Perdoar promove bem-estar

Quem não perdoa fica com uma ferida aberta, liberando o tempo todo hormônios do estresse que podem fazer mal para o coração.

Existem dois tipos de perdão, o racional e emocional. Estudos que mostram que quando a gente perdoa racionalmente – não vou mais pensar nisso, talvez eu estivesse errado – diminui um pouco a carda negativa, mas é o perdão emocional – abrir mão das sensações negativas – que traz o benefício real para o corpo. É melhor para a diminuição do estresse, cortisol, e com isso melhora a saúde do coração.

A capacidade de perdoar é muito requintada, e por isso precisa ser treinada, repetida como um mantra. Não perdoar pode deixar o sistema de alerta sempre ligado. A constante liberação de hormônios do estresse, como adrenalina e cortisol, no nosso corpo faz mal, atrapalha o sono, aumenta a pressão arterial, a frequência cardíaca e a glicemia.

Pedir perdão não é fácil. Perdoar também não. Quando perdoamos, o estresse associado ao ressentimento diminui a ponto de suas consequências serem notáveis fisicamente. Diversos estudos mostram redução da pressão arterial, da frequência cardíaca, da tensão muscular. Quem perdoa também experimenta maior relaxamento, mais bem-estar e sensação de controle.

O perdão aumenta oxitocina, hormônio do relacionamento. Melhora a imunidade e a sensação de bem-estar, aumenta a liberação de serotonina e dopamina, neurotransmissores que melhoram o humor.

Fonte : Bem Estar

Seu filho manda em você? Saiba o que é a `Síndrome do Imperador´

Para a especialista, o problema começa quando os pais têm medo de frustrar os filhos e querem, a qualquer custo, fazer com que as crianças sejam felizes a qualquer custo.

Os pais dão tudo para ele, de festa ostentação em buffet infantil a brinquedos de última geração, mas ainda assim a criança está insatisfeita. Para ela, limites e regras não existem. Para os pais, o que fica é o sentimento de frustração de nunca conseguir agradar o filho. Apesar de parecer apenas um exemplo do que chamaríamos de “mimado”, o caso pode ser mais sério, definido como “Síndrome do Imperador”. Apesar de não ser reconhecido pelo DSM-5 (Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais), o problema atinge muitas famílias brasileiras e, de acordo com especialistas, exige tratamento psicológico, tanto dos pais quanto das crianças.

O que define um pequeno tirano em casa é simples. “Basta você comparar com um bebê, que realmente demanda atenção. Mas não é normal quando a criança cresce e precisa de um superinvestimento dos pais, que, geralmente por serem frustrados com a própria infância, criam uma criança sem bordas, sem limites, sem noção da realidade”, explica a psicóloga e psicanalista Gabriela Malzyner.

Para a especialista, o problema começa quando os pais têm medo de frustrar os filhos e querem, a qualquer custo, fazer com que as crianças sejam felizes a qualquer custo.

Nossos avós não tinham o menor problema em frustrar os filhos, mas agora, com uma sociedade imediatista, que precisa ter tudo e que vê uma felicidade deturpada nas redes sociais, os adultos não conseguem dizer não às crianças, como se isso fosse garantir a felicidade do filho.

Gabriela Malzyner

Por que isso é um problema?
A questão é que uma criança que não tem capacidade de lidar com a frustração é infeliz o tempo todo. “Uma pessoa que não é treinada a esperar, a criar, a ter compaixão e ser flexível, sofre toda hora”, diz Leo Fraiman, psicoterapeuta, escritor e palestrante.

Além disso, quando essa criança ou adolescente encontra uma dificuldade, como uma amizade desfeita, um vestibular ou não ser escolhida para o time da escola, ela desiste. “E também, por isso, tarefas escolares costumam ficar por último, porque aí tudo que dá trabalho não é interessante. A pessoa que é viciada em prazeres acaba tendo uma vida que, para ela, fica sem graça. E, assim, ela acaba desgraçando aqueles que estão à sua volta.”

O sofrimento dos pais também não é pequeno. Irritabilidade, confronto entre os cônjuges, culpa, constrangimento, estresse e ansiedade são apenas alguns dos problemas causados pela síndrome. De acordo com os especialistas, tanto os pais quanto as crianças devem procurar ajuda de terapeutas, mas os adultos precisam entender por que é tão difícil lidar com angústias e frustrações.

Normalmente, os pais destas crianças são pessoas que sofreram com pais muito autoritários, grosseiros, agressivos e que tentam compensar essa falta de afeto, essa carência deles na superproteção dos filhos.

Leo Fraiman

À medida que os pais escondem a própria angústia, eles fazem com que os filhos também não saibam como lidar com esse sentimento. E frente ao sofrimento das crianças, os adultos não sabem o que fazer. “É um ciclo de sofrimento”, diz Malzyner.

Pais e filhos precisam de ajuda
Por ser um problema causado pelos pais, eles também devem procurar ajuda profissional. Segundo os especialistas, é possível reverter o quadro, mas leva tempo. “Se uma criança durante dez anos cresceu com a ideia de que ela é uma imperatriz e dona do mundo, vai levar de um a dois anos o tratamento dela e dos pais”, conta Fraiman.

Para a criança, é indicada a terapia cognitiva comportamental, que ajuda a mudar crenças, valores, posturas de mundo e consegue auxiliá-la a encontrar um novo estilo de vida. Com os pais, são sessões de orientação familiar, empoderando-os para que eles se tornem capazes de serem os adultos da casa, os que têm a palavra final nas questões essenciais que dizem respeito à educação, saúde e respeito.

O ideal é que os pais parem de acreditar nessa história de dar felicidade ao colocar o filho em uma bolha. “Todos nós somos frustrados, é inevitável”, diz Malzyner. “Todos somos castrados, temos limitações e sempre desejamos mais do que somos capazes de realizar, mas isso faz parte da vida e é necessário para termos compaixão e respeito pelo outro. A criança vai ganhando noção disso à medida que o tempo passa.”

Como saber se meu filho tem essa síndrome?
Se com alguma frequência a criança apresentar esses sinais, é bom procurar ajuda.

– Irritabilidade;
– Mostra-se ingrata;
– Come só o que quer, na hora que quer e do jeito que quer;
– Não tenta objetivos frequentes na vida acadêmica;
– Reclama dos outros;
– Não entende os motivos do incômodo alheio;
– Não tem empatia, solidariedade, compaixão com os demais;
– Não aceita os ‘nãos’;
– Está constantemente ansiosa pelo novo e pelo ‘quero mais’.

Fonte: UOL

Dor na relação sexual pode ter causas fisiológicas ou psicológicas

A dor na relação sexual pode ter muitas causas, desde fisiológicas até psicológicas. Também chamada de dispareunia, a dor na relação sexual pode acometer o sexo masculino e feminino, sendo mais comum no segundo caso. A dor pode ocorrer antes, durante ou após o ato sexual. Em alguns casos, a dispareunia não indica qualquer problema de saúde – no entanto, se for persistente e atrapalhar o andamento da relação sexual, é necessário buscar ajuda médica.

A dor na relação sexual pode ocorrer:

– Antes, durante ou após a relação sexual
– Na vagina, uretra ou da bexiga
– Na pelve
– Apenas com parceiros(as) ou – circunstâncias específicas
– Somente durante a penetração
– Com o uso de camisinha.

Se você tiver relações sexuais dolorosas, você pode sentir:

– Que a dor é acentuada em penetração mais profunda
– Coceira ou sensação de queimação.

Causas
Diversas condições podem causar dor na relação sexual. Causas físicas comuns de dispareunia incluem:

Pouca lubrificação vaginal, que pode ser uma consequência da menopausa, parto, amamentação, medicamentos ou pouca excitação antes da relação sexual
Doenças de pele que causam úlceras, fissuras, coceira ou queimação na genitália
Infecções, tais como leveduras ou infecções do trato urinário
Lesão ou trauma causado por parto, acidente, histerectomia ou cirurgia pélvica
Dor na área vulva
Inflamação da vagina (vaginite)
Contração espontânea dos músculos da parede vaginal (vaginismo)
Endometriose
Cistite
Doença inflamatória pélvica
Miomas uterinos
Síndrome do intestino irritável
Radio e quimioterapia.

Fonte: Minha Vida

15 distúrbios do sono mais comuns do mundo

Distúrbios do sono são problemas de diferentes origens que afetam a nossa capacidade de dormir adequadamente e que podem afetar negativamente a saúde do nosso corpo e mente.

Segundo Luciana Palombini, médica membro da Associação Brasileira do Sono(ABS), o sono é o estado no qual o corpo descansa para que funcione bem durante a vigília (isto é, quando estamos acordados). “É durante o sono que importantes funções do corpo são realizadas, por isso ele é tão essencial”, explica a especialista.

Quando não dormimos direito ou por um número de horas adequado, é comum surgirem sintomas como cansaço, sonolência excessiva durante o dia, irritabilidade e até problemas de memória.

No longo prazo, porém, o sono deficiente pode levar ao desenvolvimento de doenças e a disfunções do organismo, podendo comprometer muitas vezes nosso sistema cardiovascular e modificar o funcionamento do nosso metabolismo.

Mas você sabe quais são os distúrbios do sono mais comuns que existem? Abaixo, nós listamos os principais. Confira!

15 distúrbios do sono mais comuns

1. Apneia do sono

A apneia do sono é a condição na qual a pessoa apresenta paradas respiratórias durante o sono, causadas por uma diminuição no espaço da faringe (tubo pelo qual entra o ar que respiramos).

Geralmente, quem tem este problema não tem consciência disso, pois as paradas ocorrem durante o sono e não necessariamente são capazes de fazer o indivíduo despertar.

A apneia do sono é muito frequente em quem ronca e pode levar a uma série de consequências, entre elas a sonolência ou cansaço durante o dia, falta de energia, irritabilidade e dificuldade de concentração

Como o sobrepeso também é um fator de risco para o distúrbio, o tratamento muitas vezes inclui a perda de peso. O paciente também é orientado a evitar o consumo de bebidas alcoólicas e a fazer tratamentos para problemas nasais e usar aparelhos específicos que o ajudem a respirar durante a noite.

2. Bruxismo

O bruxismo é o apertamento ou ranger dos dentes que costuma ocorrer durante o sono, mas que também pode acontecer durante o dia. É associado a problemas articulares (problemas na articulação temporo-mandibular) e é mais frequentemente associada a estresse e ansiedade.

Pode levar ao desgaste dos dentes, a dores na região da mandíbula ou a dores de cabeça. O tratamento inclui o uso de uma placa dentária, controle do estresse e, quando necessário, o uso de medicamentos específicos também.

3. Distúrbio de comportamento do sono REM

É quando ocorrem movimentos agressivos e violentos durante o sono REM. Esses movimentos acontecem porque, neste distúrbio, existe um defeito no mecanismo natural que permite a inibição muscular.

Acontece geralmente em homens de meia idade e pode ser associado a um aumento do risco de doenças neurodegenerativas ao longo doas anos. O tratamento é feito à base do uso de medicações específicas.

4. Enurese noturna

A enurese noturna pode ser definida como uma micção involuntária durante o sono, pelo menos duas vezes por semana, em uma idade na qual o controle da urina normalmente está presente.

Este tipo de doença do sono pode ocorrer tanto por fatores genéticos quanto por motivações psicológicas, atraso no desenvolvimento do mecanismo fisiológico responsável pela micção, redução da capacidade funcional da bexiga, anormalidades no trato urinário ou na produção noturna do hormônio antidiurético e até dificuldades para despertar e ir ao banheiro.

A partir dos 5 anos de idade para as meninas e 6 anos para os meninos, é considerado anormal que ocorra enurese mais que duas vezes por mês. O tratamento pode incluir terapia comportamental, alarme noturno ou uso de medicações.

5. Insônia

A insônia é um dos distúrbios do sono mais comuns que existem. Ela consiste na dificuldade em dormir ou em manter o sono, mesmo sob todas as condições adequadas.

Quando persiste por mais de três meses, em três ou mais noites por semana e com conseqüências durante o dia, como cansaço, sonolência, mau humor, a insônia passa a ser considerada um distúrbio e deve ser avaliada e tratada.

Muitos acreditam que o tratamento muitas vezes inclui o uso de medicamentos que ajudam a pegar no sono, mas na realidade isso é apenas um paliativo. A terapia mais eficaz consiste em mudanças de hábitos para favorecer o sono nos horários mais adequados.

6. Narcolepsia

A narcolepsia ocorre quando há uma alteração da regulação da fase de sono REM (a fase dos sonhos intensos, cujo nome vem de “Rapid-Eye-Movement”, ou “movimento rápido dos olhos” em português).

Nela, a pessoa costuma pegar no sono repentinamente e em diversas ocasiões, como numa mesa de bar ou durante o expediente no trabalho.

É uma doença muito rara, porém, na maioria das vezes não é reconhecida e pode levar a consequências desastrosas. Isso porque na narcolepsia é comum que a pessoa sinta sintomas como sonolência excessiva, paralisia do sono e alucinações hipnagógicas (a pessoa vê imagens de sonho quando está acordada).

Ocorre também a chamada cataplexia (perda da força muscular decorrente de emoções mais fortes, principalmente gargalhada) e ataques incontroláveis de sono durante o dia. O tratamento é feito com uso de medicações específicas, devidamente prescritas por um especialista.

7. Paralisia do sono

É a perda temporária da capacidade de movimentar os músculos. Embora esteja consciente, a pessoa fica impossibilitada de se movimentar e falar.

Durante uma crise de paralisia do sono, é possível perceber as coisas ocorrendo ao redor, mas os músculos do corpo não são capazes de responder aos comandos do cérebro.

Este problema pode ser desencadeado na narcolepsia, mas também por estresse, ansiedade e falta de sono. Pode ser uma experiência bastante assustadora, mas tem tratamento.

8. Ronco

O famoso “ronco” nada mais é do que o ruído característico que surge da garganta durante o sono. Ele acontece quando existe uma diminuição do espaço pelo qual o ar passa.

As causas do ronco são semelhantes às da apneia do sono, e o tratamento muitas vezes envolve as mesmas medidas adotadas para a apneia: perda de peso, uso de aparelhos e mudanças de hábitos, como dormir de lado ou de bruços.

9. Sexomnia

É uma parassonia sexual, na qual o indivíduo apresenta comportamentos sexuais inadequados durante o sono. A pessoa não lembra no dia seguinte e muitas vezes gera um estresse na companheira(o).

O tratamento para a sexomnia é feito com uso de medicamentos voltados especialmente para tratar esta doença.

10. Síndrome da cabeça explosiva

É quando a pessoa acorda com a sensação de que a cabeça está explodindo. O distúrbio consiste em ouvir barulhos como trovões, explosões, fogos, batidas de portas e tiros.

Algumas pessoas, porém, têm até distúrbios visuais, como clarões repentinos. Normalmente, ocorre ao dormir ou logo ao acordar. É causada por estresse ou fadiga.

Pode ter alívio com uso de medicamentos, incluindo um tipo de antidepressivo. Evitar a cafeína antes de dormir e aprender técnicas de relaxamento podem ajudar a lidar com a síndrome da cabeça explosiva.

11. Síndrome das pernas inquietas

A síndrome das pernas inquietas, como o próprio nome diz, é uma doença em que a pessoa sente uma vontade incontrolável de mexer as pernas involuntariamente.

A pessoa sente um desconforto enorme que só é aliviado quando ela começa a movimentar as pernas, ou quando recente uma massagem e/ou aplicação de calor no local.

Pode ser associada a doenças médicas, à gravidez, deficiência de ferro e, eventualmente, pode nem ao menos ter alguma causa aparente.

O tratamento envolve medidas comportamentais, evitando álcool, tabagismo e mantendo exercícios físicos regulares. Muitas vezes, um médico especialista em sono pode indicar o uso de medicamentos específicos para combater esse desejo de mexer as pernas.

12. Síndrome do sono insuficiente

É quando o indivíduo voluntariamente dorme menos do que precisa e acaba apresentando muita sonolência durante o dia, levando a tirar pequenos cochilos enquanto tenta desempenhar atividades comuns do dia a dia.

Fora isso, além da sonolência diurna excessiva, é comum que as pessoas que sofram da síndrome do sono insuficiente também apresentem irritabilidade, dificuldade de concentração e problemas de memória.

Com o passar do tempo, se não houver tratamento adequado, a doença pode prejudicar a saúde como um todo e aumentar as chances de problemas cardiovasculares e metabólicos.

Estima-se que 5% da população brasileira apresente este problema.

13. Sonambulismo

Faz parte das parassonias, que são a classe de comportamentos inadequados durante o sono. O sonambulismo acontece devido a uma ativação de partes do cérebro em momentos inadequados, principalmente quando a pessoa está dormindo.

Existe uma tendência familiar genética para o sonambulismo, mas o problema também pode ser desencadeado por diferentes fatores, como períodos de estresse e de sono irregular.

É frequente em crianças, mas também podem ocorrer em adultos. Nos pequenos, também pode ser desencadeado por febre. Da mesma forma, problemas respiratórios durante a noite, como a apneia do sono, também podem desencadear o sonambulismo.

O tratamento envolve evitar os fatores desencadeantes, e, eventualmente, o uso de medicamentos também. Medidas de segurança devem ser tomadas, como tirar objetos pontiagudos do quarto e tapar as janelas, a fim de evitar acidentes.

14. Terror noturno

Também faz parte das parassonias. Porém, o terror noturno é mais dramático e geralmente ocorre em crianças.

Ele geralmente é caracterizado por gritos e períodos de muita agitação. Por isso, o tratamento também envolve principalmente a terapia comportamental.

Em geral, o terror noturno desaparece com o crescimento da criança e não requer uso de medicações. Fatores emocionais devem sempre ser investigados e tratados adequadamente.

15. Transtorno alimentar noturno

Também é uma parassonia, na qual a pessoa se alimenta durante o sono e não lembra disso no dia seguinte. Pode levar à perturbação do sono e ao aumento de peso. O tratamento também pode envolver o uso de medicações.

Fonte: Ativosaude.com

Tem insônia? Saiba o que comer quando o sono não vem

Já adiantamos que chocolate, café, refrigerante e chá-verde têm substâncias excitantes e devem ser consumidos com cautela.

Quando o assunto é dificuldade para dormir, o que não comer às vezes importa mais do que o que comer. Chocolate, café, refrigerante e chá-verde, por terem substâncias excitantes, deixam você contando carneirinhos, e eles completam uma maratona na sua mente sem que você pregue o olho.

“Dietas muitos restritivas em carboidrato também favorecem noites em claro”, avisa Laís Murta. Mas existe uma lista de alimentos que dão day off para os bichinhos e garantem um bom descanso. Saiba quais são eles:

Soja orgânica
Se você passou dos 40, talvez tenha percebido algumas mudanças no sono. A isoflavona do grão é uma aliada das mulheres no climatério (pré-menopausa), que, por causa da queda nos níveis dos hormônios, não dormem muito bem.

Vários estudos já comprovaram esse poder – o mais recente, publicado na revista Nutrition, mostrou: as voluntárias que consumiam duas ou mais porções diárias de soja apresentavam uma probabilidade duas vezes maior de dormir as tão sonhadas oito horas por noite do que as que rejeitavam o grão.

Kiwi, cereja, ameixa
Fonte de melatonina, são frutas que funcionam como um sedativo natural – reserve-as especialmente para a noite. Laís sugere bater 1/2 kiwi com 1 punhado de cerejas congeladas.

Leguminosas
São facilmente digeridas, além de ótimas opções de proteína vegetal e, por isso, perfeitas para substituir a carne no jantar. Consuma grão-de-bico, lentilha ou ervilha (1 concha média) ou, ainda, tofu orgânico (1 fatia fina) e cogumelos (1 xícara/chá).

Fonte: Boaforma

Quer pegar no sono mais rápido? Adote esse hábito.

Pesquisadores da Universidade Baylor, nos Estados Unidos, tem uma sugestão para ajudar o sono a chegar mais cedo: reservar cinco minutos para escrever as coisas que deseja fazer nos próximos dias.

 

Você tem o hábito de ficar rodando e rodando na cama até pregar os olhos de vez? Pois pesquisadores da Universidade Baylor, nos Estados Unidos, tem uma sugestão para ajudar o sono a chegar mais cedo: reservar cinco minutos para escrever as coisas que deseja fazer nos próximos dias.

Em comunicado ao site da universidade, Michael Scullin, principal autor da pesquisa, comentou que, hoje, essa lista de tarefas só cresce – e aquilo que deixamos de realizar tende a nos causar preocupação justamente quando colocamos a cabeça no travesseiro. Por isso, ele quis checar se o ato de escrever essas informações (em vez de só pensar nelas) poderia amenizar a dificuldade de dormir.

Para a experiência, o cientista e sua equipe recrutaram 57 universitários para passar uma noite no laboratório da faculdade. Enquanto uma parte foi incentivada a escrever tudo aquilo que devia se lembrar de fazer nos próximos dias, a outra turma anotava as tarefas que havia completado nos dias anteriores.

Os especialistas esperavam um dos dois resultados: registrar sobre o futuro poderia aumentar a ansiedade em relação às tarefas não concluídas e, assim, prejudicar o sono, ou essa atividade ajudaria a descarregar tais pensamentos, facilitando o descanso.

Bem, os dados mostraram que a segunda hipótese prevaleceu. Quem botou no papel os planos para o futuro conseguiu dormir, em média, 9 minutos mais cedo, um valor considerado significativo pelos estudiosos.

 

Fonte: R7

Distúrbios do sono podem ser provocados por diversas causas

Estresse e a preocupação são os maiores inimigos de uma boa noite de descanso. Problema afeta a saúde e prejudica a qualidade de vida

A rotina estressante e o ritmo frenético das grandes metrópoles provocam noites de insônia em muitas pessoas. A insônia é considerada uma epidemia global que ameaça a saúde e a qualidade de vida de até 45% da população, conforme pesquisa da Associação Mundial de Medicina do Sono. A instituição alerta que o mundo vive uma epidemia de restrição ao sono e os distúrbios são um fator de risco para transtornos mentais, como depressão e ansiedade. Atualmente, já foram identificados mais de 100 tipos de transtornos que comprometem o sono. Os mais comuns são insônia, os distúrbios respiratórios e de movimento.

A estimativa é de que quatro em cada 10 pessoas não dormem bem e o pior é que, na maioria dos casos, não é identificada como uma doença tratável, pois menos de 10% das pessoas que apresentam esses sintomas reconhecem isso como um problema de saúde que requer tratamento. Para muitos, dormir mal faz parte do cotidiano. Os distúrbios do sono podem ser causados por diversas causas, sendo o estresse e a preocupação os maiores inimigos, além do estímulo provocado pelos smartphone e tablets. A luz das telas de aparelhos eletrônicos é considerada um dos grandes vilões do sono atualmente. É que a luminosidade alta prejudica na hora de dormir, por comprometer a produção do hormônio responsável pelo sono. Segundo especialistas, a melatonina é que avisa ao cérebro que é hora de dormir, mas a luminosidade afeta a sua produção. Por isso, a recomendação de que o uso desses equipamentos seja interrompido uma hora antes de ir para a cama.

As olheiras expressivas, a aparência de cansaço, o mau humor, a baixa imunidade, a falta de concentração e a queda na produtividade são apenas algumas das consequências da insônia. O tecnólogo em rede de computadores Wesley Pereira Martins, de 25 anos, sofre com os transtornos de sono desde os 5. “Quando criança, tive alguns episódios de sonambulismo, de acordo com meus pais, e, por várias vezes, andei pela casa durante a noite. Depois de adulto, passei a ter insônia decorrente do transtorno de ansiedade,” conta.

Os transtornos comprometem, consideravelmente, o cotidiano das pessoas, afetando, principalmente, o trabalho, deixando o insone mais preocupado e estressado. Wesley Martins afirma que procurou ajuda médica quando observou que a insônia estava interferindo na sua produtividade profissional. “Fiquei bastante improdutivo, pois chegava para trabalhar extremamente exausto, não tinha paciência com as pessoas, sentindo muitas dores de cabeça”, relata.

Caso atípico, o artista plástico Aluizio Figueiredo tem muitas dificuldades para dormir. “É um problema comum em toda a minha família.” Seu sono é interrompido várias vezes durante a noite, período em que ele aproveita para ficar ligado nas redes sociais, o que, segundo especialistas, é um grande erro porque o estímulo provocado pela luminosidade da tela do computador e do smartphone afeta o sono. Apesar de dormir pouco, Aluizio considera que essa privação em nada afeta seu dia a dia. Ele sofre de bruxismo e reconhece que esse pode ser um dos problemas. “Meus dentes estão gastos, mas não consigo usar a placa recomendada para evitar danos dentários.” Por não afetar seu humor e sua produtividade, Aluizio não procurou ajuda médica. “Não me atrapalha em nada, acordo cedo, sou muito bem-humorado”, pontua.

Interrupção do sono prejudica a saúde
Os quatro estágios ao dormir devem ser cumpridos, sendo cada um deles responsável por uma atividade diferente. Criar rotina para que cada um desses ciclos se complete é fundamental

Para identificar e tratar distúrbios do sono, é preciso primeiro entender o que é sono e sua função no organismo humano. É um período de restauração da capacidade física e mental. Existem reações hormonais e neurológicas que só ocorrem durante esse período. São quatro estágios de profundidade do sono, denominadas no meio médico como fases não REM, e a REM, cada qual com sua função específica. Todos devem ser exercidos em sua devida proporção.

Felipe Sales, neurologista do Hospital Vera Cruz, de Belo Horizonte, explica que o sono tem quatro fases, sendo cada uma delas responsável por uma atividade diferente. “Durante as três primeiras fases do sono, o corpo economiza energia, promove a restauração de tecidos, o aumento da massa muscular e libera o hormônio de crescimento. Na última fase do sono, conhecida como fase REM, ocorre a consolidação da memória e do aprendizado“, explica. Quando alguém está dormindo e é acordado, volta, imediatamente, à fase um do sono, comprometendo o processo, e qualquer interrupção gera prejuízo a curto e longo prazos.

A primeira etapa do sono (N1) é mais superficial, como um cochilo. Depois vem a N2, intermediária, quando se aprofunda, e a N3 é o sono mais profundo, que é o mais reparador. A fase REM é considerada o momento de sonho. Esse ciclo se repete entre quatro e cinco vezes durante a noite, conforme Drusus Perez Marques, neurologista do Hospital Vera Cruz.

De acordo com José Mól, psiquiatra da Clínica de Psiquiatria e Medicina do Sono, dormir tem que vir na quantidade certa e com boa qualidade. “Em nossa sociedade, isso está cada vez mais em débito”, afirma. O padrão, segundo o especialista, é que recém-nascidos durmam entre 14 e 18 horas, crianças entre 12 e 14 horas, adolescentes entre nove e 11 horas, adultos de sete a nove horas, e idosos entre seis e sete. “Dormir menos que seis horas por noite pode levar a pessoa a desenvolver doenças graves, como diabetes, hipertensão e outras enfermidades físicas”, alerta. Algumas substâncias hormonais somente são produzidas pelo organismo durante o período do sono, e a má produção deles pode influenciar o metabolismo durante o dia.

DIFICULDADES

A produtora cultural Adriana Soares Pinheiro começou a sentir dificuldades em dormir aos 14 anos. “Demoro muito para dormir, preciso descansar antes de pegar no sono. Quando me deito, começo a pensar sistematicamente no que fiz e o que tenho que fazer no dia seguinte e demoro a relaxar. Depois, acordo duas a três vezes durante a noite”, conta. A cada despertar, o retorno ao processo de dormir é demorado. “No período da tarde sinto um cansaço incontrolável, mas não consigo dormir.”

Adriana procurou um clínico geral, que sugeriu a ela praticar atividades físicas. Ela conta que passou a fazer caminhada e natação, mas de nada adiantou. Passou a tomar um medicamento indicado pelo médico. “Foram três dias e apenas dormia por três horas e acordava com enjoo”, lembra-se. Adriana buscou um outro especialista que lhe receitou gotas de Rivotril: “Comecei com três gotas por dia e fui evoluindo até 26 e de nada adiantou”. Decidiu abandonar o tratamento, mas reconhece que a falta de sono a incomoda. Adriana bebe socialmente e não fuma, mas se diz “muito agitada”.

Afetar a qualidade do sono por períodos longos pode levar a consequências mais graves, como hipertensão, doenças coronárias, infarto, AVC e alterações do humor: “As pessoas apresentam irritabilidade intensa por coisas banais, sem condições de resolver pequenos problemas familiares, pessoais ou profissionais”, explica Regina Lopes. A longo prazo pode levar à depressão, alterações da libido e impotência sexual. Outras enfermidades ocorrem durante o sono, como o bruxismo (ranger de dentes), sonambulismo – quando a pessoa anda pela casa, conversa dormindo –, e a paralisia, que ocorre normalmente na fase REM.

TRATAMENTO

Para tratar esses distúrbios do sono, é necessário um diagnóstico feito por especialistas. Cada caso precisa ser estudado. Em algumas ocasiões, é necessário fazer a polissonografia, exame realizado para detecção de possíveis alterações no sono. Segundo Regina Magalhães Lopes, médica do Hospital Mater Dei, pneumologista e especializada em sono pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, no caso de insônia, a primeira recomendação são os tratamentos higienistas. “As pessoas precisam valorizar mais o sono.” O ambiente deve ser escuro, silencioso, ter uma temperatura agradável, evitar o uso aparelhos eletrônicos como celular, computador ou TV na hora de dormir. Não fazer exercícios físicos à noite ou ingerir comida de difícil digestão no período noturno também são medidas que podem contribuir para evitar a insônia, além da ioga, fazer acupuntura e sonoterapia. E em outros casos são indicadas ações medicamentosas de indução ao sono.

Para Regina Lopes, a insônia, em muitos casos, pode ser consequência de algum evento marcante que deu início ao processo: “O fim de um casamento, um filho que saiu de casa, uma perda familiar de qualquer natureza. É preciso identificar pontualmente o que desencadeou o processo e buscar uma forma de relaxamento”. Para distúrbios respiratórios é utilizado o BiPAP, aparelho adaptado a uma máscara, ligada à eletricidade, que mantém desobstruídas as vias aéreas.

A técnica de estimulação magnética transcraniana, indicada para tratamento de depressão, tem resultados significativos na melhora do sono, explica José Mól: “É a primeira manifestação positiva. São sessões diárias de 20 minutos, no córtex frontal esquerdo, área do cérebro que tem função diminuída durante o quadro depressivo. A estimulação provoca os neurônios a voltarem ao ritmo normal, sem qualquer contraindicação ou efeitos colaterais”. São de 10 a 20 sessões e recomendáveis também para grávidas, idosos e cardíacos.

Você sabia?

» Insônia engorda: alguns estudos apontam que não dormir normalmente faz com que algumas substâncias, como a grelina (hormônio produzido pelo estômago e que dispara a sensação de fome), aumentem, enquanto outras, como a leptina (que inibe o apetite e estimula o gasto de energia), diminuam.

» Mulheres sofrem mais: para cada homem insone, há três mulheres que também não conseguem dormir. Não se sabe exatamente os motivos, mas acredita-se que elas sejam mais propensas ao estresse do que os homens, o que impacta a qualidade do sono.

» A insônia é mais frequente em idosos do que em adultos jovens: pessoas mais velhas têm 1,5 mais dificuldade de dormir do que adultos com menos de 65 anos. Segundo a Associação Brasileira do Sono (ABS), a prevalência de insônia no idoso varia de 19% a 38%.

» Quanto mais doenças, mais insônia: tanto homens quanto mulheres que sofrem de doenças cardiovasculares, artrite, obesidade, enfisema pulmonar, asma, diabetes, doença renal ou câncer têm muito mais chances de se tornar insones.

» Somente 30% dos adultos com dificuldade de dormir procuram ajuda profissional para resolver o problema: dos que procuraram tratamento, apenas 19% foram ao consultório não especificamente para discutir as dificuldades para dormir, mas sim as consequências disso, como queda no rendimento e queixas sobre a saúde de modo geral.

Tipos de insônia

» Insônia ocasional: dura apenas alguns dias, mas pode aparecer novamente de tempos em tempos. É causada por estresse agudo ou mudanças ambientais, como mudanças no fuso horário ou hospitalização.

» Insônia aguda ou transitória: pode durar de uma a três semanas. A frequência está associada a fatores estressantes mais sérios, como perdas pessoais agudas, traumas emocionais, problemas prolongados no trabalho/família ou doenças graves.

» Insônia crônica: dura mais do que três semanas. A frequência é causada por doenças clínicas ou psiquiátricas (como insuficiência cardiovascular, hipertireoidismo, asma ou depressão). Pode estar ligada ao uso de certos medicamentos, ao uso abusivo ou dependência de drogas ilícitas e de álcool ou transtorno primário do sono.

Impactos

» Sonolência diurna
» Fadiga
» Falta de energia
» Irritabilidade
» Ansiedade
» Falta de concentração e de memória
» Dores musculares
» Depressão
» Acidentes de trabalho
» Diminuição da libido
» Risco de depressão

Tipos de tratamentos

» Não farmacológico: sem uso de remédios. Os médicos usam a terapia comportamental cognitiva (TCC) para analisar pontos importantes do cotidiano do paciente. Após uma avaliação psicossocial, o TCC é feito em seis a oito sessões em grupos de até 10 pessoas. Além de informações sobre o problema, os insones são apresentados a técnicas para adaptar alguns comportamentos que podem estar atrapalhando o sono. De modo geral, o tratamento demora até quatro meses.

» Farmacológico: podem ser hipnóticos, antidepressivos ou tranquilizantes. O problema são alguns efeitos adversos, como dor de cabeça, náuseas, tonturas e, em alguns casos, dependência. Basicamente, os remédios atuam em receptores ou sub-receptores cerebrais que estimulam o sono. A escolha do medicamento, contudo, deve ser feita apenas pelo médico, uma vez que a insônia pode estar associada a outras doenças, como depressão. Nesses casos, a insônia é um sintoma, e não a doença propriamente dita.

Fonte: Associação Brasileira do Sono

Especialista alerta para consumo excessivo e desregulado de melatonina no Brasil

Disponível em farmácias graças a decisão judicial, substância pode ajudar qualidade do sono, mas tem sido prescrita para fins diversos; se usada em excesso, pode desencadear diabetes e outros problemas.

A melatonina, substância conhecida por sua função de induzir o sono, não tem registro no Brasil como medicamento. No entanto, pode ser encontrada desde 2017 em farmácias de manipulação após uma decisão judicial contrariar resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e autorizar sua importação. Seu consumo tem sido considerado excessivo por especialistas, que apontam os riscos de efeitos colaterais.

“É muita gente tomando e muito médico prescrevendo”, afirma José Cipolla Neto, professor de fisiologia no Instituto de Ciências Biomédicas da USP e pesquisador sobre os efeitos fisiológicos e mecanismos de ação da melatonina.

Trata-se de um hormônio naturalmente produzido pela glândula pineal, uma pequena glândula endócrina localizada próxima da região central do cérebro. O papel mais comum da melatonina é sinalizar para os órgãos humanos que a noite chegou e preparar o organismo para adormecer. Por isso, é comumente usada por insones para melhorar a qualidade do sono.

Mas a substância também tem papel no controle da ingestão alimentar, na síntese e na ação da insulina nas células, entre outros. Por seu efeito variado, o hormônio caiu no gosto de pessoas em diversos países.

Na internet, é ofertado para auxiliar no emagrecimento, no combate ao diabetes, no controle de enxaqueca e até mesmo na proteção contra os danos do mal de Alzheimer – embora não haja consenso científico sobre esses supostos benefícios.

Apesar de necessária ao organismo, a substância tem contraindicações. De acordo com a Anvisa, “há riscos associados à utilização da melatonina que não podem ser ignorados”: o consumo de medicamentos contendo a substância pode causar inchaço da pele, boca ou língua, perda de consciência, depressão, irritabilidade, nervosismo, ansiedade, aumento da pressão arterial e função anormal do fígado, entre outros problemas.

Abuso

Mas as possíveis efeitos negativos do consumo do hormônio não espantam interessados. Somente nos Estados Unidos, onde o produto é vendido como suplemento alimentar e pode ser encontrado em grandes supermercados, pelo menos 3 milhões de pessoas consomem a substância frequentemente.

De acordo com estimativas do Centro Nacional para Saúde Complementar e Integrada do governo americano, o uso de melatonina mais que dobrou entre 2007 e 2012, mesmo com a ausência de informações suficientes sobre seus efeitos no longo prazo nem consenso sobre sua eficácia como indutora do sono.

No Brasil, a Anvisa diz não ter dados de consumo ou de venda. A Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), que responde pelas farmácias de manipulação, disse que também não tem estimativas.

Para Cipolla Neto, o cenário é de uso em excesso e, em alguns casos, de abuso. “Nos EUA tem muita gente tomando indiscriminadamente, o que é uma tragédia, e nós estamos indo para esse mesmo cenário aqui”, diz. Segundo ele, a liberação de um medicamento nacional ajudará a Anvisa a ter mais controle sobre o consumo.

“A questão é criar (a percepção de) que não é uma balinha e que precisa ser administrada de forma adequada. Do contrário, pode trazer consequências sérias”, afirma.

Com receita

No Brasil, pacientes podem comprar formulações preparadas pelas farmácias de manipulação, desde que com receita médica. De acordo com a Anfarmag, os remédios manipulados podem ser preparados em cápsulas ou em formas farmacêuticas líquidas. Não há padrão para as doses, que são definidas pelos médicos caso a caso.

Desde 2017, esses estabelecimentos compram o insumo farmacêutico ativo da empresa Active Pharmaceutica Ltda. – ME, que vem importando a substância para o Brasil após vencer ação contra a Anvisa e conseguir a liberação de maneira judicial.

Em nota, a Anvisa disse que resolução do órgão proíbe “a importação e comercialização de insumos farmacêuticos destinados à fabricação de medicamentos que ainda não tiverem a sua eficácia terapêutica avaliada” pela agência e que “não é possível comercializar melatonina como insumo farmacêutico ativo no Brasil”.

Questionado sobre a atividade da Active Pharmaceutica Ltda. – ME, o órgão não respondeu se recorreu ou se irá recorrer da decisão.

De acordo com a agência, medicamentos só recebem registro no país após ensaios clínicos comprovarem sua segurança e eficácia. No momento, pelo menos um laboratório brasileiro faz ensaios clínicos com a melatonina.

Em agosto de 2016, o Aché Laboratórios Farmacêuticos recebeu o aval da agência para fazer testes com o fármaco. Questionada sobre quando espera submeter resultados a Anvisa e se espera desenvolver um produto comercial a partir dos estudos, a empresa não respondeu.

Indicações e riscos

A melatonina começa a ser produzida pelo organismo por volta das 20h, e uma das primeiras sensações que provoca é a de sono. Seus efeitos, contudo, também são sentidos no metabolismo, que se modifica para entrar em jejum; no sistema cardiovascular, que irá reduzir a pressão arterial; e na temperatura corpórea, entre outros, para o corpo adentrar o sono.

Porém, se tomada em excesso e fora do horário de produção natural pelo organismo, pode desencadear doenças crônicas, como diabetes. “A quantidade que precisa ser administrada para o paciente no começo da noite não pode ser grande o suficiente para permanecer (no organismo) durante o dia. Do contrário, pode trazer resistência insulínica pela manhã para o indivíduo, o que significa iniciar o desenvolvimento de um quadro diabético”, explica Cipolla Neto.

Uma das indicações comuns da melatonina é para idosos. O envelhecimento reduz naturalmente a produção da substância e, nesses casos, é recomendada a sua reposição. “Após certa idade, a glândula pineal reduz a produção de melatonina, às vezes até 20% do que quando jovem”, afirma o médico.

No entanto, pessoas jovens vêm usando o medicamento cada vez mais cedo, em parte para combater a insônia crescente, exacerbada pela exposição prolongada a equipamentos eletrônicos. “A produção normal de melatonina só existe em condição de noite escura”, explica.

Porém, a presença da luz azul em celulares e computadores sinaliza ao organismo que ainda é dia e, com isso, pode atrasar a produção do hormônio, gerando dificuldades para dormir. “A sociedade está ficando acostumada a isso, com pessoas reduzindo a produção de melatonina.”

Pesquisa

Ao mesmo tempo, na USP de Ribeirão Preto, um grupo de pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas estuda outras aplicações para a melatonina. Uma das linhas de pesquisa é o uso do hormônio em doses terapêuticas para evitar lesões cardiovasculares em pacientes portadores da doença de chagas.

O mal é transmitido a partir do contato com as fezes dos insetos vetores, conhecidos como “barbeiro”, e pode virar uma condição crônica. A consequência mais grave são lesões no coração, causadas pela resposta imunológica do organismo – as células de defesa agem de maneira intensa para exterminar o parasita causador da doença, mas também machucam o órgão.

“A melatonina age nas nossas células brancas e promove resposta inflamatória potente”, explica José Clóvis do Prado Júnior, professor-associado do Departamento de Análises Clínicas Toxicológicas e Bromatológicas da faculdade.

A substância também induz uma resposta imunológica anti-inflamatória e ajuda a proteger o coração na fase crônica da doença de chagas, explica o pesquisador. “Fizemos controle de paciente chagásico com e sem melatonina. Naqueles que receberam a melatonina, os marcadores de lesão cardíaca mostravam lesões menores”, diz.

O estudo foi feito com animais e testes clínicos com humanos devem ser feitos em breve. Prado Júnior espera que pesquisas como a sua, que comprovem os benefícios da melatonina, auxiliem na liberação da substância no país. “Se essas pesquisas mostrarem benefícios no paciente chagásico, acredito que a Anvisa irá liberar.”

Para o pesquisador, ainda há muito a ser descoberto sobre o hormônio, alvo de ensaios entre médicos gregos ainda no século 1.

“A melatonina é quem regula tudo, a hora que cada hormônio deve entrar em ação. Filósofos antigos (Descartes) achavam que a glândula pineal era a sede da alma humana porque ela que conduzia os ritmos do organismo. E é ali que está a produção da melatonina.”

Fonte: BBC

Ajudar os outros é um ótimo antídoto contra a depressão

O trabalho voluntário melhora a saúde mental, reduz a depressão e confere bem-estar, de acordo com investigadores da Universidade de Exeter, no Reino Unido, que revisaram 40 estudos feitos ao longo de 20 anos.

 

A depressão é uma doença que atinge uma em cada cinco pessoas no mundo; 11,5 milhões de brasileiros, duas vezes mais mulheres do que homens.

A Organização Mundial da Saúde havia anunciado que em 2020 a depressão seria a primeira causa de adoecimento e de afastamento do trabalho, superando as complicações cardiovasculares. O prognóstico foi antecipado; isso vai acontecer em 2018. A razão é simples. “Muitos permanecem sem diagnóstico, com culpa ou medo do estigma e, pior, sob risco de suicídio”, afirma a psiquiatra Giuliana Cividanes, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Ela aponta a conturbada rotina e os hábitos contemporâneos como responsáveis pelo crescimento do número de casos. “As pessoas estão adoecendo menos pelos fatores genéticos e mais pelo jeito de viver”, explica a psiquiatra. Alimentação rica em produtos industrializados, sedentarismo, obesidade e stress desgastam as células, que liberam toxinas inflamatórias capazes de prejudicar várias partes do corpo, inclusive o cérebro.

Quanto mais cedo a depressão for detectada, mais rápida é a recuperação. Giuliana ressalta que nem sempre o deprimido consegue dar um passo sozinho para buscar tratamento. “Não adianta dizer a ele para ir ao médico. Um amigo ou familiar precisa marcar a consulta e levá-lo quando ele não tem forças para fazer isso.”

A mesma recomendação se estende às outras estratégias não convencionais. “Vá junto a uma aula de ginástica, por exemplo. Não espere a pessoa ter vontade”, sugere. A psiquiatra acredita que, se ela for levada a romper a dificuldade, a vontade aparece depois. “A repetição e o condicionamento ativam o cérebro, criando novas vias de comunicação entre os neurônios, o que pode ser transformador para quem se vê no fundo do poço.”

A ciência tem demonstrado que as atividades que põem o corpo em movimento e colocam a alma em conexão com o bem-estar, aberta para ajudar o outro, podem funcionar como remédio auxiliar. Evidentemente, só podem ser obtidos bons resultados quando esse tipo de ação está associado à prescrição correta de medicamentos, que corrigem a química cerebral, e à psicoterapia, que atua no sentido de modificar a forma de agir.É preciso recorrer a todos esses recursos para combater a doença.

Assim como meditar, o trabalho voluntário melhora a saúde mental, reduz a depressão e confere bem-estar, de acordo com investigadores da Universidade de Exeter, no Reino Unido, que revisaram 40 estudos feitos ao longo de 20 anos. Maria José Bebiano, 55 anos, de São Paulo, foi beneficiada por incorporar o voluntariado no seu tratamento.

Formada em comércio exterior, ela parou de trabalhar quando nasceu a primeira filha. Notou que a criança não se desenvolvia no mesmo ritmo que as outras que conhecia. Quando esperava o segundo filho, veio o diagnóstico: a menina tinha paralisia cerebral. A terceira filha, que nasceu dez anos após a primeira, apresentou o mesmo problema.

“Não me deixei abater. Eu me achava a supermulher. As duas faziam acompanhamento na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), e Maria José via com bons olhos a ação das voluntárias. Algumas vezes até colaborou com elas. Toda a sobrecarga de cuidar dos filhos – o que ela fingia não ver – a derrubou na mudança que fez. O marido havida sido convidado para trabalhar no México. Lá foram eles. “Os meus familiares me ajudavam muito e, de repente, eu perdera esse apoio. Acabei entrando em parafuso”, recorda.

O primeiro sinal que o corpo deu foi a oscilação brusca da pressão arterial. Ela perdeu a vontade de sair de casa. Um médico diagnosticou depressão. A reação de negação fez Maria José responder ao profissional: “Não tenho tempo pra isso. É frescura”. Teria que procurar um especialista, mas resistiu.

Para ela, psiquiatras eram médicos de louco. Como o quadro só piorava, não lhe restou opção e acabou concordando. O profissional receitou antidepressivo e psicoterapia. “Fiz o tratamento, mas em alguns dias a tristeza me dominava”, conta. Parecia que algo estava faltando para enfrentar aquele período difícil, que se estendeu pelos nove anos em que morou fora.

Quando voltaram, assumiu de vez o trabalho voluntário. Sua função era receber quem chegava à AACD pela primeira vez. “Acolher e cuidar de pessoas fragilizadas me obrigou a sair de mim e olhar o outro. Fui revertendo a dor e a tristeza com alegria e gratidão”, afirma.

As filhas dela estão bem; a deficiência não as impede de ter uma vida normal. “Eu comando hoje 200 voluntários e não me imagino fazendo outra coisa. Essa é a minha terapia. Sou boa no que faço porque faço com amor.” O que aconteceu com Maria José pode ser entendido com a leitura daquele trabalho da Universidade de Exeter. Os resultados dele foram publicados em 2013 no periódico BMC Public Health. Segundo a psiquiatra Giuliana, o contato social levou Maria José a produzir mais neurotransmissores, como a serotonina, e a ativar os fatores neuroprotetores que diminuem a degeneração celular. “Somos seres sociáveis, não há nada mais eficaz para estimular o cérebro do que a interação com outro humano”, ressalta a médica.

Fonte: Cláudia

Dormir bem melhora a memória e o desempenho do cérebro; veja dicas

Você já acordou e colocou o despertador para tocar a cada 5 ou 10 minutos depois, achando que ficaria mais disposto e descansado?

A neurologista Andrea Bacelar explicou que esses minutinhos a mais pela manhã podem não ser eficientes para melhorar o descanso e a disposição – o ideal é, se for o caso, adiar o despertador apenas uma vez para um período maior de tempo, como 20 ou 30 minutos, e logo após acordar de uma vez.

Para uma noite de sono ser considerada boa, no entanto, é preciso quantidade e qualidade – em média, os adultos que não têm problemas de sono dormem cerca de 7 horas ou 7 horas e meia por noite, mas alguns podem precisar de mais tempo do que outros. Uma dica da neurologista é planejar o sono, ou seja, ter horários regulares para dormir e acordar, inclusive aos finais de semana.

A pediatra Ana Escobar destaca que dormir bem é importante porque melhora a memória e o funcionamento do cérebro – isso porque, nesse momento, ocorre uma restauração do sistema nervoso central, quando os neurônios conseguem passar informações entre eles adequadamente.

Com isso, no dia seguinte, o cérebro consegue armazenar mais informações e a mente fica mais atenta e concentrada. Por outro lado, quem dorme pouco pode começar a ter sintomas como irritabilidade, redução do desempenho, alteração da memória, alteração da concentração, alteração do humor e fadiga, por exemplo. Além de deixar o adulto sonolento, a privação do sono pode levar até mesmo à depressão.

No caso das crianças, a falta de sono pode prejudicar o rendimento no dia a dia, o apetite, o humor e até o ciclo do crescimento.

Segundo especialistas, os pequenos estão dormindo em média duas horas a menos do que deveriam dormir por dia, mas muitos pais ainda têm dificuldade e sofrem para colocá-los para dormir, como mostrou a reportagem da Danielle Borba, de Sorocaba, no interior de São Paulo.

Até os 2 anos, o ideal é que os bebês durmam 14 horas por dia; dos 2 aos 5 anos, 12 horas; dos 5 aos 10 anos, 12 horas somente durante a noite; e dos 11 aos 16 anos, de 10 a 11 horas também apenas à noite. O problema, segundo a neurologista Andrea Bacelar, é que os pais costumam ser flexíveis com os horários de dormir dos filhos porque chegam tarde em casa e acabam deixando a criança ficar acordada até mais tarde.

Uma das causas mais comuns da falta de sono nos pequenos é o abuso de cafeína e o uso excesso de aparelhos eletrônicos e, para piorar, alguns pais começam a colocá-los para dormir com eles, deixam a televisão ligada e incentivam outros hábitos que são ruins.

A dica, portanto, é ajustar o ritmo do sono da criança à rotina da família – no momento que ela adota um hábito regular de acordar e dormir, fica mais fácil para ela crescer e se tornar uma adulta com esse mesmo ritmo. É preciso ainda retirar os aparelhos eletrônicos durante a noite, reduzir o consumo de alimentos com cafeína durante a tarde, apagar as luzes da casa para a criança identificar que é hora de dormir, colocá-la na cama sempre no mesmo horário e tentar manter essas regras também nos finais de semana.

Parkinson e Alzheimer
Parkinson e Alzheimer são doenças crônicas, irreversíveis, de aparecimento lento e progressivo, que afetam o sistema nervoso central em pessoas, em média, com mais de 60 anos. Elas causam uma perda progressiva de neurônios específicos, o que compromete a produção e a função de certos neurotransmissores.

As duas doenças alteram o sono e podem ser alteradas também pela falta de sono – é uma via dupla, como explicou a neurologista Andrea Bacelar. Por isso, é importante melhorar a qualidade do sono dos pacientes para reduzir as doses dos medicamentos usados nos tratamentos.

No caso do Alzheimer, a primeira e principal queixa é o esquecimento gradual, principalmente para fatos recentes, e também a mudança de comportamento. Muitas vezes, alterações do humor também já podem indicar o início da doença. Com o tempo, esse esquecimento passa a ser global e outras funções mentais também se comprometem, como a fala, escrita, habilidade para cálculos e orientação – até que o paciente não consiga mais realizar funções simples do cotidiano. A personalidade também se modifica, podendo haver agressividade, apatia, confusão mental, depressão e alucinações.

Já no Parkinson, o primeiro marcador da doença é um distúrbio chamado Transtorno Comportamental do Sono Rem, quando o paciente grita, bate e cai da cama, reagindo a um sonho. De acordo com as médicas, 50% das pessoas que têm Mal de Parkinson tem apneia do sono e mais de 50% têm insônia.

 

Fonte: Bem Estar