Um olhar da psicologia sobre Elena

Documentário fala sobre suicídio e resgata memórias afetivas da cineasta Petra Costa.

Há cerca de dois meses vinha pensando em escrever sobre um tema silencioso e ainda envolto em brumas: o suicídio. Ao pesquisar sobre o assunto assisti a um debate on-line promovido pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), li matérias antigas e recentes sobre o assunto, baixei apostilas da OMS orientando médicos e profissionais de imprensa de como lidar com o tema, e por fim encontrei uma reportagem sobre o documentário Elena, da atriz e cineasta Petra Costa, que usou a história da irmã – nome título da obra – para estrear seu primeiro longa metragem. Então decidi usar o filme para abordar a questão pontuando o texto com um olhar da psicologia.

Após ver o documentário, acredito, como psicóloga humanista que sou, mais ainda que nós somos capazes de encontrar nossos próprios caminhos em busca do equilíbrio e da autorregulação. É isso que Petra faz nessa obra. Por meio dela, a cineasta consegue reelaborar o luto e exorcizar Elena de dentro de si, colocando-a no seu devido lugar (levando-a para suas memórias e guardando-a no seu afeto).

Petra consegue dialogar de modo brilhante consigo e com os expectadores sobre um tema ainda envolto em tabus de um modo realista, e sem o tom condenatório tão comum a ele, pois na obra não importam os porquês, mas o como a irmã se construiu, como foram suas vivências juntas.

Penso que o assunto precisa ser falado, discutido, esmiuçado para que as pessoas vulneráveis possam ser ajudadas e as que convivem com esses sujeitos consigam perceber os sinais que uma pessoa com ideação suicida dá, de modo que o suicídio possa ser evitado. Há um consenso que quando se noticia o suicídio pessoas vulneráveis podem se identificar e levar a ideia de eliminação voluntária a cabo. É fato que existe o fenômeno que os especialistas chamam de contágio, mas por outro lado uma matéria feita com responsabilidade, buscando profissionais respaldados para discutir sobre o assunto ajuda positivamente a informar. O que não vale e é pernicioso é o sensacionalismo e, infelizmente, o tratamento da imprensa no Brasil em relação ao tema ainda é superficial e distante. Mas basta concluirmos que silenciar sobre o suicídio, não o elimina.

A SINOPSE DO FILME

Elena viaja para Nova York com o mesmo sonho da mãe: ser atriz de cinema. Deixa para trás uma infância passada na clandestinidade durante a ditadura militar e uma adolescência vivida entre peças de teatro e filmes caseiros. Também deixa Petra, sua irmã de sete anos. Duas décadas mais tarde, Petra também se torna atriz e embarca para Nova York em busca de Elena. Tem apenas pistas: fitas de vídeo, recortes de jornais, diários e cartas. A qualquer momento, Petra espera encontrar Elena andando pelas ruas. Aos poucos, os traços das duas se confundem. Já não se sabe quem é uma e quem é a outra. Elena é um filme sobre a persistência das lembranças de Petra em relação à irmã, sobre a irreversibilidade da perda, e o impacto causado na menina de sete anos pela ausência da irmã, a quem Petra chama de sua “memória inconsolável”.

O documentário trata de questões como o feminino, o luto, a família e muito do que permeia a vida – não só dela e de sua família – mas a de todos nós, na ocorrência inexorável das perdas, da existência de vivências emocionais dolorosas e do nosso lado escuro (a depressão de Elena, a negação da depressão de Petra como reação à morte da irmã, a culpa e tristeza escancarada nos olhos da mãe).

Ela faz um resgate não só da história de sua irmã por meio de memórias, mas, sobretudo nos diz como mensagem de fundo acerca da sobrevivência dos que ficam após o suicídio de um familiar. O documentário fala de perto sobre as reações às perdas reais e simbólicas. Petra conseguiu com o documentário resignificar a vivência da morte trágica e precipitada de Elena aos 20 anos, e também a colocou no seu devido lugar, como já pontuei.

Tive a impressão que o documentário foi realizado, mesmo que como estratégia  inconsciente, não só para amenizar a dor da culpa que a irmã e a mãe sentiam pela morte de Elena, mas também como forma de Petra conhecer Elena e a si mesmo. Ao reviver tantas memórias da irmã deixadas em vídeos e diários. Para mim um dos momentos mais doces do filme é a dança na água, quando a narradora Petra diz: “As dores viram água, e pouco a pouco viram memória”.

A água nas cenas da dança simboliza exatamente nossas emoções, que para mantermos fluídas precisamos deixa-las escorrer. Se represarmos o rio nesse ponto, ele pode sair do leito e, assim, adoecermos, mas se vamos ao encontro delas, as águas voltam para o leito e correm tranquilas. Petra encontrou na realização do filme o seu caminho, fazer terapia pode ser outro meio para as emoções escorrem e encontrarem seu lugar.

Por Adriana Lemos – Psicóloga e jornalista
*Da equipe Cuidarte

O rompimento de laços afetivos na alienação parental

Saiba mais sobre esse tema e as estratégias de enfretamento para a alienação parental.

A alienação parental é hoje uma das mais graves formas de violência psicológica contra as crianças e adolescentes. É muito comum chegarem aos profissionais crianças com queixa de mudança de comportamento, tristeza, desanimo e agressividade. Tudo isso em decorrência da criança estar sendo vítima da Síndrome da Alienação Parental.

A Alienação parental acontece quando pai, mãe ou quem é responsável tenta, de forma abusiva, afastar a criança do outro genitor e sua família. Ou seja, quando um dos pais tenta destruir ou impedir a relação da criança com o outro. Muitas vezes a SAP se dá quando um dos pais, privados do convívio com a criança, passa então por vingança, mágoa ou até mesmo inconformismo com o fim do relacionamento, a usar a criança como um objeto para atingir o outro. O mesmo passa a desmoralizar, desqualificar o outro para o filho e, muitas vezes até criando histórias a seu respeito. A partir do momento que a criança começa a ouvir tudo isso, a fazer parte de problemas que não são seus, passa acreditar nisso e, consequentemente afasta-se do outro genitor.

É a partir daí que a criança começa a mostrar mudanças de hábitos no seu dia-a-dia:

De forma geral a criança apresenta:

–  Baixa autoestima

–  Comportamento autodestrutivo

–  Irritabilidade

–  Agressividade

–  Crueldade

–  Depressão

–  Ansiedade

–  Estresse pós-traumático

Em relação ao genitor que está sendo alienado:

–  Sentimento constante de raiva e ódio

–   Recusa a dar atenção, visitar ou até mesmo se comunicar com o genitor.

–  Guarda sentimentos negativos em relação ao outro, como lhe é narrado pelo alienador.

É importante ressaltar que nem sempre quando houver separação dos pais a criança vai reagir desta forma. No entanto, os efeitos do divórcio sobre a criança dependerão muito das circunstâncias em que se dá esta separação. Se o divórcio é feito de uma maneira em que há respeito mútuo entre os pais, o desenvolvimento psicológico da criança não estará necessariamente prejudicado. Se ela percebe que apesar das dificuldades inerentes a um processo de separação, há um clima de cooperação e convivência mínima, será mais fácil para a criança assimilar e elaborar a nova configuração familiar. Por outro lado, o que se constata é que quanto mais grave e intensa for a “guerra” entre os ex-cônjuges, incluindo aí a proibição de visitas, maior será o sofrimento psíquico dos filhos envolvidos. Neste caso, as crianças podem vir a desenvolver sintomas os mais variados como uma resposta emocional ao seu sofrimento. Podem apresentar sintomas de depressão, alterações no comportamento, diminuição do rendimento escolar, ansiedade de separação, ou podem ainda desenvolver fobias ou retraimento social.

È preciso que fiquemos atentos a todas essas situações, pois toda separação é difícil e, cabe a todos nós, principalmente à família dar o suporte necessário à criança para que isso não ocorra e que a criança passe por isso de forma menos conflitante. Os pais separados devem compreender os filhos. È muito importante também que estes pais estejam disponíveis e sensíveis à necessidade da criança, mesmo que à distância, e tentar pensar como estes eles enquanto pais poderiam se fazer presentes de outras formas, enquanto a presença física ainda não é possível ou é limitada. E, além disso, buscar uma ajuda profissional para lidar com esta ausência poderia ser muito benéfica também.

Entretanto vemos crianças e adolescentes, além do genitor alienado, sofrendo as consequências desta doença familiar, sem que providências urgentes sejam tomadas em sua defesa.

Pensar nas consequências para uma criança ou adolescente que passa tanto tempo excluído da presença do genitor, sendo alienados na sua percepção deste, sem que ele, mesmo repleto de provas seja ouvido pela justiça, preocupa. Os transtornos ocasionados a este sistema familiar são muito grandes, e muitas vezes sem possibilidade de resgate para estes.

Diante disso, é importante estarmos sempre alertas. Precisamos ver a SAP como um grito de socorro por parte do genitor, que em seu comportamento alienado e alienador, não consegue enxergar além de si próprio, provocando um grande sofrimento em todo o seu círculo familiar, principalmente aos filhos envolvidos e, cabe a todos nós colocar o limite necessário quando isso está acontecendo.

 

Polliana Melo – Psicóloga
Da equipe Cuidarte

Psicopedagoga fala sobre escolha profissional

Para Patrícia Sampaio é importante conhecer a área almejada para que não haja idealização.

Em recente entrevista ao portal G1/Piauí a psicopedagoga Patrícia Sampaio, que faz parte da equipe da Cuidarte, falou sobre escolha profissional, tirou dúvidas e deu dicas para quem está nessa fase da vida, como os pré-vestibulandos. Entre os diversos focos abordados estão questões como a realização profissional, vocação e retorno financeiro.

A psicopedagoga alertou que a família tem um papel importante durante esse período. Leia o texto na íntegra:

Muitas dúvidas permeiam a cabeça de um estudante que está próximo de escolher as opções de cursos oferecidos pelas faculdades: desempenho, profissão, retorno financeiro, vocação, horas trabalhadas, aptidão, família e realização pessoal estão entre os pensamentos mais comuns nesse momento. Segundo a psicopedagoga Patrícia Ribeiro Andrade, o principal subsídio para fazer a escolha correta é informa-se o máximo possível.

“Antes de qualquer escolha o aluno precisa conhecer tudo sobre aquela área pretendida. Faixa salarial, mercado, locais de trabalho, conhecer profissionais etc. Quanto maior essa pesquisa melhor. Uma boa escolha da profissão reduz muito a frustração durante a vida”, afirma.

Para Patrícia, esse conhecimento é imprescindível ao aluno, pois muitos criam uma grande expectativa e tomam como referência um profissional muito bem sucedido e não percebem que ele faz parte de uma minoria. “Os vestibulandos idealizam uma realidade de sucesso, dinheiro e realização pessoal, mas eles têm que saber que todas as profissões têm suas dificuldades e que certamente eles as enfrentarão. Acho que o estudante precisa de um choque de realidade para não idealizar a área pretendida”, opina.

O teste vocacional, afirma ela, pode ser uma importante feramente durante esse processo de escolha, pois ajuda o aluno a tomar um norte ao levar em conta suas características e aptidões pessoais.

“Os testes indicam um caminho, mas não dizem ‘siga essa profissão’. Ele mostra a área que você tem mais habilidade e disposição. Além disso, o estudante deve levar em consideração suas características pessoais. Se ele é muito tímido e envergonhado, é um pouco mais difícil para seguir uma carreira como a de jornalista, por exemplo”, conta.

A psicopedagoga alerta que a família tem um papel importante durante esse período, que um componentes que mais atua na escolha do curso é a expectativa dos pais e família sobre o estudante. “Os pais devem apoiar a decisão do filho. O ideal é a pessoa escolher aquilo que ela almeja, senão existe uma grande probabilidade de engrossar a estatística das pessoas que entram na universidade, mas não concluem o curso. Atualmente, entre 40% e 50% dos universitários abandonam a instituição”, relata.

 

Texto original extraído do portal G1/Piauí

Os prejuízos do consumo de álcool na gravidez

Uma das consequências graves do consumo de álcool durante a gravidez é a Síndrome Alcoólica Fetal 

Apesar das recomendações médicas e profissionais em relação à abstinência total de álcool durante a gravidez, ouvimos muitas vezes, até mesmo de amigos e pessoas próximas que um pouquinho de cerveja ou um vinhozinho não faz mal, pelo contrário, faz muito bem.

Infelizmente essa concepção e prática podem ocasionar graves consequências futuras para o bebê, pois o álcool pode provocar danos logo nas primeiras semanas de gravidez e afetar principalmente o cérebro da criança.

O álcool passa com facilidade para o feto em desenvolvimento através da placenta, por isso a criança pode nascer com problemas de ordem motora, física e mental.  Uma das consequências mais graves do consumo de álcool durante a gravidez é a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF)

Não se sabe o nível mínimo de álcool que resulta na Síndrome, não foi estabelecido. O que se sabe é que o grau em que as crianças são afetadas não depende somente da quantidade ingerida, mas também da fase da gravidez em que aconteceu o consumo. Acredita-se que há maior prejuízo, quando consumido nas primeiras semanas.

A SAF possui vários níveis de gravidade e pode provocar desde disformismo facial, até déficit no crescimento, “problema” de coordenação motora, retardo mental e dificuldade de aprendizado e de memória. Além de distúrbios de comportamento e malformações nos principais órgãos como rins, pulmão e coração.

É percebido na criança com a síndrome:

– Dificuldade de atenção e memória.
– Amizade imprópria com desconhecidos.
– Dificuldade de aprender com as consequências.
– Hiperatividade, dificuldade atenção e de concentração.
– Habilidades pobres de resolver problemas.
-Inabilidade de Discernimento do uso do dinheiro.
– Comportamento social imaturo.
– Dificuldade de controle dos impulsos e das emoções.
– “Pobreza” de julgamento.

É importante salientar que há possibilidades de algumas crianças que se encontram no chamado “espectro” dos distúrbios provocados pelo álcool, apresentarem alguns dos problemas citados acima, mas que não chegam a preencher todos os requisitos necessários para serem classificadas com a síndrome. Mas, nem por isso, deixa de trazer vários comprometimentos para o seu desenvolvimento.

O diagnóstico precoce e acompanhamento da criança com SAF por uma equipe multiprofissional composta por especialista que cuidam das áreas afetadas é indispensável para que os acometimentos causados pelo uso do álcool sejam amenizados.

Há como prevenir? Sim, a única maneira de evitar que seu filho venha ser acometido pela síndrome é fazendo abstenção do uso de álcool durante a gravidez. Como não se sabe que quantidade pode ocasionar a síndrome, a recomendação é consumo zero durante a gravidez.   Além do mais, quem está planejando engravidar, o bom é que não se faça mais o uso desde já. Mesmo que pareça exagero, mas os bebês requerem cuidados que começam muito antes do nascimento.  É importante que a futura mamãe prepare seu corpo aumentando assim a probabilidade de gerar um filho saudável.

 
Vera Lúcia Coelho Costa – Psicóloga
Da equipe Cuidarte

Estresse e qualidade de vida

O estresse nasceu com o ser humano como uma forma de proteção


Já falamos em um texto anterior aqui no site sobre as reações do nosso corpo ao estresse. Na realidade, ele faz parte do mecanismo de adaptação do nosso organismo tanto para situações ‘boas’ quanto para ‘ruins’.

Sabemos que em estado de estresse nosso corpo produz substâncias que nos preparam para sobreviver: fugindo ou lutando. Em suma, o estresse agudo nasceu com o ser humano como uma forma de proteção, ajudando a nos livrar de um perigo ou ameaça iminente.

Então, nessa perspectiva ele é necessário e nos dá ‘gás’ para realizar. O problema surge quando esse estado de estresse e ansiedade é disparado sem estarmos em contato com situações que exijam a reação de “fuga e luta”, mas tão somente frente à correria da vida moderna que não representa, necessariamente, perigo ou ameaça de vida ou morte.

É o estresse crônico e  as reações orgânicas permanecem, trazendo muito mais efeitos negativos que benéficos. Assim ele favorece, em longo prazo, o adoecimento físico e emocional.

A forma de lidar com o estresse crônico depende de uma série de fatores, como genéticos e comportamentais. A boa notícia é que ele pode ser tratado e a pessoa alcançar e manter qualidade de vida.

Adotar hábitos saudáveis, cuidar da saúde, ter tempo para o lazer e falar sobre as emoções com um profissional de saúde mental, por exemplo, são alguns dos meios de conseguir ficar de bem com a vida e consigo mesmo.  Realizar caminhada com regularidade é mais uma estratégia para manter o equilíbrio, pois se sabe que a prática libera endorfinas, responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar.

 

Por Adriana Lemos – Jornalista e Psicóloga

Da Equipe Cuidarte

Reação ao estresse pode variar de pessoa para pessoa

Em situação de estresse nosso corpo produz uma grande quantidade de hormônios, como a adrenalina, que nos preparam para lutar ou fugir. Assim acontece, por exemplo, num episódio de assalto.

A psicóloga Adriana Lemos, da equipe Cuidarte, em recente reportagem na TV Clube, falou sobre o assunto. A questão principal da matéria foi a de explicar porque em um mesmo episódio estressor, no caso o assalto, dois indivíduos respondem de modo diferente.

A reação à situação depende de uma série de fatores, como fisiológicos (descarga de hormônios do estresse no corpo), cognitivos (avaliação da situação) e comportamentais. De modo simples, podemos dizer que a forma de reagir depende também da personalidade da pessoa.

Mas isso não quer dizer que um indivíduo que é tranquilo, tem certo treino para manter a calma durante o evento estresso vá reagir conforme o esperado. Ele pode ter uma reação inesperada e, no caso do assalto, colocar sua vida em risco, lutando com o agressor, por exemplo, ou mesmo fugindo ainda que sob a mira de uma arama de fogo.

“Como a pessoa vai reagir ao mesmo evento, vai depender da questão fisiológica, cognitiva, um pouco da personalidade da pessoa. Por isto que numa situação como um assalto, uma pessoa obedece ao agressor, tenta manter a calma e já outras mesmo treinadas acabam brigando com o criminoso, pondo a vida dela em risco”, comenta a psicóloga Adriana Lemos.

Para a especialista, algumas pessoas ao passarem por situações como essa podem superar normalmente, isso vai depender de questões individuais e outras podem desenvolver estresse pós-traumático. “Nesses casos, a vítima pode ter ansiedade, depressão, insônia e viver esse momento em flash black, ter pesadelos”, revela.

Do ponto de vista psicológico, em caso de mal estar e o aparecimento de sintomas como os citados anteriormente a indicação é procurar um profissional de saúde mental, como o psicólogo, ou mesmo associar o tratamento psicoterápico ao medicamentoso, com a avaliação de um médico psiquiatra.

A reportagem em vídeo pode ser conferida AQUI, incluindo as recomendações da polícia para situações como a abordada nesta matéria.

 

*Com informações do portal G1 Piauí

Como falar da morte do bicho de estimação para as crianças

Os pets ajudam a criança a ter contato com todas as fases da vida.

Já falei em outro texto por aqui, sobre Terapia Assistida por Animais (TAA), que o contato com animais pode ajudar o Homem a enfrentar questões dolorosas, trazendo mais qualidade de vida, pois o animal é um ser que não julga e aceita as pessoas como elas são. Quem é dono de um cachorro, por exemplo, pode passar o dia fora de casa e quando chega à noite tem seu fiel companheiro abanando o rabo pronto para dar carinho e fazer companhia sem nada perguntar ou cobrar.

Costumo dizer que uma casa com bicho de estimação é um lar mais feliz e se ela tem criança, os bichos ajudam na socialização, brincam, dão amor incondicional e, através da convivência com os pets, é possível ainda ensina-las a cuidar do outro, a ter responsabilidades, aprender sobre adoecimento, a ter contato com os ciclos da vida, como nascimento, crescimento, reprodução e morte.

Por isso, quando um bicho de estimação morre o correto é não poupar o filho de viver a dor do luto. É uma oportunidade de aprendizado para a vida e protegê-las não vai ajudar, mas o sofrimento pode ser amenizado por meio do acolhimento.

A melhor forma de abordar o tema sobre a morte do bichinho é falar com clareza e responder tudo que a criança pergunta na linguagem que ela entenda. O modo como a criança vai reagir depende também da forma que a família trata o tema da morte.

Tentar dar outro animal logo que o pet da família morreu não é o mais recomendado. É necessário dar tempo para que a criança elabore a perda. Para amenizar o sofrimento é preciso acolher seu filho, como já falado, respondendo suas perguntas. Oferecer livros adequados à idade da criança, e que falem sobre perdas, pode ser outra opção para ajudar aos pequenos nesse momento.

A revista Pais e Filhos, na edição do mês de junho deste ano, sugere alguns livros que falam sobre perdas de bicho de estimação. As obras podem ajudar, de modo lúdico, as crianças nessa fase:

Os Porquês do Coração, de Nye Ribeiro e Conceil Correa da Silva, Editora do Brasil

Por Que o Elvis Não Latiu, de Robertson Frizero, Ed. Inverso

O Céu dos Cachorros, de Flávia Vallejo, Ed. Realejo Edições

 

Por Adriana Lemos – Jornalista e Psicóloga
*Da equipe Cuidarte

 

Aulas do curso em Trânsito têm novo endereço

O período de aulas é de 13 a 26 de julho e elas serão ministradas a partir das 8h.

As aulas do módulo intensivo da especialização em Psicologia do Trânsito, promovido em Teresina pela Posgraduar(MG) e viabilizado pela Cuidarte, serão ministradas em novo endereço. O local é a UNINOVAFAPI (BLOCO B – Salas 11 e 16).  O centro universitário fica localizado na Rua Vitorino Orthigues Fernandes, 6123 , no bairro Planalto Uruguai.

Para os alunos que são de fora de Teresina informamos sobre a existência de hotéis em região mais próxima do local das aulas. São eles:

ÁGUA LIMPA HOTEL
Av. João XXIII, 1661 – Bairro: Jockey Club
(86) 3232-6500

HOTEL POTY
Rua Lima Rebelo, 62 – Bairro: Noivos
(86) 3232-6500

GRAN HOTEL ARREY
Rua Jaime da Silveira, 433 – Bairro: São Cristovão
(86) 3214-9292

A especialização visa oferecer aos psicólogos uma visão geral de todos os conteúdos relacionados ao Trânsito. Qualificar e especializar os psicólogos que pretendem atuar no Sistema Nacional de Trânsito e demais áreas afins, bem como proporcionar uma iniciação cientifica.

 

Reflexões sobre solidariedade e trabalho voluntário

No texto abordo as motivações que levam algumas pessoas a se dedicarem ao trabalho voluntário.

Outro dia fui solicitada por uma emissora de televisão a falar sobre o tema solidariedade e o trabalho voluntário, e fiquei pensando que é um bom tema para expor aqui no site da clínica também. Então resolvi discorrer sobre o assunto, que afinal desperta simpatia, curiosidade e indagações, entre elas o que leva uma pessoa a trabalhar como voluntário?

Para início de conversa a solidariedade é própria das relações humanas. Por outro lado existem motivações para esse tipo de relação. É sabido que um dos princípios para o voluntariado é a não compensação financeira, mas ele implica em recompensas que são simbólicas.

Há a formação de um vínculo entre os pares envolvidos e a aproximação das pessoas no serviço voluntário se dá de um lado por um que oferta ajuda e o de outro um que tem uma carência. No espaço do vínculo circulam desejos, ideais e sentimentos.

Alguns afirmam que a recompensa simbólica sustenta o voluntariado, como por exemplo, perceber que seu trabalho produz um efeito positivo no outro.

Entretanto há o oposto que pode dissolver essa relação, como o medo do fracasso do voluntário, bem como a percepção deste do pouco esforço por parte de quem recebe ação.

Voltando para o aspecto que motiva a solidariedade e o trabalho voluntário podemos citar “n” motivos a impulsionar o ser humano. Um deles é o fato de a pessoa se sentir útil.

Por meio do voluntariado ela pode desejar resignificar experiências ruins da sua própria vida, preencher vazios e até colocar simbolicamente no outro o sofrimento pessoal e, com isso, se sentir melhor, pois através da condição de quem é cuidado possibilita a ele ver sua vida mais leve.

Então não é incomum ouvir alguém que é voluntário em alguma causa dizer “vejo tanto sofrimento, que volto para casa achando minha vida uma maravilha”.

Tem ainda o fato de o altruísmo e a solidariedade serem e admirados na nossa sociedade. Por fim, mesmo que não seja consciente, o voluntário espera ser investido afetivamente nessa relação de cuidado, ser reconhecido, admirado.

Perguntaram-me se o trabalho voluntário traz qualidade de vida para quem dele faz sua bandeira. Eu respondi que sim, na medida em que o voluntário tem a oportunidade de ser importante para alguém, e se faz esse trabalho de modo espontâneo e qualquer que seja a motivação se de cunho emocional, cultural, política ou religiosa.

Se te faz bem, mãos a obra!

Por Adriana Lemos – Jornalista e Psicóloga
*Da equipe Cuidarte
**Texto originalmente publicado na revista + Saúde 

Psicopedagogo clínico pode ajudar de crianças a adultos

Você sabia que o psicopedagogo  pode ajudar desde crianças com dificuldades de aprendizagem até adultos, que estão, por exemplo, com algum obstáculo para passar em um concurso?!  Se não sabia, tome conhecimento do trabalho desse profissional que hoje está atuando também nos consultórios de psicologia, e não só dentro da escola.

Quem nos esclarece mais sobre o assunto é a psicopedagoga Patrícia da Costa Sampaio, que faz atendimento clínico na Cuidarte nessa área. Ela diz que além do atendimento às crianças e adultos com dificuldades escolares, o trabalho do profissional alcança ainda crianças com distúrbios como o TDAH, dislexia, síndrome de down, autismo, dentre outros.

“Temos uma atuação também no sentido de orientação aos pais e como lidar em cada caso. Trabalhamos a questão ainda sobre ‘limites’, pois algumas vezes os pais transferem a responsabilidade da educação para a escola. Quem dá limites e ensina regras é a família”, opina.

Patrícia explica que, via de regra, as sessões com o psicopedagogo têm dois momentos, um lúdico onde se resgata o prazer de estudar por meio da brincadeira e o segundo no qual trabalha a leitura, o raciocínio lógico, a produção de texto, a percepção visual, a resolução de problemas, conforme a demanda do cliente.

Ela acrescenta que a idade de seus clientes varia de 2,5 anos até 21 anos. “Os adultos que nos procuram geralmente estão com dificuldade para passar em um exame, um concurso. A partir de uma anamnese vamos trabalhar a dificuldade evidenciada. “As atividades são as mesmas que trabalhamos com crianças, vai depender da necessidade do cliente. Então, o lúdico e o prático estão presentes no processo”, disse.

A psicopedagoga finaliza pontuando que pessoas que têm distúrbios ou dificuldades de aprendizagem, às vezes, podem usar, até de modo inconsciente, o fato para se colocarem num lugar indevido (incapaz ou que com ganho secundário). Patrícia incentiva os clientes a criarem estratégias para superar o problema, como técnicas de memorização, por exemplo. “A pessoa necessita lidar com a dificuldade e superá-la, pois o mundo lá fora exige”, alerta.