Meditação: sim, você também consegue!

Jornalista e instrutor se juntam em livro para desmitificar e simplificar a prática — inclusive para quem tem pressa ou resistência.

Dan Harris é um apresentador de TV americano que passou a meditar e cuidar da mente após um ataque de pânico ao vivo. Jeff Warren é um instrutor de meditação canadense que, desde pequeno, teve de lidar com o fato de ser hiperativo. Em comum, ambos abraçaram a prática e a defendem como uma forma de se autoconhecer e tornar-se mais saudável e feliz. Eles se uniram numa viagem pelos Estados Unidos para divulgar a causa e a transformaram, aliada a ensinamentos e conselhos, em um livro cujo título entrega boa parte da proposta: Meditação para Céticos Ansiosos.

Na obra, além de narrarem experiências e insights, eles propõem exercícios para qualquer um virar um meditador — às vezes, basta uma sessão de um minuto por dia —, sempre da maneira mais pé no chão possível.

Uma prática para iniciantes ensinada no livro
1. Na posição: sentado de maneira confortável, comece respirando fundo. Alongue a coluna ao inspirar o ar e relaxe o corpo ao expirar.

2. Inspire e expire: respire normalmente e preste atenção nas sensações. Se ajudar, tome notas mentais ao inspirar e expirar.

3. Divagação e foco: não há problema se a mente viajar. Note o que causa a distração e direcione a atenção à respiração sem se culpar.

FICHA TÉCNICA
Meditação para Céticos Ansiosos
Autores: Dan Harris e Jeff Warren (com Carlye Adler)
Editora: Sextante
Páginas: 320

Onde encontrar:
Livraria Nova Aliança
Rua Olavo Bilac, 1258 – Centro, Teresina – PI
(86) 3221-6793
livrarianovaalianca@hotmail.com

Fonte: Saúde

O que é o estresse e como ele pode impactar sua saúde

O estresse é uma reação natural do organismo quando vivenciamos situações de perigo ou ameaça, mas pode se tornar crônico e levar a perda da saúde.

Depois de 13 anos como professora, Stela Hoshi, 34 anos, tomou a decisão que mudou sua vida, largar a carreira na educação infantil para se dedicar a um ateliê onde ensina costura e outras habilidades manuais. “Dava aula de inglês para crianças muito pequenas. Cheguei ao ponto de olhar crianças na rua e não querer lidar com elas. Ia à festa de aniversário de crianças da família e tudo o que queria era sumir dali. Comecei a refletir e senti que se continuasse eu não ia conseguir ter filhos e conviver com as pessoas”, relembra.

O que ela não sabia é que estava lidando com estresse, uma palavra que tem origem inglesa “stress”, que significa “pressão”, “tensão” ou “insistência”. O estresse é uma reação natural do organismo que ocorre quando vivenciamos situações de perigo ou ameaça. Esse mecanismo nos coloca em estado de alerta ou alarme, provocando alterações físicas e emocionais. A reação ao estresse é uma atitude biológica necessária para a adaptação às situações novas e atinge mais de 90% da população do mundo.

Segundo ela, em uma viagem de férias veio à gota d´água. “Estava tão sobrecarregada que passei dois dias chorando, sem conseguir relaxar. Foi quando meu marido sugeriu que eu deixasse o trabalho. Quando voltei, pedi demissão e comecei a procurar uma nova forma de vida e de trabalho”, conta.

“A profissão de professor é bastante pesada, parecia o trabalho não acabava. Quando chegava em casa, ainda tinha fichários para preencher, prova para corrigir, cortar os papéis para os alunos que eram pequenos. Sentia que dormia e acordava trabalhando. Isso foi pesando com o passar dos anos”, completa Stela.

Um ano depois, a professora enxerga o saldo da mudança de forma positiva. “É claro que a decisão afetou o lado financeiro. Hoje, não tenho mais aquele salário garantido. Mas sou muito mais tranquila, durmo sem ajuda de remédios”. Para quem tem vontade de tentar um novo caminho, Stela recomenda se organizar. “Não pretendia largar completamente meu trabalho, mas já pensava em reduzir a carga horária. Foi fundamental fazer uma poupança e contar com a ajuda do meu marido e da minha mãe para pensar o que eu podia fazer para mudar essa realidade”.

O estresse pode ser causado por condições desfavoráveis, sejam elas do ambiente profissional, familiar ou social, podem levar a um grau “negativo” de estresse, que desequilibra todo o organismo humano, propiciando o aparecimento de diversas doenças. Além disso, compromete a qualidade de vida e a saúde física e emocional, podendo gerar insônia, cansaço, dor de cabeça, tristeza e irritabilidade, dificuldade em se concentrar e falhas na memória, perda ou ganho de peso, insatisfação constante e isolamento social, má digestão, baixa imunidade.

Um estudo publicado este ano pela European Heart Journal, constatou que empregados que sofrem de estresse crônico têm 68% mais chance de desenvolver doenças cardíacas. Além disso, diversos levantamentos garantem que o problema aumenta o risco de desenvolvimento de neoplasias.

Tipos de estresse

1. Agudo: é mais intenso e curto, sendo causado normalmente por situações traumáticas, mas passageiras, como a depressão na morte de um parente.

2. Crônico: afeta a maioria das pessoas, sendo constante no dia a dia, mas de uma forma mais suave.

A evolução do estresse se dá em três fases:

Fase 1: Alerta

Ocorre quando o indivíduo entra em contato com o agente estressor. Sintomas: mãos e/ou pés frios; boca seca; dor no estômago; suor; tensão e dor muscular, por exemplo, na região dos ombros; aperto na mandíbula/ranger os dentes ou roer unhas/ponta da caneta; diarreia passageira; insônia; batimentos cardíacos acelerados; respiração ofegante; aumento súbito e passageiro da pressão sanguínea; agitação.

Fase 2: Resistência

O corpo tenta voltar ao seu equilíbrio. O organismo pode se adaptar ao problema ou eliminá-lo. Sintomas: problemas com a memória; mal-estar generalizado; formigamento nas extremidades (mãos e/ou pés); sensação de desgaste físico constante; mudança no apetite; aparecimento de problemas de pele; hipertensão arterial; cansaço constante; gastrite prolongada; tontura; sensibilidade emotiva excessiva; obsessão com o agente estressor; irritabilidade excessiva; desejo sexual diminuído.

Fase 3: Exaustão

Nessa fase, podem surgem diversos comprometimentos físicos em forma de doença. Sintomas: diarreias frequentes; dificuldades sexuais; formigamento nas extremidades; insônia; tiques nervosos; hipertensão arterial confirmada; problemas de pele prolongados; mudança extrema de apetite; batimentos cardíacos acelerados; tontura frequente; úlcera; impossibilidade de trabalhar; pesadelos; apatia; cansaço excessivo; irritabilidade; angústia; hipersensibilidade emotiva; perda do senso de humor.

Prevenção e controle

Alimentação: durante o processo de estresse, o organismo perde muitas vitaminas e nutrientes, portanto, para repor essa perda é recomendado comer muitas verduras e frutas, pois são ricas em vitaminas do complexo B, vitamina C, magnésio e manganês. Brócolis, chicória, acelga e alface são ricas nesses nutrientes. O cálcio pode ser reposto com leite e seus derivados.

Atividade física: qualquer atividade física proporciona benefícios ao organismo, melhorando as funções cardiovasculares e respiratórias, ajudando no condicionamento físico e induzindo a produção de substâncias naturalmente relaxantes e analgésicas, como a endorfina.

Atendimento

No período de 2014-2018 foram realizadas no Sistema Único de Saúde 132.663 consultas ambulatórias em decorrência de quadros associados ao estresse e 1.661 internações.

A assistência a pessoas com reação aguda ao estresse, estado de estresse pós-traumático e transtorno de adaptação é prestada nas Unidades de Saúde da Família, CAPS e Ambulatórios especializados.

Fonte: UOL

Como dormir pode ajudar a combater a depressão?

Todos sabemos que uma noite de sono ruim pode atrapalhar o andamento do dia, não é mesmo? Aquela sensação de cansaço, lentidão e problemas de concentração que só somem após o merecido repouso. Porém, quando a privação do descanso se torna algo constante, pode trazer, não somente problemas físicos, mas psicológicos também. Segundo um estudo publicado no JAMA Psychiatry, cerca de 75% dos pacientes com depressão informaram ter dificuldades para dormir ou insônia.

A depressão é uma doença psiquiátrica que afeta diretamente o emocional das pessoas. Entre os sintomas, estão tristeza, pessimismo, baixa auto-estima, além de alteração de humor e pode provocar a ausência de prazer em atividades que antes faziam bem para o indivíduo. De acordo com a consultora do sono, Renata Federighi, a privação e distúrbios do sono podem aumentar o risco de desenvolver esse mal.

“Distúrbios do sono são comuns nos dias de hoje, muitas vezes, são reflexo de um descanso de má qualidade. No geral, podem ser relacionados aos hábitos errados na hora de dormir, como preocupação e ansiedade ao deitar, ficar em uma postura errada ou com travesseiro inadequado, se alimentar em horários irregulares e a falta de uma rotina para o repouso”, comenta a especialista.

Dormir tem um papel importante no corpo humano, as horas de repouso servem para regular hormônios no organismo, como os níveis de cortisol, responsável por controlar o estresse, reduzir inflamações, auxiliar o sistema imunológico, além de ajustar os níveis de açúcar no sangue. Esse desequilíbrio hormonal pode causar algumas doenças, entre elas a depressão e ansiedade.

“Uma boa noite de sono é essencial para a saúde e bem-estar das pessoas. Algumas dicas na hora de dormir podem ajudar a melhorar a qualidade de vida”, destaca Federighi.

Dicas para ajudar a quebrar o ciclo sono e depressão

O cuidado com a higiene do sono é o primeiro passo para melhorar a qualidade na hora de dormir. “Estabeleça uma rotina relaxante para repousar, tome um banho quente e leia um livro. Evite o consumo de cafeína, álcool e o uso de smartphone, pelo menos 30 minutos antes de deitar.  Faça do quarto um ambiente para descanso, sem luzes fortes e barulhos”, sugere a consultora.

Outra dica é fazer atividades físicos, afinal, não dá para desconectar a saúde da mente com a do corpo. Exercícios liberam hormônios ligados ao bem-estar e antidepressivo, como a serotonina e a dopamina. “Qualquer esporte é válido. Andar de bicicleta, fazer caminhadas, dançar ou praticar ioga, além de liberar endorfina, vão melhorar a qualidade do seu sono”, destaca.

A depressão pode interferir nos relacionamentos pessoais e profissionais das pessoas, e a privação do sono pode intensificar os sintomas, que chegam a atrapalhar as atividades diárias. Por esse motivo, os problemas relacionados ao repouso e ao estado emocional devem receber uma atenção maior quando isso acontece. “Procurar apoio especializado não deve ser um tabu, em nenhum dos casos”, completa Renata.

 

redacao@cidadeverde.com

Veja como fugir do estresse e ter equilíbrio com a correria do dia a dia

Cada vez mais as pessoas buscam equilibrar a vida nessa corda bamba com muita correria. Saúde e bem-estar são sempre temas em pauta para quem pretende manter a harmonia em todos os aspectos. Sejam físicos, emocionais e sociais, mudar hábitos, praticar a empatia, ter uma qualidade melhor de vida e ficar longe de doenças são tarefas difíceis, porém necessárias.

Portanto, precisamos começar com pequenas atitudes diariamente. Passar mais tempo com quem a gente gosta, ficar em casa sem fazer nada, caminhar… O objetivo é fugir do estresse. Para ajudar nessa missão, confira algumas dicas práticas:

Coloque o corpo em movimento

Caminhar por uma hora é um dos melhores hábitos para quem busca a saúde do corpo e da mente.

Beba água

Beber mais água ao longo do dia ajuda a manter o funcionamento do organismo e deixá-lo bem hidratado, favorecendo a eliminação de toxinas e filtragem renal. Para facilitar, tenha sempre uma garrafa de água por perto e beba, no mínimo, dois litros por dia.

Consumo consciente

Evite usar plásticos. Além de causar inúmeros danos à saúde, prejudica o meio ambiente. Uma dica é andar sempre com uma sacola de tecido na bolsa ou optar pelos modelos retornáveis.

Alimentação balanceada

Prefira comer de forma correta e equilibrada. O organismo necessita da ingestão regular de nutrientes para um bom funcionamento.

Solidariedade

Fazer uma boa ação ajuda a tornar o mundo de outra pessoa um lugar melhor. Ações desse tipo estimulam o bem-estar mental.

Família unida

Para driblar a falta de tempo, fortaleça laços como um jantar ou almoço em família. Além do vínculo afetivo, minimizamos os problemas rotineiros, o que torna a mente e o coração mais saudável.

Dormir cedo

Uma noite de sono tranquila, além de melhorar o humor, ajuda a prevenir doenças como as cardiovasculares, diabetes, obesidade, entre outras. Melhora o bom funcionamento da memória, diminui as olheiras e deixa a pele renovada. O ideal é dormir oito horas por noite.

 

Fonte: Estadão Conteúdo

Nova pesquisa comprova que otimistas vivem mais

Estudiosos das universidades de Boston e Harvard investigam fatores psicossociais que promovem o envelhecimento saudável

Depois de décadas de pesquisa, um novo estudo comprova a relação de otimismo com uma vida longa. O trabalho, realizado por pesquisadores das faculdades de medicina da Universidade de Boston e de saúde pública de Harvard, mostrou que uma dose maior de otimismo é combustível para indivíduos alcançarem uma longevidade notável, isto é, viver mais de 85 anos. Enquanto a ciência normalmente procura fatores de risco para o desencadeamento de doenças e mortes prematuras, muito pouco ainda é conhecido sobre as questões psicossociais que promovem o envelhecimento saudável.

E o que é otimismo? Para os estudiosos, trata-se de um sentimento persistente de que coisas boas vão acontecer. Ou ainda, acreditar que o futuro nos será favorável porque podemos controlar variáveis importantes para que isso aconteça. A pesquisa foi feita com base em dados de quase 70 mil mulheres e pouco mais de 1.400 homens. Os dois grupos responderam a questionários que mediam seu nível de otimismo, assim como da saúde de um modo geral e hábitos que a influenciam, como alimentar-se bem, fumar e beber álcool.

As mulheres foram acompanhadas por dez anos; os homens, por três décadas. Ao logo desse tempo, quando os pesquisadores checaram os índices iniciais de otimismo das pessoas, descobriram que os mais otimistas, independentemente do sexo, tiveram de 11% a 15% a mais de tempo de vida; além disso, apresentavam de 50% a 70% a mais de chances de chegar aos 85 anos se comparados com os menos otimistas. Os resultados não se alteraram mesmo levando-se em conta características como doenças crônicas, escolaridade, atendimento médico primário e hábitos de saúde.

Para Lewina Lee, PhD e professora assistente de psiquiatria da Universidade de Boston, o estudo tem enorme relevância do ponto de vista da saúde pública: “ele sugere que o otimismo é um ativo psicossocial com potencial para estender a expectativa de vida, e há técnicas e terapias que podem tornar as pessoas mais otimistas”. Laura Kubzansky, professora de Harvard, acrescenta: “o otimismo pode estar relacionado a saber regular e controlar emoções e comportamentos, assim como lidar com fatores de estresse e suportar dificuldades”. Os pesquisadores também consideram que os indivíduos dotados de um astral para cima tendem a cultivar hábitos saudáveis. “Nosso trabalho pretende ser uma contribuição para promover a resiliência ao longo do processo de envelhecimento”, finaliza Lewina Lee.

Fonte: Bem Estar / Por Mariza Tavares

Como treinar o cérebro para ser mais otimista (e saudável)

Um neurocientista dá dicas para reorganizar o cérebro contra a ansiedade e o pessimismo, o que poderia afastar problemas de saúde.

 

Pessoas pessimistas, ansiosas e neuróticas tendem a ter circuitos neurais reverberantes no cérebro. É como se a cabeça não conseguisse descartar informações desnecessárias e ficasse remoendo uma ou outra situação. Mas tenho uma boa notícia: dá para treinar o cérebro para nos tornarmos mais otimistas e calmos. Antes de dar algumas dicas nesse sentido, é importante reforçar que buscar uma vida mais leve melhora o seu bem-estar e o de quem convive com você. Estudos científicos sugerem que os pessimistas vivem, em média, sete anos e meio a menos do que os otimistas. É um bom motivo para mudar de atitude, não?

O que acontece no cérebro influencia diretamente no corpo. Diante de um problema de saúde, por exemplo, cultivar as emoções positivas pode reforçar o sistema imunológico e combater a depressão.

Várias pesquisas mostraram uma ligação indiscutível entre uma visão de mundo otimista e benefícios para a saúde, como pressão sanguínea mais baixa, melhor controle do peso e níveis adequados de açúcar no sangue. Mesmo diante de uma doença fisicamente incurável, sentimentos e pensamentos positivos aprimoram a qualidade de vida.

Isso não significa que todo mundo precisa estar sempre otimista para ser saudável e feliz. Naturalmente, existem momentos e situações que desencadeiam sentimentos negativos mesmo na pessoa mais esperançosa do mundo. Medo, preocupação, tristeza e raiva fatalmente irão aparecer na vida de qualquer um. Quem rejeita completamente esses pensamentos também acaba fazendo um mal para si mesmo.

A questão, portanto, é não olhar só para o lado ruim das coisas. Embora algumas pessoas tenham uma tendência para o pessimismo, o cérebro consegue criar novas células e sinapses, trilhando novos caminhos. É possível treinar esses circuitos para ser mais otimista. Ou seja, você pode aprender a ver as coisas de maneira mais positiva com algumas práticas que promovem o otimismo. Listamos dicas que vão nesse sentido:

* Coloque um sorriso no rosto e reconheça um lado ou um evento positivo na sua vida todos os dias
* Pense sobre o momento positivo desse dia e o registre na sua mente
* Agradeça sempre. Isso não tem a ver com religião, mas com a força de um bom pensamento
* Identifique uma qualidade pessoal sua e perceba como faz uso dela
* Estabeleça objetivos alcançáveis e avalie sempre o seu progresso
* Pratique atos de gentileza diariamente, por menores que sejam. O bem atrai o bem
* Preste atenção em você mesmo e se concentre no aqui e no agora, ao invés de se ligar ao passado ou ao futuro
* Medite. Ao se concentrar por 10 a 20 minutos, o corpo se acalma e nós prestamos mais atenção no que acontece conosco e com o nosso entorno. Deixe os pensamentos irem e virem na mente e sem ficar remoendo cada um.

Fonte: Saúde/ Fernando Gomes, neurocirurgião e neurocientista

Sono de qualidade ajuda a melhorar a vida sexual do casal

Já imaginou como o sono pode interferir na vida sexual de uma pessoa? Dormir bem é essencial para manter a saúde e bem-estar do indivíduo, inclusive na vida sexual. O descanso desempenha o importante papel de reparar o corpo e a mente, do homem e da mulher e a privação desse repouso pode se tornar uma grande dor de cabeça para o casal.

Nos homens, a falta do sono causa uma queda na produção da testosterona, já que é durante o repouso que o organismo regula os níveis dela no corpo. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Chicago revela que a diminuição do hormônio pode ser de até 15% para quem dorme menos de 5 horas por dia.

Para as mulheres, as poucas horas de sono afetam diretamente a disposição para a sexo. A má qualidade do repouso causa, além do cansaço, maior estresse. “Por causa da diferença de produção hormonal o público feminino necessita de mais horas dormidas para manter a saúde física e mental. O estresse libera cortisol e adrenalina o que dificulta relaxar na hora de se relacionar”, explica Renata Federighi, consultora do sono.

Segundo a consultora, algumas práticas ajudam a melhorar a qualidade do sono. “A postura é muito importante durante o repouso. Usar um travesseiro e um colchão que ofereçam conforto, que sejam adequados para o seu biótipo e alinhem completamente sua coluna na postura escolhida para dormir trará um descanso mais profundo e reparador, para homens e mulheres”, recomenda.

Uma boa notícia é que o sexo também ajuda a dormir melhor. Um estudo realizado na Universidade Central Queensland, Austrália, revela que 64% dos participantes relataram ter uma noite de sono melhor após fazerem sexo.

“Apesar do processo de relaxamento do corpo feminino e masculino serem diferentes, o sexo auxilia na hora do repouso de ambos. Nas mulheres, se eleva os níveis de estrogênio, melhorando o REM, estágio mais profundo e restaurador do sono. Para os homens são liberados a prolactina, associada à qualidade do descanso, tornando a noite mais revigorante”, completa a consultora.

“A relação do sono com o sexo é muito próxima, manter os dois juntos trará uma vida sexual de qualidade para o casal”, finaliza Renata.

Fonte: Cidadeverde.com

Setembro Amarelo Cuidarte

Setembro Amarelo da Cuidarte

Esta semana, os profissionais da Cuidarte encontrarão esses chaveiros nos consultórios da Clínica. No chaveiro, há uma mensagem de perseverança. De acordo com a diretora da Cuidarte, Kyslley Urtiga, a ideia é entregar a cada um dos cliente com o objetivo de mostrar o cuidado e carinho. “ A ideia final é que nossos clientes elejam alguém e repasse o chaveiro, fazendo a mensagem chegar ao máximo de pessoas. Precisamos motivar as pessoas a espalhar cuidados”, destaca.

Essa ação da Cuidarte é por entender que a prevenção do suicídio é, antes tudo, um ato de comunicação.

Como a atividade dos neurônios produz essa sensação única de estar vivo e consciente?

Dados mostram teimosamente que todas as nossas peculiaridades —linguagem, matemática, moralidade, artes e ciências— estão enraizadas nas profundezas da evolução animal.

Ninguém nega que entender o cérebro é um dos grandes desafios da ciência e que a pesquisa tem sido intensa, brilhante e abundante. Sabemos hoje que a chave da nossa mente é a conectividade entre os neurônios, a geometria de seus circuitos. Conhecemos os intrincados mecanismos pelos quais um neurônio decide enviar, através de seu axônio (seu output), o resultado de um complexo cálculo que fez integrando as informações de seus 10.000 dendritos (seu input). Entendemos os reforços dessas conexões (sinapses) que estão na base da nossa memória e usamos as ondas de alto nível, resultantes da atividade de milhões de neurônios, para diagnosticar doenças mentais e pesquisar o grau de consciência dos voluntários. Porém, continuamos sem entender como o cérebro gera a mente. Quem disser o contrário é um ignorante ou faz parte de uma trama criminosa.

Apesar das repetidas e audaciosas tentativas de associar a especificidade humana a uma porção do cérebro radicalmente nova, com uma arquitetura original e inusitada na história do planeta, os dados nos mostram teimosamente que todas as nossas peculiaridades —linguagem, matemática, moralidade e justiça, artes e ciências— estão enraizadas nas profundezas abissais da evolução animal, um processo que começou há 600 milhões de anos com o surgimento das esponjas e águas-vivas.

Foram as águas-vivas, precisamente, que inventaram os olhos. Existe um gene chamado PAX6 que se ocupa de desenhar o olho primitivo desses cnidários e sua conexão com os neurônios primitivos deles. Esse mesmo gene (inicialmente descoberto na mosca), também é responsável pelo desenho do olho humano e de suas leves mutações, que causam doenças congênitas, como a aniridia, ou ausência de íris; além de outra dúzia de anomalias no desenvolvimento do olho e de seus neurônios associados. Em um sentido genético profundo, nossos olhos e nosso cérebro visual tiveram origem nas águas-vivas há 600 milhões de anos.

E isso é apenas o começo da longa, longa história da nossa conexão com as origens da vida animal. A partir do lobo óptico dos animais primitivos, que é precisamente o domínio de ação do PAX6, vem o nosso cérebro médio (ou mesencéfalo), essencial para a visão, a audição, a regulação da temperatura corporal, o controle dos movimentos e do ciclo de sono e vigília.

Outro dos nossos sentidos, o olfato, também ancora suas origens na noite dos tempos da vida animal. Ele vem do nosso córtex, a camada mais externa do cérebro, que nas espécies mais inteligentes —nós, os golfinhos, as baleias, os elefantes— cresceu tanto que não caberia no crânio se não tivesse se enrugado para produzir essa fealdade abjeta que, compreensivelmente, sentimos relutância em aceitar como nossa mente. E, no entanto, ela o é.

Do córtex e seus associados, esses frutos evolutivos do ancestral do nosso cérebro olfativo, emanam todas as assombrosas aptidões da mente humana, tudo o que nos torna tão diferentes e de que tanto nos orgulhamos. Essa camada externa e antiestética do cérebro gera —ou, mais precisamente, encarna— nossas sensações do mundo exterior, nossas ordens voluntárias para mexer a boca ou os braços e um enxame de “áreas de associação” onde os sentidos, as lembranças e os pensamentos são integrados para produzir uma cena consciente única, o tecido do qual nossa experiência é feita.

Todo o cérebro é um enigma, mas se fosse preciso escolher um problema supremo nessa floresta, seria o mistério da consciência. E há uma história científica que precisa ser contada aqui. Quando adolescente, um dos grandes cientistas do século XX, Francis Crick, se preocupava com o fato de que, quando se tornasse adulto, tudo já teria sido descoberto. Quando cresceu, a primeira missão do jovem Crick foi projetar minas contra os submarinos alemães. Depois da guerra, no entanto, Crick parou para pensar que havia grandes problemas a resolver na ciência. Decidiu que os enigmas essenciais eram dois: a fronteira entre o vivo e o inerte e a fronteira entre o consciente e o inconsciente. Seu primeiro enigma foi resolvido satisfatoriamente com a dupla hélice de DNA, que descobriu com James Watson em 1953. E o segundo nunca chegou a averiguar —isso teria feito dele o maior cientista da história—, mas foi capaz de estimular pesquisadores mais jovens e os gestores dos financiamentos da ciência norte-americana para que se concentrassem nesse pináculo pendente do conhecimento. O principal de seus colaboradores nessa exploração foi Christof Koch, atual diretor do Instituto Allen de Biociência, em Seattle.

Quinze anos após a morte de Crick, Koch continua cativado pelo problema da consciência. Como a atividade dos neurônios individuais, e dos circuitos formado por milhares ou milhões deles, produz a sensação única e global de ser consciente, de ter acordado, de estar vivo? Essa convicção de que somos diferentes de uma água-viva, de que somos uma entidade transcendente, capaz de compreender o mundo e distinta de todas as anteriores. Vejamos o estado atual dessa linha de pesquisa crucial. É ciência básica. As aplicações sempre vêm depois de um profundo entendimento, como demonstra a história da ciência.

“A consciência é tudo o que você experimenta”, escreve Koch. “É a canção que se repete na sua cabeça, a doçura de uma mousse de chocolate, o latejar de uma dor de dente, o amor feroz por seu filho e o discernimento amargo de que, no final, todos esses sentimentos acabarão”. Há dois campos científicos que aspiram a competir com os poetas na interpretação do mundo: a cosmologia e a neurologia. Tem toda a lógica. Uma boa equação sintetiza uma imensa quantidade de dados em um centímetro quadrado de papel, assim como um bom verso.

Para filósofos como Daniel Dennett, o problema da consciência é inseparável do enigma dos qualia: o que sentimos como a vermelhidão da cor vermelha, a doçura de um doce, a sensação de dor que nos causa uma dor de dente. Esses filósofos acreditam que o enigma dos qualia não pode ser resolvido, nem sequer abordado, pela ciência, porque esses sentimentos são particulares e não podem ser comparados, aprendidos ou medidos por referências externas. Essa ideia, no entanto, contradiz o princípio geral de que a mente equivale ao cérebro, como Alcmeão de Crotona adiantou há 2.500 anos.

Se tudo o que acontece em nossa mente é produto de —ou melhor, é idêntico à— atividade de certos circuitos neurais, a consciência não pode ser uma exceção, ou então retornaríamos ao animismo irracional, à crença em uma alma separada do corpo, aos fantasmas e ectoplasmas. Crick e Koch decidiram pular o suposto enigma dos qualia para se concentrar em procurar os “correlatos neurais da consciência”, isto é, os circuitos mínimos suficientes para que se produza uma experiência consciente. A estratégia deu frutos.

Tomemos o efeito bem conhecido da rivalidade binocular. Com uma montagem simples, você pode apresentar uma imagem ao olho esquerdo de um voluntário (um retrato de Maria, por exemplo) e outra ao olho direito (um retrato de João). Você poderia pensar que o voluntário veria uma mistura chocante dos dois rostos, mas se você perguntar a ele, verá que não é assim. Ele vê Maria durante um momento, então de repente vê João, depois outra vez Maria e assim por diante. Os dois olhos rivalizam para fazer chegar suas informações à consciência (daí “rivalidade binocular”). O que muda no cérebro quando a consciência passa de um rosto ao outro?

Experimentos desse tipo, combinados com modernas técnicas de imagem cerebral, como a ressonância magnética funcional (fMRI), apontam repetidas vezes para a “zona quente posterior”. É composta por circuitos de três lobos (partes do córtex cerebral): o temporal (acima das orelhas), o parietal (logo acima do temporal, em todo o alto da cabeça) e o occipital (um pouco acima da nuca). Isso é em si uma surpresa, porque a maioria dos neurocientistas teria esperado encontrar consciência nos lobos frontais, a parte mais anterior do córtex cerebral e a que mais cresceu durante a evolução humana. Mas não é assim. A consciência reside em áreas posteriores do cérebro que compartilhamos com os mamíferos em geral.

Outra descoberta recente é que as áreas envolvidas na consciência —a zona quente posterior— não são as que recebem os sinais diretos dos olhos e dos demais sentidos. O que acontece nessas áreas primárias não é o que o sujeito vê, ou está consciente de ver. A consciência está em áreas que recebem, elaboram e interconectam essa informação primária, tanto na vista como nos outros sentidos.

Uma prática cirúrgica tradicional nos oferece mais pistas valiosas. Quando os neurocirurgiões têm de remover um tumor cerebral, ou os tecidos que causam ataques epilépticos muito graves, tomam uma precaução lógica: com o crânio aberto, estimulam as áreas vizinhas com eletrodos para ver exatamente onde estão no mapa do córtex, e até onde convém chegar (ou não chegar) com o bisturi. Foi assim, de fato, que foi mapeado o homúnculo motor, essa figura humana disforme que temos acima da orelha e que controla todos os nossos movimentos voluntários. Estimule aqui e o paciente move uma perna; estimule ali e moverá o dedo médio da mão esquerda, ou a língua e os lábios.

Quando a zona quente posterior é estimulada, o paciente experimenta todo um leque de sensações e sentimentos. Pode ver luzes brilhantes, rostos deformados e formas geométricas, ou sentir alucinações em qualquer modalidade sensorial, ou vontade de mexer um braço (mas desta vez sem chegar a movê-lo). Em sua forma normal, esse parece ser o material com o qual nossa consciência é tecida. Quando parte da zona quente é danificada por uma doença ou acidente, ou removida pelos cirurgiões, o paciente perde conteúdos da consciência. Torna-se incapaz de reconhecer o movimento de qualquer objeto ou pessoa, ou a cor das coisas, ou se lembrar de rostos que antes lhe eram familiares.

A neurociência, portanto, não apenas demonstrou a hipótese de Alcmeão de Crotona –que o cérebro é a sede da mente– mas também encontrou o lugar exato em que reside a consciência.

Entender como essa porção do cérebro funciona é uma questão muito mais difícil, que algum dia merecerá um Prêmio Nobel. Mas a mera localização da consciência na parte posterior do córtex cerebral tem uma clara implicação. A marca distintiva da evolução humana é o crescimento explosivo do córtex frontal. O córtex posterior, incluída a zona quente, nós herdamos dos nossos ancestrais mamíferos e além. Muitos animais, portanto, devem ser conscientes: eles têm uma mente no sentido de Alcmeão. É uma ideia perturbadora, mas teremos de aprender a viver com ela e a administrar suas implicações.

Compreender o cérebro é, sem dúvida, um dos maiores desafios que a ciência atual enfrenta. Trata-se do objeto mais complexo de que temos notícia no universo, e a tarefa é formidável. Mas a recompensa será grande para a pesquisa e o pensamento. Talvez não falte tanto para isso.

Fonte: ElPais – Javier Sampedro

Profissional da Cuidarte promove curso Entendendo o Suicídio

Profissional da Cuidarte promove curso “Entendendo o Suicídio”

No último sábado (31), o curso “Entendendo o Suicídio: Aspectos Gerais e Manejo Clínico”, promovido pela psicóloga da Clínica Cuidarte, Ana Deyvis, discutiu comportamentos suicidas e especificidades no ciclo vital e prevenção. O curso foi ministrado para estudantes e profissionais da área de psicologia.

A psicóloga Naira Tavanny, mestre e doutorando em psicologia pela Universidade São Francisco (Campinas-SP) e membro da Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio (ABEPS), que comandou o curso explicou como a Organização Mundial de Saúde (OMS) trabalha a questão do atendimento a pacientes com ideação ou tentativa de suicídio, a importância da atitude não julgadora e inserção de familiares no tratamento, dentre outros pontos.

De acordo com a coordenadora do curso, Ana Deyvis, a temática foi escolhida por estarmos no mês de Setembro e por este ser o mês mundial de prevenção do suicídio, chamado também de Setembro Amarelo. “Vamos dar continuidade a esse projeto de especializar profissionais e estudantes sobre diversos temas”. Este mês realizaremos outros cursos voltados para saúde mental “, ressaltou.