Tem insônia? Saiba o que comer quando o sono não vem

Já adiantamos que chocolate, café, refrigerante e chá-verde têm substâncias excitantes e devem ser consumidos com cautela.

Quando o assunto é dificuldade para dormir, o que não comer às vezes importa mais do que o que comer. Chocolate, café, refrigerante e chá-verde, por terem substâncias excitantes, deixam você contando carneirinhos, e eles completam uma maratona na sua mente sem que você pregue o olho.

“Dietas muitos restritivas em carboidrato também favorecem noites em claro”, avisa Laís Murta. Mas existe uma lista de alimentos que dão day off para os bichinhos e garantem um bom descanso. Saiba quais são eles:

Soja orgânica
Se você passou dos 40, talvez tenha percebido algumas mudanças no sono. A isoflavona do grão é uma aliada das mulheres no climatério (pré-menopausa), que, por causa da queda nos níveis dos hormônios, não dormem muito bem.

Vários estudos já comprovaram esse poder – o mais recente, publicado na revista Nutrition, mostrou: as voluntárias que consumiam duas ou mais porções diárias de soja apresentavam uma probabilidade duas vezes maior de dormir as tão sonhadas oito horas por noite do que as que rejeitavam o grão.

Kiwi, cereja, ameixa
Fonte de melatonina, são frutas que funcionam como um sedativo natural – reserve-as especialmente para a noite. Laís sugere bater 1/2 kiwi com 1 punhado de cerejas congeladas.

Leguminosas
São facilmente digeridas, além de ótimas opções de proteína vegetal e, por isso, perfeitas para substituir a carne no jantar. Consuma grão-de-bico, lentilha ou ervilha (1 concha média) ou, ainda, tofu orgânico (1 fatia fina) e cogumelos (1 xícara/chá).

Fonte: Boaforma

Quer pegar no sono mais rápido? Adote esse hábito.

Pesquisadores da Universidade Baylor, nos Estados Unidos, tem uma sugestão para ajudar o sono a chegar mais cedo: reservar cinco minutos para escrever as coisas que deseja fazer nos próximos dias.

 

Você tem o hábito de ficar rodando e rodando na cama até pregar os olhos de vez? Pois pesquisadores da Universidade Baylor, nos Estados Unidos, tem uma sugestão para ajudar o sono a chegar mais cedo: reservar cinco minutos para escrever as coisas que deseja fazer nos próximos dias.

Em comunicado ao site da universidade, Michael Scullin, principal autor da pesquisa, comentou que, hoje, essa lista de tarefas só cresce – e aquilo que deixamos de realizar tende a nos causar preocupação justamente quando colocamos a cabeça no travesseiro. Por isso, ele quis checar se o ato de escrever essas informações (em vez de só pensar nelas) poderia amenizar a dificuldade de dormir.

Para a experiência, o cientista e sua equipe recrutaram 57 universitários para passar uma noite no laboratório da faculdade. Enquanto uma parte foi incentivada a escrever tudo aquilo que devia se lembrar de fazer nos próximos dias, a outra turma anotava as tarefas que havia completado nos dias anteriores.

Os especialistas esperavam um dos dois resultados: registrar sobre o futuro poderia aumentar a ansiedade em relação às tarefas não concluídas e, assim, prejudicar o sono, ou essa atividade ajudaria a descarregar tais pensamentos, facilitando o descanso.

Bem, os dados mostraram que a segunda hipótese prevaleceu. Quem botou no papel os planos para o futuro conseguiu dormir, em média, 9 minutos mais cedo, um valor considerado significativo pelos estudiosos.

 

Fonte: R7

Distúrbios do sono podem ser provocados por diversas causas

Estresse e a preocupação são os maiores inimigos de uma boa noite de descanso. Problema afeta a saúde e prejudica a qualidade de vida

A rotina estressante e o ritmo frenético das grandes metrópoles provocam noites de insônia em muitas pessoas. A insônia é considerada uma epidemia global que ameaça a saúde e a qualidade de vida de até 45% da população, conforme pesquisa da Associação Mundial de Medicina do Sono. A instituição alerta que o mundo vive uma epidemia de restrição ao sono e os distúrbios são um fator de risco para transtornos mentais, como depressão e ansiedade. Atualmente, já foram identificados mais de 100 tipos de transtornos que comprometem o sono. Os mais comuns são insônia, os distúrbios respiratórios e de movimento.

A estimativa é de que quatro em cada 10 pessoas não dormem bem e o pior é que, na maioria dos casos, não é identificada como uma doença tratável, pois menos de 10% das pessoas que apresentam esses sintomas reconhecem isso como um problema de saúde que requer tratamento. Para muitos, dormir mal faz parte do cotidiano. Os distúrbios do sono podem ser causados por diversas causas, sendo o estresse e a preocupação os maiores inimigos, além do estímulo provocado pelos smartphone e tablets. A luz das telas de aparelhos eletrônicos é considerada um dos grandes vilões do sono atualmente. É que a luminosidade alta prejudica na hora de dormir, por comprometer a produção do hormônio responsável pelo sono. Segundo especialistas, a melatonina é que avisa ao cérebro que é hora de dormir, mas a luminosidade afeta a sua produção. Por isso, a recomendação de que o uso desses equipamentos seja interrompido uma hora antes de ir para a cama.

As olheiras expressivas, a aparência de cansaço, o mau humor, a baixa imunidade, a falta de concentração e a queda na produtividade são apenas algumas das consequências da insônia. O tecnólogo em rede de computadores Wesley Pereira Martins, de 25 anos, sofre com os transtornos de sono desde os 5. “Quando criança, tive alguns episódios de sonambulismo, de acordo com meus pais, e, por várias vezes, andei pela casa durante a noite. Depois de adulto, passei a ter insônia decorrente do transtorno de ansiedade,” conta.

Os transtornos comprometem, consideravelmente, o cotidiano das pessoas, afetando, principalmente, o trabalho, deixando o insone mais preocupado e estressado. Wesley Martins afirma que procurou ajuda médica quando observou que a insônia estava interferindo na sua produtividade profissional. “Fiquei bastante improdutivo, pois chegava para trabalhar extremamente exausto, não tinha paciência com as pessoas, sentindo muitas dores de cabeça”, relata.

Caso atípico, o artista plástico Aluizio Figueiredo tem muitas dificuldades para dormir. “É um problema comum em toda a minha família.” Seu sono é interrompido várias vezes durante a noite, período em que ele aproveita para ficar ligado nas redes sociais, o que, segundo especialistas, é um grande erro porque o estímulo provocado pela luminosidade da tela do computador e do smartphone afeta o sono. Apesar de dormir pouco, Aluizio considera que essa privação em nada afeta seu dia a dia. Ele sofre de bruxismo e reconhece que esse pode ser um dos problemas. “Meus dentes estão gastos, mas não consigo usar a placa recomendada para evitar danos dentários.” Por não afetar seu humor e sua produtividade, Aluizio não procurou ajuda médica. “Não me atrapalha em nada, acordo cedo, sou muito bem-humorado”, pontua.

Interrupção do sono prejudica a saúde
Os quatro estágios ao dormir devem ser cumpridos, sendo cada um deles responsável por uma atividade diferente. Criar rotina para que cada um desses ciclos se complete é fundamental

Para identificar e tratar distúrbios do sono, é preciso primeiro entender o que é sono e sua função no organismo humano. É um período de restauração da capacidade física e mental. Existem reações hormonais e neurológicas que só ocorrem durante esse período. São quatro estágios de profundidade do sono, denominadas no meio médico como fases não REM, e a REM, cada qual com sua função específica. Todos devem ser exercidos em sua devida proporção.

Felipe Sales, neurologista do Hospital Vera Cruz, de Belo Horizonte, explica que o sono tem quatro fases, sendo cada uma delas responsável por uma atividade diferente. “Durante as três primeiras fases do sono, o corpo economiza energia, promove a restauração de tecidos, o aumento da massa muscular e libera o hormônio de crescimento. Na última fase do sono, conhecida como fase REM, ocorre a consolidação da memória e do aprendizado“, explica. Quando alguém está dormindo e é acordado, volta, imediatamente, à fase um do sono, comprometendo o processo, e qualquer interrupção gera prejuízo a curto e longo prazos.

A primeira etapa do sono (N1) é mais superficial, como um cochilo. Depois vem a N2, intermediária, quando se aprofunda, e a N3 é o sono mais profundo, que é o mais reparador. A fase REM é considerada o momento de sonho. Esse ciclo se repete entre quatro e cinco vezes durante a noite, conforme Drusus Perez Marques, neurologista do Hospital Vera Cruz.

De acordo com José Mól, psiquiatra da Clínica de Psiquiatria e Medicina do Sono, dormir tem que vir na quantidade certa e com boa qualidade. “Em nossa sociedade, isso está cada vez mais em débito”, afirma. O padrão, segundo o especialista, é que recém-nascidos durmam entre 14 e 18 horas, crianças entre 12 e 14 horas, adolescentes entre nove e 11 horas, adultos de sete a nove horas, e idosos entre seis e sete. “Dormir menos que seis horas por noite pode levar a pessoa a desenvolver doenças graves, como diabetes, hipertensão e outras enfermidades físicas”, alerta. Algumas substâncias hormonais somente são produzidas pelo organismo durante o período do sono, e a má produção deles pode influenciar o metabolismo durante o dia.

DIFICULDADES

A produtora cultural Adriana Soares Pinheiro começou a sentir dificuldades em dormir aos 14 anos. “Demoro muito para dormir, preciso descansar antes de pegar no sono. Quando me deito, começo a pensar sistematicamente no que fiz e o que tenho que fazer no dia seguinte e demoro a relaxar. Depois, acordo duas a três vezes durante a noite”, conta. A cada despertar, o retorno ao processo de dormir é demorado. “No período da tarde sinto um cansaço incontrolável, mas não consigo dormir.”

Adriana procurou um clínico geral, que sugeriu a ela praticar atividades físicas. Ela conta que passou a fazer caminhada e natação, mas de nada adiantou. Passou a tomar um medicamento indicado pelo médico. “Foram três dias e apenas dormia por três horas e acordava com enjoo”, lembra-se. Adriana buscou um outro especialista que lhe receitou gotas de Rivotril: “Comecei com três gotas por dia e fui evoluindo até 26 e de nada adiantou”. Decidiu abandonar o tratamento, mas reconhece que a falta de sono a incomoda. Adriana bebe socialmente e não fuma, mas se diz “muito agitada”.

Afetar a qualidade do sono por períodos longos pode levar a consequências mais graves, como hipertensão, doenças coronárias, infarto, AVC e alterações do humor: “As pessoas apresentam irritabilidade intensa por coisas banais, sem condições de resolver pequenos problemas familiares, pessoais ou profissionais”, explica Regina Lopes. A longo prazo pode levar à depressão, alterações da libido e impotência sexual. Outras enfermidades ocorrem durante o sono, como o bruxismo (ranger de dentes), sonambulismo – quando a pessoa anda pela casa, conversa dormindo –, e a paralisia, que ocorre normalmente na fase REM.

TRATAMENTO

Para tratar esses distúrbios do sono, é necessário um diagnóstico feito por especialistas. Cada caso precisa ser estudado. Em algumas ocasiões, é necessário fazer a polissonografia, exame realizado para detecção de possíveis alterações no sono. Segundo Regina Magalhães Lopes, médica do Hospital Mater Dei, pneumologista e especializada em sono pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, no caso de insônia, a primeira recomendação são os tratamentos higienistas. “As pessoas precisam valorizar mais o sono.” O ambiente deve ser escuro, silencioso, ter uma temperatura agradável, evitar o uso aparelhos eletrônicos como celular, computador ou TV na hora de dormir. Não fazer exercícios físicos à noite ou ingerir comida de difícil digestão no período noturno também são medidas que podem contribuir para evitar a insônia, além da ioga, fazer acupuntura e sonoterapia. E em outros casos são indicadas ações medicamentosas de indução ao sono.

Para Regina Lopes, a insônia, em muitos casos, pode ser consequência de algum evento marcante que deu início ao processo: “O fim de um casamento, um filho que saiu de casa, uma perda familiar de qualquer natureza. É preciso identificar pontualmente o que desencadeou o processo e buscar uma forma de relaxamento”. Para distúrbios respiratórios é utilizado o BiPAP, aparelho adaptado a uma máscara, ligada à eletricidade, que mantém desobstruídas as vias aéreas.

A técnica de estimulação magnética transcraniana, indicada para tratamento de depressão, tem resultados significativos na melhora do sono, explica José Mól: “É a primeira manifestação positiva. São sessões diárias de 20 minutos, no córtex frontal esquerdo, área do cérebro que tem função diminuída durante o quadro depressivo. A estimulação provoca os neurônios a voltarem ao ritmo normal, sem qualquer contraindicação ou efeitos colaterais”. São de 10 a 20 sessões e recomendáveis também para grávidas, idosos e cardíacos.

Você sabia?

» Insônia engorda: alguns estudos apontam que não dormir normalmente faz com que algumas substâncias, como a grelina (hormônio produzido pelo estômago e que dispara a sensação de fome), aumentem, enquanto outras, como a leptina (que inibe o apetite e estimula o gasto de energia), diminuam.

» Mulheres sofrem mais: para cada homem insone, há três mulheres que também não conseguem dormir. Não se sabe exatamente os motivos, mas acredita-se que elas sejam mais propensas ao estresse do que os homens, o que impacta a qualidade do sono.

» A insônia é mais frequente em idosos do que em adultos jovens: pessoas mais velhas têm 1,5 mais dificuldade de dormir do que adultos com menos de 65 anos. Segundo a Associação Brasileira do Sono (ABS), a prevalência de insônia no idoso varia de 19% a 38%.

» Quanto mais doenças, mais insônia: tanto homens quanto mulheres que sofrem de doenças cardiovasculares, artrite, obesidade, enfisema pulmonar, asma, diabetes, doença renal ou câncer têm muito mais chances de se tornar insones.

» Somente 30% dos adultos com dificuldade de dormir procuram ajuda profissional para resolver o problema: dos que procuraram tratamento, apenas 19% foram ao consultório não especificamente para discutir as dificuldades para dormir, mas sim as consequências disso, como queda no rendimento e queixas sobre a saúde de modo geral.

Tipos de insônia

» Insônia ocasional: dura apenas alguns dias, mas pode aparecer novamente de tempos em tempos. É causada por estresse agudo ou mudanças ambientais, como mudanças no fuso horário ou hospitalização.

» Insônia aguda ou transitória: pode durar de uma a três semanas. A frequência está associada a fatores estressantes mais sérios, como perdas pessoais agudas, traumas emocionais, problemas prolongados no trabalho/família ou doenças graves.

» Insônia crônica: dura mais do que três semanas. A frequência é causada por doenças clínicas ou psiquiátricas (como insuficiência cardiovascular, hipertireoidismo, asma ou depressão). Pode estar ligada ao uso de certos medicamentos, ao uso abusivo ou dependência de drogas ilícitas e de álcool ou transtorno primário do sono.

Impactos

» Sonolência diurna
» Fadiga
» Falta de energia
» Irritabilidade
» Ansiedade
» Falta de concentração e de memória
» Dores musculares
» Depressão
» Acidentes de trabalho
» Diminuição da libido
» Risco de depressão

Tipos de tratamentos

» Não farmacológico: sem uso de remédios. Os médicos usam a terapia comportamental cognitiva (TCC) para analisar pontos importantes do cotidiano do paciente. Após uma avaliação psicossocial, o TCC é feito em seis a oito sessões em grupos de até 10 pessoas. Além de informações sobre o problema, os insones são apresentados a técnicas para adaptar alguns comportamentos que podem estar atrapalhando o sono. De modo geral, o tratamento demora até quatro meses.

» Farmacológico: podem ser hipnóticos, antidepressivos ou tranquilizantes. O problema são alguns efeitos adversos, como dor de cabeça, náuseas, tonturas e, em alguns casos, dependência. Basicamente, os remédios atuam em receptores ou sub-receptores cerebrais que estimulam o sono. A escolha do medicamento, contudo, deve ser feita apenas pelo médico, uma vez que a insônia pode estar associada a outras doenças, como depressão. Nesses casos, a insônia é um sintoma, e não a doença propriamente dita.

Fonte: Associação Brasileira do Sono

Pós-bullying: Como apoiar seu filho em uma nova escola

Especialista dá dicas para ajudar na transição a um novo ambiente

No começo do ano, é comum muitos pais se preocuparem em ajudar o filho a frequentar outra escola após terem sofrido bullying. A adaptação a um novo ambiente, por si só, já é um desafio para as crianças. Mas quando se trata de uma pessoa que já foi vítima de algum processo ligado à agressão física, moral ou psicológica, a situação é ainda mais delicada.

– Para ajudar a criança a enfrentar essa fase, é necessário conversar com pessoas-chaves da escola, pedindo seu apoio. No mínimo o coordenador pedagógico e o professor devem ser informados do histórico da criança, em particular de problemas e/ou traumas vivenciados por ela, para que possam ampará-la e compreender eventuais reações de medo e/ou isolamento. Em casa, os pais podem ajudar a reforçar habilidades emocionais e, principalmente, as sociais, como, apresentar-se a novas crianças para fazer amigos – sugere a fundadora da Associação pela Saúde Emocional de Crianças (ASEC), Tania Paris.

Outro ponto a ser levado em consideração é o cotidiano da escola. É indicado verificar se há programas que estimulem o desenvolvimento das competências emocionais de crianças e adolescentes, além de como os educadores tratam o bullying e os demais assuntos relacionados aos comportamentos autodestrutivos. Conversar com os pais que já passaram e superaram essa experiência também pode fazer a diferença.

– Sanar dúvidas, abastecer-se de informações e manter contato com os orientadores são estratégias positivas para apoiar seu filho. Assim, é possível iniciar uma nova história e fortalecer a saúde mental. Pode ser uma oportunidade da criança ter um aumento de autoestima, ao perceber que superou aquela fase, sentindo-se capaz de enfrentar obstáculos – comenta Paris.

Fonte: Pleno News

Gestação x emocional

Uma a cada quatro gestantes sofre com problemas de saúde mental.
Duas perguntas ajudam a identificar possíveis desordens e garantir equilíbrio para mãe e bebê nessa fase tão importante da vida.

Apesar de gratificante, a gestação não é um período nada fácil. E para 25% das mulheres, ele pode ser ainda mais delicado, acompanhado de depressão e outros transtornos que afetam a mente. Foi o que mostrou um novo estudo do King’s College London, na Inglaterra.

Os pesquisadores avaliaram 545 mulheres acima dos 16 anos por meio de testes usados no diagnóstico de distúrbios psicológicos ou psiquiátricos. Eles descobriram primeiro uma prevalência considerável de ansiedade e depressão, que atingem 15% e 11% das grávidas, respectivamente.

Além disso, apareceram casos de transtornos alimentares, como anorexia e bulimia, em 2% das futuras mamães, e outras doenças menos comuns, incluindo os transtornos obsessivo-compulsivo, do estresse pós-traumático e até mesmo o bipolar. Vale dizer que as mulheres não desenvolveram as doenças por conta da gravidez, mas uma coisa está bem ligada à outra, uma vez que problemas do tipo podem interferir na saúde da mãe e do filho até a adolescência.

“O maior foco das pesquisas até agora sempre foi nas variações de humor típicas desse período, mas os profissionais de saúde também precisam estar prontos para identificar a presença de desordens mentais na gestante”, explica Louise Howard, psiquiatra e autora principal da pesquisa. A ideia dos cientistas é que o trabalho não só reforce a importância dessa investigação, mas aponte um caminho mais simples para ela.

Duas perguntas
O estudo comparou métodos mais complexos de diagnóstico de desordens do tipo com o método de Whooley, que usa apenas duas questões para averiguar se há algum risco para a saúde mental escondido em uma simples tristeza ou comportamento diferente:

No último mês, você se sentiu incomodada por estar triste, para baixo ou desesperançosa?
No mesmo período, você sentiu menos prazer ou interesse em fazer as coisas que faz geralmente?
Se a resposta para essas perguntas for sim, a recomendação é que o médico apure melhor a situação e, se necessário, encaminhe a gestante para outro profissional, como um psiquiatra ou psicólogo. Mais importante do que isso é, ainda, garantir um espaço seguro para que a mulher possa se abrir e perguntar sobre a saúde mental sem fazer julgamentos.

Diagnosticar precocemente, dar suporte e acompanhar cada caso é a melhor maneira de garantir que mãe e filho tenham uma mente equilibrada e uma vida feliz pela frente.

 

Fonte: Abril

Neuropsicóloga fala sobre qual real significado da felicidade

A felicidade sempre desejada e cantada em verso e prosa é mais do que um objetivo na vida de muitas pessoas. Mas afinal o que é felicidade? Qual a chave para que pessoas alcancem alegria duradoura na vida? O dicionário aurélio classifica a felicidade como um estado de quem é feliz, estado de bem-estar, de contentamento. Sendo assim, podemos dizer que a felicidade é uma emoção, um movimento de dentro para fora, onde tudo que acontece no mundo exterior é percebido e interpretado forma diferente.

Para a neuropsicóloga Gildenir Martins, a percepção que cada indivíduo tem do mundo exterior é o responsável pelos pensamentos – cognições, emoções e comportamentos. Funcionando como um ciclo em cadeia, as situações do dia a dia, os estímulos do ambiente desencadeiam as percepções e estas as cognições, pensamentos que geram emoções e comportamentos.

“Os pensamentos são originados em um sistema mais complexos que chamamos de crenças, que são construídas ao longo do nosso desenvolvimento e estão diretamente relacionados com nossas experiências ao longo da vida. Quando recebo determinada notícia eu reajo, interpreto essa situação de acordo com minha crença gerando emoções negativas ou positivas, agradáveis como a felicidade. Sempre digo que nossas reações são de acordo com: eu penso, eu sinto, eu me comporto”, pontua a especialista.

Gildenir aponta a educação emocional como a chave para melhorar gerenciamento das emoções, o que permitirá encarar com paciência, percepção e sobriedade os problemas em nossos relacionamentos com os outros e com nós mesmos. “Não temos o hábito de nos preocuparmos com a nossa saúde emocional. Fazer psicoterapia e estimular o desenvolvimento das funções cognitivas na infância, principalmente as funções executivas, é fundamental para nossa saúde mental, e consequentemente para a nossa felicidade”, destaca.

A neuropsicóloga alerta que o uso de redes sociais pode trazer prejuízos emocionais na busca pela felicidade, uma vez que muitos caem na ilusão criada por fotos de momentos felizes, mas que nem sempre correspondem à uma realidade feliz de fato. “Tudo tem a sua medida para alcançar o equilíbrio. O uso das redes sociais também pode ser assim. Se usada da forma correta, ela pode contribuir para a felicidade. Isso vai depender de cada indivíduo, seus interesses, o que ele busca, e que tipo de emoção as redes sociais lhe proporciona”, finaliza.

Especialista alerta para consumo excessivo e desregulado de melatonina no Brasil

Disponível em farmácias graças a decisão judicial, substância pode ajudar qualidade do sono, mas tem sido prescrita para fins diversos; se usada em excesso, pode desencadear diabetes e outros problemas.

A melatonina, substância conhecida por sua função de induzir o sono, não tem registro no Brasil como medicamento. No entanto, pode ser encontrada desde 2017 em farmácias de manipulação após uma decisão judicial contrariar resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e autorizar sua importação. Seu consumo tem sido considerado excessivo por especialistas, que apontam os riscos de efeitos colaterais.

“É muita gente tomando e muito médico prescrevendo”, afirma José Cipolla Neto, professor de fisiologia no Instituto de Ciências Biomédicas da USP e pesquisador sobre os efeitos fisiológicos e mecanismos de ação da melatonina.

Trata-se de um hormônio naturalmente produzido pela glândula pineal, uma pequena glândula endócrina localizada próxima da região central do cérebro. O papel mais comum da melatonina é sinalizar para os órgãos humanos que a noite chegou e preparar o organismo para adormecer. Por isso, é comumente usada por insones para melhorar a qualidade do sono.

Mas a substância também tem papel no controle da ingestão alimentar, na síntese e na ação da insulina nas células, entre outros. Por seu efeito variado, o hormônio caiu no gosto de pessoas em diversos países.

Na internet, é ofertado para auxiliar no emagrecimento, no combate ao diabetes, no controle de enxaqueca e até mesmo na proteção contra os danos do mal de Alzheimer – embora não haja consenso científico sobre esses supostos benefícios.

Apesar de necessária ao organismo, a substância tem contraindicações. De acordo com a Anvisa, “há riscos associados à utilização da melatonina que não podem ser ignorados”: o consumo de medicamentos contendo a substância pode causar inchaço da pele, boca ou língua, perda de consciência, depressão, irritabilidade, nervosismo, ansiedade, aumento da pressão arterial e função anormal do fígado, entre outros problemas.

Abuso

Mas as possíveis efeitos negativos do consumo do hormônio não espantam interessados. Somente nos Estados Unidos, onde o produto é vendido como suplemento alimentar e pode ser encontrado em grandes supermercados, pelo menos 3 milhões de pessoas consomem a substância frequentemente.

De acordo com estimativas do Centro Nacional para Saúde Complementar e Integrada do governo americano, o uso de melatonina mais que dobrou entre 2007 e 2012, mesmo com a ausência de informações suficientes sobre seus efeitos no longo prazo nem consenso sobre sua eficácia como indutora do sono.

No Brasil, a Anvisa diz não ter dados de consumo ou de venda. A Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), que responde pelas farmácias de manipulação, disse que também não tem estimativas.

Para Cipolla Neto, o cenário é de uso em excesso e, em alguns casos, de abuso. “Nos EUA tem muita gente tomando indiscriminadamente, o que é uma tragédia, e nós estamos indo para esse mesmo cenário aqui”, diz. Segundo ele, a liberação de um medicamento nacional ajudará a Anvisa a ter mais controle sobre o consumo.

“A questão é criar (a percepção de) que não é uma balinha e que precisa ser administrada de forma adequada. Do contrário, pode trazer consequências sérias”, afirma.

Com receita

No Brasil, pacientes podem comprar formulações preparadas pelas farmácias de manipulação, desde que com receita médica. De acordo com a Anfarmag, os remédios manipulados podem ser preparados em cápsulas ou em formas farmacêuticas líquidas. Não há padrão para as doses, que são definidas pelos médicos caso a caso.

Desde 2017, esses estabelecimentos compram o insumo farmacêutico ativo da empresa Active Pharmaceutica Ltda. – ME, que vem importando a substância para o Brasil após vencer ação contra a Anvisa e conseguir a liberação de maneira judicial.

Em nota, a Anvisa disse que resolução do órgão proíbe “a importação e comercialização de insumos farmacêuticos destinados à fabricação de medicamentos que ainda não tiverem a sua eficácia terapêutica avaliada” pela agência e que “não é possível comercializar melatonina como insumo farmacêutico ativo no Brasil”.

Questionado sobre a atividade da Active Pharmaceutica Ltda. – ME, o órgão não respondeu se recorreu ou se irá recorrer da decisão.

De acordo com a agência, medicamentos só recebem registro no país após ensaios clínicos comprovarem sua segurança e eficácia. No momento, pelo menos um laboratório brasileiro faz ensaios clínicos com a melatonina.

Em agosto de 2016, o Aché Laboratórios Farmacêuticos recebeu o aval da agência para fazer testes com o fármaco. Questionada sobre quando espera submeter resultados a Anvisa e se espera desenvolver um produto comercial a partir dos estudos, a empresa não respondeu.

Indicações e riscos

A melatonina começa a ser produzida pelo organismo por volta das 20h, e uma das primeiras sensações que provoca é a de sono. Seus efeitos, contudo, também são sentidos no metabolismo, que se modifica para entrar em jejum; no sistema cardiovascular, que irá reduzir a pressão arterial; e na temperatura corpórea, entre outros, para o corpo adentrar o sono.

Porém, se tomada em excesso e fora do horário de produção natural pelo organismo, pode desencadear doenças crônicas, como diabetes. “A quantidade que precisa ser administrada para o paciente no começo da noite não pode ser grande o suficiente para permanecer (no organismo) durante o dia. Do contrário, pode trazer resistência insulínica pela manhã para o indivíduo, o que significa iniciar o desenvolvimento de um quadro diabético”, explica Cipolla Neto.

Uma das indicações comuns da melatonina é para idosos. O envelhecimento reduz naturalmente a produção da substância e, nesses casos, é recomendada a sua reposição. “Após certa idade, a glândula pineal reduz a produção de melatonina, às vezes até 20% do que quando jovem”, afirma o médico.

No entanto, pessoas jovens vêm usando o medicamento cada vez mais cedo, em parte para combater a insônia crescente, exacerbada pela exposição prolongada a equipamentos eletrônicos. “A produção normal de melatonina só existe em condição de noite escura”, explica.

Porém, a presença da luz azul em celulares e computadores sinaliza ao organismo que ainda é dia e, com isso, pode atrasar a produção do hormônio, gerando dificuldades para dormir. “A sociedade está ficando acostumada a isso, com pessoas reduzindo a produção de melatonina.”

Pesquisa

Ao mesmo tempo, na USP de Ribeirão Preto, um grupo de pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas estuda outras aplicações para a melatonina. Uma das linhas de pesquisa é o uso do hormônio em doses terapêuticas para evitar lesões cardiovasculares em pacientes portadores da doença de chagas.

O mal é transmitido a partir do contato com as fezes dos insetos vetores, conhecidos como “barbeiro”, e pode virar uma condição crônica. A consequência mais grave são lesões no coração, causadas pela resposta imunológica do organismo – as células de defesa agem de maneira intensa para exterminar o parasita causador da doença, mas também machucam o órgão.

“A melatonina age nas nossas células brancas e promove resposta inflamatória potente”, explica José Clóvis do Prado Júnior, professor-associado do Departamento de Análises Clínicas Toxicológicas e Bromatológicas da faculdade.

A substância também induz uma resposta imunológica anti-inflamatória e ajuda a proteger o coração na fase crônica da doença de chagas, explica o pesquisador. “Fizemos controle de paciente chagásico com e sem melatonina. Naqueles que receberam a melatonina, os marcadores de lesão cardíaca mostravam lesões menores”, diz.

O estudo foi feito com animais e testes clínicos com humanos devem ser feitos em breve. Prado Júnior espera que pesquisas como a sua, que comprovem os benefícios da melatonina, auxiliem na liberação da substância no país. “Se essas pesquisas mostrarem benefícios no paciente chagásico, acredito que a Anvisa irá liberar.”

Para o pesquisador, ainda há muito a ser descoberto sobre o hormônio, alvo de ensaios entre médicos gregos ainda no século 1.

“A melatonina é quem regula tudo, a hora que cada hormônio deve entrar em ação. Filósofos antigos (Descartes) achavam que a glândula pineal era a sede da alma humana porque ela que conduzia os ritmos do organismo. E é ali que está a produção da melatonina.”

Fonte: BBC

Rede social atrai teresinenses à prática do sexo em grupo, o famoso “swing”

Psicóloga destacou os grandes desafios de quem busca a prática e as frustrações deixadas em casais por tentativas sem preparo necessários

Falar sobre sexo tem se tornado cada dia mais comum, no entanto, ainda é um assunto delicado de se abordar. E quando é para falar de sexo na perspectiva do swing, cuja a prática é através do sexo grupal entre dois ou mais casais, o tema insiste em ficar apenas nas temáticas pouco discutidas e exibidas na grande mídia. Para conhecer este universo e trazer o assunto ao debate, o OitoMeiabuscou conhecer pessoas adeptas ao swing e uma rede social que vem ganhando espaço na internet, onde mais de 1 mil usuários são teresinenses, interagindo, compartilhando fotos, videos e suas experiências.

Numa breve explicação, para quem continua com dúvidas sobre esta prática sexual, o Swing pode acontecer com a  troca de parceiros com beijos, carícias e sexo oral, com ou sem penetração. Ou seja, a decisão é colocada em um acordo entre os participantes na relação. Chegando-se a um consenso, em busca de um sexo apimentado.

Na imersão da rede social denominada de Sexlog, nos mais diversos perfis visitados a faixa de idade entre os casais variam entre 23 a 55 anos. Pessoas casadas, namorando e, inclusive, perfil de casal de amantes que buscam fazer sexo com outros casais para mostrar para seus cônjuges. No Swing vale quase tudo, portanto, é sempre bom dar um crédito para as propostas e ao que estiver escrito, pois a imaginação é uma forte contribuinte para que o encontro seja inesquecível entre os praticantes.

CASADOS HÁ 17 ANOS: “VAMOS À UM BAR, DE LÁ PODEMOS SEGUIR”

Entre os usuários, a reportagem buscou contato com o perfil intitulado de Alan e Ludmila, no qual o proprietário é casados há 17 anos, possui filhos e residem na zona Leste de Teresina. Sem propor de fato uma entrevista, o OitoMeia iniciou um diálogo.

Seguindo as regras do ‘jogo’, é válido olhar todo o perfil do casal na página, e de imediato é possível ver o interesse de ambos. “Casal realmente casado procura outros casais e homens para se conhecerem, bater um papo e, se houver afinidade, quem sabe algo mais”, descreveu. À equipe, eles garantiram que estariam disponíveis para um encontro pessoalmente e, a partir de então, avançariam para o proposito.

“Estamos querendo sair dia 26 ou 27 [de dezembro]. Podem à noite ? Barzinho, conversar… Se rolar afinidade, aí quem sabe”, sugeriu Alan. Entre suas exigências, segundo relatou, a saída com os dois só poderia ocorrer caso quem estivesse conversando do lado de cá enviasse fotos de rosto. “Só saímos com o casal se trocarmos fotos. E aí? Topam ou não ?”. Para muitos, essa é uma maneira de saber se o casal é real, ou, trata-se apenas de um perfil falso.

PARA DAR CERTO, OS DOIS PRECISAM QUERER

A psicóloga que atua na área de terapia sexual, Kyslley Urtiga, explicou ao OitoMeia que ambos precisam estar preparados para realizar o swing. Dentre os esclarecimentos, Urtiga ressaltou os grandes desafios de quem busca a prática e as frustrações deixadas em casais por tentativas sem preparo necessários.

Ela iniciou a conversa esclarecendo que o ponto de partida para quem deseja entrar em um swing é entender a necessidade do seu parceiro ou parceira, e se enxergar dentro dela. “Primeiro, você tem que ter uma certa responsabilidade pelo outro, que muitas vezes fica difícil quando a gente não entende que o outro tem que se perceber nessa situação de uma mesma forma que eu quero. Se eu tenho esse desejo, eu vou discutir com o meu parceiro sobre isso, e eu vou conjugar a nossa vontade”.

Psicologa Kyslley Urtiga, especialista em terapia sexual fala sobre a prática do Swing (Foto: Salomão Prado/OitoMeia)

REPRESSÃO SEXUAL

O grande desafio para quem quer fazer swing, segundo terapeuta, é a questão do parceiro apenas querer satisfazer o outro, e esquece de si. Em muitos casos, como foi identificado no próprio Sexlog, a mulher se submete aos prazeres do seu cônjuge e não coloca em dialogo os seus medos ou seus fetiches também.

Nesse aspecto, Kyslley denomina como ‘repressão sexual, e faz o alerta principalmente para os casais ciumentos. “Existe uma situação chamada repressão sexual, que entre muitas vezes ocorre nesse caso de swing, e é exatamente: ‘quando eu quero fazer para realizar o desejo do outro, e eu não faço por mim’. Um casal que tem muito ciúmes envolvido, é um casal que não tem uma tipologia pra esse tipo de prática… Porque em muitos momentos, eles não conseguem desmistificar isso, a ponto de entender que é um desejo buscado para ambos”.

Na dia a dia de trabalho, ela enfatiza que os casais que buscam sua ajuda profissional já chegam com traumas da prática, exatamente por não terem buscado preparo psicológico antecipadamente. “Eu não recebo pacientes que buscam ir [fazer swing]. Geralmente eu já recebo eles com o sofrimento, casais com frustração da prática. Porque não amadureceu, não trabalhou limites, e só pensaram em ir, e sequer pensaram em trabalhar como iriam se sentir”, pontuou.

Psicologa Kyslley Urtiga, especialista em terapia sexual fala sobre a prática do Swing (Foto: Salomão Prado/OitoMeia)

QUERO FAZER SWING, E AGORA ?

Para evitar qualquer surpresa na hora H, a profissional faz algumas recomendações e deixa claro que a prática não deve ultrapassar o campo do prazer. No primeiro ponto, ela afirmou a necessidade de conhecer os limites dos participantes.

“É preciso se ter um amadurecimento para iniciar a prática, é preciso reconhecer os limites do parceiro. Por exemplo, se meu parceiro não sentir-se bem, eu vou conseguir parar aquela prática, naquele momento e respeitar ? Que tipo de fetiche ou fantasia está se buscando nessa situação ?”, disse.

HOMEM OU MULHER: QUEM MAIS BUSCA PELA PRÁTICA ?

Com sua notada experiência, a psicóloga destacou o grande espaço que o público feminino vem conquistando quando o assunto é sexo, haja visto que há pouco tempo atrás determinados desejos sexuais eram velados pelo público feminino por medo, repressão do seu parceiro. Kyslley afirmou que atualmente “acredita que hoje em dia o público está bem misturado”, ou seja, com muita mulher buscando realizar seus desejos assim como os homens.

GANHA DINHEIRO PARA FAZER SWING

Entre os amantes do swing, o jovem que se identifica por Edu, 24 anos, formado em administração de empresas, relatou que na época em que praticava, há mais ou menos 2 anos, fazia tanto por “gostar muito” quanto por interesse financeiro. Ele, que é natural de São Raimundo Nonato, foi embora muito novo para a cidade de Fortaleza (CE) e por lá frequentou algumas casa de swing, onde passou a conhecer casais héteros e homossexuais. Com os dois gêneros, Edu se deixou levar.

“Sou de São Raimundo Nonato, e fui pra Fortaleza quando tinha mais ou menos uns 15 anos de idade, conheci muitos casais, gays, héteros… e eu passei a fazer por dinheiro”, explicou. “Existem muitas fantasias mirabolantes, que fazem parte do swing. Por exemplo, conheci um casal hétero em que o esposo não queria transar, apenas sentar e assistir eu com a esposa dele”.

Gay e atualmente casado, Edu fala sem pudor ao OitoMeia que só não continua fazendo swing devido ao seu estado civil. “Meu marido é muito ciumento, por isso não continuei fazendo. E ele me conheceu fazendo esses trabalhos lá em Fortaleza”.

CUIDADOS COM A SAÚDE

Muito se falou sobre os cuidados com a saúde mental, mas é válido e necessário a cuidar também da saúde do corpo como um todo, antes de qualquer ato sexual. “É preciso que os casais conheçam antes seus parceiros, o local onde vão fazer a prática e sempre fazer uso tanto do preservativo, quanto de pilula anticoncepcional”, lembrou a terapeuta Kyslley Urtiga.

Fonte: OitoMeia/ Salomão Prado

 

Ajudar os outros é um ótimo antídoto contra a depressão

O trabalho voluntário melhora a saúde mental, reduz a depressão e confere bem-estar, de acordo com investigadores da Universidade de Exeter, no Reino Unido, que revisaram 40 estudos feitos ao longo de 20 anos.

 

A depressão é uma doença que atinge uma em cada cinco pessoas no mundo; 11,5 milhões de brasileiros, duas vezes mais mulheres do que homens.

A Organização Mundial da Saúde havia anunciado que em 2020 a depressão seria a primeira causa de adoecimento e de afastamento do trabalho, superando as complicações cardiovasculares. O prognóstico foi antecipado; isso vai acontecer em 2018. A razão é simples. “Muitos permanecem sem diagnóstico, com culpa ou medo do estigma e, pior, sob risco de suicídio”, afirma a psiquiatra Giuliana Cividanes, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Ela aponta a conturbada rotina e os hábitos contemporâneos como responsáveis pelo crescimento do número de casos. “As pessoas estão adoecendo menos pelos fatores genéticos e mais pelo jeito de viver”, explica a psiquiatra. Alimentação rica em produtos industrializados, sedentarismo, obesidade e stress desgastam as células, que liberam toxinas inflamatórias capazes de prejudicar várias partes do corpo, inclusive o cérebro.

Quanto mais cedo a depressão for detectada, mais rápida é a recuperação. Giuliana ressalta que nem sempre o deprimido consegue dar um passo sozinho para buscar tratamento. “Não adianta dizer a ele para ir ao médico. Um amigo ou familiar precisa marcar a consulta e levá-lo quando ele não tem forças para fazer isso.”

A mesma recomendação se estende às outras estratégias não convencionais. “Vá junto a uma aula de ginástica, por exemplo. Não espere a pessoa ter vontade”, sugere. A psiquiatra acredita que, se ela for levada a romper a dificuldade, a vontade aparece depois. “A repetição e o condicionamento ativam o cérebro, criando novas vias de comunicação entre os neurônios, o que pode ser transformador para quem se vê no fundo do poço.”

A ciência tem demonstrado que as atividades que põem o corpo em movimento e colocam a alma em conexão com o bem-estar, aberta para ajudar o outro, podem funcionar como remédio auxiliar. Evidentemente, só podem ser obtidos bons resultados quando esse tipo de ação está associado à prescrição correta de medicamentos, que corrigem a química cerebral, e à psicoterapia, que atua no sentido de modificar a forma de agir.É preciso recorrer a todos esses recursos para combater a doença.

Assim como meditar, o trabalho voluntário melhora a saúde mental, reduz a depressão e confere bem-estar, de acordo com investigadores da Universidade de Exeter, no Reino Unido, que revisaram 40 estudos feitos ao longo de 20 anos. Maria José Bebiano, 55 anos, de São Paulo, foi beneficiada por incorporar o voluntariado no seu tratamento.

Formada em comércio exterior, ela parou de trabalhar quando nasceu a primeira filha. Notou que a criança não se desenvolvia no mesmo ritmo que as outras que conhecia. Quando esperava o segundo filho, veio o diagnóstico: a menina tinha paralisia cerebral. A terceira filha, que nasceu dez anos após a primeira, apresentou o mesmo problema.

“Não me deixei abater. Eu me achava a supermulher. As duas faziam acompanhamento na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), e Maria José via com bons olhos a ação das voluntárias. Algumas vezes até colaborou com elas. Toda a sobrecarga de cuidar dos filhos – o que ela fingia não ver – a derrubou na mudança que fez. O marido havida sido convidado para trabalhar no México. Lá foram eles. “Os meus familiares me ajudavam muito e, de repente, eu perdera esse apoio. Acabei entrando em parafuso”, recorda.

O primeiro sinal que o corpo deu foi a oscilação brusca da pressão arterial. Ela perdeu a vontade de sair de casa. Um médico diagnosticou depressão. A reação de negação fez Maria José responder ao profissional: “Não tenho tempo pra isso. É frescura”. Teria que procurar um especialista, mas resistiu.

Para ela, psiquiatras eram médicos de louco. Como o quadro só piorava, não lhe restou opção e acabou concordando. O profissional receitou antidepressivo e psicoterapia. “Fiz o tratamento, mas em alguns dias a tristeza me dominava”, conta. Parecia que algo estava faltando para enfrentar aquele período difícil, que se estendeu pelos nove anos em que morou fora.

Quando voltaram, assumiu de vez o trabalho voluntário. Sua função era receber quem chegava à AACD pela primeira vez. “Acolher e cuidar de pessoas fragilizadas me obrigou a sair de mim e olhar o outro. Fui revertendo a dor e a tristeza com alegria e gratidão”, afirma.

As filhas dela estão bem; a deficiência não as impede de ter uma vida normal. “Eu comando hoje 200 voluntários e não me imagino fazendo outra coisa. Essa é a minha terapia. Sou boa no que faço porque faço com amor.” O que aconteceu com Maria José pode ser entendido com a leitura daquele trabalho da Universidade de Exeter. Os resultados dele foram publicados em 2013 no periódico BMC Public Health. Segundo a psiquiatra Giuliana, o contato social levou Maria José a produzir mais neurotransmissores, como a serotonina, e a ativar os fatores neuroprotetores que diminuem a degeneração celular. “Somos seres sociáveis, não há nada mais eficaz para estimular o cérebro do que a interação com outro humano”, ressalta a médica.

Fonte: Cláudia

Cafeína, álcool e aparelhos eletrônicos influenciam nas noites de insônia

A qualidade do sono está diretamente ligada aos hábitos saudáveis. Da mesma forma, as noites mal dormidas são sintomas de que algo não vai bem.

Segundo a psicóloga Kyslley Urtiga, especialista em terapia do sono e psicologia clínica, ter hora de acordar e de dormir é um dos hábitos que ajuda a manter o sono em dia e garante que o corpo tenha ritmo. “Com a vida moderna que temos, bagunçamos tudo. A pessoa acaba se alimentando tarde e dormindo mais tarde. E aí começam as perturbações com o sono, como noites mal dormidas, despertar precoce e recorrente, podendo até causar insônia de vários graus”, enfatiza.

Para tratar o problema, Kyslley Urtiga afirma que é preciso fazer o diagnóstico, que nem sempre leva à necessidade de tomar remédio. “Temos que mostrar ao indivíduo o comportamento errado dele e fazer o que chamamos de higienização do sono, dando a essa pessoa novas condições de comportamento”, explica a psicóloga Urtiga.

Em média, o organismo precisa de oito horas de sono. Entretanto, Kyslley Urtiga lembra que algumas pessoas são consideradas como curtas dormidoras. Estas precisam apenas de cinco a seis horas dormindo para se sentirem revigoradas. “Eu preciso entender, se sou mais matutino – acordo cedo -, ou estou disponível e gosto de dormir cedo. Ou então, sou vespertino, funciono melhor no final da manhã para a tarde. A psicologia ajuda a pessoa se identificar e a organizar o ritmo biológico dela, provocando uma melhor qualidade de sono”, completa a especialista.

O cochilo após o almoço, por exemplo, é indicado pelos especialistas e pode se somar às horas dormidas à noite. “Quando se fala em oito horas, não precisa ser necessariamente ininterruptas. Dormir seis horas durante a noite e, mais tarde, descansar duas horas, pode ser revigorante”, completa Kyslley Urtiga.

A perda de sono influencia diretamente na perda da imunidade, na irritabilidade e nas sensações de cansaço e fadiga. “A insônia tem sido um problema de saúde pública, por conta do ritmo de trabalho que levamos”, afirma a psicóloga.

Levar celular ou tablete para a cama, ou ainda assistir televisão até tarde, pode ser considerado um péssimo hábito. Isso porque, segundo Kyslley Urtiga, esses aparelhos são inibidores de sono, pois emitem a luz azul. “Ao invés de estimular a melatonina – substância que faz com que as pessoas durmam -, ela inibe e faz com que surja o cortisol, que a gente fique acordado”, explica.

Criar hábitos saudáveis é a melhor alternativa para quem sofre de insônia. Evitar álcool cafeína, bem como os aparelhos eletrônicos uma hora antes de ir para a cama, também ajudam a evitar noites mal dormidas.

Fonte: Portal O Dia