Especialista dá dicas para ajudar na transição a um novo ambiente
No começo do ano, é comum muitos pais se preocuparem em ajudar o filho a frequentar outra escola após terem sofrido bullying. A adaptação a um novo ambiente, por si só, já é um desafio para as crianças. Mas quando se trata de uma pessoa que já foi vítima de algum processo ligado à agressão física, moral ou psicológica, a situação é ainda mais delicada.
– Para ajudar a criança a enfrentar essa fase, é necessário conversar com pessoas-chaves da escola, pedindo seu apoio. No mínimo o coordenador pedagógico e o professor devem ser informados do histórico da criança, em particular de problemas e/ou traumas vivenciados por ela, para que possam ampará-la e compreender eventuais reações de medo e/ou isolamento. Em casa, os pais podem ajudar a reforçar habilidades emocionais e, principalmente, as sociais, como, apresentar-se a novas crianças para fazer amigos – sugere a fundadora da Associação pela Saúde Emocional de Crianças (ASEC), Tania Paris.
Outro ponto a ser levado em consideração é o cotidiano da escola. É indicado verificar se há programas que estimulem o desenvolvimento das competências emocionais de crianças e adolescentes, além de como os educadores tratam o bullying e os demais assuntos relacionados aos comportamentos autodestrutivos. Conversar com os pais que já passaram e superaram essa experiência também pode fazer a diferença.
– Sanar dúvidas, abastecer-se de informações e manter contato com os orientadores são estratégias positivas para apoiar seu filho. Assim, é possível iniciar uma nova história e fortalecer a saúde mental. Pode ser uma oportunidade da criança ter um aumento de autoestima, ao perceber que superou aquela fase, sentindo-se capaz de enfrentar obstáculos – comenta Paris.
Fonte: Pleno News