É possível aumentar empatia? Saiba o que é e como melhorar suas relações

Você pode já ter ouvido alguma vez o pedido para ser “mais empático”. Ou, então, escutou algum comentário crítico sobre uma pessoa (ou até você mesmo) não possuir empatia. Mas, afinal, o que é de fato ter empatia?

O sentimento é para lá de abstrato e seu desenvolvimento varia de pessoa para pessoa. Às vezes somos empáticos com algumas situações, mas não com outras. Por trás de tudo isso, está a prática de se colocar no lugar do outro —e, claro, isso pode ser desenvolvido com algumas técnicas.

O que é empatia?

No dicionário, uma das definições diz que ela é a capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente e de querer o que ela quer. Em resumo, poderíamos dizer que ter empatia é se colocar no lugar do outro. No entanto, ser empático envolve saberes diversos e mais profundos.

Com a empatia, a sensação é de ser aquela pessoa e, por isso, compreender escolhas, alegrias, medos, arrogância, agressividade e ignorância, ou seja, o que há de bom e de ruim em alguém. É acreditar que faria exatamente a mesma coisa.

Mas como abandonar as próprias emoções, crenças ou expectativas para viver a empatia em sua totalidade? Para caminhar por essa estrada de aprendizado é necessário entender que ninguém é perfeito. Segundo a especialista em autoconhecimento e inteligência comportamental Heloísa Capelas, não é possível chegar ao amor sem empatia, por isso, essa é uma capacidade tão importante.

“Eu preciso primeiro me abrir, olhar para o outro do ponto de vista dele, renunciar aos meus julgamentos, minhas verdades e minhas crenças. Poder me abrir para poder compreender o que o outro está vivendo é empatia, e ela vem muito antes do amor”, afirma.

Você pode já ter ouvido alguma vez o pedido para ser “mais empático”. Ou, então, escutou algum comentário crítico sobre uma pessoa (ou até você mesmo) não possuir empatia. Mas, afinal, o que é de fato ter empatia?

O sentimento é para lá de abstrato e seu desenvolvimento varia de pessoa para pessoa. Às vezes somos empáticos com algumas situações, mas não com outras. Por trás de tudo isso, está a prática de se colocar no lugar do outro —e, claro, isso pode ser desenvolvido com algumas técnicas.

O que é empatia?

No dicionário, uma das definições diz que ela é a capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente e de querer o que ela quer. Em resumo, poderíamos dizer que ter empatia é se colocar no lugar do outro. No entanto, ser empático envolve saberes diversos e mais profundos.

Com a empatia, a sensação é de ser aquela pessoa e, por isso, compreender escolhas, alegrias, medos, arrogância, agressividade e ignorância, ou seja, o que há de bom e de ruim em alguém. É acreditar que faria exatamente a mesma coisa.

Mas como abandonar as próprias emoções, crenças ou expectativas para viver a empatia em sua totalidade? Para caminhar por essa estrada de aprendizado é necessário entender que ninguém é perfeito. Segundo a especialista em autoconhecimento e inteligência comportamental Heloísa Capelas, não é possível chegar ao amor sem empatia, por isso, essa é uma capacidade tão importante.

“Eu preciso primeiro me abrir, olhar para o outro do ponto de vista dele, renunciar aos meus julgamentos, minhas verdades e minhas crenças. Poder me abrir para poder compreender o que o outro está vivendo é empatia, e ela vem muito antes do amor”, afirma.

Você pode já ter ouvido alguma vez o pedido para ser “mais empático”. Ou, então, escutou algum comentário crítico sobre uma pessoa (ou até você mesmo) não possuir empatia. Mas, afinal, o que é de fato ter empatia?

O sentimento é para lá de abstrato e seu desenvolvimento varia de pessoa para pessoa. Às vezes somos empáticos com algumas situações, mas não com outras. Por trás de tudo isso, está a prática de se colocar no lugar do outro —e, claro, isso pode ser desenvolvido com algumas técnicas.

O que é empatia?

No dicionário, uma das definições diz que ela é a capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente e de querer o que ela quer. Em resumo, poderíamos dizer que ter empatia é se colocar no lugar do outro. No entanto, ser empático envolve saberes diversos e mais profundos.

Com a empatia, a sensação é de ser aquela pessoa e, por isso, compreender escolhas, alegrias, medos, arrogância, agressividade e ignorância, ou seja, o que há de bom e de ruim em alguém. É acreditar que faria exatamente a mesma coisa.

Mas como abandonar as próprias emoções, crenças ou expectativas para viver a empatia em sua totalidade? Para caminhar por essa estrada de aprendizado é necessário entender que ninguém é perfeito. Segundo a especialista em autoconhecimento e inteligência comportamental Heloísa Capelas, não é possível chegar ao amor sem empatia, por isso, essa é uma capacidade tão importante.

“Eu preciso primeiro me abrir, olhar para o outro do ponto de vista dele, renunciar aos meus julgamentos, minhas verdades e minhas crenças. Poder me abrir para poder compreender o que o outro está vivendo é empatia, e ela vem muito antes do amor”, afirma.

Você pode já ter ouvido alguma vez o pedido para ser “mais empático”. Ou, então, escutou algum comentário crítico sobre uma pessoa (ou até você mesmo) não possuir empatia. Mas, afinal, o que é de fato ter empatia?

O sentimento é para lá de abstrato e seu desenvolvimento varia de pessoa para pessoa. Às vezes somos empáticos com algumas situações, mas não com outras. Por trás de tudo isso, está a prática de se colocar no lugar do outro —e, claro, isso pode ser desenvolvido com algumas técnicas.

O que é empatia?

No dicionário, uma das definições diz que ela é a capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente e de querer o que ela quer. Em resumo, poderíamos dizer que ter empatia é se colocar no lugar do outro. No entanto, ser empático envolve saberes diversos e mais profundos.

Com a empatia, a sensação é de ser aquela pessoa e, por isso, compreender escolhas, alegrias, medos, arrogância, agressividade e ignorância, ou seja, o que há de bom e de ruim em alguém. É acreditar que faria exatamente a mesma coisa.

Mas como abandonar as próprias emoções, crenças ou expectativas para viver a empatia em sua totalidade? Para caminhar por essa estrada de aprendizado é necessário entender que ninguém é perfeito. Segundo a especialista em autoconhecimento e inteligência comportamental Heloísa Capelas, não é possível chegar ao amor sem empatia, por isso, essa é uma capacidade tão importante.

“Eu preciso primeiro me abrir, olhar para o outro do ponto de vista dele, renunciar aos meus julgamentos, minhas verdades e minhas crenças. Poder me abrir para poder compreender o que o outro está vivendo é empatia, e ela vem muito antes do amor”, afirma.

Você pode já ter ouvido alguma vez o pedido para ser “mais empático”. Ou, então, escutou algum comentário crítico sobre uma pessoa (ou até você mesmo) não possuir empatia. Mas, afinal, o que é de fato ter empatia?

O sentimento é para lá de abstrato e seu desenvolvimento varia de pessoa para pessoa. Às vezes somos empáticos com algumas situações, mas não com outras. Por trás de tudo isso, está a prática de se colocar no lugar do outro —e, claro, isso pode ser desenvolvido com algumas técnicas.

O que é empatia?

No dicionário, uma das definições diz que ela é a capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente e de querer o que ela quer. Em resumo, poderíamos dizer que ter empatia é se colocar no lugar do outro. No entanto, ser empático envolve saberes diversos e mais profundos.

Com a empatia, a sensação é de ser aquela pessoa e, por isso, compreender escolhas, alegrias, medos, arrogância, agressividade e ignorância, ou seja, o que há de bom e de ruim em alguém. É acreditar que faria exatamente a mesma coisa.

Mas como abandonar as próprias emoções, crenças ou expectativas para viver a empatia em sua totalidade? Para caminhar por essa estrada de aprendizado é necessário entender que ninguém é perfeito. Segundo a especialista em autoconhecimento e inteligência comportamental Heloísa Capelas, não é possível chegar ao amor sem empatia, por isso, essa é uma capacidade tão importante.

“Eu preciso primeiro me abrir, olhar para o outro do ponto de vista dele, renunciar aos meus julgamentos, minhas verdades e minhas crenças. Poder me abrir para poder compreender o que o outro está vivendo é empatia, e ela vem muito antes do amor”, afirma.

Você pode já ter ouvido alguma vez o pedido para ser “mais empático”. Ou, então, escutou algum comentário crítico sobre uma pessoa (ou até você mesmo) não possuir empatia. Mas, afinal, o que é de fato ter empatia?

O sentimento é para lá de abstrato e seu desenvolvimento varia de pessoa para pessoa. Às vezes somos empáticos com algumas situações, mas não com outras. Por trás de tudo isso, está a prática de se colocar no lugar do outro —e, claro, isso pode ser desenvolvido com algumas técnicas.

O que é empatia?

No dicionário, uma das definições diz que ela é a capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente e de querer o que ela quer. Em resumo, poderíamos dizer que ter empatia é se colocar no lugar do outro. No entanto, ser empático envolve saberes diversos e mais profundos.

Com a empatia, a sensação é de ser aquela pessoa e, por isso, compreender escolhas, alegrias, medos, arrogância, agressividade e ignorância, ou seja, o que há de bom e de ruim em alguém. É acreditar que faria exatamente a mesma coisa.

Mas como abandonar as próprias emoções, crenças ou expectativas para viver a empatia em sua totalidade? Para caminhar por essa estrada de aprendizado é necessário entender que ninguém é perfeito. Segundo a especialista em autoconhecimento e inteligência comportamental Heloísa Capelas, não é possível chegar ao amor sem empatia, por isso, essa é uma capacidade tão importante.

“Eu preciso primeiro me abrir, olhar para o outro do ponto de vista dele, renunciar aos meus julgamentos, minhas verdades e minhas crenças. Poder me abrir para poder compreender o que o outro está vivendo é empatia, e ela vem muito antes do amor”, afirma.

Fontes: Ana Gabriela Andriani, psicóloga graduada pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), mestre e doutora pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), com pós-graduação em terapia de casal e família pelo The Family Institute, da Northwestern University, em Illinois, Estados Unidos, e especialização em psicoterapia dinâmica breve pelo IPq-FMUSP (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas); Elisângela Barbosa, consultora especialista em assessoria para Recursos Humanos com ênfase em plano de cargos e salários, gestão por competências e performance e treinamentos; Fabiana Gutierrez, cofundadora de Carlotas, graduada em Ciências da Comunicação e Mídia pela ESPM (Escola de Propaganda e Marketing) e MBA pelo Insper, em São Paulo; Fernanda Guerra, advogada brasileira pioneira na abordagem de Contratos Conscientes e pós-graduada em neurociência e comportamento pela PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul); Heloísa Capelas, especialista em autoconhecimento e inteligência comportamental, assistente social, pós-graduada em administração com ênfase em Recursos Humanos, fundadora e diretora do Centro Hoffman, coach, master practitioner em PNL (Programação Neurolinguística) e terapeuta familiar; Jaqueline Bifano, psiquiatra infanto-juvenil, graduada em Medicina pela UFF (Universidade Federal Fluminense) especialista em psicoterapia pelo IP-UFRJ (Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro); Leonardo Morelli, psicólogo, mestre em psicologia pelo Centro Ericksoniano do México, na Cidade do México, e especialista em psicoterapia ericksoniana pela The Milton Erickison Foudation em Phoenix, Estados Unidos.

Fonte: UOL

A importância do acompanhamento psicológico durante o período de pandemia

A pandemia do novo coronavírus é a maior emergência de saúde pública que o mundo enfrentou nas últimas décadas. Além das preocupações com a saúde física, a Covid-19 também é impulsionadora do sofrimento psicológico, que pode ser experienciado durante o isolamento social e, em muitos casos, é resultado de mudanças nas rotinas e nas relações familiares.

Esta sobrecarga emocional, frente a um cenário instável e imprevisível, tem impactado em um aumento dos casos de ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo, depressão e síndrome do pânico, segundo o Conselho Federal de Psicologia (CFP). O corpo emite sinais quando está ultrapassando alguns limites de tristeza e desconforto, como o surgimento da alteração de sono, da perda ou do ganho de apetite, do choro constante, dos pensamentos negativos e de tensões na família.

Por isso, é tão importante entender e cuidar da imunidade psicológica. Diferentemente da imunidade do organismo, alimentada por fatores externos, a imunidade psicológica é ativada de forma interna com ações preventivas capazes de proteger pensamentos, emoções e sentimentos. Este autocuidado se torna possível quando a estrutura psicológica de um indivíduo é preparada para lidar com estresse, medo, angustia, ansiedade, mudanças de humor, entre outros sentimentos.

Em conteúdo divulgado na Revista Veja Saúde, a psicóloga Ana Luiza Novis explica que procurar ajuda e compartilhar o sofrimento é fundamental para aliviar os sintomas associados ao confinamento. A construção da imunidade psicológica faz parte desse processo e terá mais êxito se conduzida por um profissional da psicologia, que fará esta travessia para o fortalecimento da mente de forma mais eficiente e facilitada. E mesmo com o distanciamento social, é possível receber orientação técnica a distância e em tempo real, por meio de consultas e atendimentos online, aprovados pelo CFP.

Para garantir a saúde mental desde já, é possível tomar pequenos cuidados que podem fazer toda a diferença no dia a dia para evitar a sobrecarga de emoções e um possível agravamento de um quadro pré-existente. Um bom começo é evitar o excesso de informações; restringir o tempo de uso das redes sociais; manter uma rotina pessoal; fazer um bom aproveitamento das horas vagas com ações que agreguem no bem-estar, como ouvir música, ler um livro, assistir a filmes e séries, dançar; fazer cursos online; praticar meditação; exercitar a fé; manter o ambiente organizado e limpo.

Algumas dicas facilitam o cotidiano, mas não substituem a ação de um especialista quando as coisas não vão bem. Hoje, já é possível ter acesso a instrumentos de diagnóstico e profissionais qualificados de forma online, acelerando e simplificando este processo.

 

Fonte: Tumiing

Janeiro Branco vai abordar a saúde mental em meio à pandemia

Os meses de distanciamento social, dificuldades financeiras e de luto para muitas famílias afetaram a saúde. A campanha Janeiro Branco, promovida pelo Núcleo de Psicologia da Acim, pretende abordar as questões mais relevantes neste cenário e oferecer orientação.

2020 não foi um ano fácil para ninguém. Pior ainda para quem perdeu um familiar para a Covid-19, perdeu o emprego, sofreu com a distância forçada de amigos e parentes.

Todos enfrentaram níveis diferentes de ansiedade, medo, frustração e dor.

Mas 2021 começa com apoio. É a campanha Janeiro Branco promovida pelo Núcleo de Psicologia da Acim, Associação Comercial e Empresarial de Maringá.

Nas redes sociais, psicólogos que integram o grupo vão oferecer informação, orientação sobre como prevenir, identificar e buscar ajuda para tratar doenças relacionadas à saúde mental.

O objetivo é debater o tema tanto em relação ao ambiente de trabalho, como em casa e na escola, ou no ambiente virtual em que os colegas de classe se encontram.

A campanha vai informar os caminhos para quem precisa de ajuda.

 

Por que ser gentil com as outras pessoas pode fazer você viver mais

Os jornais começaram a escrever sobre Betty Lowe quando ela tinha 96 anos. Apesar de já ter passado da idade de se aposentar, ela ainda era voluntária em um café no Salford Royal Hospital, no Reino Unido, servindo café, lavando pratos e conversando com pacientes.

Lowe fez então 100 anos. “Ainda é voluntária no hospital”, diziam as manchetes. Quando completou 102 anos, a notícia se repetiu: “Continua trabalhando como voluntária”. O mesmo aconteceu quando ela completou 104 anos. Inclusive aos 106, Lowe trabalhava no café uma vez por semana, apesar da visão fraca.

Lowe disse aos repórteres que a entrevistaram que o motivo pelo qual ela continuou trabalhando no café por tanto tempo, quando a maioria das pessoas teria decidido ficar de pernas para o ar, foi porque ela acreditava que o voluntariado a mantinha saudável. E ela provavelmente estava certa.

A ciência revela que comportamentos altruístas — de voluntariado formal a doações monetárias e atos aleatórios de gentileza diária — promovem o bem-estar e a longevidade.

Estudos mostram, por exemplo, que o voluntariado está correlacionado a um risco 24% menor de morte prematura — quase o mesmo que comer seis ou mais porções de frutas, legumes e verduras por dia, de acordo com algumas pesquisas.

Além disso, quem faz trabalho voluntário apresenta um risco menor de alto índice de glicose no sangue e um risco menor de níveis de inflamação relacionados a doenças cardíacas. Também passa 38% menos noites em hospitais do que as pessoas que evitam se engajar em atos de caridade.

E esses impactos positivos do voluntariado na saúde parecem ser encontrados em todos os cantos do mundo — da Espanha e Egito à Uganda e Jamaica, de acordo com um estudo baseado em dados do instituto Gallup World Poll.

É claro que pode ser que as pessoas que estejam com a saúde melhor sejam mais propensas a começar a se voluntariar. Se você está sofrendo de artrite severa, por exemplo, é provável que não se ofereça para trabalhar distribuindo sopa a moradores de rua.

“Há pesquisas que sugerem que as pessoas com saúde melhor são mais propensas a se voluntariar, mas como os cientistas estão bem cientes disso, controlamos isso estatisticamente em nossos estudos”, explica Sara Konrath, psicóloga e pesquisadora de filantropia da Universidade de Indiana, nos EUA.

Mesmo quando os cientistas removem os efeitos da saúde pré-existente, os impactos do voluntariado no bem-estar ainda permanecem fortes. Além disso, vários experimentos de laboratório randomizados revelam os mecanismos biológicos pelos quais ajudar os outros pode beneficiar nossa saúde.

Em um desses experimentos, alunos do ensino médio no Canadá foram designados a dar aulas a crianças do ensino fundamental por dois meses ou colocados em uma lista de espera. Quatro meses depois, após o término das aulas, as diferenças entre os dois grupos de adolescentes eram claramente visíveis em seu sangue.

Em comparação com aqueles que estavam na lista de espera, os alunos que ofereceram monitoria ativamente às crianças mais novas apresentaram níveis mais baixos de colesterol, assim como marcadores inflamatórios mais baixos, como a interleucina 6 no sangue — que, além de ser um poderoso preditor de saúde cardiovascular, também desempenha um papel importante nas infecções virais.

É claro que, em tempos de pandemia, o voluntariado pode ser um desafio maior. No entanto, Konrath acredita que fazer isso online também pode trazer benefícios para a saúde, se a nossa motivação for realmente ajudar outras pessoas.

Ela também recomenda se voluntariar virtualmente com amigos, já que pesquisas mostram que o componente social do voluntariado é importante para o bem-estar.

Mas não são apenas os efeitos do voluntariado formal que aparecem no sangue — atos aleatórios de bondade também.

Em um estudo na Califórnia, participantes que foram designados a realizar atos simples de gentileza, como comprar café para um estranho, apresentaram menor atividade dos genes leucocitários relacionados à inflamação. Isso é bom, uma vez que a inflamação crônica tem sido associada a condições como artrite reumatoide, câncer, doenças cardíacas e diabetes.

E se você submeter as pessoas a um exame de ressonância magnética funcional, e dizer a elas para agir de forma altruísta, poderá ver mudanças em como seus cérebros reagem à dor. Em um experimento recente, voluntários tiveram que tomar várias decisões, incluindo se doavam dinheiro ou não, enquanto suas mãos eram submetidas a choques elétricos leves.

Os resultados foram claros: os cérebros daqueles que fizeram a doação se iluminaram menos em resposta à dor. E quanto mais eles consideravam suas ações como úteis, mais resistentes à dor eles se tornavam.

Da mesma forma, doar sangue parece doer menos do que a coleta de sangue para exame, embora no primeiro cenário a agulha possa ter o dobro da espessura.

Há inúmeros outros exemplos dos efeitos positivos para a saúde de gentilezas e doações monetárias. Por exemplo, avós que tomam conta regularmente dos netos apresentam um risco de morte até 37% menor do que aqueles que não prestam esses cuidados.

Isso tem um efeito maior do que pode ser alcançado com exercícios físicos regulares, de acordo com estudos de meta-análise. Isso pressupõe que os avós não estão assumindo o lugar dos pais completamente (embora, reconhecidamente, cuidar dos netos muitas vezes envolva muita atividade física, especialmente no caso de bebês).

Por outro lado, gastar dinheiro com os outros, e não apenas em benefício próprio, pode levar a uma melhor audição, a um sono de mais qualidade e à redução da pressão arterial, com efeitos tão significativos quanto iniciar uma nova medicação para hipertensão.

Para Tristen Inagaki, neurocientista da San Diego State University, nos EUA, não há nada de surpreendente no fato de que a gentileza e o altruísmo devem impactar nosso bem-estar físico.

“Os seres humanos são extremamente sociais, temos uma saúde melhor quando estamos interconectados, e parte de estarmos interconectados é doar”, diz ela.

Inagaki estuda nosso sistema do cuidado — uma rede de regiões do cérebro ligadas tanto a comportamentos de ajuda ao próximo quanto à saúde. Esse sistema provavelmente evoluiu para facilitar a criação de nossos bebês, incomumente indefesos para os padrões dos mamíferos, e mais tarde provavelmente foi cooptado para ajudar outras pessoas também.

Parte do sistema é composto por regiões de recompensa do cérebro, como a área septal e o corpo estriado ventral — os mesmos que se iluminam quando você ganha um prêmio na máquina de caça-níqueis.

Ao conectar a maternidade/paternidade ao sistema de recompensa, a natureza tentou garantir que não fugíssemos de nossos bebês carentes e aos berros. Estudos de neuroimagem feitos por Inagaki e seus colegas mostram que essas áreas do cérebro também se iluminam quando damos apoio a outros entes queridos.

Além de tornar o cuidado gratificante, a evolução também o associou à redução do estresse. Quando agimos com gentileza, ou simplesmente refletimos sobre gentilezas que fizemos no passado, a atividade do centro do medo do nosso cérebro, a amígdala, diminui. Novamente, isso pode estar relacionado à criação de filhos.

Pode parecer contraintuitivo que cuidar de crianças reduza o estresse — pergunte a qualquer pessoa que acabou de ser pai ou mãe, e eles provavelmente vão te dizer que cuidar de bebês não é exatamente uma ida ao spa.

Mas uma pesquisa revela que quando os animais ouvem o choro de filhotes da mesma espécie, a atividade de suas amígdalas se acalma, e a mesma coisa acontece com pais e mães quando mostram a eles a foto de seu próprio filho.

Inagaki explica que a atividade do centro do medo do cérebro precisa diminuir se quisermos ser realmente úteis aos outros.

“Se você estivesse completamente sobrecarregado pelo estresse deles, provavelmente não conseguiria nem sequer abordá-los para ajudar em primeiro lugar”, diz ela.

Tudo isso tem consequências diretas para a saúde. O sistema de cuidado — a amígdala e as áreas de recompensa — está ligado ao nosso sistema nervoso simpático, que atua na regulação da pressão arterial e na resposta inflamatória, explica Inagaki. É por isso que praticar o cuidado com o próximo pode melhorar sua saúde cardiovascular e ajudá-lo a viver mais.

Descobriu-se que adolescentes que doam seu tempo apresentam níveis mais baixos de dois marcadores de inflamação: interleucina 6 e proteína C reativa. Ambos estiveram envolvidos em desfechos graves de pacientes infectados com covid-19.

Isso levanta a perspectiva tentadora de que, durante a pandemia, ajudar os necessitados pode ser particularmente poderoso, não simplesmente como uma forma de melhorar nosso humor durante o lockdown.

Ainda não foi realizada uma pesquisa para avaliar até que ponto o voluntariado poderia ter um efeito protetor contra a covid-19, e qualquer coisa que aumente seu contato com outras pessoas que possam ser portadoras do vírus aumentaria potencialmente o risco de ser infectado.

E se, no entanto, a doação não for algo natural para você?

A empatia, uma qualidade fortemente ligada a comportamentos de voluntariado e doação, é altamente hereditária — cerca de um terço de nossa empatia depende de nossos genes. Porém, Konrath diz que isso não significa que as pessoas nascidas com baixo grau de empatia estejam condenadas.

“Também nascemos com potencial atlético diferente, é mais fácil para alguns de nós ganhar massa muscular do que para outros. Mas todos nós temos músculos, e todos nós, se fizermos alguns exercícios, vamos criar músculos”, afirma.

“Não importa por onde a gente comece, e as pesquisas mostram isso, todos nós podemos melhorar em empatia.”

Algumas intervenções não levam mais do que alguns segundos. Por exemplo, você pode tentar olhar o mundo sob a perspectiva de outra pessoa, se colocando realmente no lugar dela, por um ou dois momentos do dia. Ou pode praticar a meditação mindfulness (atenção plena) e da bondade amorosa. Cuidar de animais de estimação e ler livros carregados de emoção, um passatempo perfeito para o lockdown, também funcionam bem para aumentar a empatia.

Durante os primeiros seis meses de 2020, os britânicos doaram 800 milhões de libras a mais para instituições de caridade do que no mesmo período de 2019, e estatísticas semelhantes chegam de outros países. Quase metade dos americanos verificou recentemente como seus vizinhos idosos ou doentes estavam.

Na Alemanha, a crise do coronavírus aproximou as pessoas — enquanto, em fevereiro de 2020, 41% diziam que as pessoas não se importavam com as outras, esse percentual caiu para apenas 19% no início do verão.

E há ainda as histórias de gentileza em meio à pandemia — como americanos e australianos deixando ursinhos de pelúcia em suas janelas para animar as crianças. E a florista francesa, Murielle Marcenac, que colocou 400 buquês de flores nos carros de funcionários de um hospital na cidade de Perpignan.

Pesquisas sugerem que essas gentilezas não apenas aquecem nossos corações, mas também podem nos ajudar a permanecer saudáveis ​​por mais tempo.

“Há realmente algo no ato de apenas focar nos outros às vezes, que faz muito bem para você”, diz Inagaki.

Com isso em mente, todos nós poderíamos certamente reservar um pouco de tempo para praticar momentos de gentileza nos próximos meses.

Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.

Fonte: BBC News Brasil
Texto: Marta Zaraska

5 maneiras de melhorar sua saúde mental em 2021

Sob a sombra da pandemia, o ano de 2021 começa de maneira difícil: situação política complicada, crimes de ódio recorrentes, riscos ambientais. Isso somado a problemas pessoais como pressão na vida profissional, problemas de saúde, relações familiares complicadas, mudanças de vida. A lista pode ir longe, e é por conta desses fatores que os casos relacionados a doenças mentais e psicológicas têm ficado cada vez mais frequentes e melhorar sua saúde mental tem se tornado cada vez mais urgente.

Foi dai que surgiram campanhas como a do Janeiro Branco, considerado o mês da prevenção e cuidado da saúde mental no Brasil. Atualmente, os transtornos mentais são a terceira maior causa de afastamento no trabalho gerando a solicitação de 43,3 mil auxílios-doença de acordo com o último levantamento da Secretaria da Previdência feito em 2017.

Não é de admirar que muitos de nós estejam ansiosos ou deprimidos.

Mas nem tudo está perdido. A terapia é essencial para casos desse tipo, mas existem algumas práticas, cientificamente validadas, que podem ajudar a melhorar sua saúde mental. Já que a mente e o corpo estão entrelaçados – esses comportamentos também podem ajudar a melhorar sua saúde geral. Veja lista sugerida pela CNN:
Pratique o otimismo para melhorar sua saúde mental

Os estudos são positivos: olhar para o lado positivo da vida é realmente bom para você. Os otimistas têm uma chance 35% menor de sofrer um ataque cardíaco ou derrame, são mais propensos a comer uma dieta saudável e se exercitar regularmente, têm sistemas imunológicos mais fortes; e até vivem mais.

É claro: ser otimista não significa que você deve ignorar todos os estresses rotineiros. É impossível! Mas ser otimista significa principalmente que, quando coisas ruins acontecem, você não precisa se culpar desnecessariamente. Se você enfrentar um desafio ou obstáculo, é mais provável que o veja como temporário ou até positivo, permitindo que você aprenda e cresça.

Os otimistas também acreditam que têm controle sobre seu destino e podem criar oportunidades para que boas coisas aconteçam. Não se considera um otimista natural? Não se preocupe. A ciência mostrou que você pode treinar seu cérebro para ser mais positivo.

“Há pesquisas que indicam que o otimismo pode realmente ser aprimorado ou nutrido através de certos tipos de treinamento”, disse o neurocientista Richard Davidson, fundador e diretor do Center for Healthy Minds.

De acordo com uma meta-análise de estudos existentes, o uso da técnica “Melhor possível” é uma das maneiras mais eficazes de aumentar seu otimismo. É baseado em exercícios que pedem que você se imagine com todos os seus problemas resolvidos em um futuro em que todos os objetivos da sua vida foram alcançados. Em um estudo, as pessoas que fizeram isso por apenas 15 minutos por semana durante um período de oito semanas se tornaram mais positivas e permaneceram assim por quase seis meses. O que você tem a perder?

Comece o voluntariado

Estudos têm demonstrado que colocar o bem-estar dos outros antes do nosso, sem esperar nada em troca (ser altruísta), estimula os centros de recompensa do cérebro. Essas substâncias químicas positivas inundam nosso sistema, produzindo uma espécie de “ajuda quimica”. Também existem benefícios físicos: estudos mostram que o voluntariado minimiza o estresse e melhora a depressão. Pode reduzir o risco de comprometimento cognitivo. Além de poder até nos ajudar a viver mais tempo.

Mesmo se você tiver pouco tempo para oferecer, apenas o ato de se solidarizar demonstrou melhorar nossa saúde, possivelmente reduzindo nosso senso de dor. Um novo estudo descobriu que as pessoas que disseram que doariam dinheiro para ajudar os órfãos eram menos sensíveis a um choque elétrico do que aquelas que se recusaram a dar. Além disso, quanto mais pessoas úteis pensavam que sua doação seria, menos dor elas sentiam.
Seja grato

Ouvimos muito sobre os benefícios da gratidão na última década, e isso é apoiado pela ciência: contar nossas “bênçãos” nos protege contra a ansiedade e a depressão e aumenta o otimismo. Precisa de mais provas? Os alunos do ensino médio que praticavam exercícios de gratidão tiveram menos problemas de comportamento.

Uma das melhores maneiras de fazer da gratidão parte da sua vida, dizem os especialistas, é manter um diário. Antes de ir para a cama, anote qualquer experiência positiva que você teve naquele dia, por menor que seja.

Você também pode fazer isso por meio da prática de mindfullness (atenção plena) ou também por meio de uma auto-regulação proposital da atenção para permanecer no momento presente. Um dos exercícios favoritos de atenção plena de Davidson cultiva gratidão.

“Simplesmente para lembrar as pessoas que estão em nossas vidas das quais recebemos algum tipo de ajuda”, Davidson disse à CNN. “Lembre-os e aprecie o cuidado e apoio ou o que quer que essas pessoas tenham prestado.” Se você fizer isso por um minuto todas as manhãs e noites, ele acrescentou, esse sentimento de apreciação pode se expandir para os outros em sua vida, aumentando o otimismo e melhorando sua saúde mental.

Reforçar as conexões sociais pode melhorar sua saúde mental

“As pessoas que são mais socialmente conectadas à família, aos amigos e à comunidade são mais felizes, são fisicamente mais saudáveis ​​e vivem mais do que as pessoas que são menos bem conectadas”, disse o psiquiatra de Harvard Robert Waldinger em sua palestra popular no TEDx.

A prova disso vem do Harvard Study of Adult Development, que acompanhou 724 homens de Boston por mais de 75 anos e depois começou a analisar mais de 2.000 pessoas, filhos e esposas desses homens.

“A mensagem mais clara que recebemos deste estudo de 75 anos é a seguinte: bons relacionamentos nos mantêm mais felizes e saudáveis. Ponto final”, disse Waldinger.

E você não precisa estar em um relacionamento comprometido ou ter muitos amigos para obter esse benefício. Em vez disso, é a qualidade do relacionamento que importa, ele disse.

“Casamentos de alto conflito, por exemplo, sem muito carinho, acabam prejudicando nossa saúde, talvez sendo pior do que se divorciar”, disse Waldinger. “E viver no meio de bons e calorosos relacionamentos é protetor.”
Encontre seu objetivo

Encontrar um senso de propósito contribui muito para o bem-estar e uma vida mais longa e feliz, disseram especialistas à CNN.

O psicólogo da Universidade da Pensilvânia, Martin Seligman, que co-fundou o campo da psicologia positiva, diz que um senso de propósito virá de fazer parte de algo maior que nós mesmos. Ele aponta a religião, a família e as causas sociais como formas de aumentar o significado em nossas vidas.

Em seu livro de referência, “Felicidade: lições de uma nova ciência”, ele diz que as práticas espirituais podem variar da meditação à psicologia positiva e à terapia cognitiva. “Se o seu único dever é conseguir o melhor para si, a vida se torna estressante e solitária demais – você está preparado para fracassar. Em vez disso, precisa sentir que existe para algo maior, e esse próprio pensamento tira algumas das a pressão.”

Fonte: Istoé

O que esperar de 2021? Veja dicas de como traçar metas para o ano novo

Todo fim de ano é a mesma coisa. Avaliar o que foi feito no ano que passou e fazer planos para o ano que se aproxima é prática comum em toda parte do mundo. Mas como fazer planos para um ano de incertezas? De acordo com a professora do curso de Psicologia da Universidade Positivo, Janete Knapik, muita gente pode estar desmotivada por ter planejado muita coisa para 2020 e não ter conseguido colocar em prática. “Porém, só o fato de pensar sobre o que queremos ou o que está faltando já é um ganho, nos traz esperanças de um ano melhor”, acredita.

Segundo a psicóloga, para não se frustrar novamente, é preciso colocar as resoluções em prática, fazer acontecer. Separar o realizável do desejável. “Como 2021 ainda estará sob o impacto da pandemia, é importante pensar em metas realistas e também definir metas voltadas ao autocuidado e à saúde mental, que foi muito afetada neste ano de 2020”, indica. A professora listou sete pontos para levar em consideração na hora de fazer as resoluções de ano novo.

Priorize o que é mais importante: definir uma quantidade grande de metas pulveriza muito os esforços e dificulta um planejamento. Estabelecer um número menor, mas com metas mais significativas, as mais importantes, ajuda na hora de colocar em prática e de ver os resultados acontecerem. “2021 é ainda um ano que temos que nos moldar com as exigências sanitárias da pandemia e com a limitações impostas pelas restrições econômicas, considere isso na hora de estabelecer as metas”, lembra Janete.

Estabeleça uma forma de acompanhar e mensurar as metas: o fato de ver o progresso e que o planejamento está tendo bons resultados tem efeito psicológico reforçador, ou seja, é um estímulo para não perder o entusiasmo. Por exemplo, ver um gráfico com uma curva descendente em uma meta de emagrecimento mobiliza a querer ver a curva descer cada vez mais. Existem aplicativos que fazem esse monitoramento.

Defina metas factíveis: 2021 é ainda um ano de incertezas. Por isso, é importante priorizar metas mais práticas, com prazos menores. “Escolha o que faz mais sentido, que tem mais impacto e relevância com teus propósitos. O que é difícil, às vezes dá vontade de “chutar o balde” e de desistir”, aconselha.

Deixe um espaço para metas de autocuidado: várias pesquisas identificaram aumento da ansiedade, do estresse e da depressão em 2020; outras mostraram que quem passou muito mais tempo em casa acabou exagerando na comida e na bebida. Sendo assim, metas que envolvam atividades físicas, uma alimentação equilibrada, uma disciplina que contemple o descanso, o lazer e boas risadas são sempre muito bem-vindas.

Descreva as metas com detalhamentos: o detalhamento ajuda a colocar em prática. Estabeleça qual o objetivo e quais as etapas necessárias para se atingir. “Coloque no papel, acompanhe e faça as mudanças e adaptações que se fizeram necessárias. Na vida nada é estático, mudanças e adaptação são frutos de aprendizados”, pondera.

Estabeleça prazos: não existe meta sem prazo. “Uma data nos coloca em movimento para atender esse prazo”, reforça Janete. Também é importante considerar a rotina na hora da definição dos prazos.

Comemore as conquistas: rituais de comemoração nos trazem uma sensação de vitória. Por isso, é importante se presentear nas pequenas conquistas.

Fonte: BemParana

Estresse pode atrapalhar a fertilidade, sugere estudo

Viver estressado pode ser um empecilho para quem deseja ter filhos. É o que indica um estudo publicado no The Journal of Neuroscience no dia 20 de novembro.

Realizado em testes de laboratórios, os cientistas comprovaram que as células nervosas perto da base do cérebro ficam mais ativas em situações estressantes e acabam suprimindo o sistema reprodutivo, dificultando uma gestação.

De acordo com Greg Anderson, pesquisador e líder do estudo, alguns neurônios são de fato o elo perdido entre o estresse e a infertilidade.

“Usamos técnicas de última geração para mostrar que quando a atividade de algumas células cerebrais são aumentadas, os hormônios reprodutivos diminuem de maneira semelhante ao que acontece durante o estresse ou durante a exposição ao cortisol, o hormônio do estresse”, afirma.

O pesquisador começou a investigar o papel dos neurônios no controle da fertilidade em mamíferos há cerca de uma década.

Por que a pesquisa é importante?

Há diversas pesquisas realizadas em todo o mundo que buscam uma relação entre o estresse e a dificuldade para engravidar.

A pesquisa visa entender como os neurônios reagem ao estresse e como no futuro será possível criar medicamentos para evitar a infertilidade ao bloquear as ações de alguns neurônios diante de situações estressantes.

“Para mulheres que lutam contra a infertilidade, drogas que bloqueiam as ações de alguns neurônios podem ser uma nova terapia. Já existem esses medicamentos, mas elas não são aprovadas para uso humano e provavelmente precisariam ser alteradas”, diz Anderson.

Para ele, ainda são necessárias mais pesquisas que relacionem o estresse com a infertilidade. No entanto, Anderson acredita que os neurocientistas, em breve, conseguirão controlar a atividade de grupos selecionados de neurônios para silenciar ou aumentar sua atividade.

Isso poderá contribuir com as mulheres que desejam engravidar e não conseguem devido à rotina estressante.

Fonte: UOL
Imagem ilustrativa: Bigstock
Edição: C.S.

Sexualidade: acompanhamento psicológico ao autismo e síndrome down

O desejo sexual entre pessoas com deficiência intelectual é uma realidade que, durante muito tempo, foi reprimida por familiares e pela sociedade. Receosos de que seus filhos manifestem a sexualidade em público ou de que sejam vítimas de abuso, muitos pais ainda refreiam um instinto natural a todo o ser humano.

De acordo com a terapeuta sexual, Kyslley Urtiga, com as mudanças na concepção geral sobre a sexualidade e a criação de organizações sociais voltadas para a inclusão de pessoas com deficiência intelectual, surgiram significativas alterações na visão sobre elas, deixando de focar exclusivamente em sua limitação e passando a considerá-la em sua totalidade, como indivíduos que possuem desejos e necessidades como as demais pessoas.

“O deficiente intelectual, como qualquer outra pessoa, tem necessidade de expressar sua sexualidade. A falta de informações relacionadas à educação sexual pode levar a problemas de interação social e de construção de uma identidade social. Uma educação sexual adequada pode auxiliar as pessoas com deficiência intelectual a encontrarem formas saudáveis de satisfazer seus impulsos, além de diminuir radicalmente os riscos de abuso sexual, comportamentos socialmente inadequados, gravidez indesejada e incidência de doenças sexualmente transmissíveis ”, disse.

Kyslley salienta que a influência familiar é determinante no processo de integração social dos indivíduos com DI, podendo atuar de maneira facilitadora ou impeditiva de sua autonomia e identidade, definindo o quão satisfatório será seu desenvolvimento psicossocial e sexual. “Muitas mães encaram seus filhos com deficiência intelectual como sexualmente infantis, afirmando a ideia de que apenas os adultos economicamente independentes têm direito a uma vida sexualmente ativa”, pontua a especialista.

A vivência sexual dos jovens com deficiência intelectual, quando bem conduzida, melhora o desenvolvimento e o equilíbrio afetivo, incrementa a capacidade de estabelecer contatos interpessoais, fortalece a autoestima e contribui para a inclusão social. Conversar, orientar e construir no interior da família uma relação de confiança é primordial para ajudar esses jovens a lidar com sua sexualidade. “Os pais têm total condição de estabelecer esse vínculo e, caso acreditem que a situação é um pouco mais complexa, devem procurar um profissional especializado”, esclarece.

Conhecer como interagem a ansiedade e a raiva pode te ajudar a sofrer menos

Você já pensou como a raiva e a ansiedade podem andar juntas? Apesar de serem emoções distintas, elas podem interagir de diversas formas e uma potencializar a outra. Se entendermos essas interações, podemos evitar o clímax dessas emoções, sofrendo menos e, consequentemente, lidando melhor com a situação e com nós mesmos.

Conter a raiva contribui para o aumento da ansiedade. Irritabilidade, por exemplo, que é muito comum na raiva, acontece no transtorno de ansiedade generalizada (TAG) com frequência. Hostilidade e raiva internalizada pioram muito os sintomas do TAG. É possível que a raiva e a ansiedade tenham então raízes comuns.

Por outros lado, é comum a ansiedade preceder uma experiência de raiva, como um sentimento de antecipação: a sensação de que uma cena que implica num risco, perigo ou desagrado está prestes a ser vivida e frente a qual podemos vir a perder o nosso controle pode levar a um sentimento de indeterminação de nós mesmos. A ansiedade, nesses casos, se dá como um alerta de que nossa consciência não está tão no controle da situação como gostaríamos.

Isso ocorre com muita frequência, por exemplo, com quem sofre com pensamentos e ruminações obsessivas: a briga que não pode ser esquecida, o desentendimento que poderá vir a ocorrer e, por causa disso, é ansiosamente repetido e repensado, e de novo, e de novo, e de novo.

A ansiedade, nesses casos, é prima-irmã da raiva, anunciando a sua presença silenciosa e alertando que suas formas de contenção estão prestes a se romper. Por outro lado, também é bastante comum que um certo tipo de raiva seja vivida após as experiências de angústia e ansiedade: trata-se do sentimento de culpa.

Freud dizia que o sentimento de culpa é uma forma que temos de converter a raiva contra o outro ou um objeto em especial —ou contra a sociedade e o mundo — de forma indeterminada, protegendo-os ao trocar seu alvo. Ou seja, para evitar que a nossa raiva cause prejuízos e ações sem retorno, substituímos o seu alvo pelo nosso próprio eu, que acaba sendo agredido e humilhado como forma de proteção do que nos cerca, mas também, assegurando que a raiva pode vir a encontrar uma ação que lhe dê vazão.

Nesse sentido, em vez de se questionar sobre as circunstâncias que levaram a uma cena de sofrimento a partir da ansiedade e da angústia, o sujeito acaba se culpando por ser aquele que é acometido repetidamente por esse sentimento, valendo menos ou merecendo menos do que outros.

Se invertemos a equação, podemos perceber como o diagnóstico individualizado da ansiedade em algumas situações é muito mais protetor da situação que provoca estresse e leva pessoas ao seu limite (como no caso de determinadas instituições, formas de trabalho, famílias ou certas relações afetivas), do que necessariamente da pessoa que mereceria o devido cuidado —como se a cena no entorno não tivesse também responsabilidade sobre a ansiedade de alguém, e como se a ansiedade fosse apenas um sinal de fraqueza daqueles que não suportam o peso de uma experiência qualquer).

Identificar os sentimentos ajuda a lidar com eles

O que sentimos ensina muito sobre nós mesmos, são caminhos para um enfrentamento de nosso inconsciente. Sentir raiva ou ansiedade é ser afetado por algo que não está necessariamente posto em palavras, mas isso não quer dizer que essas experiências não falem por outros meios, que não exponham algum tipo de verdade que ainda não foi bem dita. Em vez, portanto, de considerar que esses afetos são resultantes de qualquer tipo de desarmonia na produção de substâncias em nossos cérebros ou corpos, se pergunte sobre o que poderia, nessas circunstâncias, estar causando raiva ou ansiedade.

Transformar a ansiedade e a raiva em enigmas a serem questionados e assumirmos a responsabilidade de não evitar esse aprendizado é uma apropriação que faremos de nossa própria história. O sofrimento tende se repetir em sua forma e conteúdo e é por meio de nossas análises e descobertas dos nossos afetos e padrões de comportamento que podemos interferir em como direcionar os sentimentos e minimizar nossas dores.

Resiliência é a chave para contornar obstáculos

Isso nos torna resilientes. Resiliência é um processo de negociação interior, autogerenciamento e adaptação em situações significativas aumento de estresse. É a habilidade de um indivíduo se ajustar as adversidades, manter o equilíbrio e continuar a viver de uma maneira positiva. Ter resiliência é uma das mais importantes ferramentas para controle dos sentimentos.

Evite catastrofizar os acontecimentos. Por mais difícil ou sofredor que seja o momento pelo qual você esteja passando, não alimente pensamentos ruins ou fique pensando fixamente no seu problema ou sofrimento, faça apenas o que tiver de ser feito, se houver algo a se fazer. “Tudo passa” é o mote do resiliente.

Também influenciam a resiliência o autoconhecimento, a respiração profunda, escrever sobre o que está sentindo, as atividades físicas, meditação (que pode ser uma oração), contemplar uma obra de arte, uma música ou quadro, por exemplo, tomar um banho, conversar com uma pessoa de sua confiança ou até mesmo pedir ajuda profissional. Não existe, porém, resiliência sem conflitos, sem problemas, sem sentir raiva e medo.

Transformar a ansiedade e a raiva em enigmas a serem questionados e assumir a responsabilidade de não evitar esse aprendizado são caminhos ensinados pela clínica psicanalítica.

Esse tipo de apropriação que fazemos de nossa própria história quando ousamos começar a ler os capítulos censurados, ela se torna protetora frente aos processos de repetição de nosso sofrimento. Pois, quem sofre de ansiedade sabe muito bem disso, o sofrimento tende à repetição em sua forma e conteúdo, logo, também cabe a nós aprendermos a ler as cifras de nossas experiências afetivas e, a partir disso, reconstruir nossa forma de sermos sujeito no mundo.

Fonte: UOL

Por tudo que se faz na cama: do sexo ao sono

Equilíbrio!! Acredito que essa será a palavra-chave.
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Muitos casais consideram importantíssimo o sexo para a harmonia da relação, mas será que já pararam para pensar que a dificuldade para dormir causada pelo ronco do parceiro(a) ou a disfunção de climatério e menopausa poderiam ser as verdadeiras causas do distanciamento íntimo do casal?
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Inicialmente, é importante salientar que tanto o sono, quanto o sexo recebem influências diretas de fatores biológicos, fisiológicos, emocionais, sociais e culturais. Assim, construir uma intimidade com ações inesperadas, surpreendentes e imprevisíveis é uma das formas comemorativas de intensificar e apimentar a relação sexual. Ademais, não podemos esquecer que o cuidado e atenção à saúde do parceiro(a) também é fundamental para uma melhora na relação do casal. Nesse ínterim, é de relevante ressalte que dormir com qualidade trará não só um bom desempenho na cama, melhorando o humor, a memória e a imunidade, como também reduzirá o risco de doenças como diabetes, hipertensão arterial, obesidade e depressão.
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Desse modo, evidencia-se que o sono é fundamental, dentre outros fatores, para a vida sexual do indivíduo. Em contra partida, Fernando Molina defende que hormônios sexuais como estrógeno, progesterona e testosterona têm um importante papel em praticamente todos os processos fisiológicos, inclusive na respiração. Esta que, por sua vez, influencia diretamente no sono.
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Em adição, vários distúrbios respiratórios, os quais influenciam diretamente no sono e na qualidade de vida do indivíduo, a exemplo do SAOS (Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono), também apresentam clara diferença de prevalência em termos do gênero, conferindo de modo ainda mais acentuado a importância dos hormônios sexuais no sono.
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Desta feita, cabe reiterar que sexo e sono devem estar em perfeito equilíbrio, vez que por meio dessas duas funções importantes para a vida, o casal conseguirá construir uma relação mais prazerosa.

Outrossim, vale ressaltar que o diálogo é fundamental para a manutenção da saúde dos relacionamentos. Ora, a maioria dos brasileiros consideram seu desempenho de bom a excelente em qualquer etapa da vida, pelo menos em sua auto-avaliação. Contudo, conforme a Dra. Carmita Abdo, em pesquisa realizada com mais de 7000 brasileiros, é melhor não submeter esse mesmo questionamento à opinião do(a) parceiro(a).

Por fim, diante de todo o exposto, aproveite a data para ativar os “fetiches” esquecidos no armário, fantasiando para o inesperado encontro com a liberdade. E, não esqueça, percebendo a dificuldade no sono do parceiro(a) oriente o(a) para buscar um auxílio especializado com um profissional do sono. Lembre-se que amar também é cuidar!

Por Kyslley Urtiga, psicóloga do sono e terapeuta sexual