A linda falsa vida que muitos sentem a necessidade de mostrar

Há pessoas tão preocupadas em se mostrar bem e agradar, que acabam se perdendo de si mesmas. São tantos que vivem iludidos por espelhos de pequenas ilusões e escondidos atrás de cortinas de grandes mentiras, que com o passar do tempo, perdem a noção da realidade: já não conseguem viver sendo verdadeiros. E existe uma cobrança coletiva por baixo disso. Somos cobrados pelo sucesso alheio e incentivados a sermos iguais. Mal sabemos que, em algumas situações, por detrás de uma foto postada, quase sempre há máscaras. Quase sempre há pessoas com a alma ferida tentando se mostrar fortalecidas. Quando a pessoa se deixa seduzir pelas tentações de ego e de vaidade, acaba entregando a vida para uma viagem só de ida. Só na tela. Tentar competir com o mundo é a melhor e mais rápida maneira de ser derrotado.

Existe um enquadramento entre as redes sociais e sua fábrica de ilusões. Parece absurdo, mas, na maioria das vezes, só postamos aquilo que queremos que os outros vejam. Postamos aquilo que queremos ser (e muitas vezes não somos). A verdade nem sempre é mostrada. Poses e mais poses, filtros e mais filtros para se chegar na foto perfeita. Quantas são as vezes que, em busca de aprovação de outras pessoas, pintamos um quadro totalmente disforme da realidade. Nem sempre é o que parece, vemos pessoas que estão prestes a cair num precipício, mas querem que todos pensem o contrário. A busca doentia por “likes” transforma fulanos e fulanas em reféns de suas próprias mentiras. A postagem dos outros se torna uma provocação e é preciso se mostrar melhor. Mudar a aparência não é mais suficiente, é preciso fingir outra vida.

Na verdade, há casos em que a diferença de aparência entre a pessoa real e a pessoa mostrada na tela do computador é tão grande que, em grande parte das vezes, é algo inacreditável. São figuras distintas, quase que irreconhecíveis quando colocadas lado a lado. A sociedade se reconfigura quando se projeta uma imagem vitoriosa. Há uma aceitação maior. Há uma glorificação da figura do ser bonito, rico e perfeito. E não se enquadrar nisso é dolorido para pessoas (em sua maioria) com a autoestima abalada demais ou elevada demais. Umas de um lado, outras de outro. Paradoxos difíceis de compreender. Um sonho de consumo que faz muitos se sentirem inseguros e tristes. Um sonho de consumo que faz muitos se mostrarem alegres e bem-sucedidos. Um sonho de ser além do que as outras pessoas comuns aparentemente são. Os perfis são tão perfeitos, as pessoas tão alegres, as fotos tão bonitas, as comidas tão gostosas, as selfies mais incríveis, as festas mais chiques, os amigos tão sorridentes, as famílias tão impecáveis, empregos poderosos, romances maravilhosos, viagens inesquecíveis, as roupas mais caras: A melhor vida possível!Depois desse prazer dos diversos likes, essas ações viciam e tendem a se repetir. Quando tudo isso é verdadeiro e realmente vivemos e temos essa vida, é bom demais expor as conquistas, ostentar sucesso e trabalhar o marketing pessoal, pode fazer parte, saudavelmente, do dia a dia do vaidoso, quando é sem muitos exageros, melhor ainda. O perigo é quando muita parte do que é exibido não é real, é montado, disfarçado, é fake. Existe o risco de ser descoberto e o castelo cair. O prazer pode virar dor, a luxuria pode virar amargura, aplausos viram vaias, beleza vira vergonha e sorrisos viram choro.

É complicado pensar que atualmente os níveis de felicidade, realização e sucesso das pessoas são calculados pelo número de likes e coraçãozinhos em seu perfil. Cliques esses, muitas vezes feitos por pessoas que nem se conhecem. Fica mais difícil saber que isso também nos atinge. Essa falsa prosperidade que encontramos na vida dos outros, nós tentamos concretizar na vida da gente também e nem sempre conseguimos. A vida não nos cobra perfeição, mas a sociedade sim, os amigos sim, a família sim e, com isso, projetamos uma imagem de vencedor para agradar. Esse limite entre o real e o virtual, nos traz para uma reflexão sobre o que fazemos e o quanto ficamos invejosos sobre o que os outros fazem melhor do que nós. É como se a felicidade interior só tivesse alguma serventia se as outras pessoas vissem e curtissem. Como se a felicidade alheia fosse algo para incitar inveja.

Muitas vezes a gente se sente assim, não sendo suficiente. Sentimos inveja.Sentimos que não chegamos lá. Mas não queremos assumir e não pretendemos nos esconder. Mas, se você precisa mudar seu jeito e esconder suas verdades para caber no mundo, saiba que jamais nada disso o deixaria mais feliz. E nem mais aceito. E nem mais bonito ou bem-sucedido. Quando você se mostra grande em cima de algo que você não construiu, a queda é certa e sua pequenez será exposta algum dia. Não existe quem não precise de melhorias, sempre deve haver uma inspiração que nos guie aos acertos, mas é preciso repelir os erros, é preciso aceitar quem somos. Se a gente tiver um coração do bem, ele se abrirá e criará espaço para receber energia positiva. Somente um coração cheio de alegria e verdades pode fazer uma alma repleta de felicidade. A alma é que deve se mostrar feliz e não aquela foto maquiada da rede social. Só por isso já vale a pena a gente lutar para se mostrar como é. Não deixe que as vaidades te impeçam de andar somente pelos caminhos da verdade. Somente a verdade deve ser mostrada, mesmo que ela não te enobreça, mesmo que ela não te cresça, mesmo que ela não te coloque em palanques e palcos, não te traga prêmios e palmas. Mas, entenda que só ela importa. Só ela é nobre. Só ela interessa. A imagem verdadeira é a única coisa que a gente deve ter de melhor e mais belo a se mostrar.

Fonte: Contioutra

Transtornos alimentares: cinco sinais para ficar alerta

Já se olhou no espelho e quis mudar alguma coisa? Mas quando a busca pela boa forma se torna um problema? A procura pelo corpo ideal pode causar consequências sérias para a saúde e contribuir para que transtornos alimentares apareçam.

Pelo menos 1% da população mundial sofre com transtornos alimentares. No Brasil, 30% das mulheres apresentam sofrimento em relação à aparência e buscam ajuda.

A psicanalista Joana Novaes, que é especialista em transtornos alimentares, elaborou um questionário que pode ajudar a identificar os indícios. Se você responder sim para a maioria das perguntas, é preciso buscar orientação médica.

1 – Sente que o seu estômago está sempre cheio e isto lhe causa incômodos?

2 – Vive preocupada porque acha que tem que controlar tudo o que come?

3 – Perdeu nos últimos 3 meses mais de 10% do seu peso corporal?

4 – Sente-se gorda mesmo depois dos outros dizerem que está muito magra?

5 – Diria que a comida controla a sua vida? Use como parâmetro pensar no que vai comer mais de 5 vezes por dia, bem como os malefícios que essa comida pode lhe causar, além de estratégias para se livrar das calorias adquiridas ou simplesmente burlar as refeições e a fome.

Fonte: G1

Piauí terá palestras sobre a importância do sono para a saúde

Em março é comemorado o Dia Mundial do Sono. Trata-se de um esforço global para aumentar o conhecimento da população sobre os inúmeros problemas de sono que acometem toda a população e são frequentemente negligenciados ou simplesmente desconhecidos.

A Associação Brasileira do Sono organiza anualmente a Semana do Sono, que ocorre do dia 13/03 a 19/03 em todo o território nacional. O tema deste ano é: “Respeite seu sono e siga seu ritmo”. No Piauí, três eventos devem marcar a semana: um em Picos e dois em Teresina.

O objetivo é divulgar para toda a população informações importantes, novidades e últimas pesquisas que poderiam ser úteis para o sono de todos.

Em Picos, na próxima quarta-feira (14) o professor do curso de Medicina da Universidade Federal do Piauí, campus Picos, vai ministrar uma palestra sobre “Sono e Desempenho Acadêmico”, às 16h no auditório Severo Eulálio, no Campus Senador Helvídio Nunes de Barros/UFPI.

Já em Teresina, no sábado (17) das 8h às 12h30 haverá várias palestras sobre o tema no Hospital São Marcos e a tarde no Parque Potycabana, das 14h às 17h. Todos os eventos são gratuitos e abertos à população em geral.

Nomofobia: quando o uso de tecnologias vira doença

Pequeno, funcional, companheiro durante o dia e, muitas vezes, a noite. Para alguns, quase uma parte do próprio corpo. “Competir” com o celular por atenção durante uma conversa é uma situação cada vez mais comum. O adversário é forte. É comum perceber que está falando sozinho enquanto a pessoa com quem você conversa mexe no celular, ou estar em casa ao lado da família, resolvendo questões do trabalho pelo whatsapp. Apesar dos benefícios da tecnologia, o uso exacerbado dos aparelhos de internet móvel pode resultar em problemas físicos, sociais e emocionais. Em casos extremos, a dependência digital é considerada uma patologia: a nomofobia.

“Esse termo vem do inglês, significa o medo de ficar sem o acesso a telefonia móvel, que vem preocupando sobremaneira todas as áreas de pesquisa clínica, médica, educacional. Porque o celular é um aparelho que está disponível 24 horas por dia e o acesso financeiro é bem maior agora”, explica Sylvia van Enck, psicóloga do Núcleo de Dependências Tecnológicas e de Internet do Programa Ambulatorial Integrado dos Transtornos do Impulso (PRO-AMITI) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Quando uma pessoa tem prejuízos nos relacionamentos e na saúde, além de deixar de atender aos compromissos do dia a dia para ficar conectado, de acordo com os especialistas, é sinal de que o uso abusivo dos meios digitais chegou a um “nível exagerado”.

“Há uma preocupação em manter o aparelho disponível o tempo todo. A pessoa começa a ficar muito preocupada com o nível da bateria, se está ou não sem o carregador, se está em lugar sem o sinal do wifi… Outro aspecto é quando ela começa a sentir que está recebendo mensagens, pensa que curtiram algo dela ou postaram algo e precisa verificar o tempo tudo. Muitas vezes, não é”, descreve, sobre a “vibração fantasma”.

Marina Simas de Lima, mestre em psicologia clínica e terapeuta de casal e família, analisa a mudança “na forma de estar na vida” com a utilização exacerbada dos meios digitais. “Algumas pessoas que usam muito o celular não vivem mais. Tudo está no celular. Quando mandam consertar ou algo do tipo parece que tira um pedaço da pessoa. Uma sensação de descontrole, de que está perdendo coisas, de que não tem controle do que tá acontecendo no mundo. Tem gente que passa mal, sua frio. A tecnologia mudou demais a forma de existir”, considera uma das fundadoras do Instituto do Casal, com sede em São Paulo.

Pela convivência saudável

EFEITOS. Fique atento às consequências físicas (privação de sono, dores na coluna, no punho ou no braço, problemas de visão) e psicológicas (ansiedade, angústia, depressão) devido ao uso das tecnologias PRODUTIVIDADE. Verifique se o desempenho acadêmico ou profissional e as relações com família e amigos estão sendo prejudicados pelo uso de redes sociais, jogos e outras atividades digitais ENCONTROS. Prefira uma vida social real à virtual. Esteja realmente presente nos momentos com família, amigos e colegas de trabalho em detrimento do celular. Nessas ocasiões, coloque o celular no silencioso e dê atenção às pessoas CRÍTICAS. Esteja atento ao que família e amigos comentam a respeito da rotina de uso do aparelho OCUPAÇÃO. Dedique tempo para outras coisas, fazer atividades físicas, hobbies, família, amigos, outras atividades que não sejam na internet. Pratique exercícios físicos regularmente. PAUSA. Crie intervalos regulares durante o uso das tecnologias para fazer alongamentos no corpo. Fonte: Sites Instituto Delete e Dependência de Internet e entrevistas com os especialistas citados nas matérias

Fonte: O Povo Online

15 distúrbios do sono mais comuns do mundo

Distúrbios do sono são problemas de diferentes origens que afetam a nossa capacidade de dormir adequadamente e que podem afetar negativamente a saúde do nosso corpo e mente.

Segundo Luciana Palombini, médica membro da Associação Brasileira do Sono(ABS), o sono é o estado no qual o corpo descansa para que funcione bem durante a vigília (isto é, quando estamos acordados). “É durante o sono que importantes funções do corpo são realizadas, por isso ele é tão essencial”, explica a especialista.

Quando não dormimos direito ou por um número de horas adequado, é comum surgirem sintomas como cansaço, sonolência excessiva durante o dia, irritabilidade e até problemas de memória.

No longo prazo, porém, o sono deficiente pode levar ao desenvolvimento de doenças e a disfunções do organismo, podendo comprometer muitas vezes nosso sistema cardiovascular e modificar o funcionamento do nosso metabolismo.

Mas você sabe quais são os distúrbios do sono mais comuns que existem? Abaixo, nós listamos os principais. Confira!

15 distúrbios do sono mais comuns

1. Apneia do sono

A apneia do sono é a condição na qual a pessoa apresenta paradas respiratórias durante o sono, causadas por uma diminuição no espaço da faringe (tubo pelo qual entra o ar que respiramos).

Geralmente, quem tem este problema não tem consciência disso, pois as paradas ocorrem durante o sono e não necessariamente são capazes de fazer o indivíduo despertar.

A apneia do sono é muito frequente em quem ronca e pode levar a uma série de consequências, entre elas a sonolência ou cansaço durante o dia, falta de energia, irritabilidade e dificuldade de concentração

Como o sobrepeso também é um fator de risco para o distúrbio, o tratamento muitas vezes inclui a perda de peso. O paciente também é orientado a evitar o consumo de bebidas alcoólicas e a fazer tratamentos para problemas nasais e usar aparelhos específicos que o ajudem a respirar durante a noite.

2. Bruxismo

O bruxismo é o apertamento ou ranger dos dentes que costuma ocorrer durante o sono, mas que também pode acontecer durante o dia. É associado a problemas articulares (problemas na articulação temporo-mandibular) e é mais frequentemente associada a estresse e ansiedade.

Pode levar ao desgaste dos dentes, a dores na região da mandíbula ou a dores de cabeça. O tratamento inclui o uso de uma placa dentária, controle do estresse e, quando necessário, o uso de medicamentos específicos também.

3. Distúrbio de comportamento do sono REM

É quando ocorrem movimentos agressivos e violentos durante o sono REM. Esses movimentos acontecem porque, neste distúrbio, existe um defeito no mecanismo natural que permite a inibição muscular.

Acontece geralmente em homens de meia idade e pode ser associado a um aumento do risco de doenças neurodegenerativas ao longo doas anos. O tratamento é feito à base do uso de medicações específicas.

4. Enurese noturna

A enurese noturna pode ser definida como uma micção involuntária durante o sono, pelo menos duas vezes por semana, em uma idade na qual o controle da urina normalmente está presente.

Este tipo de doença do sono pode ocorrer tanto por fatores genéticos quanto por motivações psicológicas, atraso no desenvolvimento do mecanismo fisiológico responsável pela micção, redução da capacidade funcional da bexiga, anormalidades no trato urinário ou na produção noturna do hormônio antidiurético e até dificuldades para despertar e ir ao banheiro.

A partir dos 5 anos de idade para as meninas e 6 anos para os meninos, é considerado anormal que ocorra enurese mais que duas vezes por mês. O tratamento pode incluir terapia comportamental, alarme noturno ou uso de medicações.

5. Insônia

A insônia é um dos distúrbios do sono mais comuns que existem. Ela consiste na dificuldade em dormir ou em manter o sono, mesmo sob todas as condições adequadas.

Quando persiste por mais de três meses, em três ou mais noites por semana e com conseqüências durante o dia, como cansaço, sonolência, mau humor, a insônia passa a ser considerada um distúrbio e deve ser avaliada e tratada.

Muitos acreditam que o tratamento muitas vezes inclui o uso de medicamentos que ajudam a pegar no sono, mas na realidade isso é apenas um paliativo. A terapia mais eficaz consiste em mudanças de hábitos para favorecer o sono nos horários mais adequados.

6. Narcolepsia

A narcolepsia ocorre quando há uma alteração da regulação da fase de sono REM (a fase dos sonhos intensos, cujo nome vem de “Rapid-Eye-Movement”, ou “movimento rápido dos olhos” em português).

Nela, a pessoa costuma pegar no sono repentinamente e em diversas ocasiões, como numa mesa de bar ou durante o expediente no trabalho.

É uma doença muito rara, porém, na maioria das vezes não é reconhecida e pode levar a consequências desastrosas. Isso porque na narcolepsia é comum que a pessoa sinta sintomas como sonolência excessiva, paralisia do sono e alucinações hipnagógicas (a pessoa vê imagens de sonho quando está acordada).

Ocorre também a chamada cataplexia (perda da força muscular decorrente de emoções mais fortes, principalmente gargalhada) e ataques incontroláveis de sono durante o dia. O tratamento é feito com uso de medicações específicas, devidamente prescritas por um especialista.

7. Paralisia do sono

É a perda temporária da capacidade de movimentar os músculos. Embora esteja consciente, a pessoa fica impossibilitada de se movimentar e falar.

Durante uma crise de paralisia do sono, é possível perceber as coisas ocorrendo ao redor, mas os músculos do corpo não são capazes de responder aos comandos do cérebro.

Este problema pode ser desencadeado na narcolepsia, mas também por estresse, ansiedade e falta de sono. Pode ser uma experiência bastante assustadora, mas tem tratamento.

8. Ronco

O famoso “ronco” nada mais é do que o ruído característico que surge da garganta durante o sono. Ele acontece quando existe uma diminuição do espaço pelo qual o ar passa.

As causas do ronco são semelhantes às da apneia do sono, e o tratamento muitas vezes envolve as mesmas medidas adotadas para a apneia: perda de peso, uso de aparelhos e mudanças de hábitos, como dormir de lado ou de bruços.

9. Sexomnia

É uma parassonia sexual, na qual o indivíduo apresenta comportamentos sexuais inadequados durante o sono. A pessoa não lembra no dia seguinte e muitas vezes gera um estresse na companheira(o).

O tratamento para a sexomnia é feito com uso de medicamentos voltados especialmente para tratar esta doença.

10. Síndrome da cabeça explosiva

É quando a pessoa acorda com a sensação de que a cabeça está explodindo. O distúrbio consiste em ouvir barulhos como trovões, explosões, fogos, batidas de portas e tiros.

Algumas pessoas, porém, têm até distúrbios visuais, como clarões repentinos. Normalmente, ocorre ao dormir ou logo ao acordar. É causada por estresse ou fadiga.

Pode ter alívio com uso de medicamentos, incluindo um tipo de antidepressivo. Evitar a cafeína antes de dormir e aprender técnicas de relaxamento podem ajudar a lidar com a síndrome da cabeça explosiva.

11. Síndrome das pernas inquietas

A síndrome das pernas inquietas, como o próprio nome diz, é uma doença em que a pessoa sente uma vontade incontrolável de mexer as pernas involuntariamente.

A pessoa sente um desconforto enorme que só é aliviado quando ela começa a movimentar as pernas, ou quando recente uma massagem e/ou aplicação de calor no local.

Pode ser associada a doenças médicas, à gravidez, deficiência de ferro e, eventualmente, pode nem ao menos ter alguma causa aparente.

O tratamento envolve medidas comportamentais, evitando álcool, tabagismo e mantendo exercícios físicos regulares. Muitas vezes, um médico especialista em sono pode indicar o uso de medicamentos específicos para combater esse desejo de mexer as pernas.

12. Síndrome do sono insuficiente

É quando o indivíduo voluntariamente dorme menos do que precisa e acaba apresentando muita sonolência durante o dia, levando a tirar pequenos cochilos enquanto tenta desempenhar atividades comuns do dia a dia.

Fora isso, além da sonolência diurna excessiva, é comum que as pessoas que sofram da síndrome do sono insuficiente também apresentem irritabilidade, dificuldade de concentração e problemas de memória.

Com o passar do tempo, se não houver tratamento adequado, a doença pode prejudicar a saúde como um todo e aumentar as chances de problemas cardiovasculares e metabólicos.

Estima-se que 5% da população brasileira apresente este problema.

13. Sonambulismo

Faz parte das parassonias, que são a classe de comportamentos inadequados durante o sono. O sonambulismo acontece devido a uma ativação de partes do cérebro em momentos inadequados, principalmente quando a pessoa está dormindo.

Existe uma tendência familiar genética para o sonambulismo, mas o problema também pode ser desencadeado por diferentes fatores, como períodos de estresse e de sono irregular.

É frequente em crianças, mas também podem ocorrer em adultos. Nos pequenos, também pode ser desencadeado por febre. Da mesma forma, problemas respiratórios durante a noite, como a apneia do sono, também podem desencadear o sonambulismo.

O tratamento envolve evitar os fatores desencadeantes, e, eventualmente, o uso de medicamentos também. Medidas de segurança devem ser tomadas, como tirar objetos pontiagudos do quarto e tapar as janelas, a fim de evitar acidentes.

14. Terror noturno

Também faz parte das parassonias. Porém, o terror noturno é mais dramático e geralmente ocorre em crianças.

Ele geralmente é caracterizado por gritos e períodos de muita agitação. Por isso, o tratamento também envolve principalmente a terapia comportamental.

Em geral, o terror noturno desaparece com o crescimento da criança e não requer uso de medicações. Fatores emocionais devem sempre ser investigados e tratados adequadamente.

15. Transtorno alimentar noturno

Também é uma parassonia, na qual a pessoa se alimenta durante o sono e não lembra disso no dia seguinte. Pode levar à perturbação do sono e ao aumento de peso. O tratamento também pode envolver o uso de medicações.

Fonte: Ativosaude.com

Tem insônia? Saiba o que comer quando o sono não vem

Já adiantamos que chocolate, café, refrigerante e chá-verde têm substâncias excitantes e devem ser consumidos com cautela.

Quando o assunto é dificuldade para dormir, o que não comer às vezes importa mais do que o que comer. Chocolate, café, refrigerante e chá-verde, por terem substâncias excitantes, deixam você contando carneirinhos, e eles completam uma maratona na sua mente sem que você pregue o olho.

“Dietas muitos restritivas em carboidrato também favorecem noites em claro”, avisa Laís Murta. Mas existe uma lista de alimentos que dão day off para os bichinhos e garantem um bom descanso. Saiba quais são eles:

Soja orgânica
Se você passou dos 40, talvez tenha percebido algumas mudanças no sono. A isoflavona do grão é uma aliada das mulheres no climatério (pré-menopausa), que, por causa da queda nos níveis dos hormônios, não dormem muito bem.

Vários estudos já comprovaram esse poder – o mais recente, publicado na revista Nutrition, mostrou: as voluntárias que consumiam duas ou mais porções diárias de soja apresentavam uma probabilidade duas vezes maior de dormir as tão sonhadas oito horas por noite do que as que rejeitavam o grão.

Kiwi, cereja, ameixa
Fonte de melatonina, são frutas que funcionam como um sedativo natural – reserve-as especialmente para a noite. Laís sugere bater 1/2 kiwi com 1 punhado de cerejas congeladas.

Leguminosas
São facilmente digeridas, além de ótimas opções de proteína vegetal e, por isso, perfeitas para substituir a carne no jantar. Consuma grão-de-bico, lentilha ou ervilha (1 concha média) ou, ainda, tofu orgânico (1 fatia fina) e cogumelos (1 xícara/chá).

Fonte: Boaforma

Quer pegar no sono mais rápido? Adote esse hábito.

Pesquisadores da Universidade Baylor, nos Estados Unidos, tem uma sugestão para ajudar o sono a chegar mais cedo: reservar cinco minutos para escrever as coisas que deseja fazer nos próximos dias.

 

Você tem o hábito de ficar rodando e rodando na cama até pregar os olhos de vez? Pois pesquisadores da Universidade Baylor, nos Estados Unidos, tem uma sugestão para ajudar o sono a chegar mais cedo: reservar cinco minutos para escrever as coisas que deseja fazer nos próximos dias.

Em comunicado ao site da universidade, Michael Scullin, principal autor da pesquisa, comentou que, hoje, essa lista de tarefas só cresce – e aquilo que deixamos de realizar tende a nos causar preocupação justamente quando colocamos a cabeça no travesseiro. Por isso, ele quis checar se o ato de escrever essas informações (em vez de só pensar nelas) poderia amenizar a dificuldade de dormir.

Para a experiência, o cientista e sua equipe recrutaram 57 universitários para passar uma noite no laboratório da faculdade. Enquanto uma parte foi incentivada a escrever tudo aquilo que devia se lembrar de fazer nos próximos dias, a outra turma anotava as tarefas que havia completado nos dias anteriores.

Os especialistas esperavam um dos dois resultados: registrar sobre o futuro poderia aumentar a ansiedade em relação às tarefas não concluídas e, assim, prejudicar o sono, ou essa atividade ajudaria a descarregar tais pensamentos, facilitando o descanso.

Bem, os dados mostraram que a segunda hipótese prevaleceu. Quem botou no papel os planos para o futuro conseguiu dormir, em média, 9 minutos mais cedo, um valor considerado significativo pelos estudiosos.

 

Fonte: R7

Distúrbios do sono podem ser provocados por diversas causas

Estresse e a preocupação são os maiores inimigos de uma boa noite de descanso. Problema afeta a saúde e prejudica a qualidade de vida

A rotina estressante e o ritmo frenético das grandes metrópoles provocam noites de insônia em muitas pessoas. A insônia é considerada uma epidemia global que ameaça a saúde e a qualidade de vida de até 45% da população, conforme pesquisa da Associação Mundial de Medicina do Sono. A instituição alerta que o mundo vive uma epidemia de restrição ao sono e os distúrbios são um fator de risco para transtornos mentais, como depressão e ansiedade. Atualmente, já foram identificados mais de 100 tipos de transtornos que comprometem o sono. Os mais comuns são insônia, os distúrbios respiratórios e de movimento.

A estimativa é de que quatro em cada 10 pessoas não dormem bem e o pior é que, na maioria dos casos, não é identificada como uma doença tratável, pois menos de 10% das pessoas que apresentam esses sintomas reconhecem isso como um problema de saúde que requer tratamento. Para muitos, dormir mal faz parte do cotidiano. Os distúrbios do sono podem ser causados por diversas causas, sendo o estresse e a preocupação os maiores inimigos, além do estímulo provocado pelos smartphone e tablets. A luz das telas de aparelhos eletrônicos é considerada um dos grandes vilões do sono atualmente. É que a luminosidade alta prejudica na hora de dormir, por comprometer a produção do hormônio responsável pelo sono. Segundo especialistas, a melatonina é que avisa ao cérebro que é hora de dormir, mas a luminosidade afeta a sua produção. Por isso, a recomendação de que o uso desses equipamentos seja interrompido uma hora antes de ir para a cama.

As olheiras expressivas, a aparência de cansaço, o mau humor, a baixa imunidade, a falta de concentração e a queda na produtividade são apenas algumas das consequências da insônia. O tecnólogo em rede de computadores Wesley Pereira Martins, de 25 anos, sofre com os transtornos de sono desde os 5. “Quando criança, tive alguns episódios de sonambulismo, de acordo com meus pais, e, por várias vezes, andei pela casa durante a noite. Depois de adulto, passei a ter insônia decorrente do transtorno de ansiedade,” conta.

Os transtornos comprometem, consideravelmente, o cotidiano das pessoas, afetando, principalmente, o trabalho, deixando o insone mais preocupado e estressado. Wesley Martins afirma que procurou ajuda médica quando observou que a insônia estava interferindo na sua produtividade profissional. “Fiquei bastante improdutivo, pois chegava para trabalhar extremamente exausto, não tinha paciência com as pessoas, sentindo muitas dores de cabeça”, relata.

Caso atípico, o artista plástico Aluizio Figueiredo tem muitas dificuldades para dormir. “É um problema comum em toda a minha família.” Seu sono é interrompido várias vezes durante a noite, período em que ele aproveita para ficar ligado nas redes sociais, o que, segundo especialistas, é um grande erro porque o estímulo provocado pela luminosidade da tela do computador e do smartphone afeta o sono. Apesar de dormir pouco, Aluizio considera que essa privação em nada afeta seu dia a dia. Ele sofre de bruxismo e reconhece que esse pode ser um dos problemas. “Meus dentes estão gastos, mas não consigo usar a placa recomendada para evitar danos dentários.” Por não afetar seu humor e sua produtividade, Aluizio não procurou ajuda médica. “Não me atrapalha em nada, acordo cedo, sou muito bem-humorado”, pontua.

Interrupção do sono prejudica a saúde
Os quatro estágios ao dormir devem ser cumpridos, sendo cada um deles responsável por uma atividade diferente. Criar rotina para que cada um desses ciclos se complete é fundamental

Para identificar e tratar distúrbios do sono, é preciso primeiro entender o que é sono e sua função no organismo humano. É um período de restauração da capacidade física e mental. Existem reações hormonais e neurológicas que só ocorrem durante esse período. São quatro estágios de profundidade do sono, denominadas no meio médico como fases não REM, e a REM, cada qual com sua função específica. Todos devem ser exercidos em sua devida proporção.

Felipe Sales, neurologista do Hospital Vera Cruz, de Belo Horizonte, explica que o sono tem quatro fases, sendo cada uma delas responsável por uma atividade diferente. “Durante as três primeiras fases do sono, o corpo economiza energia, promove a restauração de tecidos, o aumento da massa muscular e libera o hormônio de crescimento. Na última fase do sono, conhecida como fase REM, ocorre a consolidação da memória e do aprendizado“, explica. Quando alguém está dormindo e é acordado, volta, imediatamente, à fase um do sono, comprometendo o processo, e qualquer interrupção gera prejuízo a curto e longo prazos.

A primeira etapa do sono (N1) é mais superficial, como um cochilo. Depois vem a N2, intermediária, quando se aprofunda, e a N3 é o sono mais profundo, que é o mais reparador. A fase REM é considerada o momento de sonho. Esse ciclo se repete entre quatro e cinco vezes durante a noite, conforme Drusus Perez Marques, neurologista do Hospital Vera Cruz.

De acordo com José Mól, psiquiatra da Clínica de Psiquiatria e Medicina do Sono, dormir tem que vir na quantidade certa e com boa qualidade. “Em nossa sociedade, isso está cada vez mais em débito”, afirma. O padrão, segundo o especialista, é que recém-nascidos durmam entre 14 e 18 horas, crianças entre 12 e 14 horas, adolescentes entre nove e 11 horas, adultos de sete a nove horas, e idosos entre seis e sete. “Dormir menos que seis horas por noite pode levar a pessoa a desenvolver doenças graves, como diabetes, hipertensão e outras enfermidades físicas”, alerta. Algumas substâncias hormonais somente são produzidas pelo organismo durante o período do sono, e a má produção deles pode influenciar o metabolismo durante o dia.

DIFICULDADES

A produtora cultural Adriana Soares Pinheiro começou a sentir dificuldades em dormir aos 14 anos. “Demoro muito para dormir, preciso descansar antes de pegar no sono. Quando me deito, começo a pensar sistematicamente no que fiz e o que tenho que fazer no dia seguinte e demoro a relaxar. Depois, acordo duas a três vezes durante a noite”, conta. A cada despertar, o retorno ao processo de dormir é demorado. “No período da tarde sinto um cansaço incontrolável, mas não consigo dormir.”

Adriana procurou um clínico geral, que sugeriu a ela praticar atividades físicas. Ela conta que passou a fazer caminhada e natação, mas de nada adiantou. Passou a tomar um medicamento indicado pelo médico. “Foram três dias e apenas dormia por três horas e acordava com enjoo”, lembra-se. Adriana buscou um outro especialista que lhe receitou gotas de Rivotril: “Comecei com três gotas por dia e fui evoluindo até 26 e de nada adiantou”. Decidiu abandonar o tratamento, mas reconhece que a falta de sono a incomoda. Adriana bebe socialmente e não fuma, mas se diz “muito agitada”.

Afetar a qualidade do sono por períodos longos pode levar a consequências mais graves, como hipertensão, doenças coronárias, infarto, AVC e alterações do humor: “As pessoas apresentam irritabilidade intensa por coisas banais, sem condições de resolver pequenos problemas familiares, pessoais ou profissionais”, explica Regina Lopes. A longo prazo pode levar à depressão, alterações da libido e impotência sexual. Outras enfermidades ocorrem durante o sono, como o bruxismo (ranger de dentes), sonambulismo – quando a pessoa anda pela casa, conversa dormindo –, e a paralisia, que ocorre normalmente na fase REM.

TRATAMENTO

Para tratar esses distúrbios do sono, é necessário um diagnóstico feito por especialistas. Cada caso precisa ser estudado. Em algumas ocasiões, é necessário fazer a polissonografia, exame realizado para detecção de possíveis alterações no sono. Segundo Regina Magalhães Lopes, médica do Hospital Mater Dei, pneumologista e especializada em sono pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, no caso de insônia, a primeira recomendação são os tratamentos higienistas. “As pessoas precisam valorizar mais o sono.” O ambiente deve ser escuro, silencioso, ter uma temperatura agradável, evitar o uso aparelhos eletrônicos como celular, computador ou TV na hora de dormir. Não fazer exercícios físicos à noite ou ingerir comida de difícil digestão no período noturno também são medidas que podem contribuir para evitar a insônia, além da ioga, fazer acupuntura e sonoterapia. E em outros casos são indicadas ações medicamentosas de indução ao sono.

Para Regina Lopes, a insônia, em muitos casos, pode ser consequência de algum evento marcante que deu início ao processo: “O fim de um casamento, um filho que saiu de casa, uma perda familiar de qualquer natureza. É preciso identificar pontualmente o que desencadeou o processo e buscar uma forma de relaxamento”. Para distúrbios respiratórios é utilizado o BiPAP, aparelho adaptado a uma máscara, ligada à eletricidade, que mantém desobstruídas as vias aéreas.

A técnica de estimulação magnética transcraniana, indicada para tratamento de depressão, tem resultados significativos na melhora do sono, explica José Mól: “É a primeira manifestação positiva. São sessões diárias de 20 minutos, no córtex frontal esquerdo, área do cérebro que tem função diminuída durante o quadro depressivo. A estimulação provoca os neurônios a voltarem ao ritmo normal, sem qualquer contraindicação ou efeitos colaterais”. São de 10 a 20 sessões e recomendáveis também para grávidas, idosos e cardíacos.

Você sabia?

» Insônia engorda: alguns estudos apontam que não dormir normalmente faz com que algumas substâncias, como a grelina (hormônio produzido pelo estômago e que dispara a sensação de fome), aumentem, enquanto outras, como a leptina (que inibe o apetite e estimula o gasto de energia), diminuam.

» Mulheres sofrem mais: para cada homem insone, há três mulheres que também não conseguem dormir. Não se sabe exatamente os motivos, mas acredita-se que elas sejam mais propensas ao estresse do que os homens, o que impacta a qualidade do sono.

» A insônia é mais frequente em idosos do que em adultos jovens: pessoas mais velhas têm 1,5 mais dificuldade de dormir do que adultos com menos de 65 anos. Segundo a Associação Brasileira do Sono (ABS), a prevalência de insônia no idoso varia de 19% a 38%.

» Quanto mais doenças, mais insônia: tanto homens quanto mulheres que sofrem de doenças cardiovasculares, artrite, obesidade, enfisema pulmonar, asma, diabetes, doença renal ou câncer têm muito mais chances de se tornar insones.

» Somente 30% dos adultos com dificuldade de dormir procuram ajuda profissional para resolver o problema: dos que procuraram tratamento, apenas 19% foram ao consultório não especificamente para discutir as dificuldades para dormir, mas sim as consequências disso, como queda no rendimento e queixas sobre a saúde de modo geral.

Tipos de insônia

» Insônia ocasional: dura apenas alguns dias, mas pode aparecer novamente de tempos em tempos. É causada por estresse agudo ou mudanças ambientais, como mudanças no fuso horário ou hospitalização.

» Insônia aguda ou transitória: pode durar de uma a três semanas. A frequência está associada a fatores estressantes mais sérios, como perdas pessoais agudas, traumas emocionais, problemas prolongados no trabalho/família ou doenças graves.

» Insônia crônica: dura mais do que três semanas. A frequência é causada por doenças clínicas ou psiquiátricas (como insuficiência cardiovascular, hipertireoidismo, asma ou depressão). Pode estar ligada ao uso de certos medicamentos, ao uso abusivo ou dependência de drogas ilícitas e de álcool ou transtorno primário do sono.

Impactos

» Sonolência diurna
» Fadiga
» Falta de energia
» Irritabilidade
» Ansiedade
» Falta de concentração e de memória
» Dores musculares
» Depressão
» Acidentes de trabalho
» Diminuição da libido
» Risco de depressão

Tipos de tratamentos

» Não farmacológico: sem uso de remédios. Os médicos usam a terapia comportamental cognitiva (TCC) para analisar pontos importantes do cotidiano do paciente. Após uma avaliação psicossocial, o TCC é feito em seis a oito sessões em grupos de até 10 pessoas. Além de informações sobre o problema, os insones são apresentados a técnicas para adaptar alguns comportamentos que podem estar atrapalhando o sono. De modo geral, o tratamento demora até quatro meses.

» Farmacológico: podem ser hipnóticos, antidepressivos ou tranquilizantes. O problema são alguns efeitos adversos, como dor de cabeça, náuseas, tonturas e, em alguns casos, dependência. Basicamente, os remédios atuam em receptores ou sub-receptores cerebrais que estimulam o sono. A escolha do medicamento, contudo, deve ser feita apenas pelo médico, uma vez que a insônia pode estar associada a outras doenças, como depressão. Nesses casos, a insônia é um sintoma, e não a doença propriamente dita.

Fonte: Associação Brasileira do Sono

Pós-bullying: Como apoiar seu filho em uma nova escola

Especialista dá dicas para ajudar na transição a um novo ambiente

No começo do ano, é comum muitos pais se preocuparem em ajudar o filho a frequentar outra escola após terem sofrido bullying. A adaptação a um novo ambiente, por si só, já é um desafio para as crianças. Mas quando se trata de uma pessoa que já foi vítima de algum processo ligado à agressão física, moral ou psicológica, a situação é ainda mais delicada.

– Para ajudar a criança a enfrentar essa fase, é necessário conversar com pessoas-chaves da escola, pedindo seu apoio. No mínimo o coordenador pedagógico e o professor devem ser informados do histórico da criança, em particular de problemas e/ou traumas vivenciados por ela, para que possam ampará-la e compreender eventuais reações de medo e/ou isolamento. Em casa, os pais podem ajudar a reforçar habilidades emocionais e, principalmente, as sociais, como, apresentar-se a novas crianças para fazer amigos – sugere a fundadora da Associação pela Saúde Emocional de Crianças (ASEC), Tania Paris.

Outro ponto a ser levado em consideração é o cotidiano da escola. É indicado verificar se há programas que estimulem o desenvolvimento das competências emocionais de crianças e adolescentes, além de como os educadores tratam o bullying e os demais assuntos relacionados aos comportamentos autodestrutivos. Conversar com os pais que já passaram e superaram essa experiência também pode fazer a diferença.

– Sanar dúvidas, abastecer-se de informações e manter contato com os orientadores são estratégias positivas para apoiar seu filho. Assim, é possível iniciar uma nova história e fortalecer a saúde mental. Pode ser uma oportunidade da criança ter um aumento de autoestima, ao perceber que superou aquela fase, sentindo-se capaz de enfrentar obstáculos – comenta Paris.

Fonte: Pleno News

Gestação x emocional

Uma a cada quatro gestantes sofre com problemas de saúde mental.
Duas perguntas ajudam a identificar possíveis desordens e garantir equilíbrio para mãe e bebê nessa fase tão importante da vida.

Apesar de gratificante, a gestação não é um período nada fácil. E para 25% das mulheres, ele pode ser ainda mais delicado, acompanhado de depressão e outros transtornos que afetam a mente. Foi o que mostrou um novo estudo do King’s College London, na Inglaterra.

Os pesquisadores avaliaram 545 mulheres acima dos 16 anos por meio de testes usados no diagnóstico de distúrbios psicológicos ou psiquiátricos. Eles descobriram primeiro uma prevalência considerável de ansiedade e depressão, que atingem 15% e 11% das grávidas, respectivamente.

Além disso, apareceram casos de transtornos alimentares, como anorexia e bulimia, em 2% das futuras mamães, e outras doenças menos comuns, incluindo os transtornos obsessivo-compulsivo, do estresse pós-traumático e até mesmo o bipolar. Vale dizer que as mulheres não desenvolveram as doenças por conta da gravidez, mas uma coisa está bem ligada à outra, uma vez que problemas do tipo podem interferir na saúde da mãe e do filho até a adolescência.

“O maior foco das pesquisas até agora sempre foi nas variações de humor típicas desse período, mas os profissionais de saúde também precisam estar prontos para identificar a presença de desordens mentais na gestante”, explica Louise Howard, psiquiatra e autora principal da pesquisa. A ideia dos cientistas é que o trabalho não só reforce a importância dessa investigação, mas aponte um caminho mais simples para ela.

Duas perguntas
O estudo comparou métodos mais complexos de diagnóstico de desordens do tipo com o método de Whooley, que usa apenas duas questões para averiguar se há algum risco para a saúde mental escondido em uma simples tristeza ou comportamento diferente:

No último mês, você se sentiu incomodada por estar triste, para baixo ou desesperançosa?
No mesmo período, você sentiu menos prazer ou interesse em fazer as coisas que faz geralmente?
Se a resposta para essas perguntas for sim, a recomendação é que o médico apure melhor a situação e, se necessário, encaminhe a gestante para outro profissional, como um psiquiatra ou psicólogo. Mais importante do que isso é, ainda, garantir um espaço seguro para que a mulher possa se abrir e perguntar sobre a saúde mental sem fazer julgamentos.

Diagnosticar precocemente, dar suporte e acompanhar cada caso é a melhor maneira de garantir que mãe e filho tenham uma mente equilibrada e uma vida feliz pela frente.

 

Fonte: Abril