É hora de executar os planos para 2015

As promessas de mudança de vida e representam aposta na esperança de dias melhores
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Depois das festas e férias, o ano começou para valer essa semana. Prova disso é o retorno das aulas dos filhos ou na faculdade. Então é hora também de começar a colocar em prática as famosas promessas de mudança de vida feitas lá na virada do ano.

O hábito das promessas de mudança de vida é comum entre nós e representa uma aposta na esperança de dias melhores, é algo válido e serve como um ritual de passagem. Isso nós traz esperança e um gás a mais.

Para nos ajudar nisso a psicóloga Kislley Sá Urtiga nos dá dicas do que fazer para conseguir executar o planejado no final do ano passado.

Ela lembra que o importante é fazer das promessas um planejamento do nosso ano, com o estabelecimento de metas. O mais adequado nesse planejamento é ter os pés fincados na realidade. Pois não adianta só desejar que neste ano você vá alcançar metas fantasiosas. Isso é ilusão e vai levar a frustração e desmotivação.

Então para alcançar nossos desejos podemos levar em conta as seguintes dicas:

– traçar metas realizáveis;
– buscar meios de atingi-las;
– Sermos flexíveis nos adequando aos imprevistos, verificando e refazendo, se necessário, as estratégias para alcançar as metas traçadas.

Com essas ações mínimas a chance de realizarmos nossos desejos é bem maior.

Por Adriana Lemos*
Jornalista e psicóloga humanista
*Faz parte do corpo clínico da Cuidarte

Depressão tem sintomas diferentes na criança e no adulto

A irritabilidade e ausência de humor deprimido estão entre as características da depressão infantil.

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A depressão é uma das doenças mais prevalentes no mundo atualmente. Esse é um dado de conhecimento da maioria das pessoas, mas o que pode passar despercebido é o fato da doença atingir o público infantil com cada vez mais freqüência e na infância ela se manifesta de modo diferente. Assim, como os sintomas são diferentes daqueles apresentados pelo adulto, identificar o problema e tratá-lo pode se tornar mais difícil.

Para descortinar o tema, fomos conversar com o psiquiatra Cláudio Henrique Viegas para esclarecer nossos leitores. Ele atende ao público adulto e também ao infantil e diz que a principal atipia da depressão na criança em relação a do adulto é a irritabilidade.

“Quanto mais jovem a pessoa é mais comum a depressão se apresentar com o sintoma de irritação em vez de humor deprimido, como acontece no adulto. É preciso pais e familiares estar atentos”, diz o médico.

Outras características da depressão infantil, segundo ele, é a perda da vontade de brincar e interagir; há mudança no padrão de desempenho escolar com diminuição de rendimento; não há choro com ruminações de pensamentos, mas pode ocorrer discurso mórbido.

“A depressão na infância só se tornará mais visível para os pais quando a fala da criança passa a ser mórbida”, pontua Cláudio Henrique. Ele acrescenta que pode haver ainda a dificuldade para dormir, se alimentar e perdas de habilidades já conquistadas. A criança passa a evacuar e urinar sem ter o controle dos esfíncteres (encoprese e enurese).

“Já a depressão no adolescente é mais próxima a do adulto em termos de manifestações”, acrescenta o psiquiatra.
O médico finaliza dizendo que é importante estar atento para os sinais da doença, pois ela muito contribui com os fatores de risco para o suicídio, ato que tem crescido em nossa sociedade. Ele lembra que as causas da depressão são multifatorial, indo da predisposição genética, passando por questões ambientais, privações afetivas e abusos psicológicos, como o alto padrão de cobrança em relação ao desempenho.

Quanto mais cedo identificar a depressão mais cedo se pode intervir e restabelecer o bem-estar da criança, evitando problemas maiores.

Por Adriana Lemos – Jornalista e Psicóloga

Estabelecer limites e transmitir valores é papel dos pais

A psicóloga Marlucia Teles debate e dá dicas sobre o assunto

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Ensinar limites aos filhos é uma questão que sempre está em pauta quando o assunto é educação. O assunto foi discutido pelo programa PI TV 1ª edição da TV Clube recentemente e a psicóloga Marlucia Teles, do corpo clínico da Cuidarte, foi convidada para falar sobre isso.

Para ela, antes de estabelecer limite é preciso compreender que ele é fundamental no processo da educação. “é um ponto que não se deve nem pode ser ultrapassado”, pontua Marclucia.

A profissional, que também é psicopedagoga, impor limites é dar possibilidade aos filhos de eles respeitarem regras básicas na vida, respeitando os outros e não somente as próprias vontades. “É apresentar regras e supervisionar o comportamento. Todos nós temos uma ideia geral a respeito do que seja dar limites. Mas e na prática? Será que realmente conseguimos realizar essa tarefa?” indaga e emenda, “Muitas vezes transmitir os limites de forma legitima aos filhos é mais complexo do que possamos imaginar”.
Na prática, o que os pais precisam repassar aos filhos, além dos limites, são os valores praticados em família. Não adianta querem que isso eles aprendam na escola ou no consultório do psicólogo, o papel de educar e transmitir valores é dos pais.
“Essa é uma tarefa que cabe primeiramente, aos pais e responsáveis. É certo que a escola venha a contribuir no lado da educação formal e também na transmissão de valores, mas nunca poderá substituir a família”, frisa a psicóloga.

Marlucia Teles observa que a vivência dos limites é fundamental para a construção e desenvolvimento de qualquer ser humano. “Na infância, a construção de limites vai ao encontro com o processo de diferenciação e percepção da existência de uma fronteira entre eu e o outro”.

“É preciso e necessário estabelecer algumas regras diante de algumas situações cotidianas, compreender alguns aspectos relevantes no processo ensino aprendizagem no ambiente familiar, porque os pais são reflexos e exemplos para os filhos. O processo de educar é um processo longo, que envolve um novo desafio a cada dia”, ensina.

Ela acrescenta que precisamos dar autonomia aos filhos para que ambos sintam-se mais seguros e independentes.” A falta de autonomia pode gerar insegurança e noções equivocadas das pessoas e do mundo que o cerca. A falta de disciplina em casa gera sensação de que tudo pode e tudo é possível em qualquer lugar, por isso é preciso estabelecer as regras dentro de casa, pontualidade e hora para cada atividade a ser desenvolvida”.

No que se trata de relação entre os pais, a dica é que deve haver uma concordância um com o (a) parceiro (a), do contrário um acabara desautorizando o outro e a criança não saberá claramente o que é certo e o que é errado, há necessidade de sintonia entre os pais e dialogo sempre acima de tudo.

Por Adriana Lemos – Jornalista e Psicóloga
*Da equipe Cuidarte

Liandra Nogueira Soares da Silva

liandradentroLiandra Nogueira Soares da Silva. CRP 21/00502 – PI . Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental, especialista em Psicologia Jurídica, especializanda em Avaliação Psicológica. Atende adolescentes a partir de 16 anos, adultos, e casal na abordagem TCC.