Dormir tem função antioxidante, aponta estudo

 

Por que dormimos? Essa pergunta não encontra uma resposta muito clara na ciência pois, em termos evolutivos, parece um contrassenso um animal ficar em repouso por tanto tempo, à mercê de predadores. Além disso, quando dorme, um ser humano obviamente não obtém comida e acaba praticamente não interagindo com o meio ambiente.

Mas um novo estudo, desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Columbia, de Nova York, e publicado nesta quinta-feira pela revista PLOS Biology, traz uma conclusão pertinente sobre a função do sono: dormir tem um efeito antioxidante no organismo.

Para chegar aos resultados, os cientistas utilizaram uma variedade mutante da drosófila, inseto mais conhecido como mosca-da-fruta, adaptada justamente para ter sono mais curto do que o normal – mantendo de modo intacto seus ritmos circadianos, no entanto. E encontraram novas evidências de como a falta de sono traz efeitos negativos para a saúde.

A conclusão principal foi que a privação do sono faz com que os animais tenham uma sensibilidade maior ao estresse oxidativo agudo – ou seja, uma noite bem dormida tem propriedades antioxidantes.

Para os pesquisadores, o entendimento da relação entre dormir e o estresse oxidativo pode ser um passo importante na compreensão de doenças humanas modernas – de distúrbios do sono a doenças neurodegenerativas.

“A maior parte dos animais dorme. Os seres humanos dormem quase um terço de suas vidas. E ainda hoje as funções fundamentais do sono permanecem desconhecidas”, afirma a pesquisadora Vanessa Hill, do Departamento de Genética da Universidade de Columbia, uma das autoras do estudo. “Utilizamos a drosófila de sono curto para descobrir o papel do sono na resistência ao estresse oxidativo. E observamos que quanto mais aumentávamos o tempo de sono das moscas, maior era essa resistência.”

Estresse prejudica o sono
Mas a análise não para por aí. Os pesquisadores descobriram que se trata de uma relação de mão dupla, ou seja, o estresse oxidativo também interfere no sono. “Quando reduzimos o estresse oxidativo em neurônios das drosófilas selvagens, observamos que elas reduziam seu tempo de sono”, explica Hill, indicando, portanto, que a necessidade do sono é decorrente do estresse oxidativo. “Isso sugere que o estresse oxidativo tem um papel regulador do sono.”

É uma relação intrigante: o estresse oxidativo desencandeia o sono, que então age como antioxidante tanto para o corpo como para o cérebro.

Estresse oxidativo é uma condição de quando o organismo apresenta um desequilíbrio entre a produção de reativos de oxigênio e sua remoção – por meio de sistemas enzimáticos ou não enzimáticos.

Em tese, todo organismo vivo precisa de um equilíbrio entre suas células. Perturbações desse sistema podem provocar a produção de peróxidos e radicais livres, o que acaba danificando os componentes celulares. De acordo com os pesquisadores de Columbia, esse estresse oxidativo, resultado do excesso de radicais livres, pode levar a uma disfunção orgânica. “Se a função do sono é defender-se do estresse oxidativo, o aumento do sono deve aumentar a resistência ao estresse oxidativo”, afirma Hill.

A atual pesquisa, portanto, mostra que sono tem propriedades antioxidantes, evitando justamente esses danos. Nos seres humanos, o estresse oxidativo é apontado como fator de predisposição a um espectro de doenças como Alzheimer, Parkinson, Huntington e aterosclerose.

Obesidade e falta de sono
Em linhas gerais, o estudo indica que, se há uma correlação entre os distúrbios do sono e tais doenças, a perda de sono pode tornar os indivíduos mais sensíveis ao estresse oxidativo e, consequentemente, às patologias. E o inverso também seria verdadeiro: o rompimento patológico da resposta antioxidante levaria à perda do sono. Um ciclo vicioso.

Privação de sono pode causar perturbações no organismo que levam à produção de peróxidos e radicais livres danosos às células

“Em geral, mudanças nos hábitos de sono estão sempre relacionadas a mudanças no comportamento metabólico do armazenamento de energia”, pontua Hill. “Em humanos e ratos, por exemplo, observamos que fatores como a obesidade estão relacionados com a perda de sono.”

As drosófilas utilizadas no estudo foram acondicionadas em tubos plásticos e monitoradas por computadores durante todo um ciclo de vida.

Sono ruim
De acordo com um levantamento realizado pela empresa Philips no início deste ano, 72% dos brasileiros sofrem de doenças relacionados ao sono. A mesma pesquisa foi realizados em outros 12 países – a média da América Latina é de 75%, com os mexicanos em pior situação (88%) e os argentinos, em melhor (64%).

Os principais problemas relatados são insônia, ronco, apneia (respiração que para e volta durante o sono) e a narcolepsia (sono súbito e inconsolável). Segundo a pesquisa, as causas apontadas para a dificuldade de dormir são preocupações financeiras, uso de tecnologias como o celular na cama e estresse decorrente de questões de trabalho.

De acordo com o Instituto do Sono, de São Paulo, ter horários regulares para dormir é um primeiro passo para conseguir ter uma boa noite de sono. Os médicos especialistas da instituição também aconselham que as pessoas se deitem somente na hora de dormir, justamente para não levar distrações para a cama. Álcool e café próximo ao horário de dormir são desaconselhados. Também é recomendável jantar moderadamente, e sempre no mesmo horário.

 

Fonte: BBC

5 sinais de que seu filho não está dormindo o suficiente

Se você costuma perder as contas das horas diárias de sono, é bom ficar atento aos sinais de cansaço

Além de importante para o nosso bem-estar, sabemos que o sono é fundamental para a saúde. Inúmeros estudos comprovam, afinal, o quanto é preciso dormir bem – e na quantidade ideal – para uma criança crescer e se desenvolver adequadamente. Por isso, os pais devem estar atentos à quantidade recomendada de horas diárias de sono e alguns sinais clássicos de que as crianças não estão dormindo o suficiente:

1. Apresenta queda de rendimento na escola, hiperatividade ou déficit de atenção.

2. Fica com cara de cansado, com olheiras, bocejando muito durante o dia, esfrega ?os olhos, coça a orelha.

3. Chora aparentemente sem motivo, fica nervoso e tem dificuldade de manter-se acordado durante o dia.

4. Perde ou deixa de ganhar peso, uma vez que o cansaço faz com que as crianças fiquem sem força ou ânimo para se alimentar adequadamente.

5. Tem dificuldade para adormecer, ronca ou tem muitos pesadelos.

Fonte: Crescer

Por que quanto menos você dorme, mais curta será sua vida

Você provavelmente está farto de ouvir líderes políticos e empresários falarem o tempo todo que dormem muito pouco. O problema é que isso não é uma característica admirável: a falta de sono é muito prejudicial para nossos corpos e cérebro.

Matthew Walker, professor de neurociência e psicologia da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, explica por que você deveria parar de admirar pessoas que dormem pouco. Walker é autor de Por Que Dormimos, um livro com o potencial de mudar (e estender) sua vida

Aqui, ele explica tudo o que você deve saber sobre o sono e como desenvolver hábitos de vida mais saudáveis.

Por que dormir é importante

As descobertas da ciência até agora apontam que quanto menos tempo de sono, mais curta será a sua vida. Então, se você quer chegar à velhice de maneira saudável, deve investir em uma boa noite de sono.

De fato, dormir é tão benéfico que Walker começou a pressionar os médicos a prescreverem isso a seus pacientes.

No entanto, essa indução ao sono tem de acontecer naturalmente. Muitos estudos relacionam remédios para dormir a um aumento do risco de câncer, infecção e mortalidade.

Garoto segura a cabeça pensativoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionNosso corpo e nossa mente não funcionam direito se a noite foi mal dormida

O que acontece com nosso corpo e nossa mente se não dormimos?

Muitas das doenças de que sofremos têm uma ligação significativa com a falta de sono – por exemplo, o mal de Alzheimer, câncer, doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes, depressão, ansiedade e até mesmo tendências ao suicídio.

É que, durante o sono, ocorre uma espécie de “revisão” de todos os sistemas fisiológicos importantes do nosso corpo e de cada rede ou operação da mente. Se você não dorme o suficiente, essa revisão é prejudicada e seu corpo será afetado.

Após 50 anos de pesquisa científica, a questão na cabeça dos cientistas não é mais “o que o sono faz pela gente?” e sim “o que não faz o sono pela gente?”.

Mulher dormindo na camaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionA vida moderna nos faz usar mais do tempo durante o dia para atividades e compensar com menos horas dormidas

Quantas horas devemos dormir para nos sentir bem?

Você deve dormir pelo menos de sete a nove horas por dia. Se dormir menos de sete horas, seu sistema imunológico e seu desempenho cognitivo começarão a ser afetados.

Depois de estar acordado 20 horas seguidas, você se sentirá tão incapacitado quanto se estivesse bêbado – tanto que um dos problemas com a privação de sono é que você não percebe de imediato o dano que ela causa.

É como um motorista bêbado em um bar que pega as chaves do carro e diz: “Estou bem, posso dirigir”. Mas todo mundo ao redor sabe que ele está incapacitado para assumir a direção de um veículo.

Cada vez dormimos menos. Por quê?

Se analisamos os dados das nações industrializadas, notamos uma tendência clara: nos últimos cem anos, o tempo que dormimos diminuiu.

Se dormimos menos, é mais difícil entrar na fase REM (movimento rápido dos olhos, na sigla em inglês), o ciclo em que sonhamos. E qualquer interferência na fase REM é muito prejudicial, pois ela é crucial para a nossa criatividade e saúde mental.

Bebê dormindo com cachorro do ladoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionHá um estigma sobre quem dorme 8 horas ou mais, mas não com bebês, porque sabe-se que o sono é importante para eles

Existem várias razões pelas quais as pessoas dormem cada vez menos, segundo Walker:

1 – Falta de conhecimento: A comunidade científica sabe como é crucial dormir bem, mas, até agora, não foi capaz de comunicar efetivamente isso para o público em geral. A maioria das pessoas não entende por que o sono é importante.

2 – Ritmo de vida: Em geral, estamos trabalhando mais horas e passamos mais tempo indo e vindo do trabalho. Saímos de casa muito cedo e voltamos para casa tarde da noite e, naturalmente, não queremos deixar de passar tempo com a família e com os amigos. Estar com a família, sair com os amigos, assistir TV… no final, sacrificamos horas de sono.

3 – Atitudes e crenças: O sono não é bem visto pela sociedade. Se você disser a alguém que dorme nove horas, pensarão que você é preguiçoso. Então, estigmatizamos o sono, e muitas pessoas se gabam de quão pouco dormem todas as noites. Isso nem sempre foi assim. Ninguém vai chamar de preguiçoso um bebê dormindo, porque sabemos que o sono é essencial para seu desenvolvimento. Mas essa noção muda quando atingimos a idade adulta. Não apenas abandonamos a ideia de que o sono é necessário, mas também punimos as pessoas por dormir quando precisam.

4 – Falta de luz natural: Não gostamos de ficar sem luz quando escurece. Mas a escuridão é necessária para liberar um hormônio essencial que nos ajuda a dormir, chamado melatonina. Infelizmente, um dos efeitos colaterais da modernidade e seus avanços tecnológicos é que estamos constantemente sob luz artificial. Isso piorou com a chegada das telas de LED, que projetam uma poderosa luz azul que bloqueia a produção da melatonina.

5 – Temperatura: Outro efeito colateral inesperado da modernidade é não mais experimentarmos o fluxo natural de frio e calor durante o período de 24 horas. Todos queremos lares quentes, mas também precisamos de um pouco de ar fresco para dormir bem. Nosso cérebro e nosso corpo precisam reduzir essa temperatura central, aproximadamente 1°C mais baixa, para que possamos relaxar de maneira natural. A maioria de nós coloca o aquecimento em nível muito alto: se você quiser dormir bem, programe seu termostato a 18ºC à noite.

Menino dormindo em frente ao laptopDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionA maior exposição das pessoas a fontes de luz artificial, como telas, atrapalham a produção do hormônio do sono

Por que não recuperamos as horas de sono perdidas

Identificados os erros, mas será que o dano pode ser revertido?

Uma das grandes mentiras é que, se você não dormiu bem, pode “recuperar o sono”. Não pode. O sono não é como um banco, em que você pode acumular uma dívida e depois pagá-la.

Mas é o que muitas pessoas fazem: dormem pouco durante a semana e querem se recuperar durante o final de semana. Isso é chamado de jet lag social ou até mesmo bulimia do sono. O que você pode fazer, na verdade, é mudar seus hábitos.

Estudos mostram que pessoas que antes dormiam mal, mas mudam sua rotina e começam a dormir mais, evitam a deterioração degenerativa e o mal de Alzheimer por mais de dez anos, em comparação com pessoas que mantiveram um padrão de sono insuficiente.

Por que não podemos armazenar o sono?

Imagine quão maravilhoso seria se pudéssemos armazenar horas de sono e usá-las como gostaríamos.

Há um precedente na biologia chamado de célula adiposa. A evolução nos deu essa célula, graças à qual podemos armazenar energia em tempos de abundância que nos permite sobreviver em tempos de fome.

Então, por que não desenvolvemos um sistema semelhante para armazenar o sono?

Porque somos a única espécie que, deliberadamente, se priva do sono sem motivo aparente.

É por isso que mesmo uma única noite de sono ruim pode afetar nosso corpo e nosso cérebro.

 

Fonte: BBC

Falta de sono pode prejudicar controle dos movimentos do corpo

“Jetlag social” causado por privação de sono no dia a dia pode provocar problemas de atenção em tarefas simples

A falta de sono no dia a dia também pode causar problemas de atenção e concentração em pessoas aparentemente saudáveis, fenômeno conhecido como “jetlag social”, comprova pesquisa com participação da Escola Politécnica (Poli) da USP. Em testes realizados com estudantes, o desempenho em tarefas simples que exigem controle dos movimentos do corpo era melhor às segundas-feiras, após as horas de sono compensadas no final de semana. A descoberta pode ajudar a entender quais as áreas do cérebro são afetadas pela privação de sono, comprometendo o controle corporal.

O professor Arturo Forner Cordero, que coordenou a pesquisa, conta que o Laboratório de Biomecatrônica da Poli estuda a modelagem do controle motor humano para a aplicação em robôs e exoesqueletos. “Para isso, são realizadas experiências de controle motor, como, por exemplo, simular tarefas de aprendizado, controle dos movimentos das mãos, em caminhadas e de postura”, diz. “Esses testes costumam ser realizados com alunos de graduação. Em determinados períodos, como no final dos semestres letivos, porém, o desempenho dos estudantes era ruim e não havia ideia do motivo.”

Os pesquisadores realizaram um experimento com alunos do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais, em Barbacena. “Os estudantes utilizaram durante nove dias um actímetro, um relógio de pulso que mede a atividade física e distingue os períodos de sono, repouso, vigília e atividade, os quais são registrados em um gráfico”, explica o pesquisador Guilherme Umemura, que integrou o grupo de estudos. “Também foram aplicados questionários sobre hábitos diários, para complementar a avaliação sobre restrições de sono.”

Nas sextas e segundas-feiras foram realizados testes de controle postural. “Os participantes eram instruídos a ficarem em cima de uma plataforma e eram submetidos a vários desafios estáticos e dinâmicos, como abrir e fechar os olhos”, diz Umemura. “O corpo humano, quando está em pé, nunca está totalmente parado, ele se movimenta em várias direções, e isso envolve mecanismos de controle do cérebro, como os da visão e da audição, por isso é importante o controle postural”, explica o professor.
“Jetlag” social

Os experimentos mostraram que o desempenho no controle postural era melhor na segunda-feira, depois do final de semana. “Acredita-se que as obrigações sociais reduzem os períodos de sono, o que pode levar a problemas de atenção e concentração, além de mudanças abruptas nos horários de dormir e sonolência. Esse fenômeno é chamado de ‘jetlag social’”, aponta Umemura.

“Nos finais de semana, em geral há uma compensação das horas de sono e, coincidentemente, o desempenho nos testes era melhor”, ressalta o pesquisador. “As comparações entre as respostas dos questionários e os gráficos de atividade e repouso revelaram uma diferença de aproximadamente duas horas entre o tempo de sono considerado ideal pelos alunos e a quantidade de sono apurada nos gráficos.”

De acordo com o professor, a hipótese para explicar o problema é que as áreas do cérebro mais sensíveis à privação do sono são as responsáveis pela cognição e pela integração sensorial. “Essas áreas são o córtex pré-frontal, responsável pela cognição e o planejamento motor; o tálamo, que da integração sensorial, que teria sua atividade diminuída”, descreve, “e o cerebelo, que faz o controle em tempo real do movimento; em resumo, todos esses processos possivelmente estão envolvidos no déficit motor.”

Forner Cordero alerta que é surpreendente encontrar problemas de controle postural em pessoas jovens e saudáveis, mas que não percebem a privação de sono. “Este não foi um estudo em que as pessoas ficam sem dormir, elas pensam que estão dormindo bem, mas a diferença no controle postural é significativa”, ressalta. “Também não são pessoas com restrições declaradas de sono, como trabalhadores de turnos. O estresse na qualidade e na quantidade do sono possivelmente traz malefícios ainda piores, como o aumento do risco de quedas, acidentes laborais e de trânsito.”

O estudo é descrito no artigo Social jetlag impairs balance control. Escrito por Guilherme Silva Umemura, João Pedro Pinho, Bruno da Silva Brandão Gonçalves, Fabianne Furtado e Arturo Forner Cordero, o texto foi publicado na revista Scientific Reports em 21 de junho. Além dos testes relatados no estudos, outros experimentos para avaliar desempenho motor e aprendizagem em pessoas com restrições de sono estão em andamento.

Fonte: Jornal.usp

Bedtime fadin, técnica para bebês pegarem no sono rápido

Um estudo australiano, publicado recentemente no periódico Sleep Medicine, acaba de mostrar um novo caminho para melhorar o sono dos pequenos.

O método, chamado de bedtime fading, consiste em adiar um pouco o horário de deitar para que a criança chegue na cama já bem sonolenta. A ideia é que, ao aumentar o tempo acordado e restringir um pouco a oportunidade de dormir, o sono venha mais fácil e o relógio biológico entre nos eixos.

Para testá-lo, os pesquisadores acompanharam durante dois anos 21 crianças com idades entre 1,5 e 4 anos e seus pais, que receberam instruções sobre os mecanismos do sono e instruções para aplicar a técnica em casa.

Depois de duas sessões de treinamento ao vivo e duas semanas de exercício em casa, melhoras imediatas foram observadas no descanso dos pequenos. Por exemplo, o tempo para pegar no sono, que ficava entre 23 e 11 minutos, caiu para uma faixa de 13 e 7 minutos. Já os episódios de birra semanais caíram de até 3 para menos de 1. Os benefícios se mantiveram por até dois anos depois do treino, período acompanhado pelos especialistas.

Como fazer o bedtime fading

Veja o passo-a-passo:

  1. Escolha um horário para seu filho acordar. Ele deve ser o mesmo em todos os dias da semana.
  2. Por algumas noites, atrase o horário de ir deitar em 15 minutos. Por exemplo, se ele vai para a cama às 20h, espere até 20h15.
  3. Nesse período, mantenha-o acordado com atividades leves, nada muito estimulante como TVs e jogos eletrônicos ou brincadeiras intensas demais.
  4. Se ele ainda demorar para pegar no sono, atrase mais um pouco a hora de dormir, de 20h15 para 20h30, em nosso exemplo.
  5. Faça isso até que ele adormeça mais facilmente e passe a noite toda dormindo. Depois, mantenha horários regulares para dormir e acordar.

Fonte:  Bebê.com.br

Perdoar promove bem-estar

Quem não perdoa fica com uma ferida aberta, liberando o tempo todo hormônios do estresse que podem fazer mal para o coração.

Existem dois tipos de perdão, o racional e emocional. Estudos que mostram que quando a gente perdoa racionalmente – não vou mais pensar nisso, talvez eu estivesse errado – diminui um pouco a carda negativa, mas é o perdão emocional – abrir mão das sensações negativas – que traz o benefício real para o corpo. É melhor para a diminuição do estresse, cortisol, e com isso melhora a saúde do coração.

A capacidade de perdoar é muito requintada, e por isso precisa ser treinada, repetida como um mantra. Não perdoar pode deixar o sistema de alerta sempre ligado. A constante liberação de hormônios do estresse, como adrenalina e cortisol, no nosso corpo faz mal, atrapalha o sono, aumenta a pressão arterial, a frequência cardíaca e a glicemia.

Pedir perdão não é fácil. Perdoar também não. Quando perdoamos, o estresse associado ao ressentimento diminui a ponto de suas consequências serem notáveis fisicamente. Diversos estudos mostram redução da pressão arterial, da frequência cardíaca, da tensão muscular. Quem perdoa também experimenta maior relaxamento, mais bem-estar e sensação de controle.

O perdão aumenta oxitocina, hormônio do relacionamento. Melhora a imunidade e a sensação de bem-estar, aumenta a liberação de serotonina e dopamina, neurotransmissores que melhoram o humor.

Fonte : Bem Estar

Piauí terá palestras sobre a importância do sono para a saúde

Em março é comemorado o Dia Mundial do Sono. Trata-se de um esforço global para aumentar o conhecimento da população sobre os inúmeros problemas de sono que acometem toda a população e são frequentemente negligenciados ou simplesmente desconhecidos.

A Associação Brasileira do Sono organiza anualmente a Semana do Sono, que ocorre do dia 13/03 a 19/03 em todo o território nacional. O tema deste ano é: “Respeite seu sono e siga seu ritmo”. No Piauí, três eventos devem marcar a semana: um em Picos e dois em Teresina.

O objetivo é divulgar para toda a população informações importantes, novidades e últimas pesquisas que poderiam ser úteis para o sono de todos.

Em Picos, na próxima quarta-feira (14) o professor do curso de Medicina da Universidade Federal do Piauí, campus Picos, vai ministrar uma palestra sobre “Sono e Desempenho Acadêmico”, às 16h no auditório Severo Eulálio, no Campus Senador Helvídio Nunes de Barros/UFPI.

Já em Teresina, no sábado (17) das 8h às 12h30 haverá várias palestras sobre o tema no Hospital São Marcos e a tarde no Parque Potycabana, das 14h às 17h. Todos os eventos são gratuitos e abertos à população em geral.

15 distúrbios do sono mais comuns do mundo

Distúrbios do sono são problemas de diferentes origens que afetam a nossa capacidade de dormir adequadamente e que podem afetar negativamente a saúde do nosso corpo e mente.

Segundo Luciana Palombini, médica membro da Associação Brasileira do Sono(ABS), o sono é o estado no qual o corpo descansa para que funcione bem durante a vigília (isto é, quando estamos acordados). “É durante o sono que importantes funções do corpo são realizadas, por isso ele é tão essencial”, explica a especialista.

Quando não dormimos direito ou por um número de horas adequado, é comum surgirem sintomas como cansaço, sonolência excessiva durante o dia, irritabilidade e até problemas de memória.

No longo prazo, porém, o sono deficiente pode levar ao desenvolvimento de doenças e a disfunções do organismo, podendo comprometer muitas vezes nosso sistema cardiovascular e modificar o funcionamento do nosso metabolismo.

Mas você sabe quais são os distúrbios do sono mais comuns que existem? Abaixo, nós listamos os principais. Confira!

15 distúrbios do sono mais comuns

1. Apneia do sono

A apneia do sono é a condição na qual a pessoa apresenta paradas respiratórias durante o sono, causadas por uma diminuição no espaço da faringe (tubo pelo qual entra o ar que respiramos).

Geralmente, quem tem este problema não tem consciência disso, pois as paradas ocorrem durante o sono e não necessariamente são capazes de fazer o indivíduo despertar.

A apneia do sono é muito frequente em quem ronca e pode levar a uma série de consequências, entre elas a sonolência ou cansaço durante o dia, falta de energia, irritabilidade e dificuldade de concentração

Como o sobrepeso também é um fator de risco para o distúrbio, o tratamento muitas vezes inclui a perda de peso. O paciente também é orientado a evitar o consumo de bebidas alcoólicas e a fazer tratamentos para problemas nasais e usar aparelhos específicos que o ajudem a respirar durante a noite.

2. Bruxismo

O bruxismo é o apertamento ou ranger dos dentes que costuma ocorrer durante o sono, mas que também pode acontecer durante o dia. É associado a problemas articulares (problemas na articulação temporo-mandibular) e é mais frequentemente associada a estresse e ansiedade.

Pode levar ao desgaste dos dentes, a dores na região da mandíbula ou a dores de cabeça. O tratamento inclui o uso de uma placa dentária, controle do estresse e, quando necessário, o uso de medicamentos específicos também.

3. Distúrbio de comportamento do sono REM

É quando ocorrem movimentos agressivos e violentos durante o sono REM. Esses movimentos acontecem porque, neste distúrbio, existe um defeito no mecanismo natural que permite a inibição muscular.

Acontece geralmente em homens de meia idade e pode ser associado a um aumento do risco de doenças neurodegenerativas ao longo doas anos. O tratamento é feito à base do uso de medicações específicas.

4. Enurese noturna

A enurese noturna pode ser definida como uma micção involuntária durante o sono, pelo menos duas vezes por semana, em uma idade na qual o controle da urina normalmente está presente.

Este tipo de doença do sono pode ocorrer tanto por fatores genéticos quanto por motivações psicológicas, atraso no desenvolvimento do mecanismo fisiológico responsável pela micção, redução da capacidade funcional da bexiga, anormalidades no trato urinário ou na produção noturna do hormônio antidiurético e até dificuldades para despertar e ir ao banheiro.

A partir dos 5 anos de idade para as meninas e 6 anos para os meninos, é considerado anormal que ocorra enurese mais que duas vezes por mês. O tratamento pode incluir terapia comportamental, alarme noturno ou uso de medicações.

5. Insônia

A insônia é um dos distúrbios do sono mais comuns que existem. Ela consiste na dificuldade em dormir ou em manter o sono, mesmo sob todas as condições adequadas.

Quando persiste por mais de três meses, em três ou mais noites por semana e com conseqüências durante o dia, como cansaço, sonolência, mau humor, a insônia passa a ser considerada um distúrbio e deve ser avaliada e tratada.

Muitos acreditam que o tratamento muitas vezes inclui o uso de medicamentos que ajudam a pegar no sono, mas na realidade isso é apenas um paliativo. A terapia mais eficaz consiste em mudanças de hábitos para favorecer o sono nos horários mais adequados.

6. Narcolepsia

A narcolepsia ocorre quando há uma alteração da regulação da fase de sono REM (a fase dos sonhos intensos, cujo nome vem de “Rapid-Eye-Movement”, ou “movimento rápido dos olhos” em português).

Nela, a pessoa costuma pegar no sono repentinamente e em diversas ocasiões, como numa mesa de bar ou durante o expediente no trabalho.

É uma doença muito rara, porém, na maioria das vezes não é reconhecida e pode levar a consequências desastrosas. Isso porque na narcolepsia é comum que a pessoa sinta sintomas como sonolência excessiva, paralisia do sono e alucinações hipnagógicas (a pessoa vê imagens de sonho quando está acordada).

Ocorre também a chamada cataplexia (perda da força muscular decorrente de emoções mais fortes, principalmente gargalhada) e ataques incontroláveis de sono durante o dia. O tratamento é feito com uso de medicações específicas, devidamente prescritas por um especialista.

7. Paralisia do sono

É a perda temporária da capacidade de movimentar os músculos. Embora esteja consciente, a pessoa fica impossibilitada de se movimentar e falar.

Durante uma crise de paralisia do sono, é possível perceber as coisas ocorrendo ao redor, mas os músculos do corpo não são capazes de responder aos comandos do cérebro.

Este problema pode ser desencadeado na narcolepsia, mas também por estresse, ansiedade e falta de sono. Pode ser uma experiência bastante assustadora, mas tem tratamento.

8. Ronco

O famoso “ronco” nada mais é do que o ruído característico que surge da garganta durante o sono. Ele acontece quando existe uma diminuição do espaço pelo qual o ar passa.

As causas do ronco são semelhantes às da apneia do sono, e o tratamento muitas vezes envolve as mesmas medidas adotadas para a apneia: perda de peso, uso de aparelhos e mudanças de hábitos, como dormir de lado ou de bruços.

9. Sexomnia

É uma parassonia sexual, na qual o indivíduo apresenta comportamentos sexuais inadequados durante o sono. A pessoa não lembra no dia seguinte e muitas vezes gera um estresse na companheira(o).

O tratamento para a sexomnia é feito com uso de medicamentos voltados especialmente para tratar esta doença.

10. Síndrome da cabeça explosiva

É quando a pessoa acorda com a sensação de que a cabeça está explodindo. O distúrbio consiste em ouvir barulhos como trovões, explosões, fogos, batidas de portas e tiros.

Algumas pessoas, porém, têm até distúrbios visuais, como clarões repentinos. Normalmente, ocorre ao dormir ou logo ao acordar. É causada por estresse ou fadiga.

Pode ter alívio com uso de medicamentos, incluindo um tipo de antidepressivo. Evitar a cafeína antes de dormir e aprender técnicas de relaxamento podem ajudar a lidar com a síndrome da cabeça explosiva.

11. Síndrome das pernas inquietas

A síndrome das pernas inquietas, como o próprio nome diz, é uma doença em que a pessoa sente uma vontade incontrolável de mexer as pernas involuntariamente.

A pessoa sente um desconforto enorme que só é aliviado quando ela começa a movimentar as pernas, ou quando recente uma massagem e/ou aplicação de calor no local.

Pode ser associada a doenças médicas, à gravidez, deficiência de ferro e, eventualmente, pode nem ao menos ter alguma causa aparente.

O tratamento envolve medidas comportamentais, evitando álcool, tabagismo e mantendo exercícios físicos regulares. Muitas vezes, um médico especialista em sono pode indicar o uso de medicamentos específicos para combater esse desejo de mexer as pernas.

12. Síndrome do sono insuficiente

É quando o indivíduo voluntariamente dorme menos do que precisa e acaba apresentando muita sonolência durante o dia, levando a tirar pequenos cochilos enquanto tenta desempenhar atividades comuns do dia a dia.

Fora isso, além da sonolência diurna excessiva, é comum que as pessoas que sofram da síndrome do sono insuficiente também apresentem irritabilidade, dificuldade de concentração e problemas de memória.

Com o passar do tempo, se não houver tratamento adequado, a doença pode prejudicar a saúde como um todo e aumentar as chances de problemas cardiovasculares e metabólicos.

Estima-se que 5% da população brasileira apresente este problema.

13. Sonambulismo

Faz parte das parassonias, que são a classe de comportamentos inadequados durante o sono. O sonambulismo acontece devido a uma ativação de partes do cérebro em momentos inadequados, principalmente quando a pessoa está dormindo.

Existe uma tendência familiar genética para o sonambulismo, mas o problema também pode ser desencadeado por diferentes fatores, como períodos de estresse e de sono irregular.

É frequente em crianças, mas também podem ocorrer em adultos. Nos pequenos, também pode ser desencadeado por febre. Da mesma forma, problemas respiratórios durante a noite, como a apneia do sono, também podem desencadear o sonambulismo.

O tratamento envolve evitar os fatores desencadeantes, e, eventualmente, o uso de medicamentos também. Medidas de segurança devem ser tomadas, como tirar objetos pontiagudos do quarto e tapar as janelas, a fim de evitar acidentes.

14. Terror noturno

Também faz parte das parassonias. Porém, o terror noturno é mais dramático e geralmente ocorre em crianças.

Ele geralmente é caracterizado por gritos e períodos de muita agitação. Por isso, o tratamento também envolve principalmente a terapia comportamental.

Em geral, o terror noturno desaparece com o crescimento da criança e não requer uso de medicações. Fatores emocionais devem sempre ser investigados e tratados adequadamente.

15. Transtorno alimentar noturno

Também é uma parassonia, na qual a pessoa se alimenta durante o sono e não lembra disso no dia seguinte. Pode levar à perturbação do sono e ao aumento de peso. O tratamento também pode envolver o uso de medicações.

Fonte: Ativosaude.com

Tem insônia? Saiba o que comer quando o sono não vem

Já adiantamos que chocolate, café, refrigerante e chá-verde têm substâncias excitantes e devem ser consumidos com cautela.

Quando o assunto é dificuldade para dormir, o que não comer às vezes importa mais do que o que comer. Chocolate, café, refrigerante e chá-verde, por terem substâncias excitantes, deixam você contando carneirinhos, e eles completam uma maratona na sua mente sem que você pregue o olho.

“Dietas muitos restritivas em carboidrato também favorecem noites em claro”, avisa Laís Murta. Mas existe uma lista de alimentos que dão day off para os bichinhos e garantem um bom descanso. Saiba quais são eles:

Soja orgânica
Se você passou dos 40, talvez tenha percebido algumas mudanças no sono. A isoflavona do grão é uma aliada das mulheres no climatério (pré-menopausa), que, por causa da queda nos níveis dos hormônios, não dormem muito bem.

Vários estudos já comprovaram esse poder – o mais recente, publicado na revista Nutrition, mostrou: as voluntárias que consumiam duas ou mais porções diárias de soja apresentavam uma probabilidade duas vezes maior de dormir as tão sonhadas oito horas por noite do que as que rejeitavam o grão.

Kiwi, cereja, ameixa
Fonte de melatonina, são frutas que funcionam como um sedativo natural – reserve-as especialmente para a noite. Laís sugere bater 1/2 kiwi com 1 punhado de cerejas congeladas.

Leguminosas
São facilmente digeridas, além de ótimas opções de proteína vegetal e, por isso, perfeitas para substituir a carne no jantar. Consuma grão-de-bico, lentilha ou ervilha (1 concha média) ou, ainda, tofu orgânico (1 fatia fina) e cogumelos (1 xícara/chá).

Fonte: Boaforma

Quer pegar no sono mais rápido? Adote esse hábito.

Pesquisadores da Universidade Baylor, nos Estados Unidos, tem uma sugestão para ajudar o sono a chegar mais cedo: reservar cinco minutos para escrever as coisas que deseja fazer nos próximos dias.

 

Você tem o hábito de ficar rodando e rodando na cama até pregar os olhos de vez? Pois pesquisadores da Universidade Baylor, nos Estados Unidos, tem uma sugestão para ajudar o sono a chegar mais cedo: reservar cinco minutos para escrever as coisas que deseja fazer nos próximos dias.

Em comunicado ao site da universidade, Michael Scullin, principal autor da pesquisa, comentou que, hoje, essa lista de tarefas só cresce – e aquilo que deixamos de realizar tende a nos causar preocupação justamente quando colocamos a cabeça no travesseiro. Por isso, ele quis checar se o ato de escrever essas informações (em vez de só pensar nelas) poderia amenizar a dificuldade de dormir.

Para a experiência, o cientista e sua equipe recrutaram 57 universitários para passar uma noite no laboratório da faculdade. Enquanto uma parte foi incentivada a escrever tudo aquilo que devia se lembrar de fazer nos próximos dias, a outra turma anotava as tarefas que havia completado nos dias anteriores.

Os especialistas esperavam um dos dois resultados: registrar sobre o futuro poderia aumentar a ansiedade em relação às tarefas não concluídas e, assim, prejudicar o sono, ou essa atividade ajudaria a descarregar tais pensamentos, facilitando o descanso.

Bem, os dados mostraram que a segunda hipótese prevaleceu. Quem botou no papel os planos para o futuro conseguiu dormir, em média, 9 minutos mais cedo, um valor considerado significativo pelos estudiosos.

 

Fonte: R7