrapalha ou ajuda no relacionamento?” do portal feminino Vila Mulher, abrigado no portal Terra. A matéria é assinada pela repórter Juliany Bernardo (MBPress) e traz entre outras discussões os pontos positivos e negativos de casais terem um cão no lugar de um filho.  A psicóloga pontua que nas  novas configurações familiares a presença de um animal de estimação no lar não é incomum e , muitas vezes, eles fazem o papel simbólico de um filho. “Ter o cão como um filho é, de certa forma, um hábito comum em grandes centros onde a vida é mais atribulada. Também por isso muitas vezes adia-se o momento de ter herdeiros”, comenta.

Foto: Arquivo pessoal  –  A psicóloga é  cachorreira e tem treinamento em Terapia Assistida por Animais ( TAA)

A matéria completa pode ser lida AQUI.

Abaixo leia a entrevista na íntegra:

Muitos casais optam por ter um cãozinho ao invés de filhos, mas como isso pode ser bom ou ruim para a relação?

Esse comportamento de possuir um cão, atribuindo a ele a função simbólica de um filho, faz parte das novas configurações familiares na modernidade, na qual os animais foram domesticados e passaram para o lado de dentro de casa como um membro da família. Os animais domésticos são considerados fontes de amizade, amor incondicional e eles ganharam (simbolicamente) atributos humanos ao longo do tempo de domesticação. Ter o cão como um filho é, de certa forma, um hábito comum em grandes centros onde a vida é mais atribulada e, por isso, muitas vezes adia-se o momento de ter filhos humanos. Para o cãozinho, o casal dispensa atenção, cuidados, amor, mas sabemos que, apesar da responsabilidade e tempo dispensado, não é a mesma coisa que cuidar de um bebê humano. Podemos deixar o cão sozinho por um período do dia, coisa impossível de fazer com uma criança, por exemplo.  Vejo a presença do cão como um ponto positivo na relação. De um modo geral, os cães são catalisadores das relações humanas. Eles servem como ponto de convergência para se iniciar um contato, uma conversa, discutir sobre gostos, cuidados; são também companhias que aceitam as pessoas como elas são, dão atenção e amor de modo incondicional e sem julgamentos. Geralmente ter um cão é um consenso do casal e dificilmente ele será ponto de brigas.

Quais os principais pontos positivos?

Como falei anteriormente, o cão é um catalisador da relação entre as pessoas. Então pode servir, por exemplo, como desculpa para a aproximação na tentativa de um diálogo no caso de uma briguinha de casal.

Quais os pontos negativos mais frequentes?

Entre os pontos negativos vejo o fato de ter o animal quando só um gosta de bichos, pois nesse caso o cão será motivo de atritos. Para criar um animal é preciso ter a clareza de posse responsável; ele é um ser vivo, e não um enfeite. Então o casal vai ter gastos, precisa levar para passear, ao veterinário, dispensar atenção. Outro ponto negativo é extrapolar a questão afetiva em relação ao animal. Em outras palavras, substituir os relacionamentos interpessoais pelo relacionamento só com o animal. Apesar de pontuar isto nunca tive o conhecimento desse fato.

O afeto pode aumentar com a presença do animal?

Sim, como já falei anteriormente o cão é um ponto de convergência para as relações entre as pessoas. Nesse contexto ele pode sim despertar mais afeto.

Pode existir o ciúme por parte de um dos cônjuges?

Sinceramente não tenho conhecimento disso, mas se acontecer a questão está no emocional/afetivo de quem sente ciúmes e a pessoa precisa trabalhar isso em terapia.

 Como dividir as tarefas sem estresse?

Como se faria com uma criança. É indicado que o casal se programe para ter o cão, divida tarefas e despesas. Negociar essas responsabilidades. Uma semana um leva para passear e ao banho, e na seguinte a responsabilidade é do outro.

Qual a raça mais indicada para casais?

Não existe uma raça para casais. A escolha da raça está ligada a gostos, tamanho e temperamento do animal, disponibilidade de espaço em casa, tempo para cuidar do bicho. Um casal que mora em apartamento não pode escolher ter um cão de grande porte ou que necessite se exercitar diariamente por longo período, por exemplo.

Se o apartamento for pequeno, como se deve adaptá-lo para a chegada do amigão?

É interessante adaptar. É importante lembrar que cão é bebê até oito meses um ano e nessa fase eles são bem danados, curiosos e brincalhões: rasgam, cavam, destroem. Delimitar áreas para ele circular boa parte do dia (sobretudo quando estiverem sós) é uma boa saída. Neste caso pode-se comprar um cercadinho para delimitar a área que ele vai ficar.

Volta às aulas sem ansiedade de separação

Saiba como ajudar seu filho a ter prazer nessa nova fase

Estamos num período de início do ano letivo e nessa época sempre vem à tona o assunto do primeiro dia aula do filho em idade pré-escolar ou mesmo o que vai entrar no primeiro ano do ensino fundamental. O momento é de tensão para pais e também para a criança. Afinal é momento de separação, de entrar em contato com o novo e como tudo que é feito pela primeira vez pode ser fonte de ansiedade e medo.

Mas a ocasião não precisa ser transformada em problema, ao contrário, pode ser fonte de prazer, descobertas e alegria para pais e a criança. É preciso ter em mente que a forma como esta reage ao primeiro dia na escola tem muito do modo como o fato é encarado e vivenciado pelos pais e/ou cuidadores.

Uma criança que é agarrada em demasia a mãe, que não é incentivada a fazer amizades e a ser independente tem maior probabilidade de sentir dificuldade de adaptação. Sua reação poderá ser o choro, medo, ansiedade. Pode até mesmo desencadear o transtorno de ansiedade de separação. Entre os sinais de alerta do transtorno de ansiedade de separação está o sofrimento excessivo e recorrente frente a ocorrência ou previsão de afastamento de casa ou de figuras importantes de vinculação.

Segundo o manual do Código Internacional de Doenças, o CID 10, é normal crianças pré-escolares mostrarem um grau de ansiedade em relação a separações, real ou ameaçadas, das pessoas as quais está vinculada, porém o transtorno só deve ser diagnosticado quando o medo de separação constitui o foco da ansiedade e quando tal ansiedade surge durante os primeiros anos. Então não fique pensando que qualquer choro ou aversão do filho em ficar na escola seja o transtorno, ok?!

A criança leva um tempo para se adaptar a nova rotina. Para que esse momento seja sem dramas é importante os pais prepararem ela para essa etapa, como falar da sua ida a escola. Contar que toda criança passa por esse processo, incentivar socializações, ficar um período observando na escola, conversar com professores.

Em seu site , a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, dá, em um artigo sobre o assunto, a seguinte dica, que julgo interessante: “É importante que os pais e parentes próximos se conscientizem da importância de mudar seus possíveis comportamentos ansiosos e tendência à preocupação devido ao impacto negativo causado nas crianças. Além disso, os pais devem promover os comportamentos independentes dos seus filhos. Os pais precisam incentivá-los a superar seus medos e, jamais, subestimarem sua competência para lidarem com situações temidas”.

Ao chegar a sua casa, após a escola, faça um resgate do dia da criança com ela e continue a incentivá-la na nova rotina.  Apoiar o filho em suas demandas é um dos caminhos a ser percorrido e isto o ajudará a se tornar mais seguro e independente. Lembre-se que o objetivo da educação de um modo global é dar aos pequenos autonomia, em outras palavras, asas para eles voarem e serem felizes!

 

*Adriana Lemos – Jornalista e Psicóloga humanista
*Da clínica Cuidarte

Tem início aulas da especialização em trânsito

Teve início, no último sábado, 18, as aulas de mais uma especialização em Psicologia do Trânsito, facilitada em Teresina pela clínica Cuidarte em parceria com a Pos-Graduar de Minas Gerais. Pela intensa procura pelo curso, foram criadas duas turmas que assistem aulas na Uninovafapi. Confira fotos das aulas inaugurais da disciplina de Medicina do Tráfego em nossa fan page no facebook.