Guia de habilidades sociais para adultos

Há até pouco tempo, as crianças só levantavam a voz na aula para recitar a tabuada; hoje, os professores as incentivam a participar de assembleias e ensinam-lhes técnicas para apresentar seu trabalho em público. Antes, os castigos com o aluno virado para a parede eram habituais, agora os conflitos são resolvidos distribuindo empatia e os problemas são abordados em grupo. Há até pouco tempo, as habilidades sociais eram a Cinderela da educação e isso deixou uma marca nos adultos de ao menos algumas gerações que vivem hoje na Espanha.

“Algumas gerações aprenderam isso de maneira selvagem e marcada pelo entorno”, lamenta o psicólogo Enrique García Huete, diretor do gabinete Quality, que realiza oficinas sobre habilidades sociais. O que as novas gerações pensam dos gritos e grunhidos que trocam diante deles alguns dos membros mais veneráveis de suas comunidades? É o momento de sermos compreensivos, mas não permissivos. Quem não aprendeu habilidades sociais de pequeno, pode fazê-lo quando adulto. Estas cinco são um bom ponto de partida.

Saber dizer não, em três etapas
Isso acontece com os amigos (como negar-lhes algo?) e com as pessoas que têm o que García Huete chama de desejabilidade social, ou seja, que “são incapazes de dizer não para não ficarem mal, para que não lhes retirem o afeto”. Mas agir de maneira diferente da qual o critério próprio dita pode provocar frustração e incentivar os outros a tirar proveito dessa fraqueza.

García Huete propõe atingir o objetivo de aprender a dizer “não” em três etapas. Primeiro, entender o pedido do outro e empatizar (o que não é tão fácil), expressar algo positivo sobre a relação ou sobre a pessoa que está pedindo o favor. Segundo, definir um objetivo próprio, sem excesso de justificativas “porque as desculpas são armas para o contrário, que sempre pode encontrar um arranjo para elas, o que desmontaria nossa estratégia”. Terceiro, dar alternativas, oferecer opções mais alinhadas aos nossos interesses e que não envolvam concordar com o pedido inicial.

Por exemplo. Um amigo nos pede o carro emprestado para levar a avó ao cemitério, que não fica fora de mão, fica em outra província, e alega que é o aniversário do avô, e quem sabe será o último ano em que ela poderá comemorá-lo. A resposta apropriada, seguindo essas três etapas, seria, como indica García Huete: “Você tem que levar sua avó como for. Eu sou um dos que prefere não emprestar o carro. Mas se você achar conveniente, posso buscar vocês, deixá-los na estação e, na volta, vou novamente à estação para levá-los para casa”.

A magia das críticas construtivas
Criticar bem é uma das habilidades mais especiais que se pode ter, seu efeito quase parece uma questão de magia. Para ver os resultados, como enfatiza Carlton Fong, da Universidade do Texas, nos Estados Unidos (EUA), as críticas devem ser construtivas. Elas trazem “níveis mais altos de emoções agradáveis e níveis mais baixos de emoções desagradáveis” a ambas as partes, diz Fong. Nessa habilidade, a expressão facial e o tom de voz não são tudo, mas quase. Uma experiência relacionada à liderança empresarial concluiu que as críticas manifestadas em tom amável e cordial geralmente produzem uma sensação positiva naqueles que as recebem, enquanto as boas notícias manifestadas de modo distante tendem a deixar frio o interlocutor.

Vale a pena ter presente que, devido à acústica do crânio, ouvimos nossa voz diferente do que os outros… Por que não ouvi-la em uma gravação e aprender a domá-la? Fazer isso pode ser um bom investimento do nosso tempo. Para Mark Mulligan, professor da Universidade de Harvard (EUA), a retroalimentação produzida por boas críticas “desenvolve importantes habilidades acadêmicas e para a vida” e nos torna “genuinamente receptivos aos comentários de outras pessoas”.

Como aceitar uma crítica construtiva (e contornar as outras)
Isso não pode ser ensaiado com microfone e fones de ouvido. Ao contrário das críticas que partem de nós, que podem ser preparadas com antecedência, as que recebemos dos outros tendem a nos pegar desprevenidos. Caso venham de alguém que consideramos (provavelmente o faça com boas intenções), é necessário “indagar e perguntar até que a pessoa entre em detalhes. A maioria das pessoas faz críticas gerais: ‘você é um insensato’ ‘você é um mau amigo’… Se não for explicada, não sei se alguém pode ou deve mudar seu comportamento”, diz o psicólogo. Uma vez detalhada a crítica, pode nos parecer justa ou injusta. No primeiro caso (por exemplo, se nos acusam de sermos impontuais consumados), o certo é aceitar a crítica, pedir desculpas, explicar os motivos e propor alternativas. No segundo, cabe soltar um “talvez você tenha razão”, sem mais.

Quando quem diz algo negativo sobre nós não nos interessa, trata-se de “interromper a crítica o mais rápido possível e que a relação fique bem”. García Huete nos remete a uma técnica chamada banco de nevoeiro: “Consiste em aceitar parcialmente a crítica e oferecer alternativas ambíguas. Por exemplo: ‘Posso ter me comportado de forma inaceitável, tentarei não fazer mais isso’. A crítica não foi aceita, mas o outro pensa que sim, nem dei nenhuma alternativa concreta”. Primeiro de tudo, muita calma, e ainda mais diplomacia.

Falar em público e ser ouvido
Em 2017, David Deming, da Universidade de Harvard, escreveu em um estudo que “o mercado de trabalho recompensa cada vez mais as habilidades sociais. Entre 1980 e 2012, os empregos que exigem altos níveis de interação social cresceram quase 12 pontos percentuais como parte da força de trabalho dos Estados Unidos”. Uma das habilidades mais úteis que se pode demonstrar nesse ambiente é falar bem em público (tampouco é demais ter lábia para outras situações da vida).

Existem manuais inteiros dedicados ao assunto, mas, em termos gerais, a primeira coisa que deve ser alcançada para ter sucesso na oratória é combater a ansiedade e os medos para enfrentar o transe. A partir daí, “é preciso controlar o tom de voz, que seja um pouco elevado, as inflexões, dar ao discurso uma velocidade adequada e estruturar o conteúdo: introdução, gerar expectativas, desenvolvimento e conclusões”, enumera García Huete.

A arte de perguntar para fazer novos amigos
Os bares não fazem sucesso por acaso. Entre as muitas razões que explicam que podem se tornar negócios muito lucrativos é o fato de serem lugares onde a socialização é simples. A atmosfera descontraída, a música e o álcool fazem as interações sociais fluírem com notável facilidade. Na verdade, deveríamos ter desenvoltura suficiente para que as novas relações surjam em qualquer ambiente.

Mas nem sempre é fácil. Por exemplo, quem não se viu na situação de querer tomar um café com um colega de trabalho de que gostamos, e a proposta, lançada de maneira abstrata, nunca é realizada. Para iniciar um diálogo com essa pessoa interessante, García Huete propõe desenvolver a arte de perguntar: “Fazer perguntas abertas, interessando-nos pela outra pessoa, alternando-as com informações gratuitas; fazer algum comentário, mesmo que não tenha sido solicitado, para transformar a interação em um diálogo, não em um interrogatório”.

 

Fonte: ElPais/Miguel Ángel Bargueño

Transforme a sua relação com a comida

A idealização do “corpo perfeito” leva a transtornos que afetam a saúde. Aprenda a evitar esses problemas e a cultivar uma relação feliz com as refeições.

Os transtornos alimentares são a ponta do iceberg de algo mais abrangente e preocupante que assola toda a sociedade: nossa relação com a comida nunca foi tão ruim. Vivemos num mundo com índices alarmantes de sobrepeso e obesidade — mais de 50% dos brasileiros estão com quilos a mais, por exemplo. Ao mesmo tempo, seja em capas de revista, seja nas redes sociais, há uma eterna cobrança por um corpo perfeito, sem nada fora do lugar. “Estamos dentro de uma cultura neurótica, com uma pressão social constante pela magreza”, analisa a nutricionista Marle Alvarenga, idealizadora do Instituto Nutrição Comportamental, em São Paulo.

Ao mesmo tempo, dá pra notar certo desprezo coletivo pelas refeições: nossos almoços e jantares ficam cada vez mais curtos e impessoais. Comemos olhando para a tela de celulares, computadores e televisões. Os pratos já aparecem prontos: basta pedir pelo aplicativo que o motoboy entrega na porta de casa ou tirar o congelado da geladeira e botar dois minutos no micro-ondas.

“E isso sem contar a total perda de autenticidade: não temos ideia de como muitos alimentos são preparados. O que é um nugget senão um monte de conservantes, estabilizantes e um pouco de frango?”, questiona o historiador Henrique Soares Carneiro, coordenador do Laboratório de Estudos Históricos das Drogas e da Alimentação da Universidade de São Paulo (USP).

Para piorar, um grande volume de produtos industrializados peca no quesito saúde: estão empanturrados de sal, gordura e açúcar, ingredientes que dão sabor e cujo excesso pode promover ganho de peso, hipertensão, colesterol alto, diabetes…

“Esses alimentos estimulam demais nossas papilas gustativas e nos deixam com vontade de comer de novo para repetir aquela mesma sensação”, destrincha a nutricionista Ana Carolina Pereira Costa, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo (IPq-HC).

Alimentos mocinhos e vilões
Ironicamente, a exigência do corpo perfeito leva a um cenário oposto: a preocupação exagerada com o valor nutricional de cada ingrediente. O pãozinho vira apenas um reduto de carboidratos. Brócolis só valem a pena por serem ricos em antioxidantes. E por aí vai.

Essa neura com a saúde, aliás, tem outro efeito colateral: a noção maniqueísta de que existem alimentos mocinhos e vilões. Tem hora que o glúten é o responsável pelos males que atingem a humanidade. Depois, a culpa recai sobre a lactose. Em paralelo, aparece a dieta detox como resposta para tudo. Na sequência, basta apostar no óleo de coco ou nos suplementos de magnésio. Parece que a gente está sempre à procura de respostas mágicas para problemas complexos.

Enquanto isso, a verdade segue diante de nosso nariz: uma alimentação equilibrada e variada, junto da prática regular de atividade física, até nos permite regalias à mesa de vez em quando. “O que é mais saudável: um bolo de chocolate ou uma maçã? Depende do contexto”, raciocina Ana Carolina. Se você estiver numa festa de aniversário cheio de vontade de experimentar um pedaço de bolo, comer apenas uma fruta não vai deixá-lo satisfeito… “A saúde envolve corpo, mente e a nossa relação com os outros”, completa.

Familiares e amigos contra os transtornos alimentares
Ok, deu pra entender que cozinhas e salas de jantar não são ambientes tão cômodos e aconchegantes quanto antigamente. Todo mundo é de alguma maneira afetado por isso no dia a dia. Mas por que somente uma parcela mínima das pessoas vai desenvolver um transtorno alimentar?

“Aqui entram na conta fatores genéticos, questões familiares e psicológicas, que se somam e levam ao desenvolvimento de quadros como a anorexia ou a bulimia”, responde Marle Alvarenga. Indivíduos cujos pais são muito rígidos e preocupados com a aparência, por exemplo, têm maior tendência a desenvolver esses quadros.

Para prevenir essas condições ou evitar seu agravamento, devemos prestar atenção em como encaramos os momentos à mesa e buscar ajuda de um profissional quando necessário. Em muitos casos, familiares e amigos podem dar o suporte e levar o paciente para a primeira consulta, pois ele não consegue visualizar o problema.

“Estima-se que aconteça uma demora de três a cinco anos entre o início dos sintomas e o diagnóstico”, informa o psiquiatra Eduardo Aratangy, supervisor do IPq-HC. Tempo demais desperdiçado: sabe-se que o acompanhamento feito por uma equipe composta de médicos, psicólogos e nutricionistas é essencial para apaziguar e reverter os distúrbios.

Claro que todos nós também podemos (e devemos) tomar medidas para melhorar nossa relação com a comida. O primeiro passo é entender que cafés da manhã, almoços e jantares são um momento sagrado para o corpo. Dentro de sua agenda de compromissos, planeje os pratos com cuidado e carinho.

Na hora do preparo, dê preferência aos ingredientes frescos — se forem frutas e verduras, veja se está na temporada de colheita, o que garante mais sabor e nutrientes. Por fim, visite feiras livres, mercados e empórios. “Comer bem não é necessariamente caro”, lembra Joana Novaes. Sim, a simplicidade é um ingrediente-chave para refeições mais completas e felizes. Reflita e… bom apetite!

Fonte: Saúde

Gratidão: um grande benefício à saúde da mente

Expressar agradecimento pode ser uma das maneiras mais simples de se sentir melhor.

A palavra gratidão deriva da palavra latina gratia, que significa graça, graciosidade ou gratidão (dependendo do contexto). De certa forma, a gratidão abrange todos esses significados. A gratidão é uma apreciação agradecida pelo que um indivíduo recebe, seja tangível ou intangível.

“Com gratidão, as pessoas reconhecem a bondade em suas vidas. ”
No processo, as pessoas geralmente reconhecem que a fonte dessa bondade está pelo menos parcialmente fora de si. Como resultado, a gratidão também ajuda as pessoas a se conectarem com algo maior que elas como indivíduos – seja com outras pessoas, natureza ou um poder superior.

Na pesquisa de psicologia positiva, a gratidão está fortemente e consistentemente associada a uma felicidade maior.

“A gratidão ajuda as pessoas a sentir emoções mais positivas, saborear boas experiências, melhorar sua saúde, lidar com as adversidades e construir relacionamentos fortes.”
As pessoas sentem e expressam gratidão de várias maneiras. Elas podem aplicá-las ao passado (recuperar lembranças positivas e agradecer por elementos da infância ou bênçãos do passado), ao presente (não tendo a boa sorte como certa) e ao futuro (mantendo uma atitude esperançosa e otimista). Independentemente do nível inerente ou atual da gratidão de alguém, é uma qualidade que os indivíduos podem cultivar com sucesso.

Pesquisa sobre gratidão
Dois psicólogos, Robert A. Emmons, da Universidade da Califórnia, Davis, e Michael E. McCullough, da Universidade de Miami, fizeram muitas pesquisas sobre gratidão. Em um estudo, eles pediram a todos os participantes que escrevessem algumas frases por semana, concentrando-se em tópicos específicos.

Um grupo escreveu sobre coisas pelas quais se sentiam gratos que ocorreram durante a semana. Um segundo grupo escreveu sobre irritações diárias ou coisas que os desagradavam, e o terceiro escreveu sobre eventos que os afetaram (sem ênfase em serem positivos ou negativos). Após 10 semanas, aqueles que escreveram sobre gratidão ficaram mais otimistas e se sentiram melhor com suas vidas. Surpreendentemente, eles também se exercitaram mais e tiveram menos visitas a médicos do que aqueles que se concentraram em fontes de agravamento.

Outro pesquisador líder nesse campo, o Dr. Martin E. P. Seligman, psicólogo da Universidade da Pensilvânia, testou o impacto de várias intervenções de psicologia positiva em 411 pessoas, cada uma comparada com uma tarefa de escrever sobre memórias antigas. Quando a tarefa da semana era escrever e entregar, pessoalmente, uma carta de gratidão a alguém que nunca havia sido devidamente agradecido por sua gentileza, os participantes imediatamente demonstraram um grande aumento nos índices de felicidade. Esse impacto foi maior que o de qualquer outra intervenção, com benefícios que duraram um mês.

Certamente, estudos como este não podem provar causa e efeito. Mas a maioria dos estudos publicados sobre esse tópico apóia uma associação entre gratidão e bem-estar de um indivíduo.

Outros estudos analisaram como a gratidão pode melhorar os relacionamentos. Por exemplo, um estudo de casais descobriu que os indivíduos que se dedicaram a expressar gratidão pelo parceiro não apenas se sentiram mais positivos em relação à outra pessoa, como também se sentiram mais à vontade para expressar preocupações sobre o relacionamento.

“Os gerentes que se lembram de dizer “obrigado” às pessoas com as quais trabalham, perceberão que esses funcionários se sentem motivados a trabalhar mais. ”
Pesquisadores da Wharton School da Universidade da Pensilvânia dividiram aleatoriamente seus captadores de recursos em dois grupos. Um grupo fez telefonemas para solicitar doações de ex-alunos da mesma maneira que sempre fizeram. O segundo grupo – designado para trabalhar em outro dia – recebeu uma palestra animada do diretor de doações anuais, que disse aos captadores que estava agradecida por seus esforços. Durante a semana seguinte, os funcionários da universidade que ouviram sua mensagem de gratidão fizeram 50% mais chamadas de captação de fundos do que aqueles que não ouviram.

Existem algumas exceções notáveis aos resultados geralmente positivos em pesquisas sobre gratidão. Um estudo descobriu que as mulheres de meia-idade divorciadas, que mantinham diários de gratidão, não estavam mais satisfeitas com suas vidas do que aquelas que não mantinha diário algum. Outro estudo constatou que crianças e adolescentes que escreveram e entregaram uma carta de agradecimento a alguém que fez a diferença em suas vidas podem ter deixado a outra pessoa mais feliz – mas não melhoraram seu próprio bem-estar. Esse achado sugere que a gratidão é uma conquista associada à maturidade emocional.

Maneiras de cultivar gratidão
A gratidão é uma maneira de apreciar o que se tem, em vez de sempre buscar algo novo na esperança de se tornar mais feliz ou pensar que não pode se sentir satisfeito até que todas as necessidades físicas e materiais sejam atendidas. A gratidão ajuda a se concentrar no que se tem e não no que falta. E, embora possa parecer artificial a princípio, esse estado mental se fortalece com o uso e a prática.

Aqui estão algumas maneiras de cultivar gratidão regularmente.

Escreva uma carta de agradecimento

Você pode se sentir mais feliz e nutrir seu relacionamento com outra pessoa escrevendo uma carta de agradecimento, expressando sua satisfação e apreciação pelo impacto dessa pessoa em sua vida. Envie, ou melhor ainda, entregue e leia, pessoalmente, se possível. Crie o hábito de enviar pelo menos uma carta de gratidão por mês. De vez em quando, escreva uma para si mesmo.

Agradeça a alguém mentalmente

Não tem tempo para escrever? Então, separe alguns minutos e apenas pense em alguém que fez algo de bom por você e agradeça, mentalmente, ao indivíduo.

Mantenha um diário de gratidão

Crie o hábito de anotar ou compartilhar com seus entes queridos os pensamentos sobre os presentes que você recebe todos os dias.

Conte (numere) suas bênçãos

Escolha um horário toda semana para sentar e escrever sobre suas bênçãos – refletindo sobre o que deu certo ou o que você agradece. Às vezes, ajuda a escolher um número – como três a cinco coisas – que você identificará a cada semana. Ao escrever, seja específico e pense nas sensações que sentiu quando algo de bom aconteceu com você.

Orar

Pessoas religiosas podem usar a oração para cultivar gratidão.

Meditar

A meditação da atenção plena envolve focalizar o momento presente sem julgamento. Embora muitas vezes as pessoas se concentrem em uma palavra ou frase (como “paz”), também é possível se concentrar no que você agradece (o calor do sol, um som agradável etc.).

***

Artigo originalmente publicado no site da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard livremente traduzido e adaptado por Mariana França.

Fonte: bemdoestar.org

Cuidarte lança Grupo de Treinamento de Habilidades

A Clínica Cuidarte passa a ofertar Grupo de Treinamento de Habilidades – Grupo Consciência, Coragem e Amor: treinamento de habilidades para uma vida que vale a pena ser vivida. O treinamento ensina a regular as próprias emoções e melhorar a capacidade de resolver problemas no dia a dia. Com isso, melhora o vínculo com as pessoas que são importantes na vida.

O grupo Consciência, Coragem e Amor é um tratamento baseado na Terapia Comportamental Dialética (DBT), que tem demostrado evidências científicas para uma série transtornos de desregulação emocional, como transtorno de personalidade boderline, distúrbios alimentares, transtorno por uso de substâncias, transtorno bipolar, depressão crônica, problemas para regular a raiva, transtornos de ansiedade, dentre outros.

De acordo com o psicólogo da Cuidarte, Flávio Júnior, a falta de habilidades para lidar com emoções faz com que pessoas com desregulação emocional tenham comportamentos extremos de impulsividade ou passividade, os quais aliviam um pouco o sofrimento sentido, mas trazem consequências não desejadas – geralmente o afastamento de pessoas queridas, e, às vezes, riscos à própria vida.

“Para estas pessoas, é muito difícil tolerar aquilo que sentem e escolher como reagir. Isso decorre de predisposições biológicas combinadas a experiências de vida traumáticas, vivenciadas em um ambiente que não soube validar as respostas emocionais da pessoa, tampouco ensinar-lhe formas efetivas de lidar com emoções e com problemas do dia a dia”, comenta o especialista.

O grupo de habilidades é dividido em quatro módulos:
• Mindfulness: prestar atenção ao momento presente de forma intencional adotando uma postura não julgadora.
• Tolerância a crises: passar por momentos difíceis sem piorar as coisas.
• Regulação emocional: identificar, entender e gerenciar suas emoções.
• Eficácia interpessoal: afirmar suas necessidades, comunicando-se efetivamente e mantendo relacionamentos.

Para participar do grupo, os interessados devem entrar em contato com a recepção da Cuidarte. O grupo possuirá oito integrares, com sessões que durarão em média 2h30, durante quatro meses. As sessões ocorrerão no formato de aulas vivenciais e é necessário os participantes estarem em terapia para que o aprendizado das habilidades possam ser generalizados para vários contextos da vida.

Profissionais que intermediarão o Grupo Consciência, Coragem e Amor: treinamento de habilidades para uma vida que vale a pena ser vivida possuem capacitação em Terapia Comportamental Dialética DBT. São eles: Flávio Júnior – CRP 21º 02842 (Esp. em Terapias Comportamentais Contextuais) e Kyslley Urtiga – CRP 21/00516 (Psicóloga Clínica, especialista em Gestalt-terapia, terapeuta sexual e do sono).

Inscrições:
86.3232-3209
86.3232-0327
86.99443-4917 (WhastApp)

Música ajuda no tratamento de pacientes com dores crônicas, diz estudo

Música reduz não só a dor, mas também os sintomas depressivos e ansiosos desses pacientes.

A música é conhecida por ter um poder muitas vezes relaxante e isso tem feito com que ela seja usada até mesmo como auxílio no tratamento de pessoas que sofrem com dores crônicas. Mas será que vale mesmo investir nesses sons nesses casos?

Pesquisadores mexicanos decidiram investigar se ela de fato reduz a dor nesses pacientes, revisando estudos em que a música foi usada como forma de intervenção para a dor em humanos.

Como o estudo foi feito

Cientistas escolheram 14 ensaios controlados randomizados que tinham entre 25 e 200 pacientes;

Ao analisar cada um dos estudos, eles perceberam que a música em geral reduziu de forma significativa a dor crônica, ansiedade e depressão nos pacientes desses estudos;

Eles ainda perceberam que o gênero ou a familiaridade da pessoa com a música não eram importantes, mas o fato de a pessoa escolher a música ouvida era melhor para os resultados.

O que torna uma dor crônica?

Dores crônicas são aquelas sentidas a maior parte do tempo por mais de três meses. Entre as mais comuns estão as nas costas, na cabeça, as musculoesqueléticas e as neuropáticas. Cerca de 40% dos brasileiros sofrem de dores crônicas, de acordo com um estudo realizado pela SBED (Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor).

A prevalência maior é entre as mulheres, que se queixam principalmente de dores difusas, em várias regiões do corpo. Já a dor nas costas é a mais comum entre os homens.

Fonte: UOL

TRASN-FORMA-AÇÃO é apresentado a equipe do CIASPI

O programa TRANS-FORMA-AÇÃO (Terapia em Grupo), parceria entre o Instituto de Assistência à Saúde do Servidor Público do Estado do Piauí (IASPI) e a Clínica Cuidarte, foi apresentado no Centro Integrado de Atenção ao Servidor Público do Estado do Piauí (CIASPI) nesta quarta-feira (29.01), pela diretora geral do Instituto, médica oncologista Daniele Aita, e pela psicóloga Kyslley Urtiga, responsável pela clínica.
Para a diretora do CIASPI, Flaviana Veras, a oferta desse novo serviço do IASPI vai complementar a série de programas já oferecidos pelo Centro aos servidores estaduais. São cerca de sete programas, incluindo Pilates, mutirões de saúde, ginástica laboral, programa específico para cuidar da voz de professores, etc, todos voltados para a saúde do servidor.
“Esse novo benefício, porém, vai complementar nossas atividades, dando à equipe do CIASPI e ao servidor, de um modo geral, a oportunidade de cuidar também da sua saúde mental, facilitando o acesso ao atendimento psicológico com profissionais especializados”, elogiou Flaviana durante  a apresentação do projeto.
Ao falar do programa, Daniele Aita explicou que os grupos devem ser de no máximo 10 pessoas, têm ação continuada, ou seja, encerrado um grupo, começa outro, sempre conduzidos por um profissional especializado na temática escolhida, incluindo temas como sexualidade feminina e masculina, distúrbios do sono, autoconhecimento, distúrbios alimentares, combatendo a solidão. São 19 grupos temáticos, 30 profissionais da Clínica Cuidarte e as inscrições já estão abertas”, afirmou.
Em seguida a psicóloga Kislley Urtiga explicou à equipe do CIASPI todos os temas, destacando que após a inscrição o usuário passa por uma entrevista individual com o psicólogo na qual será cadastrada e efetivada a inscrição e a programação de acompanhamento. “Também podem ser agendadas sessões individuais, conforme a necessidade de cada indivíduo, bem como poderá haver a migração de um grupo para outro, se for o caso, se houver interesse”, detalhou Kyslley Urtiga.
O TRANS-FORMA-AÇÃO é mais um benefício do IASPI Saúde ao usuário,  sem qualquer custo adicional em sua contribuição. O IASPI Saúde e o Governo do Estado se preocupam com a saúde mental das pessoas e o programa busca ampliar esse canal de comunicação com a sociedade, abrindo mais um  benefício com o compromisso social de cuidar da saúde mental dos seus usuários. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo site www.clinicacuidarte.com.br.
Fonte: Iaspi Saúde – IAPEP

Como identificar as emoções e sentimentos

Experienciando e expressando emoção

As emoções fazem parte do nosso dia a dia. Às vezes, pode parecer que nossos sentimentos controlam como pensamos e agimos a ponto de sentir que não estamos no controle. Experimentar e expressar emoções são partes integrais da vida. Mas, para muitas pessoas, as emoções permanecem misteriosas, confusas e difíceis de expressar construtivamente.

Aceitando e valorizando seus sentimentos
Freqüentemente, existe um forte relacionamento entre os eventos da sua vida e seus sentimentos – por exemplo, sentir tristeza em resposta à perda ou sentir felicidade em resposta a algo desejável. Às vezes, os sentimentos se relacionam com eventos passados ou mesmo com expectativas para o futuro. Por exemplo, a mágoa por algo que aconteceu recentemente pode trazer tristeza a outras perdas passadas. Muitos estudantes podem se sentir ansiosos com suas futuras escolhas de carreira. Em vez de ignorar ou expressar impulsivamente seus sentimentos, é importante pensar neles para que você possa aprender e melhorar suas reações. Quando estiver sentindo alguma coisa, considere se perguntar os seguintes tipos de perguntas:

O que é esse sentimento?

O que esse sentimento está me dizendo sobre essa situação?

Por que esse sentimento está acontecendo agora?

Identificando Sentimentos
Aprender a identificar a conexão entre seus sentimentos e eventos específicos (ou estressores) em sua vida pode levar tempo, mas é importante aprender a lidar com as emoções de maneira saudável. Aqui estão algumas coisas a considerar ao aprender a identificar seus sentimentos:

Você pode perceber uma reação física ou corporal a uma emoção (por exemplo, o medo pode parecer um nó no estômago ou um aperto na garganta; o embaraço pode fazer com que corar).

Suas respostas corporais podem indicar um padrão (por exemplo, sentir-se nervoso antes de iniciar todos os exames).

Os sentimentos também estão conectados ao seu comportamento. Se você não tem certeza de como se sente, mas percebe que está agindo de maneira a enviar uma mensagem clara a outras pessoas, pode deduzir o que está sentindo com seu comportamento. Por exemplo, se você tem uma expressão facial de raiva ou tom de voz quando está conversando com um amigo em particular, pode ser que você esteja com raiva ou frustrado com essa pessoa sem reconhecê-lo. Fazer a conexão entre os eventos da vida e seus sentimentos é muito útil. Continuando com o mesmo exemplo, depois de reconhecer seus sentimentos, você poderá entender e articular mais claramente suas preocupações com seu amigo.

Interpretações e percepções
Muitas vezes, os sentimentos se relacionam mais às suas interpretações dos eventos do que aos próprios eventos. Embora seja natural pensar que você está respondendo apenas aos eventos da sua vida, você faz interpretações ou julgamentos desses eventos com base em suas percepções do evento ou da pessoa. Quando você para, para pensar sobre isso, cada evento pode gerar uma variedade de respostas emocionais; sua interpretação ajuda a vincular uma resposta emocional específica a esse evento.

Suas interpretações podem parecer tão rápidas (ou automáticas) que você pode não perceber que elas estão acontecendo. Quando sua reação emocional é desproporcional ao evento, provavelmente é devido à sua interpretação rápida e não detectada desse evento, mais do que ao próprio evento. Examinar isso ainda mais pode ajudá-lo a ter uma perspectiva de suas reações emocionais. Aqui estão algumas interpretações autodestrutivas comuns e recorrentes:

Pensamento dicotômico. Dessa maneira, você interpreta os eventos como extremos (tudo ou nada). Em outras palavras, os eventos são maravilhosos ou terríveis, sem o reconhecimento das áreas cinzentas intermediárias.

Personalização excessiva. Aqui, alguém conclui que o comportamento ou o humor de outra pessoa é por causa deles. Portanto, quando um amigo está de mau humor, a pessoa assume que deve ser culpa deles.

Generalização. É quando alguém dá mais impacto a algo do que realmente tem. Por exemplo, alguém pode assumir que é um aluno horrível porque se sai mal em um teste.

Filtragem. É quando ampliamos eventos negativos e descontamos eventos positivos. Por exemplo, um aluno só pode prestar atenção a um comentário negativo após uma apresentação em classe, em vez de considerar muitos outros comentários positivos.

Raciocínio emocional. Isso envolve confundir suas emoções com a verdade. Por exemplo, se você se sentir sozinho, determina que não é digno de relacionamentos ou amigos. Reconhecer essas tendências autodestrutivas pode ser difícil, mas não o define como pessoa. Eles podem nos ajudar a aprender a expressar nossos sentimentos com mais precisão e produtividade.

Expressando seus sentimentos
Antecedentes culturais, valores familiares e muitos outros fatores podem influenciar a maneira como expressamos emoções. Normalmente, aprendemos a expressar nossas emoções de duas maneiras principais: expressá-las diretamente para outra pessoa (por exemplo, em um confronto pessoal) ou ocultar os sentimentos e mantê-los para nós mesmos. Aprender maneiras de expressar nossas emoções que estão alinhadas com nossos valores culturais, enquanto ainda atendemos às nossas necessidades e sentimentos, pode ser útil tanto para nós mesmos quanto para o relacionamento com os outros.

Por exemplo, considere o cenário de um amigo próximo planejando se mudar para longe. Você pode se sentir triste, decepcionado ou até frustrado com essa mudança. Existem várias maneiras de você reagir:

Você pode estar tão chateado que deseja evitar o amigo até que ele se mexa.

Você pode ficar ocupado, ou ansiosamente buscar novas amizades para não se sentir sozinho ou triste.

No entanto, você também tem opções para expressar suas emoções de forma mais produtiva:

Você pode dizer ao seu amigo que sentirá falta dele.

Você pode fazer um esforço especial para vê-los mais antes de se mudarem.

Aqui estão algumas perguntas úteis a serem consideradas ao decidir como responder aos seus sentimentos:

A intensidade dos meus sentimentos corresponde à situação?

Tenho vários sentimentos aos quais preciso prestar atenção?

Que interpretações ou julgamentos estou fazendo sobre esse evento?

Quais são as minhas opções para expressar meus sentimentos?

Quais são as consequências de cada opção para mim?

Quais são as consequências de cada opção para os outros?

Que resultado estou esperando?

O que eu quero fazer?

E se eu não fizer nada?

Mesmo fazendo algo como respirar fundo ou dar um passeio para pensar pode ser uma maneira de responder aos seus sentimentos. Lembre-se de que você tem muitas opções para expressar emoções.

Compreendendo o impacto de sua cultura e família
Como mencionado anteriormente, nossas famílias e antecedentes culturais ajudam a moldar nossas atitudes sobre emoções, nossas habilidades para identificar emoções, nossos modos de interpretar eventos e nossos modos de expressar emoções. Muitas pessoas não se lembram de ter aprendido “regras familiares” sobre emoções, mas esses ensinamentos ocorreram, direta ou sutilmente. Um exemplo sutil pode ser o lugar em que os pais se distanciavam de você ou saíam da sala sempre que ficava com raiva, indicando que as expressões de raiva eram inaceitáveis. Em outras famílias, os pais podem gritar: “Não levante a voz para mim”, sugerindo uma regra contra a expressão de raiva da criança, mas transmitindo sutilmente a regra de que expressões de raiva dos pais são permitidas. Às vezes, aprender ou identificar as regras de sua família e cultura pode ajudar você a começar a reconhecer suas próprias reações e a fazer mudanças.

Alguns exemplos comuns de regras aprendidas / improdutivas para emoções:

Sempre trate os sentimentos de outras pessoas como mais importantes que os seus.

Nunca faça nada que possa causar conflito ou sentimentos negativos por outra pessoa.

Não expresse raiva.

Use a raiva para chamar atenção.

Ignore seus sentimentos.

Não confie nos outros com seus sentimentos; guarde-os para si mesmo.

Nunca confie em seus sentimentos; confie apenas na sua lógica.

Seja feliz o tempo todo.

Às vezes, também aprendemos reações emocionais “aceitáveis” baseadas em nosso gênero ou identidade sexual de nossas famílias quando, na realidade, uma expressão emocional saudável é importante para todos. Como adulto, você tem mais opções, incluindo a substituição das regras que não são úteis.

Aprender a experimentar seus sentimentos plenamente e expressá-los de maneira adaptativa e saudável não é um processo simples, mas existem alguns componentes-chave que podem ajudar. Em geral, é importante tornar-se um bom observador de seus sentimentos, aceitá-los e valorizá-los e atender ao que eles sinalizam para você. Preste atenção em como suas interpretações e pensamentos afetam como você se sente e também como as lições aprendidas em sua família sobre expressão emocional continuam a influenciar seu comportamento. Ao decidir como expressar como se sente, pense em todas as suas opções. E o mais importante, seja paciente. Não fique desanimado quando se deparar com esse processo. Aprender a experimentar e expressar suas emoções é um processo ao longo da vida.

***

Artigo originalmente publicado no site da Universidade de Illinois (EUA) livremente traduzido e adaptado pela equipe do Instituto Bem do Estar.

Fonte: bemdoestar

Dicas para as crianças aproveitarem as férias com saúde

Sempre muito aguardado, o período de férias escolares é um prato recheado de opções para as crianças. Principalmente durante o verão, com as atividades ao ar livre. Praia, parque, piscina… Enfim, são diversas as alternativas disponíveis para sair de casa e aproveitar a estação. Apesar disso, são necessários alguns cuidados com a saúde, evitado assim estragar o passeio.

Claro que criança precisa ser criança. Não é necessário trancar o filho em uma “bolha” para que nada aconteça. Como já diziam os mais velhos, quem nunca teve um joelho ralado provavelmente não brincou e se divertiu durante a infância. Mesmo assim, algumas dicas podem fazer toda a diferença.

Assim como os mais velhos, as crianças também precisam proteger a pele contra os raios ultravioleta. Por isso, o protetor solar é indispensável. Por isso, antes de sair de casa, não esqueça de aplicar uma boa camada no seu filho Ao brincar na piscina ou na praia, é recomendado reaplicar o produto a cada duas horas. Além disso, um boné também ajuda a complementar a proteção.

Correr com os amigos, jogar futebol… Enfim, situações não faltam para que aconteçam os tradicionais joelhos ralados. Claro, evitar é necessário, mas eles podem acontecer. Mas nada de desespero. Nem por isso é preciso desespero.

O primeiro passo é acalmar a criança e dar início ao tratamento. Mas não utilize soluções caseiras para isso, como passar açúcar ou pasta de dente no local do ferimento. O ideal é limpar bem a região com água corrente e sabonete neutro. É possível ainda fazer um curativo para manter a região protegida. Em caso de situações mais graves, antes de aplicar determinadas pomadas, é recomendado procurar um médico para uma avaliação correta da situação.

Queda

Subir em árvores é uma atividade divertida, mas arriscada. Afinal, uma queda pode se transformar em um problema mais sério, como um braço quebrado. Aqui, atenção e orientação ajudam. Apesar da resistência de algum, usar equipamentos de proteção ao andar de bicicleta, por exemplo, ajudam na missão. Se a criança bater a cabeça, porém, ligue o sinal de alerta. Verifique os sintomas após o acidente e, se necessário, procure um médico.

Alimentação

Durante a diversão, a alimentação não pode ser ignorada. Além de refeições mais leves e equilibradas, procure levar frutas durante o passeio. Assim, é possível evitar ao máximo o consumo de alimentos fritos e pouco nutritivos. Aliás, não esqueça da hidratação. Sol e atividade física exigem um consumo maior de líquidos.

Fonte: Estadão Conteúdo

Por que é tão difícil mudar hábitos que atrapalham a saúde?

Sabemos que, para a maioria das pessoas, é muito difícil mudar um hábito. Por que será? O que está relacionado às nossas rotinas que nos impede de realizar mudanças para melhor? Para a fisioterapeuta com foco em Saúde Integrativa, Frésia Sa, talvez, a resposta esteja nas nossas crenças e nos nossos traumas.

Alguns números podem nos ajudar a compreender por que mudar hábitos é algo diferente para cada pessoa: com relação à questão de tempo, existe uma pesquisa realizada que muda um pouco a lógica que é apregoada nas redes sociais e que já foi tema de livros. Segundo um estudo da Universidade Colege London, com 96 participantes, que durante 84 dias realizaram mudanças de rotina em diferentes graus, existem, também, diferentes tempos para a adesão de hábitos.

“Para hábitos simples, como beber um copo com água todas as manhãs, o prazo de 21 dias, que é o mais conhecido, funciona muito bem”, explica Frésia, “entretanto, conforme o hábito vai sendo mais intenso, ou necessite de mudanças mais drásticas que mexam conosco de formas mais profundas, o prazo vai, também, aumentando”.

A média desse estudo foi de 66 dias, com picos de 84 dias, no caso de mudanças mais complexas, como realizar 50 abdominais diariamente. “Para nós, que trabalhamos com saúde integrativa, ou seja, que reúne todas as áreas da vida e que também investiga traumas, crenças, as mudanças precisam estar alinhadas com a saúde corpo-mente para acontecerem de formam mais natural e, portanto, rápida”, lembra Frésia.

Mas, o que são hábitos?

A fisioterapeuta explica: “o que conhecemos por hábitos são ações repetidas que realizamos numa sequência automática com uma frequência que se torna uma rotina. Esta capacidade mecânica de realizar libera a mente, o que facilita muito a ação do sistema nervoso, pois a força vontade dispende muita energia, nos ocupando de maneira muito significativa. Seria como quando aprendemos a dirigir, no início gastamos uma energia muito maior pensando em cada etapa de como fazer. Depois quando isto vira um ‘hábito’ nossa mente fica livre para escutar uma música, conversar”, revela.

“Quase metade de tudo que fazemos são hábitos”, lembra Frésia, “portanto, se deseja transformar a sua vida, mudar os hábitos é um caminho bastante decisivo. Neste sentindo, usar o foco de maneira consciente para identificar que hábitos são construtivos ou limitadores para o seu propósito pode facilitar atingir a realidade que você deseja”.

Assim, a primeira decisão é identificar todas as características do padrão que deseja mudar na sua vida. os pontos principais que se deve analisar são: gatilho, rotina e recompensa. Então, o que desperta em você a ação mecânica? Como são as etapas destas ações? O que você ganha com esta repetição diária de ações?

Frésia explica que não há como eliminar um hábito completamente: “nesse sentindo, o mais inteligente seria substitui-lo. Para que você tenha sucesso nesta substituição é importante que você comece pequeno, isto é, escolha um hábito por vez e implemente pequenas novas ações repetidas e abuse das recompensas. Lembre-se você é aquilo que faz e pensa repetidamente, portanto escolha com bom senso aquilo que vai incorporar em sua vida, isto virá a ser um obstáculo ou um facilitador da vida que você tanto deseja”.

Quero mudar, mas minhas memórias não deixam

“Vamos pensar em um caso de alguém que tenha ouvido, a vida toda, que é preguiçoso, ou pouco esforçado, ou que nunca consegue nada do que quer. Desde criança. Essa crença, no caso, ficou gravada no inconsciente e essa pessoa possivelmente agirá, na vida, sem perceber, de forma preguiçosa e pouco esforçada. Não por vontade própria e, muitas vezes, nem mesmo por uma característica pessoal. Mas porque ela acredita que é assim”, revela a especialista.

Uma crença limitante pode ampliar o tempo de uma mudança de hábito ou, inclusive, invalidar a própria mudança! “O mesmo acontece com traumas. Alguém que sofreu um trauma em um assalto noturno, por exemplo, pode criar um hábito de não sair de casa à noite. E, caso o trauma não seja tratado, mudar esse hábito pode ser quase impossível. Estamos dando um exemplo prático, mas podemos ter traumas desconhecidos que nos limitam de forma inconsciente”, lembra Frésia.

Para ela, em casos como esses, o trabalho de Saúde Integrativa, que analisa todas as áreas da vida do paciente, e o uso da Microfisioterapia e do PSYCH-K®, por exemplo, que são ferramentas que Frésia utiliza, são fundamentais para tratar os traumas e as crenças e criar um programa de mudança de hábitos.

Fonte: Cidadeverde.com